Empirismo x Racionalismo

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Transcript Empirismo x Racionalismo

Empirismo
X
Racionalismo
Professor Marcelo
Esse debate teve seu inicio na Grécia.
Aristóteles inicia o debate entre
empiristas e racionalistas com Platão.
Platão concebia dois mundos existentes: aquele que é
apreendido por nossos sentidos, o mundo concreto -, em
constante mutação; e outro mundo - abstrato -, o das idéias,
acessível somente pelo intelecto ou pelo espírito, imutável e
independente do tempo e do espaço material.
Teoria das Ideias (Ideia e Cópias)
Mundo das idéias
Mundo sensível
“É necessário ao filósofo desvendar a fundo o mundo das idéias,
pois ele é que comporta a verdade.”
Embora tivesse sido discípulo de Platão,
Aristóteles discordou da divisão entre
mundo das idéias e mundo dos sentidos. Ao
invés disso, Aristóteles acreditava que não
podemos ter uma idéia de caneta se eu não
souber o que é uma caneta.
"Não existe nada na mente que não tenha
passado pelos sentidos".
Aristóteles defende a existência de um
único mundo: este em que vivemos. O que
está além de nossa experiência sensível não
pode ser nada para nós.
“a origem das idéias é através da observação de objetos
para após a formulação da idéia dos mesmos.”
Um exemplo para podemos entender como ocorre
esse paradoxo filosófico acerca do conhecimento.
“O enigma de Kaspar Hauser.”
Nuremberg, Alemanha do século XIX
Sua vida passada era
um mistério, porém
tudo indica que ele
vivera preso em um
celeiro desde seu
nascimento. Teve
pouco contato com
outros homens.
Kaspar Hauser apareceu para a sociedade em 1828, quando tinha cerca de 16 anos de
idade e falava de modo confuso; suas palavras eram pouco inteligíveis.
•Afastado da sociedade tenta compreendê-la;
»Privado do convívio social (privado de cultura) – não
desenvolve linguagem.
•Graves conseqüências na
formação do sujeito, como
indivíduo;
»Com o uso da linguagem fez
uso do pronome “eu” – falar de
si mesmo, de sua vida- processo
de individuação, auto
compreensão, impossível no
cativeiro.
Relações de alteridade:
forma-se no reconhecimento do outro.
- homem social interage e é interdepende de outros
indivíduos.
Hum, então Aristóteles
estava certo?
Aristóteles diz que existem seis formas
ou grau de conhecimento: sensação,
percepção, imaginação, memória,
raciocínio e intuição. Para ele não há
diferença entre o conhecimento sensível e
intelectual, um é continuação do outro.
Lógica
Para Aristóteles, a Lógica é um instrumento, uma introdução para as
ciências e para o conhecimento e baseia-se no silogismo, o raciocínio
formalmente estruturado que supõe certas premissas colocadas
previamente para que haja uma conclusão necessária. O silogismo é
dedutivo, parte do universal para o particular; a indução, ao contrário,
parte do particular para o universal. Dessa forma, se forem
verdadeiras as premissas, a conclusão, logicamente, também será.
Métodos Científicos
O método dedutivo surgiu na Grécia antiga, e foi
aperfeiçoado com o silogismo do filósofo Aristóteles.
• MÉTODO DEDUTIVO
– Método proposto pelos racionalistas Descartes, Spinoza e Leibniz que
pressupõe que só a razão é capaz de levar ao conhecimento
verdadeiro. Platão é considerado o primeiro racionalista.
– O raciocínio dedutivo tem o objetivo de explicar o conteúdo das
premissas. Por intermédio de uma cadeia de raciocínio em ordem
descendente, de análise do geral para o particular, chega a uma
conclusão.
– Usa o silogismo, construção lógica para, a partir de duas premissas,
retirar uma terceira logicamente decorrente das duas primeiras,
denominada de conclusão
• Exemplo:
Todo homem é mortal. ...........................................(premissa maior)
Pedro é homem. .....................................................(premissa menor)
Logo, Pedro é mortal. .............................................(conclusão)
Durante a Idade Média o pensamento clássico
passou a ser qualificado de pagão.
A difusão e a consolidação do cristianismo, através da Igreja
Católica, atuaram no sentido de dissolver a força da filosofia
grega clássica.
Renascimento Científico: Nicolau Copérnico - Teoria do Heliocentrismo.
Nascido na Polônia, no ano de 1473- 1543, Nicolau Copérnico é
considerado o fundador da Astronomia moderna.
Desde Copérnico, existe uma evolução do pensamento científico.
