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O CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO, SEUS
SUJEITOS E O DESAFIO DA FORMAÇÃO
HUMANA INTEGRAL.
Prof.ª MARIA SANDREANA SALVADOR LIZZI
UNIOESTE
[email protected]
 Reflexão
sobre a prática escolar,
especificamente com o campo teórico do
currículo.





O que seria um EM de qualidade social?
Como vem se dando a organização pedagógica curricular?
Que lugar ocupa o conhecimento / conhecimento escolar
historicamente e na atualidade?
Como pensar a relação entre conhecimento escolar e os
jovens (e adultos) na atualidade?
Como esse conhecimento se articula às dimensões de
formação humana T, ^C, C e T proposta pelas DCNEM?
Sujeitos do EM
CURRÍCULO
Formação Humana Integral
Necessidade de superar a dualidade estrutural
marca histórica do EM
 Ensino
Profissionalizante para a classe
trabalhadora/ pragmático
 Ensino
propedêutico para a elite, voltado ao
ensino superior
-
-
-
Disciplinar;
Fragmentado;
Hierarquizado (algumas disciplinas
consideradas mais importantes que outras);
LIMITES:
Saberes que nada explicam, por serem
dissociados da realidade vivida;
Ênfase na memorização e repetição pura e
simples;
Não há ressignificação do conhecimento
escolar;
Objetivo do EM: formação integral com vistas
a autonomia intelectual
Pressupõe a estreita relação entre os
conhecimentos mobilizados e os sujeitos a
quem se destina o processo educativo.
Base da proposta e do desenvolvimento
curricular - Eixo: Trabalho, Ciência,
Tecnologia e Cultura.


Expressam as dimensões da vida real;
dimensões de formação humana
(completude)
Promover a compreensão do mundo do trabalho e da
cultura e das inter-relações entre esses campos e o
do desenvolvimento científico e tecnológico, de
modo a tomá-los culturalmente tanto no sentido
ético para a apreensão crítica dos valores postos na
sociedade, com vistas a potencializar capacidades
interpretativas, criativas e produtivas da cultura em
suas formas de expressão e manifestação. (BRASIL,
2013,p. 10)
Currículo: aquilo que ocupa o tempo na escola
 Quem
 Por
decide o que ocupa o tempo na escola?
que se decide por alguns conhecimentos
em detrimento de outros?

Esta decisão ocorre orientada por uma
compreensão da função social da escola.

Toda ação educativa é intencional.

Portanto não é neutra, nem apenas técnica, mas
sobretudo POLÍTICA.

Deve levar em conta a realidade concreta e o
aluno concreto.
Necessidade de priorizar busca pela unidade
entre o que se planeja e o que se realiza.
 Coletivo...

 Conservador
 Revolucionário
A
realização de um determinado projeto
executa um correlato projeto de
escolarização.
 Distintas
teorias do currículo escolar:
 TRADICIONAL:
 Somente
a dimensão técnica do Currículo.
 Currículo é um documento formal, com base
em técnicas, visando e eficiência do processo
educativo, cuja finalidade é a adaptação do
sujeito ao meio.
 CRÍTICA:
 Compreende
o currículo como um campo de
disputa por projetos societários. A finalidade
do processo de escolarização é de
proporcionar meios
de compreensão da
sociedade e do mundo visando a autonomia e
emancipação humana.
O
que queremos com esta etapa da
escolarização básica?
 Como
pensar em eixos articuladores do
currículo?
É
possível romper com a ideia formatada de
currículo que domina as escolas?
Pressupostos:
-
Necessidade de uma teoria que oriente o
fazer pedagógico;
Centralidade do CONHECIMENTO no EM,
com protagonismo do professor e dos
alunos neste processo – como sujeitos
concretos de um determinado tempo e
espaço.
 Trabalhadores
e filhos de trabalhadores –
atravessados por questões de raça, gênero,
condição social, geralmente com defasagem
de idade;
 As juventudes...


“... é preciso assegurar que um conjunto de
conhecimentos e saberes científicos, éticos e estéticos
sejam garantidos no EM a partir da diversidade dos seus
sujeitos.” (BRASIL, 2013, p.20).
“... o direito ao patamar básico...” (BRASIL, 2013, p.20).
 As
escolas públicas, em sua grande maioria,
são pouco atraentes, não estimulam a
imaginação criadora, e oferecem pouco
espaço para novas experiências,
sociabilidades, solidariedades, debates
públicos, atividades culturais e informativas
ou passeios que ampliem os territórios de
conhecimento. (CARRANO, 2010, p.145 apud
BRASIL, 2013, p.21).

implica a integração das dimensões
fundamentais da vida que estruturam a
prática social.(RAMOS, 2008, p.2-3).
 Trabalho
 compreendido
como realização humana
inerente ao ser (sentido ontológico) e como
prática
econômica
(sentido
histórico
associado
ao
respectivo
modo
de
produção).(RAMOS, 2008, p.3).


