Medida Ombro-umbigo: distância para inserção dos cateteres umbilicais Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) Apresentação: Susyanne Cosme Tânia Falcão Coordenação: Paulo R.
Download
Report
Transcript Medida Ombro-umbigo: distância para inserção dos cateteres umbilicais Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) Apresentação: Susyanne Cosme Tânia Falcão Coordenação: Paulo R.
Medida Ombro-umbigo:
distância para inserção dos
cateteres umbilicais
Escola Superior de Ciências da Saúde
(ESCS)
Apresentação: Susyanne Cosme
Tânia Falcão
Coordenação: Paulo R. Margotto
UTI Neonatal-HRAS
ESCS
Measurement of the ‘ShoulderUmbilical’
Distance for Insertion of Umbilical
Catheters
in Newborn Babies: Questionnaire
Study
Lopriore E, Verheij GH, Walther FJ.
Division of Neonatology, Department of Paediatrics, Leiden
Neonatology 2008;94:35-37
University Medical Centre, Leiden , The Netherlands (Holanda)
Introdução
A passagem de catéter umbilical é um
procedimento comum em cuidados intensivos aos
neonatos.
O cateterismo da veia umbilical tem o objetivo de
oferecer líquido, alimentação e medicação ao RN,
enquanto que o arterial é importante para controle
gasométrico.
Introdução
O método frequentemente usado para correta
passagem do catéter umbilical foi descrito em 1966
por Peter Dunn. Para tal é necessária a distância
“ombro-umbigo”, avaliada em gráfico apropriado.
Várias outras medidas foram criadas com esse
intuito, favorecendo a divergência entre os
profissionais e o mal-posicionamento do catéter
umbilical. Aumentando portanto o índice de
complicações como trombose, arritimias, efusão
pleural e pericárdica.
Objetivo
O objetivo deste estudo é avaliar por meio de
questionário, as divergências entre os pediatras de
vários centros na Holanda, na determinação da
medida “ombro-umbigo”
Materiais e Métodos
Foi desenvolvido um questionário com quatro
medidas para determinação da distância “ombroumbigo”(A, B, C, D).
Materiais e Métodos
Resultados
A taxa de resposta foi de 69% dos entrevistados de cinco
hospitais universitários da Holanda.
14% escolheram método A, 8% método B, 39% método
C, e 40% método D.
A técnica usada variou entre os profissionais mais jovens
( A=16%, B=9%, C=29%, D=47%) e os profissionais
que estão a mais tempo no serviço (A=13%, B=7%,
C=46%, D=34%), sendo que geralmente os últimos são
os responsáveis pela passagem do catéter.
Resultados
Comentários
Os métodos de medida ombro-umbigo são
inconsistentes.
Apenas14% usam método A: segue a definição de Dunn:
40% usam o método D: segue o teorema de Pitágoras
Distância entre o topo do ombro face lateral da clavícula e o ponto
vertical de uma linha traçada no umbigo.
equivale a hipotenusa oposta ao ângulo reto
A discrepância entre nascidos a termo com peso de
3.5kg entre os dois métodos é 1.5cm
Corresponde a aproximadamente um corpo vertebral,
que pode resultar em mau posicionamento de cateter
Comentários
Os Estudos de Ades et al mostraram:
Pode levar a potenciais complicações:
Essas medidas tendem a super-estimar a posição correta,
parcialmente por incorretas medidas ombro-umbigo
Trombose intra-cardíaca, perfuração miocárdica, efusão
pericárdica e arritmias
A uniformização das medidas não tem só propósitos
acadêmicos
A investigação radiológica, mesmo com medidas
cuidadosas são necessárias
Os que utilizam a definição de Dunn deveriam ser mais
fidedignos a descrição original
Bibliografia
Dunn PM: Localization of the umbilical catheter by
post-mortem measurement. Arch Dis Child 1966; 41:
69–75.
Symansky MR, Fox HA: Umbilical vessel
catheterization: indications, management, and
evaluation of the technique. J Pediatr 1972; 80: 820–
826.
Ades A, Sable C, Cummings S, Cross R, Markle B,
Martin G: Echocardiographic evaluation of umbilical
venous catheter placement. J Perinatol 2003; 23: 24–28.
Consultem também:
Efusão pericárdica associada com cateter
venoso umbilical colocado apropriadamente
Autor(es): A Sehgal, V Cook and M Dunn.
Apresentação: Milena de Andrade Melo, Paulo R.
Margotto
A maioria das complicações são relatadas em
decorrência da posição inadequada do cateter, sendo
importante confirmar a sua posição
Posição recomendada:
A ponta do cateter deve ser posicionada na junção da
veia cava inferior com o átrio direito
O cateter deve ser instalado, não só fora da silhueta
cardíaca, mas também fora da porção intrapericárdica
da veia cava inferior e superior (1 cm fora da silhueta
cardíaca em pretermos e 2 cm em RN a termo)
Estudo retrospectivo com registros de 18 anos
mostraram que dos 2186 cateteres em 1862 RN, 58,6 %
das pontas dos cateteres encontravam-se no átrio direito.
Em decorrência dos relatos de morte por
tamponamento cardíaco, muitos cateteres atualmente
apresentam recomendação do fabricante para não
inserir a ponta no átrio direito
UK Department of Health e US Food and Drug
Administration apresentam recomendações similares
Em uma revisão de 16 e 25 casos de efusão
pericárdica neonatal, respectivamente, todos os casos
foram associados à inserção intracardíaca da ponta do
catéter
No presente caso a efusão pericárdica e tamponamento
cardíaco ocorreram mesmo apresentando posição
adequada do cateter
Encontrado apenas um relato similar na literatura
Técnicas utilizadas para determinar o local de inserção:
Radiografia de tórax e ecocardiograma
Comparações entre radiografias e ecocardiogramas
evidenciaram que a análise por parâmetro único
apresenta eficácia de 25%
Apesar de T8-T9 ser sugerido como nível aceitável na
radiografia de tórax, Ades et al mostrou que as linhas de
junção entre veia cava inferior e átrio direito no
ecocardiograma eram localizados num limite mais amplo
(T6-T11)
A etiologia proposta para a efusão pericárdica é
variada:
Alojamento da ponta do cateter intracardíaco
Perfuração direta pela ponta do cateter
Lesão osmótica decorrente da infusão de fluidos
hiperosmolares com consequente necrose transmural
A infusão de nutrição parenteral poderia ter
participação nesse caso
A apresentação clínica da efusão pericárdica é variável:
Pode se manifestar a qualquer momento após iniciada
a infusão
Em uma revisão de 16 casos de PCE, o tempo médio
de inserção foi de 3,2 dias (0,4-13,5)
Em outra revisão, o colapso cardíaco súbito foi relatado
em 61% enquanto havia instabilidade hemodinâmica no
restante. O índice cardio-torácico aumentou cerca de 17%
(de 0,48 + ou – 0.07 a 0,58 + ou – 0,07, p<0,01)
A posição correta do cateter não garante uma
cateterização memorável, isenta de possíveis
complicações.
Um alto índice de suspeição e disponibilidade de
equipamentos como ecocardiograma na beira do leito
para manipulação por neonatologistas com devido
treinamento colaboram com o sucesso da terapêutica,
reduzindo o índice de mortalidade decorrente das
complicações do acesso venoso central
Cateterismo de vasos umbilicais
Autor(es): Paulo R. Margotto, Jefferson
Guimaraes Resende, Martha G. Vieira, Patricia
Botelho de Souza
Obrigado!
Dr. Paulo R. Margotto; Ddas Tânia e Susyanne