Dermatologia em Pequenos Animais

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Transcript Dermatologia em Pequenos Animais

Dermatologia em Pequenos
Animais
A Pele
• Epiderme
• Derme
• Hipoderme
Epiderme
•
•
•
•
•
Camada córnea ou basal:
separa a epiderme da derme.
Compostas de ceratinócitos em
constante mitose e melanócitos
Camada
espinhosa:
células
filhas do estrato basal. Espesso
nos coxins, plano nasal e junções
mco-cutâneas
Camada granular: células co
núcleos contendo grânulos com
função
de
ceratinização
e
barreira.
Camada
clara:
camada
ceratinizada de células mortas
Camada córnea: é a camada
mais externa, completamente
ceratinizada que está sempre
sendo desprendida
Derme
• Folículos pilosos
• Músculo eretor do pêlo
• Glândulas sebáceas e sudoríparas
• Vasos sanguíneos, linfáticos
• Inervação
• A maior parte da força tênsil e elasticidade da pele
Hipoderme
• Mais profunda e mais espessa
• Gordura
• Proteção física contra traumas,
• Controle da temperatura,
• Reserva de energia
Pele: Funções
• Barreira circundante: isolar o meio interno e externo
• Movimento e forma: flexibilidade, elasticidade e sensibilidade
•Produção de anexos: pêlos, unhas e camada córnea
• Defesa ( agentes parasitários)
• Controle da Temperatura: pelagem, suprimento sanguíneo e glândulas
sudoríparas
• Reserva: água, eletrólitos, vitaminas, gordura, carboidratos, proteínas
• Indicador da saúde geral: doença interna, efeitos de substâncias
aplicadas
Pele: Funções
•Imunorregulação: ceratinócitos, cel de Langerhans e linfócitos
•Pigmentação: proteger contra radiação solar
•Ação anti-microbiana: propriedades bacterianas e anti-fúngicas
• Função sensitiva: toque, pressão, dor, prurido, calor e frio
• Secreção: glândulas sebáceas, apócrinas
•Produção de vitamina D
Diagnóstico em Dermatologia
1.
2.
3.
4.
5.
Queixa principal
Resenha (sexo, raça, idade, espécie)
História dermatológica: localização primária da
lesão, aspecto, velocidade de progressão. Grau de
prurido contágio, sazonalidade, relação com a dieta e
fatores ambientais, resposta a tratamentos anteriores.
História clínica anterior: mesmo que não pareça
diretamente relacionada
Exame físico: observar todo o animal antes de se
concentrar nas lesões individuais.
Diagnóstico em Dermatologia
6) Diagnóstico diferencial
7) Plano diagnóstico ou terapêutico
8)Auxílio diagnóstico e laboratorial: métodos e
diagnóstico clínico que confirmem ou que descartem
qualquer das possibilidades.
*** Primeiramente os mais simples
complexos
e depois os mais
Lesões Dermatológicas
Lesões Dermatológicas
Primárias
• Alopecia:
falta
parcial ou completa
dos pêlos em áreas
onde
normalmente
estão presentes
Alopecia
≠
Lesões Dermatológicas
Primárias
• Vesícula ou Bolha: é superficial. Localizada na
epiderme. Tem conteúdo seroso. Aparece e desaparece
rapidamente. Se rompe deixando a derme exposta.
***até 1 cm: vesícula; >1 cm: Bolha.
Lesões Dermatológicas
Primárias
• Mácula: Área
circunscrita com
coloração alterada
não palpável.
Mácula
Mácula
Mácula
Lesões Dermatológicas
Primárias
•Eritema: É uma forma de mácula que exibe um rubor difuso
sobre a pele
Eritema
Lesões Dermatológicas
Primárias
• Pápula: Elevação dérmica e epidérmica como
se
fossem
pequenos
nódulos.(dermatite
alérgica, pulicidiose)
Lesões Dermatológicas
Primárias
•Pústula: Elevação circunscrita da epiderme com conteúdo
purulento. Aparece de forma aguda e desaparece sozinha ou se rompe.
