Opiaceos e Neurolepticos
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Transcript Opiaceos e Neurolepticos
Antônio Carlos de Camargo Andrade Filho
Centro de Terapia da Dor e Medicina Paliativa
Hospital Amaral Carvalho, Jaú, SP
Opiáceos / Morfínicos
Disponíveis no Brasil: Codeína,
tramadol, meperidina, propoxifeno,
morfina, oxicodona, buprenorfina,
metadona, fentanila e nalbufina.
Antagonistas: naltrexone, naloxone e
nalorfina.
Dor aguda:
Por que tratar???
Diminui espasmo muscular.
Diminui imobilismo.
Mantém filtração renal.
Diminui tromboembolismo.
Diminui tempo de íleo paralítico.
Mantém expansibilidade torácica.
Mantém resposta imune.
Mobilidade precoce.
Dor aguda:
Por que tratar???
Questão humanitária, (ética médica).
Diminui estresse do paciente, da família
do médico e da enfermagem.
Menor demanda de internações (leitos).
Redução de custos dos serviços de saúde
e das famílias.
O paciente é participante, ativo e
colaborador na sua reabilitação.
Dor aguda:
Pós operatório
Cirurgias de pequeno, médio e grande
porte.
Pequeno porte: analgesia via oral.
Médio e grande porte: iniciar analgesia
intravenosa, ou subcutânea. Via oral
quando iniciar deglutição.
PCA (Analgesia controlada pelo
paciente).
ESCADA DE ANALGESIA DA O. M. S.
Proc.
invasivos
Opiáceos
fortes
Opiáceos fracos e
adjuvantes
AINES, AIES e
adjuvantes
Dor de difícil
controle
Dor
forte
Dor
moderada
Dor
fraca
Escolha da via de administração
Transcutânea
Oral
Inalatória
Subcutânea
Intramuscular
Intravenosa
Retal
Peridural
Intraliquórica
Opiáceos /Morfínicos
Opiáceos de espectro estreito, largo e
com efeitos não morfínicos.
Metadona, levorfanol, butorfanol e
dextrometorfano.
Tramadol.
Ópiofobia e mitos
Causa vício;
Doses cada vez maiores;
Uso só em agônicos;
Depressão e parada respiratória
são freqüentes.
Codeína
Dose inicial: oral 0,5 mg / Kg 4/4 h
Biodisponibilidade: 40 %
Vias de administração: oral, retal, SC,
IM, IV.
Transformação hepática em morfina.
Excreção renal.
Tempo de analgesia: 4 - 5 h.
Vida média plasmática: 2,5 - 3,5 h.
INTERAÇÕES AINEs-OPIÓIDES
A combinação de fármacos analgésicos pode produzir
efeitos sinérgicos, desta maneira pode-se reduzir as
doses de ambos agentes e isto pdoeria minimizar os
efeitos adversos dos fármacos (Sawynok, 2002).
A co-administração de AINES (ibuprofeno, ketorolaco)
com opióides (morfina, hidromorfona)
permite uma
redução de 20 a 50 % da dose do opióide na dor pósoperatória (Dahl & Kehlet, 1991; Hanses et al, 1996,
Picard et al, 1997, Wideman et al, 1999,).
Em estudos experimentais, a combinação de morfina
com diclofenaco, ketorolaco e dipirona produz uma
potencialização do efeito antinociceptivo (Malberg &
Yaskh,
1993; Fletcher, 1997; Aguirre Bañuelos et al ,
1999).
Tramadol
Dose inicial: oral 0,2 mg / Kg / 4/4h
Biodisponibilidade: 70 > 90 %
Vias de administração: oral, retal, SC, IM,
IV e peridural.
Transformação hepática: Odismetiltramadol
Excreção renal.
Vida média plasmática: 6 h.
Analgesia: 4 - 6 h.
Morfina
Dose inicial: oral 0,1 mg / Kg / 4/4h
Biodisponibilidade: 35 %
Vias de administração: oral, retal, SC, IM,
IV, peridural, intratecal.
