Síndrome Piramidal
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Transcript Síndrome Piramidal
Síndromes Neurológicas
Dr. Bruno Vilela Gomes
R1 de Neurocirurgia
Síndromes Neurológicas
Síndrome Piramidal
Síndrome Extra Piramidal
Síndromes Medulares
Síndromes Cerebelares
Síndrome
Piramidal
Definição
Interrupção anatômica ou funcional da via
corticoespinhal (piramidal).
Neurônios no córtex motor (neurônios de
Betz na área 4 de Brodman) e os seus
axônios terminam e sinapses com a
medula ventral
Etiologias da síndrome piramidal
Acidentes vasculares encefálicos - AVE
Neoplasias
Doenças desmielinizantes (esclerose múltipla)
Doenças degenerativas (esclerose lateral
amiotrófica - ELA)
Traumas craneo-encefálicos – TCE e traumas
raqui-medulares – TRM
Infecções
Características da síndrome piramidal
(instalada)
Sintomas deficitários ou negativos
Sintomas de liberação ou positivos
Lesões agudas da via piramidal (“choque”)
Sinais:
Paralisia
Hipotonia
Arreflexia profunda
Regride em dias ou semanas ou poucos
meses e evoluiu para os sinais de
liberação
Sintomas deficitários ou negativos
Perda ou diminuição da força muscular – paresia ou
plegia
Monoplegia/paresia
Hemiplegia/paresia
Paraplegia/paresia
Tetraplegia/paresia
Diminuição ou abolição dos reflexos superficiais:
Reflexo cutâneo-abdominal
Reflexo cremastérico
Reflexo cutâneo-plantar
Atrofia muscular, aparece após semanas ou meses
Sintomas de liberação ou positivos
Sinal de Babinski
Exagero do reflexo de automatismo ou de defesa
Hiperreflexia profunda
Sinal de Chaddock – lataral do pé
Sinal de Oppenheim – compressão da tíbia
Sinal de Gordon – aperto em panturrilha
Reflexo de Schäffer – tendão de Aquiles
Austragésilo-Sposel – músculo da coxa
Aumento da área de de pesquisa do reflexo
Policinesia – mais de uma resposta a um estímulo
Sinreflexia – resposta também do lado oposto
Espasticidade – hipertonia elástica (sinal do canivete)
Sincinesia
movimento forte do lado são corresponde a movimento do lado
lesado
Joseph Francois Felix Babinski
(1857-1932)
Reflexo cutâneo-plantar
Sinal de Babinski
Sinal de Chaddock
Sinal de Oppenheim
Sinal de Gordon
Pesquisa de clônus
Outras características da síndrome
piramidal
Marcha
Espástica
Hemiplégica
Paraplégica – “marcha em tesoura”
Postura
Wernicke-Mann
Postura de
Wernicke-Mann
&
Marcha ceifante
ou hemiplégica
Reflexo patelar
Síndrome Extrapiramidal
Composição da sistema extrapiramidal
Porção do aparelho motor composta dos gânglios da
base: neoestriado (putamen, núcleo caudado) e
paleoestriado (globo pálido e substância negra), núcleo
subtalâmico – Luysii, núcleo rubro/vermelho + parte do
córtex cerebral que têm função motora e não são
piramidal + tálamo + hipotálamo + cerebelo + núcleos
cerebelares + núcleos pontinos e núcleos olivares
profundo
Função
Sobre o tônus muscular
Sobre a motilidade involuntária
(automatismo), subordinados ao sistema
piramidal
Resumo das alterações funcionais extrapiramidais
Núcleo da
base
Função
normal
Paleoestriado Inibição do
tônus e
agilizadora dos
movimentos
Neoestriado Aumento do
tônus e
moderadora dos
movimentos
Resultado
do déficit
Síndrome
deficitária
Hipertonia e
hipocinesia
Parkinsonismo
Hipotonia e
hipercinesia
Coréia e atetose
Classsificação
Síndromes hipercinéticas
Síndromes acinéticas ou hipocinéticas
Síndromes hipercinéticas
Coréia
Atetose
Balismo
Distonias
Tremor
Tiques
Coréia
Movimentos hipercinéticos
Involuntários e irregulares
Em extremidades
Breve duração
Rápidos
Sem contração tônica
Hipotonia
Desaparece com o sono e é mais ativo com
excitação
Coréia
Lesões nos núcleo caudado e putâmen
Etiologias
Coréia de Sydenham
Coréia gravídica
Doença de Huntington
2ª: LES, hipertireoidismo/tireotoxicose,
encefalites, hipoparatireoidismo, AVE e
outros
Atetose
Movimentos involuntários de
extremidades
Contração vigorosa, lenta e estereotipada
Hipotonia
Desaparece com o sono e é mais ativo
com excitação
Atetose
Alterações no estriado – globo pálido,
conexão globo pálido com tálamo,
conexões tálamo-corticais
Etiologias:
Paralisia cerebral
AVE
TCE
Balismo
Movimentos involuntários, rápidos e