Relacionada a processo infeccioso ou alimentar
Pústula
Pústula
Pústula
Lesões Dermatológicas
Primárias
•Nódulos: É uma elevação sólida, circunscrita e estende-se para as
camadas mais profundas da pele. Tem crescimento exuberante.
(processo infeccioso ou neoplásico)
Lesões Dermatológicas
Primárias
• Tumor: Grande massa que envolve qualquer estrutura
da pele ou tecido
subcutâneo. Comprometimento dérmico mais avançado. Maligno/Benigno.
Tamanho variado.
Lesões Dermatológicas
Secundárias
Colarete: Lesão circular superficial originária da ruptura de pústulas.
Lesões Dermatológicas
Secundárias
•Hiperqueratose: Aumento de espessura do estrato córneo.
Indicativo de processos crônicos. (cinomose)
Lesões Dermatológicas
Secundárias
•Descamação: “Caspa”. Acúmulo de fragmentos perdidos da
camada córnea da pele.
Lesões Dermatológicas
Secundárias
Liqueinificação: Espessamento endurecimento da pele
caracterizado por um excesso de marcações cutâneas superficiais.
Processo crônico.
*** Áreas de fricção, Malassezia
Lesões Dermatológicas
Secundárias
Crostas: Forma-se quando exsudato, sangue, pus,soro, células
caspasou medicamentos secos aderem à superfície.
Lesões Dermatológicas
Secundárias
•Úlceras: Solução de continuidade da epiderme com exposição da
derme subjacente. Sempre se forma uma cicatriz após a cura de uma
úlcera.
Lesões Dermatológicas
Secundárias
•Cicatriz: Área de tecido fibroso que substitui a derme ou tecido
subcutâneo lesado. É o resultado de traumas ou lesão dermatológica.
São alopécicas e despigmentadas.
Cicatriz
Lesões Dermatológicas
Secundárias
•Fissura: Clivagem linear da epiderme e/ou derme por doença ou
agressão (rachaduras)
Lesões Dermatológicas
Secundárias
•Hiperpigmentação: Aumento da melanina epidérmica e/ou
dérmica por lesões pós-inflamatórias, crônicas, traumáticas e
endócrinas da pele
Dermatopatias Parasitárias
Sarna Sarcóptica ou
Escabiose
•Agente: Sarcoptes scabiei
Sarna Sarcóptica ou Escabiose
•É a mais comum nos cães
•Intensamente pruriginosa principalmente quando a pele está aquecida
•Transmissível até para outras espécies (gatos, raposas, humanos) por
contato direto e ambientes infestados
•A fêmea escava galerias no extrato córneo e deposita seus ovos
•Larvas e ninfas percorrem a pele
•Preferem locais com pouco pêlo ( orelhas*, cotovelos*, porção ventral do
abdome, tórax e pernas)
•Quadro generalizado e lesões assimétricas
•Áreas com alopecia, escoriações e crostas
Sarna Sarcóptica ou
Escabiose
•
•
•
•
Animais deprimidos, tristes
Linfadeopatia generalizada
Em casos avançados: hiperpigmentação
Alguns cães: eritema médio e escoriações ocasionais, sem lesões
clássicas (raspados negativos)
Diagnóstico:
• História + exame físico + respostas a tratamentos anteriores
• Raspado cutâneo (agentes ou fezes). Evitar áreas com escoriações
**paciente com prurido intenso, doença em fase crônica, múltiplos
banhos ou aplicações
• Eosinofilia
Sarna Sarcóptica ou
Escabiose
Diferencial:
•
•
•
•
•
Dermatite de contato
Atopia
Hipersensibilidade alimentar
Dermatite por Malassezia
Sarna Otodécica
Sarna Sarcóptica ou Escabiose
Sarna Sarcóptica ou Escabiose
Sarna Sarcóptica ou Escabiose
Raspado de pele
Tratamento
•Tricotomia