... processo inerente da formação e da
realização humana, não é somente a prática
econômica de se ganhar a vida vendendo a
força de trabalho; antes de o trabalho ser
isto – forma específica que se configura na
sociedade capitalista – o trabalho é a ação
humana de interação com a realidade para a
satisfação de necessidades e produção de
liberdade. (RAMOS, 2008, p.3).
A
ciência, por sua vez, nada mais é do que os
conhecimentos produzidos pela humanidade
em processo mediados pelo trabalho, pela
ação humana, que se tornam legitimados
socialmente como conhecimentos válidos
porque explicam a realidade e possibilita a
intervenção sobre ela. (RAMOS, 2008, p.3).
A ciência transformada em força produtiva
pode ser compreendida como tecnologia.
Entretanto, não é a pura e simples
transformação da ciência em meios de
produção.
Este processo exige decisão, articulação dos
fatores econômicos, políticos e sociais.
 valores
e normas que nos orientam e nos
conformam como um grupo social. Grupos
sociais compartilham valores éticos, morais,
simbólicos que organizam a sua ação e a
produção estética, artística, etc. (RAMOS,
2008, p.3).

QUESTÃO PARA DEBATE:

Quais os desafios/dificuldades em executar os princípios
expressos nas DCNEM?

I - a consolidação e o aprofundamento dos
conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental,
possibilitando o prosseguimento de estudos;
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania
do educando para continuar aprendendo, de modo a
ser capaz de se adaptar a novas condições de
ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III - o aprimoramento do educando como pessoa
humana, incluindo a formação ética e o
desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crítico;
IV - a compreensão dos fundamentos científicotecnológicos dos processos
produtivos, relacionando a teoria com a prática.




Três sentidos para integração curricular
(RAMOS, 2008)
1) Formação ominilateral
2) Indissociabilidade entre Educação
Profissional e Educação Básica
3) Integração dos conhecimentos gerais e
específicos como totalidade (Caderno 5)
 Conhecimento
- centralidade no currículo
Todo o conhecimento produzido pela
humanidade
Transformado em
Conhecimento Escolar
Construir um currículo que supere a
fragmentação do conhecimento
 “O
currículo tem que levar em consideração
o conhecimento local e cotidiano que os
alunos trazem para a escola, mas esse
conhecimento nunca poderá ser uma base
para
o
currículo.
A
estrutura
do
conhecimento local é planejada para
relacionar-se com o particular e não pode
fornecer a base para quaisquer princípios
generalizáveis. Fornecer acesso a tais
princípios é uma das principais razões pelas
quais todos os países têm escolas”. (YOUNG,
2007, p. 13 p.145 apud BRASIL, 2013, p.21).
 O princípio educativo do trabalho
O
currículo integrado em torno do eixo
trabalho-ciência-tecnologia-cultura deve
ser capaz de atribuir novos sentidos à
escola, dinamizar as experiências
oferecidas aos alunos, ressignificar os
saberes e experiências. Desse modo, cada
disciplina, cada experiência curricular,
deverão se perguntar em que medida
estão articuladas a esse eixo integrador.
 A pesquisa como princípio pedagógico
A
pesquisa como princípio pedagógico instiga o
estudante no sentido da curiosidade em
direção ao mundo que o cerca, gera
inquietude, para que não sejam incorporados
“pacotes fechados” de visão de mundo, de
informações e de saberes, quer sejam do senso
comum, escolares ou científicos (DCNEM).

Brasil. Secretaria de Educação Básica. Formação de professores do
ensino médio, etapa I - caderno III : o currículo do ensino médio, seu
sujeito e o desafio da formação humana integral / Ministério da
Educação, Secretaria de Educação Básica; [autores : Carlos Artexes
Simões, Monica Ribeiro da Silva]. – Curitiba : UFPR/Setor de Educação,
2013.

RAMOS, Marise . Concepção do Ensino Médio Integrado. In: SEED.
Concepção de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional.
Curitiba, 2008. Mimeo.