Michel de Montaigne
1533 —1592
Um filósofo interessado pela
Antiguidade Clássica e nos
autores antigos, especialmente
os latinos, mas também os
gregos, para encontrar máximas
e reflexões, que o ajudem na sua
vida diária e na sua autodescoberta. Montaigne tenta
assim compreender-se, através
da introspecção, e tenta assim
compreender os homens.
É considerado um cético e humanista.
Francis Bacon
Londres, 1561 -1626
É considerado o fundador da ciência moderna.
Galileu Galilei
O pensamento filosófico de Bacon representa a tentativa de realizar aquilo
que ele mesmo chamou de Instauratio Magna (Grande Restauração).
A realização desse plano compreendia uma série de tratados que, partindo do
estado em que se encontrava a ciência da época, acabaria por apresentar um
novo método que deveria superar e substituir o de Aristóteles.
Método Indutivo
• Francis Bacon
• Observação
empírica
• Do particular para
o geral
• Método priorizado
na ciência
Então Aristóteles
estava errado?
Sim, mas Galileu abjurou perante a igreja católica.
Métodos Científicos
• O que é um Método Científico? é o conjunto de
processos ou operações mentais que devem ser
empregados na investigação. É a linha de
raciocínio adotada no processo de pesquisa.
Para que servem? Proporcionam as bases
lógicas à investigação científica
Quais são? dedutivo, indutivo, hipotéticodedutivo, dialético ...
Métodos Científicos
• MÉTODO INDUTIVO
– Método proposto pelos empiristas Bacon, Hobbes, Locke e Hume.
– Considera que o conhecimento é fundamentado na experiência,
não levando em conta princípios preestabelecidos. No raciocínio
indutivo a generalização deriva de observações de casos da
realidade concreta.
– As constatações particulares levam à elaboração de
generalizações
• Exemplo:
Antônio é mortal.
João é mortal.
Paulo é mortal.
Carlos é mortal...
Ora, Antônio,
João, Paulo... e
Carlos são
homens.
logo
Todos os homens
são mortais
Locke acreditava que todo o conhecimento de uma pessoa
era obtido ao passar da vida, do tempo, através das
experiências e hábitos da pessoa.
DAVID HUME
(1711 - 1776)
MAIOR FILÓSOFO EMPIRISTA DA HISTÓRIA
David Hume foi um filósofo escocês, historiador, economista
e ensaísta, conhecido principalmente por seu empirismo
filosófico e o ceticismo.
Hume argumentou contra a
existência de idéias inatas,
concluindo que os seres
humanos têm conhecimento
apenas das coisas que
experimentam diretamente.
Precursor do movimento positivista lógico, uma
forma de empirismo anti- metafísica.
Empirismo, cujo princípio básico é evitar toda
hipótese não comprovável experimentalmente.
É a experiência que fornece os componentes necessários à
elaboração do pensamento e das percepções do espírito.
Hume divide as percepções em duas
classes: as menos fortes e menos vivas, a
que ele deu o nome de “pensamentos ou
idéias” e as mais vivas, por ele definidas
como “impressões”.
A diferença entre elas está em que as
mais fortes representam diretamente as
sensações, enquanto as menos fortes são
nossa reflexão sobre as percepções.
Assim sendo, temos uma percepção mais forte ao
observarmos um objeto do que quando nos recordamos dele.
Descartes e autoridade da razão
No século XVII o francês René Descartes concebeu um
modelo de verdade “incontestável”. Segundo este autor, a
verdade poderia ser alcançada através de duas habilidades
inerentes ao homem: duvidar e refletir.
Nada há que não esteja, agora, em dúvida.
Discurso do método
ou Discurso sobre o
método para bem
conduzir a razão na
busca da verdade
dentro da ciência.
1596 - 1650
A autoridade dos sentidos (ou seja, as percepções do mundo)
também é particularmente rejeitada; o conhecimento
significativo, segundo o tratado, só pode ser atingido pela
razão, abstraindo-se a distração dos sentidos.
Método Dedutivo
• Rene Descartes
• Encadeamento lógico de
hipóteses racionais
• Do geral para o
particular
• Método priorizado na
filosofia
Um silogismo : conexão de idéias, raciocínio, é um termo filosófico com o qual
Aristóteles designou a argumentação lógica perfeita.
Gênio Maligno
Anuncia o gênio maligno como um ente que coloca na
cabeça dele, Descartes, pensamentos bastante evidentes,
contudo, falsos. O gênio maligno estaria continuamente
trabalhando para criar ilusões.
Mas enquanto penso e me engano, estou
pensando. Sendo assim, eis a certeza
subjetiva: “penso, sou”.
“cogito ergo sum; penso, logo sou”