•Banhos com xampu ceratolítico 1 ou 2X/semana por 8 semanas para
remoção de crostas
•Amitraz (2mL/1L água) após o banho com xampu
OU
•Ivermectina 0,04-0,05 mL/Kg SC a cada 2 semanas ou
0,08mL/Kg SID VO até obtenção de 3 raspados negativos por semana
***Não fazer em raças Inglesas COLLIE, SHEEPDOG, SETTER
• Não usar corticóides e anti-histamínicos
•Limpar o ambiente com pesticidas
•Eliminar panos, tapetes, caixa de papelão, roupinhas
Escabiose Felina
•
•
•
•
Agente: Notoedres cati
Altamente contagiosa
Animais de qualquer idade
Gatos*, raposas, cães, coelhos, humanos
Exame Físico:
• Lesões na borda da orelha e depois na face, pálpebras e pescoço
• Pé e períneo
• Hiperqueratose abundante
• Forma crostas
• Alopecia parcial
• Prurido
Notoedres cati
Escabiose Felina
Diagnóstico
• Anamnese ( os animais param de comer por causa do
prurido)
• Raspados de pele
**Ácaros pequenos
Diferencial
•
•
•
•
•
Sarna otodécica
Atopia
Hipersensibilidade alimentar
Pênfigo foliáceo e eritematoso
Lúpus eritematoso sistêmico
Escabiose Felina
Tratamento
• Tricotomia
• Banhos com vetriderme
• Banhos com solução aquosa de enxofre sodado 2 a 3%: deixar
secar na pele – a cada 7 dias até resolução do problema
• Banhos com Amitraz*** (2mL/L água) + colar ( TOXICO)
• Ivermectina 0,3 mg/Kg SC 1X/2semanas por 2 meses
Sarna Demodécica
• Agente: Demodex canis
Sarna Demodécica
• Não faz galerias
• Induz imunossupressão no animal
• Fase inicial: sarna vermelha
• Fase Crônica: sarna negra - hiperpigmentação e
hiperqueratose
• Úmida: infecção secundária por Staphilococos spp
(piodermite)
Sarna Demodécica
• Doença parasitária inflamatória de cães
• Distúrbio genético ou imunológico
• Demodex canis faz parte da fauna normal da pele canina
• Transmissão da cadela para os filhotes por contato direto
• 2 tipos demodicose: Localizada e generalizada
Localizada
• Pequenas áreas de alopecia eritematosas e
circunscritas
• Pruriginosas ou não
• Face e membros torácicos
• Curso benigno
• Resolução espontânea
Localizada
•
•
•
•
•
•
•
Eritema médio
Alopecia parcial
Prurido
Face, periocular e peribucal
Membros anteriores
Animais de 3 a 6 meses
Cura espontânea
Demodicose localizada
Demodicose Generalizada
• Cobre grandes áreas do corpo
• Geralmente começa na fase infantil (3 a 18 meses)
• Sem tratamento o animal leva a doença para a fase
adulta – FASE CRÔNICA
• Quando aparecem no cão adulto: sinais de problemas
sistêmicos
•
Pododemodicose pode ser uma “seqüela”
Sarna Demodécica
• Diagnóstico: raspado de pele profundo
Sarna Demodécica
Sarna Demodécica
Sarna Demodécica
Sarna Demodécica
Diferencial: Piodermite, sarna sarcóptica
Tratamento
• Xampu ceratolítico
• Amitraz*** 2ml/1L água cães
1mL/1L água gatos
• Ivermectina 0,08 mL/Kg SID até comprovação pelo
raspado de pele ( discutível )
• Moxidectina 0,1ml, kg, a cada 7 dias, por 12 semanas
• Antibiótico injetável na primeira semana Lincomicina
Cefalexina 20-30 mg/Kg BID 4 semanas
***Cura: comprovada pelo raspado de pele
O tratamento pode ser pelo resto da vida
Castrar o animal ( passa da mãe para os filhotes)
Dermatites
Infectocontagiosas
Dermatofitoses (Tinhas)
• Agentes: Microsporum canis ***
Trycophytum mentagrophitos***
Epidermophytum
