LASER ABLATIVO FRACIONADO
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Transcript LASER ABLATIVO FRACIONADO
LASER ABLATIVO
FRACIONADO – CO2
Aline Paula Biazus Somacal
RESURFACING LASERS
LASER ABLATIVO CONVENCIONAL: excelentes
resultados, PO demorado e muitos efeitos colaterais
LASER NÃO ABLATIVO: menor tempo de recuperação
e menor risco de efeitos colaterais
LASER FRACIONADOS: eficiência dos ablativos e
segurança dos não ablativos
LASER ABLATIVO FRACIONADO: CO2 e Erbium:YAG
Laser CO2 FRACIONADO
A energia aplicada de maneira fracionada cria colunas
espaçadas e muito finas de dano térmico que penetram
profundamente na camada dérmica da pele (zonas
microscópicas de tratamento) e estimulam produção de
novo colágeno.
A injúria térmica produz necrose epidérmica localizada e
desnaturação de colágeno.
O estrato córneo permanece intacto, mantendo a função
da barreira epidérmica.
O tecido entre as colunas de danos térmicos é poupado,
resultando em um processo de cicatrização mais rápido.
INDICAÇÕES
Fotoenvelhecimento
Rítides discretas a moderadas
Irregularidades de textura
Discromia
Cicatrizes
CONTRA-INDICAÇÕES
ABSOLUTAS
Herpes simples em atividade
Acne ativa
Colagenoses
Vitiligo
Áreas submetidas a radioterapia ou a queimadura
História de quelóides, cicatrizes hipertróficas ou outra
cicatrização anormal
Uso de isotretinoína nos últimos 2 anos (atrofia dos anexos
cutâneos que são responsáveis pela reepitelização)
CONTRA-INDICAÇÕES RELATIVAS
História prévia de herpes-zoster (pode reagudizar
neuralgia)
Pele atrófica ou cicatrizes pós peeling químico, mecânico
ou eletrólise
Pacientes com pele sensível (intolerante a sabonetes,
loções de limpeza, maquiagens, etc)
Fototipos V e VI (risco de hipo e hiperpigmentação)
Áreas de descolamento ou retalhos cutâneos recentes
(circulação proveniente apenas do plexo dérmico)
CUIDADOS PRÉ-TRATAMENTO Avaliar na consulta inicial:
Evitar exposição solar 1 mês antes, durante e após o
tratamento.
Aplicar filtro solar FPS 50 + UVA + filtro físico (dióxido de
titânio) antes e após o tratamento.
Cuidado com o uso dos seguintes medicamentos:
anticoagulantes,
retinóides,
fotossensibilizantes.
Suspender, se possível.
Tratamentos de esfoliação recentes e tratamentos
cirúrgicos.
Distúrbios cutâneos anteriores.
Histórico de infecção pelo vírus do herpes.
Prevenção de HPI
Principalmente nos fototipos mais altos (III, IV, V e VI)
e asiáticos.
Aplicar clareadores diariamente por 4 semanas antes.
Retomar uso no 20° PO e manter por 2 a 3 meses ou
até controle da hiperpigmentação.
Sugestões de tópicos: hidroquinona, arbutin, ácido
azeláico, ázido kójico, vitamina C.
Prevenção de infecção
Profilaxia antiviral 6 dias antes do tratamento em
pacientes com histórico de infecção herpética.
Sem história de herpes simples: iniciar profilaxia 2 dias
antes e continuar por 8-14 dias após.
Aciclovir 400mg 3x/dia
Famciclovir ou Valaciclovir 250mg 2x/dia //500mg 2-3 x/d
Antibioticoprofilaxia: controverso (indicado no CO2 não
fracionado)
Profilaxia antifúngica: em alguns casos (DM, queilite
angular, imunossupressão, candidíase oral, etc)
CUIDADOS PÓS TRATAMENTO
Logo após procedimento: aplicar compressas frias ou
gazes úmidas resfriadas.
Aguardar 1 dia para tomar banho e evitar água quente.
Limpeza suave da pele e compressas com gaze estéril e
solução fisiológica.