violentos de grandes segmentos
corpóreos
Hemibalismo
Lesões da área subtalâmica + núcleo
subtalâmico de Luys
Etiologia: Toxoplasmose cerebral em
AIDS, vascular, outros
Distonias
Movimentos involuntários lentos e
contração vigorosa e de longa duração
Músculo isolado ou grupamentos
musculares
Caráter de contração e rotação
Mais observados: face, tronco, ombros,
pescoço, porção proximal dos membros
Posturas bizarras
Distonias
Lesões do putâmen
Etiologias: idiopática, medicamentosa
Distonia X Atetose
Discinesias
Qualquer movimento involuntário com
conotações extrapiramidal (excluídos
mioclonias e convulsões)
Movimentos rápidos e sem contrações
prolongada: coréicos, coreoatetótico e
balístico
Movimentos lentos e contrações
exuberantes: tipo distônico
Discinesias
Discinesia oromandibular espontânea: idoso,
movimento involuntário da face, “careta”,
abertura de boca e protusão da língua, riso e
mastigação; às vezes coréicos e distônicos
associados
Discinesia tardia: o quadro acima relacionado a
medicamentos (levodopa)
Doença de Meige: discinesia oromandibular ou
orofacial + distonia dos músculos orbiculares
(blefaroespasmo)
Tremor
Movimentos involuntários, estereotipados,
rítmico, com contrações alternadas por
segmentos corpóreos
Tipos: fisiológico, essencial, 2º a doenças
sistêmicas, 2º a doenças neurológicas
específicas
Tiques
Movimentos involuntários, repetitivos e
estereotipados com controle voluntário,
por curto período de tempo
Relacionadas com tensão emocional
Controla voluntariamente, mas não
consegue manter-se sem o tique
O paciente tem pouca percepção
Tiques - Tipos
Simples: manifestação somática do
extrapiramidal
2º a doenças: após coréia
2º a drogas: tiques tardios (neurolépticos e
bloqueador de dopamina)
Síndrome de Gilles de la Tourette: infância e
adolescência, múltiplos tiques, grunhidos,
coprolalia (palavras obcenas), copropraxia
(gestos obscenos), manifestações obcessivascompulsivas, etiologia funcional e orgânica
Síndromes acinéticas ou
hipocinéticas
Síndromes Parkinsonianas
Doença de Parkinson
Descrita em 1817 – James Parkinson (paralisia
agitante – “shaking palsy”)
70% das causas
100 a 200 casos/100.000 habitantes
Outras causas (30%)
Hipoparatireoidismo (calcificações)
Neoplasias
AVE
Características semiológicas
Fácies em “máscara”/”parkinsoniana”. Diminuição da
expressão facial: amimia ou hipomimia
Marcha: festinação, pequenos passos
Rigidez
Rigidez muscular plástica ou cérea
Sinal da roda denteada
Bradicinesia, Acinesia
Tremor: “rolar pílulas”
Transtornos da postura
Micrografia
Reflexo naso-palpebral (glabelar)
Postura
Síndromes Medulares
TRANSECÇÃO DA MEDULA
HEMISECÇÃO DA MEDULA
SÍNDROME CORDONAL POSTERIOR
SÍNDROME MEDULAR CENTRAL
TRANSECÇÃO DA MEDULA
FASE AGUDA
CHOQUE MEDULAR
Paralisia flácida
Arreflexia
Perda total da sensibilidade
Ausência de função autonômica
Bexiga atônica
Relaxamento dos esfíncteres
TRANSECÇÃO DA MEDULA
FASE CRÔNICA
Paralisia espástica (i.e. com hipertonia)
Hiperreflexia
Perda total da sensibilidade
Alterações autonômicas
Sudorese exagerada
Piloereção exacerbada
Alterações vasculares cutâneas
Hipertonia vesical e dos esfíncteres
HEMISECÇÃO DA MEDULA
Síndrome de Brown-Séquard
HEMISECÇÃO DA MEDULA
Síndrome de Brown-Séquard
Do mesmo lado:
Paralisia espástica
Sinal de Babinski
Perda da propriocepção
consciente e tato epicrítico
Do lado oposto:
Perda da sensibilidade térmica
e dolorosa (trato espinotalâmico lateral)
SÍNDROME CORDONAL POSTERIOR
Tabes dorsalis
Perda da propriocepção
consciente
Perda do tato epicrítico
Perda da sensibilidade
vibratória e estereognosia
SÍNDROME MEDULAR CENTRAL
Perda da sensibilidade
superficial bilateral e simétrica
no nível da lesão
(dissociação siringomiélica = alteração da
sensibilidade superficial e preservação da
profunda)
Demais sintomas dependem
da abrangência da lesão
Síndromes Cerebelares
Síndrome do
Arquicerebelo
Tumores tecto do IV ventriculo
Crianças + perda do equilibrio
Síndrome do
Paleocerebelo
Alcolismo crônico + ataxia
Síndrome do
Neocerebelo
Ataxia, dismetria, decomposição do
movimento, disdiadococinesia,
tremor e rechaço.