• Cães e gatos jovens (4meses a 2 anos)
• Locais mais comuns: face, orelhas, membros e cauda
• Lesão superficial, se alimentam de queratina (pêlo, pele,
epiderme)
• Lesão circunscrita delimitada em forma de anel
• Aspecto de pêlo quebrado (comido)
Dermatofitoses (Tinhas)
Transmissão: contato com pêlo e caspa contaminados do
ambiente, do animal e fômites
• Manchas circulares de alopecia com formação variável
de caspa
• Sinais variáveis dependendo da interação hospedeiro
fungo
Dermatofitoses (Tinhas)
Diagnóstico:
• Arrancamento do pêlo e análise ao microscópio ( formas
vegetativas) - hifas
• Lâmpada de Wood (raios UV)
fluorescência ***
Microsporum canis emite
• Cultura fúngica
• Prurido só se houver contaminação bacteriana secundária
Dermatofitoses (Tinhas)
Dermatofitoses (Tinhas)
Microscopia
Dermatofitoses (Tinhas)
Lâmpada de Wood
Dermatofitoses (Tinhas)
Dermatofitoses (Tinhas)
Dermatofitoses (Tinhas)
Dermatofitoses (Tinhas)
Dermatofitoses (Tinhas)
Dermatofitoses (Tinhas)
Dermatofitoses (Tinhas)
Dermatofitoses (Tinhas)
Dermatofitoses (Tinhas)
Tratamento: LOCAL
• Tricotomia
• Cremes e loções BID, com margem de 6 cm de pele
saudável
– Quadriderme veterinário creme
– Daktarin loção
– Vodol (f. humana)
– Cetoconazol pomada
– Miconazol
Dermatofitoses (Tinhas)
Tratamento: MULTIFOCAL
• Banhos
• Xampus antifúngicos: cetoconazol 2%, miconazol
2% 1 a 2 vezes por semana
• Xampus a base de Clorexidine 2-4%, banhos
semanais
***Medicamentos tópicos usados até que ocorra cura
clínica ou que as culturas sejam negativas
Dermatofitoses (Tinhas)
Tratamento: Sistêmico
• Anti-fúngico: Griseofulvina 25-30 mg/Kg BID VO 3
semanas ( teratogênico)
Cetoconazol 10 mg/Kg SID VO 3 semanas
Itraconazol 10-20 mg/Kg a cada 24 ou
48h
• Antibiótico (em caso de contaminação secundária)
Cefalexina 25 mg/Kg BID VO (cão/gato)
***Tratamento até 2 semanas após a cura clínica ou
cultura negativa
Dermatofitoses (Tinhas)
Tratamento:Ambiental
Esporos podem ficar viáveis no ambiente por até 18 meses
• Superfícies não porosas: clorexidina ou hipoclorito de
sódio 1:10
• Destruir todas as camas, tapetes, escovas, pentes e
similares
• Tapetes que não puderem ser removidos ou destruídos
devem ser lavados com desinfetante antifúngico
• Recintos desinfetados diariamente
Malasseziose
• Agente etiológico: Malassezia pachydermatis
• É uma levedura lipofílica
• Pele normal e anormal, condutos auditivos normais e
anormais, sacos anais, reto, vagina de cães e gatos
normais
• Malasseziose: cães adultos de qualquer idade ou raça
• Prurido é o principal sinal e é constante
Malasseziose
• Alterações no microclima cutâneo :
Excessiva produção de sebo ou cerume
Acúmulo de umidade
Rompimento da barreira epidérmica
• Alterações nas defesas do organismo:
Uso de corticóides ou antibióticos por tempo
prolongado
Malasseziose
• Possui odor desagradável, rançoso e seborréico
• Dermatite regional das orelhas, lábios, focinho, espaços
interdigitais, pescoço ventral, face medial das coxas,
axilas, região perineal
• Raramente relatada em gatos
Malasseziose
Diagnóstico:
• Anamnese + sinais clínicos
• Pesquisa do agente: Amostragem de caspas e gordura
superficial obtidas por raspado cutâneo superficial.