Curativo 3-4x/dia, por 4-7 dias, com pomadas enzimáticas,
antibióticas e/ou emolientes, após banho e limpeza.
Após curativo: hidratante e protetor solar.
Usar cremes à base de vitamina C por tempo ilimitado.
EFEITOS COLATERAIS
Recentes: primeiros 7 dias do PO
Tardios: aparentes em torno da 2° semana
EFEITOS COLATERAIS RECENTES DOR
Comum.
Geralmente até o 2 ° dia de PO. Se mais, investigar
ressecamento e infecção.
Tratamento:
Compressas ou sprays com água fria
Analgésicos orais (codeína) associado a ansiolítico
(lorazepam 1-2mg, 2-3x/d)
Curativos oclusivos controlam esse sintoma, mas
aumentam risco de infecção.
EDEMA
Suave a moderado.
Pico no 3° dia, podendo durar até 1 semana.
Compressas de gelo ou bolsas de água fria no PO
imediato diminuem sua intensidade.
Prednisona 40-60mg/d, 3-5 dias pode ser usada.
# fluências elevadas, maior densidade e maior número
de pulsos mais dor e edema
PRURIDO
Pode atingir mais de 90% do pacientes.
Mais nas primeiras 2 semanas, podendo ocorrer do 3° ao 21° dia.
Secundário à cicatrização fisiológica.
Fatores contribuintes: ressecamento, formação de crostas, irritação
induzida por emolientes ou medicações tópicas, quadro infeccioso e
desconforto psicológico.
Tratamento:
compressas frias
antihistamínicos orais: difenidramina 25-50mg 4/4 ou 6/6h, cetirizina
10mg/d
Lorazepam 1-2mg 3x/d
Hidrocortisona pomada/creme
# orientar pacientes a não coçar!!! Risco de cicatriz permanente!
PÚRPURA
Pode persistir por várias semanas
Ocorre clareamento sem tratamento
Evitar uso de AINE, AAS, fricção na pele
DERMATITE DE CONTATO
Geralmente do tipo irritativa, relacionada a perfumes,
propilenoglicol, lanolina, produtos de limpeza, emolientes e
pomad.a
Incidência: 5-10%
Eritema, ardência e prurido nas primeiras 4 semanas pós laser.
Investigar uso de auto-medicação.
Evitar maquiagem nas primeiras 2 semanas de PO.
Manejo:
Suspensão de prováveis irritantes
Compressas frias
CTC tópico, média potência, não fluorados (casos graves alta
potência)
Anti-histamínicos orais
INFECÇÕES BACTERIANAS
Raras (< 0,1%)
> 50% é polimicrobiana: P. aeruginosa, S. aureus, S.
epidermidis, Candida sp.
Potencial por formação de cicatrizes.
Entre 2°-10° PO
Dor de aparecimento súbito ou persistente, prurido, áreas
com eritema acentuado, secreção amarela e fétida, pústulas
e erosões com crostas.
Síndrome do choque tóxico: consequência clínica mais
grave pelo S. aureus coagulase +.
Maioria das infecções ocorre com o uso de curativos
oclusivos (0-20%).
INFECÇÕES BACTERIANAS
Se suspeita, realizar cultura e antibiograma das secreções.
Cuidados com a ferida, trocas frequentes de curativos e
compressas a cada 2 horas com ácido acético (1 colher de
chá de vinagre branco em 1 copo de água fria), lavar mãos
com sabonete antibacteriano antes da troca do curativo,
não reutilizar toalhas usadas para lavagem do rosto.
Uso rotineiro de ATBs profiláticos: controverso (usar em
imunossuprimidos).
Tratamento com ATB sistêmico: penicilinas, cefalosporina 1°
geração ou ciprofloxacino.
INFECÇÕES FÚNGICAS
C. albicans é agente mais frequente.
Incidência: 1-3%
Entre 7° e 14° PO.
Prurido, dor, erosões esbranquiçadas sobre base muito
eritematosa e lesões satélites fora da área tratada.
Se suspeita: fazer micológico direto.