Transformação hepática: Morfina G-3 e G6.
Excreção renal.
Vida média plasmática: 1,5 a 4,5 h.
Analgesia: 3 - 6 h.
Oxicodona
Cápsulas de liberação lenta de 10 a
160 mg
Efeito 12 h
1,8 a potência da morfina.
Boa biodisponibilidade via oral.
Metadona
Dose inicial: oral 1/10 dose da morfina e de
8/8 h.
Biodisponibilidade: 80 %
Vias de administração: Oral, SC, IM, IV,
peridural.
Excreção renal
Vida média plasmática:
Analgesia: 4 - 24 h.
Forte ligação protéica.
8 - 75 h.
Buprenorfina
Comprimidos SL de 0,3 mg
Ampolas
Adesivos para liberação transcutânea.
Absorção rápida e excelente biodisponibilidade.
Vida média de 8h.
Não acumulação renal.
Faixa terapêutica estreita.
Ligação intensa e duradoura com o receptor.
Molécula agonista e antagonista.
Efeitos colaterais
Náuseas e vômitos
Obstipação
Broncoespasmo
Sudorese
Hipotensão
Alucinações
Disforia
Prurido
Clônus
Efeitos tóxicos
Sonolência
Bradipnéia
Parada respiratória
Alucinações.
Neurolepticos
Antidepressivos:tricíclicos, ISS, IRD.
Serotoninérgios, Dopaminérgicos e Duais.
Antipsicóticos: fenotiazínicos,
butirofenona.
Anticonvulsivantes:carbamazepina,
oxicarbazepina, lamotrigina, valproato de
sodio, hidantoina, gabapentina,
pregabalina e topiramato.
Neurolepticos
Ansiolíticos: Clonazepam,
bromazepam, lorazepam e
flunitrazipam.
Indicações
Dores crônicas de origem benigna e
maligna.
Dores fásicas e tônicas.
Musculares e neuropáticas centrais e
periféricas.
Cefaléias e enxaquecas.
Antidepressivos tricíclicos
Ativação do sistema endógeno
supressor de dor.
Dose menor que a dose
antidepressiva.
Amitriptilina, Maprotilina,
Nortriptilina, Imipramina e
Clomipramina.
Efeitos colaterais
Aumento da pressão intraocular.
Bloqueio da condução elétrica cardíaca.
Dimuição do limiar convulsógeno.
Diminuição da libido e retardo da
ejaculação.
Obstipação e hipertonia do trígono vesical.
Hipertensão.
Petéquias e Púrpura.
Anticonvulsivantes
Carbamazepina 200 a 1400 mg/dia
Lamotrigina 25 a 400 mg/dia
Gabapentina 300 a 3200 mg /dia
Topiramato 25 a 200 mg/dia
Valproato 300 a 1500 mg/dia
Hidantoina intravenosa
Efeitos colaterais
Bradicinesia
Ataxia
Anafilaxia
Epidermólise
Leucopenia
Hepatotoxicidade
Depleção de sódio
Hipertrofia gengival
Fenotiazínicos
Clorpromazina (Amplictil)
Levomepromazina (Neozine)
Periciazina (Neuleptil)
Haloperidol (Haldol)
Fenotiazínicos
Bloqueio dopaminérgico.
Diminuição do simbolismo da dor.
Pacientes com traços psicóticos e
paranóides.
Melhora do sono.
Hiperemese.
Potencializa triciclícos.
Bloqueio de alucinações e controle da
agitação.
Efeitos colaterais
Bradicinesia
Ataxia
Fotossensibilização
Leucopenia
Hepatotoxicidade
Ganho de peso
Impregnação
Muito obrigado
pela atenção!!!
Antônio C. de Camargo Andrade Filho
Centro de Terapia da Dor e Medicina Paliativa
Hospital Amaral Carvalho
Jaú, S.P.