Malasseziose
Tratamento:
• Cetoconazol VO 5 – 10 mg/Kg BID ( 7 – 10 dias após a
cura clínica)
• Itraconazol 5 mg/Kg SID VO (7 a 10 dias após a cura
clínica)
• Griseofulvina 25-30 mg/Kg BID VO 3 semanas (
teratogênico)
• Clotrimazol (Otogen, Otomax) BID Reavaliar a cada 15
dias
Dermatites Infecciosas
Não Contagiosas
Piodermite
• Agente: Staphylococus intermedius
• É uma infecção cutânea de diferentes profundidades e
que atinge diferentes locais
• São classificadas em vários tipos
Impetigo
•
•
•
•
•
•
Piodermite superficial ( epiderme )
Staphylococcus coagulase positivo
Autolimitante
Processo benigno não contagioso
Comum em animais jovens (antes da puberdade)
Infecção secundária a parasitismo, infecções virais, ambiente sujo,
doença imunomediada, má nutrição
Exame clínico:
• Se apresenta na forma de pústulas no abdome e axilas (regiões
glabras)
• Prurido é raro
• Diagnóstico: Inspeção
Impetigo
Impetigo
Impetigo
Impetigo
Tratamento
Pode regredir espontaneamente mas o tratamento acelera
o processo
• Drenagem das pústulas
• Uso tópico de tintura de iodo ou Rifocina Spray
• Banhos com xampus anti-sépticos: clorexidina e
peróxido de benzoíla*** de 7 a 10 dias alternados
*** irritante para a pele de filhotes
Foliculite
• Superficial e secundária à lesões da pele
• S. intermedius
• Rara nos gatos
Exame físico
• Locais de traumas
• Espalhada pelo corpo dos animais
• Diversas elevações e grumos de pêlos pelo tronco,
abdome
• Pústulas*, colaretes, alopecia, eritema, escoriação
Foliculite
Diagnóstico
• Inspeção
• Esfregaço do conteúdo das pústulas
Diferencial
• Outras causas de foliculite (demodicose, dermatofitose,
pênfigo foliáceo)
Foliculite
Foliculite
Foliculite
Foliculite
Tratamento
• Tratar a causa de base
• Drenagem das pústulas
(cocos ou bacilos)
Coloração gram
Antibiograma
antibioticoterapia
• Banhos com xampu anti-séptico: clorexidina e peróxido
de benzoíla até a cura dias alternados ( 21 a 28 dias)
Dermatite Superficial Úmida Aguda
Causas: Agentes físicos (queimaduras, atrito)
Agentes químicos
Traumas (automutilação)
• Não é comum em Pastor Alemão
Exame físico
• Superficial
• Lesão úmida com halo avermelhado em volta
• A lesão surge bruscamente e esse estende de maneira rápida
• Região peribucal ou comissura labial (processos alérgicos ou
traumáticos)
• Dolorosa
• Febre
Dermatite Superficial Úmida Aguda
Dermatite Superficial Úmida Aguda
Dermatite Superficial Úmida Aguda
Dermatite Superficial Úmida Aguda
Dermatite Superficial Úmida Aguda
Dermatite Superficial Úmida Aguda
Diagnóstico
• Histórico de traumas
• Inspeção
• Anamnese
Dermatite Superficial Úmida Aguda
Tratamento
• Cortar os pêlos ao redor da lesão e limpar com antisépticos
• Aplicações várias vezes ao dia de solução anti-séptica .