Tratamento:
Frequente troca do curativo
Limpeza com ácido acético diluído
Antifúngicos tópicos, sulfadiazina de prata ou nistatina creme
Ou fluconazol VO 200-400mg/d
INFECÇÕES VIRAIS – herpes simples
Incidência: 0,3-2%
Manifesta-se na primeira semana pós laser.
Cicatrização retardada, prurido, disestesias e erosões
superficiais. Não há vesico-pústulas clássicas (ausência de
epiderme).
Se história prévia de infecção, fazer profilaxia com
antivirais 1 ou 2 dias antes do procedimento e continuada
por 7 dias ou até completa cicatrização.
Se infecção herpética, usar doses de antivirais iguais às
usadas para herpes zoster.
EFEITOS COLATERAIS TARDIOS CISTOS DE MÍLIA
Incidência de até 19%.
Aparecem entre 3-8 semanas pós laser.
Secundários a profundidade do dano cutâneo e ao
uso de curativos oclusivos, óleos ou pomadas.
A maioria tem resolução espontânea apenas com
limpeza regular.
Alternativas: tretinoína tópica, ácido glicólico e
extração manual com agulha.
ERUPÇÃO ACNEIFORME
Incidência de 2-10%.
Acne prévia aumenta o risco.
Geralmente autolimitada.
Tratamento:
ATBs VO: tetraciclina, doxiciclina e minociclina
Suspender tópicos oclusivos e filtros solares espessos e
oleosos.
Casos resistentes: eritromicina + peróxido de benzoíla +
tretinoína gel (após cicatrização).
ERITEMA
Duração média de 3,5 meses.
Proporcional à profundidade do resurfacing.
Outros fatores associados: várias passadas ou sobreposição,
desbridamento agressivo, dermatite de contato, infecção,
trauma ou uso de substâncias irritantes.
Tratamento:
Ácido ascórbico tópico após reepitelização
CTC creme? (controverso)
LIP
HIPERPIGMENTAÇÃO
Transitória ( + comum) e duradoura.
Fototipos mais altos (III-IV) e pacientes bronzeados tem
maior risco.
Como evitar: filtro solar e não exposição ao sol, preparar a
pele por 3 meses em pacientes de risco.
Tratamento:
agentes clareadores (hidroquinona, tretinoína, ácido kójico,
azelaico, ascórbico e glicólico)
Peelings superficiais: ácido glicólico 30-40%, ácido salicílico 30%
microdermoabrasão
HPI transitória
Hiperpigmentação pós-inflamatória na região malar
pós-laser de CO2
CICATRIZES
Atróficas, hipertróficas ou queloideanas.
Desenvolvem-se em áreas de prurido, eritema prolongado ou
cicatrização retardada, endurecidas ou avermelhadas.
Regiões cervical, perioral, periorbital e com projeções ósseas
(mento, mandíbula, malar) são mais propensas.
Maior risco: fototipos mais altos, história de quelóide,
radioterapia, lifting, blefaroplastia, peeling ou dermoabrasão
ou uso de isotretinoína oral 6 meses antes.
Tratamento: lasers, CTC tópico, CTC intralesional, placas de
gel de silicone, 5-FU intralesional.
Cicatrizes hipertróficas
cervicais
pós-laser de CO2 contínuo
ECTRÓPIO
Raro.
Em pálpebras inferiores.
Aumentam o risco: blefaroplastia prévia e pálpebras
flácidas.
Como evitar: aplicar baixas densidades de energia e
poucas passadas na região infra-orbital.
Manejo: massagem no sentido superior da pálpebra,
CTC tópico (clobetasol ou triamcinolona intralesional),
correção cirúrgica.
SINÉQUIA
Nas pálpebras inferiores, nos primeiros dias de PO.
Manejo:
infiltração local com lidocaína
rompimento delicado da superfície membranosa com
agulha calibre 30G, seguida de curativo corretivo
OUTROS EFEITOS COLATERAIS
Cicatrização retardada
Sensibilidade excessiva da pele
Bolhas
Escoriações lineares
Queratoacantomas eruptivos em c. actínicas prévias
Delimitação de área
OBRIGADA!