• Em alguns casos usar um creme com associação de
antibiótico e corticóide
Dermatite Superficial Úmida Aguda
Tratamento
• Tratar a causa primária e prevení-la
• Colar elizabetano
• Antibioticoterapia por até 7 a 10 dias após a
cura
Cefalexina 25 mg/Kg BID VO
Lincomicina 10-20mg/Kg BID VO
Piodermite de Calo de Apoio
• Infecção secundária do calo de apoio por traumas
repetidos ou ruptura da epiderme
• Agente mais comum: Staphylococcus intermedius
• Inicialmente superficial
• Animais pesados e de grande porte
Piodermite de Calo de Apoio
Exame Físico
• Região dos membros ou esternal
• Calo inflamado, ulcerado, fistulado com exsudato
purulento
• Calo
hiperqueratose crônica
infecção
Piodermite de Calo de Apoio
Piodermite de Calo de Apoio
Diagnóstico
• Inspeção
Tratamento
Antibiótico sistêmico por até 7 a 14 dias após a
comprovação da cura da infecção (citologia)
Cefalexina 25 mg/Kg BID VO
Lincomicina 10-20mg/Kg BID VO
• Antibiótico local
• Manejo
Cães
Piodermite Interdigital
• Pododermatite
Causas
• Corpos estranhos
• Traumas
• Material irritante
• Processos alérgicos, parasitários, micóticos, autoimunes
• Complicados por infecção bacteriana (Staphylococus
intermedius) e por lambedura
Piodermite Interdigital
Exame Físico/ Sinais clínicos
• Microabscessos entre os dedos
• Sangramento no espaço interdigital
• Prurido
• Úlceras
• Bolhas
• Alopecia
• Umidade
• Edema local
• Claudicação
• Dor
Piodermite Interdigital
• Histórico
• Exame físico
• Raspados de pele
• Cultura fúngica e bacteriana com antibiograma
• Citologia do exsudato
• R-X
Piodermite Interdigital
Piodermite Interdigital
Piodermite Interdigital
Piodermite Interdigital
Tratamento
• Retirada da causa
• Antibioticoterapia sistêmica no mínimo 4 semanas
Cefalexina 25 mg/Kg BID VO
Lincomicina 10-20mg/Kg BID VO
Cães
Ampicilina 10-20 mg/Kg SID SC ou IM/ BID VO
Gatos
Piodermite Profunda Generalizada
Sinonímia: Síndrome foliculite furunculose do pastor
Alemão ou Piodemite profunda do Pastor Alemão
• Cães da raça Pastor Alemão ou cruzamentos
• Idiopática (gene recessivo)
• Agente: Staphylococus intermedius
• Lesões profundas que se resolvem lentamente e
recidivam frequentemente.
Piodermite Profunda Generalizada
Exame físico
•
•
•
•
•
Região dos quadris
Ombros
Abdome ventral
Coxas
Pápulas, erosões, crostas, úlceras, fístulas, furúnculos,
alopecia, hiperpigmentação
• Prurido variável
• Linfadenopatia periférica
Piodermite Profunda Generalizada
• Boa saúde geral
• A doença cursa com períodos de cura parcial e
exacerbacão
Diagnóstico:
• Inspeção
• Exames complementares para descartar outras causas (
demodicose, alergia)
Piodermite Profunda Generalizada
Piodermite Profunda
Generalizada
Piodermite Profunda
Generalizada
Piodermite Profunda
Generalizada
Tratamento
• Antibioticoterapia sistêmica
Cefalexina 25 mg/Kg BID VO
Lincomicina 10-20mg/Kg BID VO
• Banhos com xampu anti-séptico
• Castração***
por 6 a 8 semanas
Dematopatias de
origem endócrina
Dermatopatias de origem
endócrina
• Lesões alopécicas com simetria
• Ação hormonal sobre a pele (cortisol, tiroxina,
estrógenos)
• Não há prurido
• Animais de meia idade ou mais velhos
• Hiperpigmentação
• Alopecia começa em pontos de pressão, ventre, períneo
e cauda
Dermatopatias de origem
endócrina
Diferencial
• Dermatofitoses
• Demodicose
Diagnóstico
• Lesões de pele associadas a sintomas
sistêmicos
• Investigar causas endócrinas
Hipotireoidismo
• Diminuição das taxas de hormônios tireoideanos
• Queda do metabolismo (aumento no ganho de peso,
letargia)
Sinais Clínicos
• Letargia e prostração
• Animal come pouco e engorda
obesidade
• Faces trágicas
• Perda da libido, anestros, patologias dos espermatozóides
• colesterol
Hipotireoidismo
Sinais Clínicos
• Coração pequeno, afilado
• ECG: diminuição de QRS e onda R bem deprimida
***Sinais dermatológicos:
• Pele seca e envelhecida sem elasticidade (enrugada)
• Pêlos velhos e secos facilmente destacáveis
• Pêlos crescem mais lentamente que o normal
• Hiperpigmentação variável
• Edema cutâneo (mixedema)
• Alopecia bilateral, simétrica do tronco que tende a se
espalhar para as extremidades
• Não há prurido
Hipotireoidismo
Hipotireoidismo
Hipotireoidismo
Hipotireoidismo
Hipotireoidismo
Hipotireoidismo
Diagnóstico
• Dosar T3, T4 e TSH no soro ou plasma (pela manhã em
jejum – Basal)
Administrar estimulantes da
tireóide (TSH 1UI para cães até 14 Kg e 2Ui para os
demais) e dosar novamente ( 4 e 6h)
• R-X tórax
• ECG
• Dosar colesterol
Tratamento
• Reposição hormonal
Levotiroxina (T4) 0,02 mg/Kg BID para o resto da vida
Resposta com no mínimo 3 meses de tratamento
Distúrbio ou desequilíbrio
ovariano
Tipo I
• Hiperestrogenismo (cisto ovariano)
• Mamilos e vulva aumentados
• Fêmeas com cio prolongado, infertilidade, problemas
reprodutivos
Lesões dermatológicas
• Alopecia bilateral simétrica com hiperpigmentação
• Hiperqueratose
• Lesões no tronco, área perigenital, axila e flanco
• Vulva escurecida
Distúrbio ou desequilíbrio
ovariano
Tipo I
Diagnóstico
• Quadro clínico
• Dosagem de estrógeno totais
• US e laparotomias exploratórias (neoplasias ovarianas)
Tratamento
• OSH ( resposta em 3 a 6 meses)
Distúrbio ou desequilíbrio
ovariano
Distúrbio ou desequilíbrio
ovariano
Distúrbio ou desequilíbrio
ovariano
Tipo II
• Hipoestrogenismo ou dermatose responsiva a estrógenos
(castração precoce)
• Rara em gatas
Lesões dermatológicas
• Alopecia generalizada
• Pele fina e infantil por todo o corpo
• Hiperqueratose
• Lesões no tronco, área perigenital, axila e flanco
• Vulva escurecida
• Os tetos e a vulva são infantis
Distúrbio ou desequilíbrio
ovariano
Tipo II
• Sem predisposição para idade e raça
• Normais em outros aspectos
• Incontinência urinária responsiva a estrógenos
Diagnóstico
• Histórico
• Achados do exame físico
• Resposta ao tratamento
Distúrbio ou desequilíbrio
ovariano
Tipo II
Tratamento:
• Dietilestilbestrol 0,1 a 1 mg VO em dias alternados ou
diariamente durante três semanas, suspendendo o uso na
quarta semana
*poupar a medula óssea (trombocitopenia, leucopenia, anemia)
Síndrome Feminilizante dos
Machos
• Produção excessiva de estrógenos e deficiência de
testosterona
• Tumores testiculares (sertolioma), atrofias testiculares
• Machos de ½ idade ou idosos
Sinais Clínicos
• Ginecomastia
• Pênis atrofiado e penduloso
• Diminuição no tamanho dos testículos
• Feminização
• Massa tumoral testicular
Síndrome Feminilizante dos
Machos
Sinais Dermatológicos
• Alopecia na cabeça, pescoço, orelhas, períneo e coxas
• Dermatose linear do prepúcio
Diagnóstico
• Histopatológico dos testículos
• Dosagem de estradiol, testosterona e progesterona
séricos
Síndrome Feminilizante dos
Machos
Tratamento
• Orquiectomia (resposta em 2 a 4 meses)
• Gonadotropina coriônica humana:
50 UI/Kg 2 vezes por semana/seis semanas
Recidivas em até 4 anos após a castração
Síndrome Feminilizante dos
Machos
Hiperadrenocorticismo –
Síndrome de Cushing
• Excesso de cortisol endógeno ou exógeno (tumores,
hiperplasia da adrenal, corticoterapias)
• Excesso de ACTH (adenoma de hipófise)
Sinais Clínicos
• Polidipsia
• Poliúria
• Polifagia
• Distensão abdominal
• Anestro persistente
• Atrofia testicular
Hiperadrenocorticismo –
Síndrome de Cushing
Sinais Dermatológicos
•
•
•
•
•
•
Alopecia no tronco
Pele fina e sem elasticidade
Visualização dos vasos sangüíneos na região abdominal
Hiperpigmentação
Seborréia
Calcificação cutânea
Hiperadrenocorticismo –
Síndrome de Cushing
Hiperadrenocorticismo –
Síndrome de Cushing
Hiperadrenocorticismo –
Síndrome de Cushing
Hiperadrenocorticismo –
Síndrome de Cushing
Hiperadrenocorticismo –
Síndrome de Cushing
Hiperadrenocorticismo –
Síndrome de Cushing
Hiperadrenocorticismo –
Síndrome de Cushing
Diagnóstico
• Iatrogênico: histórico
• Prova de supressão com alta dose de dexametasona
Colher amostra de sangue (basal) 8h
Administrar 0,1 mg/kg IV dexametasona
Avaliar após 4h e após 8h
Hiperadrenocorticismo –
Síndrome de Cushing
Diagnóstico
Prova de supressão da adrenal com dexametasona
Resultados
• Animal com tumor adrenocortical: não causa
basal
cortisol
• Animal com tumor hipofisário: cortisol 50% < que o basal em
4 e/ou 8h
Hiperadrenocorticismo –
Síndrome de Cushing
Tratamento
Causa adrenal
adrenocortical)
Cetoconazol ( inibe a esteroidogênese
iniciar 5 mg/Kg BID VO 7 dias
10 mg/Kg VO BID 7 dias
teste de ACTH
• Retirada da adrenal
< 5 µg cortisol/Kg
aumentar a dose até 30mg/Kg
(dividida em 2X/dia)
Hiperadrenocorticismo –
Síndrome de Cushing
Tratamento
• Causa hipofisária/adrenal
p’-DDD ( adrenocorticolítico). Provoca necrose e atrofia seletiva do
córtex da adrenal.
25 - 50mg/Kg/dia (dividido em 2X/Dia) junto com alimento por 7 a 10 dias.
Repetir o exame de estimulação de ACTH
• Associar:
Prednisolona 0,2 mg/Kg/dia VO ou
Hidocortisona 1 mg/Kg/dia VO
Hiperadrenocorticismo –
Síndrome de Cushing
• Alopecia, pele fina e calcinose cutânea
podem levar semanas ou meses para
melhorar significativamente
• Seborréia grave com alopecia e prurido por 1
ou 2 meses antes da melhora do pêlo