Piodermite Canina - GEAC-UFV

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Piodermite Canina

Mestranda: Elisa Bourguignon Dias

Introdução

   Comum Primária ou secundária Identificar causa base

Etiopatogenese

   Bactérias residentes

Staphylococcus pseudintermedius

Não são particularmente virulentos. Necessário distúrbio inicial.

Principais causas

     Alergias Doenças parasitárias Endocrinopatias Imunodeficiências Problemas anatômicos

Tratamento

Sistêmico :   Dose e período Resistência Tópico :  Shampoo  Pomadas  Loções

Classificação quanto a profundidade das lesões

Infecções bacterianas da superfície :  Dermatite piotraumática e Intertrigo Piodermites superficiais :  Impetigo, Piodermite mucocutânea, Foliculite bacteriana superficial e Dermatofilose Piodermites profundas :  Foliculite profunda, furunculose e celulite       Foliculite piotraumática Foliculite e furunculose nasal, do focinho e podais Foliculite, furunculose e celulite do Pastor alemão Furunculose acral por lambedura Celulite anaeróbica Abcessos subcutâneos

Infecções bacterianas da superfície

Dermatite piotraumática

      Aguda Secundária ao auto trauma Clima quente e úmido Pulgas Lesões Diagnóstico (Mendleau e Hnilica, 2006)

Tratamento

      Tratar causa base Limpeza da região Agentes secantes : Permanganato de potássio A cada 8 a 12h Antiinflamatórios tópicos Predinisolona 0.5 a 1.0 mg/kg SiD Antibióticos (3 a 4 semanas)

Intertrigo

   Cães com excesso de dobras cutâneas Localização Diagnóstico clínico

Tratamento

     Cães obesos Cirurgias Lenços umedecidos (com clorexidina) Shampoos antibacterianos Manutenção

Piodermites superficiais

 Infecção que envolve a epiderme e o epitélio folicular

Impetigo

     Pústulas subcorneais que afetam aréas com poucos pêlos Afeta cães jovens e filhotes Causada geralmente por S. pseudintermedius Parasitismo, infecções virais, ambiente sujo e má nutrição Pústulas pequenas que não envolvem o folículo piloso

   Prurido é incomum (indicando não envolvimento folicular) Resolução espontânea Diagnóstico clínico e citológico (Gross et al., 2009)

Tratamento

    Adiantar o processo de cura Antimicrobianos tópicos Shampoo Raramente são necessários antibióticos orais

Piodermite mucocutânea

        Afeta primariamente lábios e pele perioral Etiologia desconhecida Qualquer idade, raça ou sexo (Pastores) Eritema e edemaciação simétrica dos lábios Podem ocorrer crostas, fissuras e erosões Exsudato Despigmentação Sensibilidade

    Diagnóstico histopatológico Responde a terapia antibacteriana sistêmica ou tópica Mupirocina SID Relapsos são comuns (Gross et al., 2009)

Foliculite bacteriana Superficial

    Infecçãao da parte superficial dos foliculos pilosos S. pseudintermedius Pode progredir para foliculite profunda, furunculose ou celulite Prurido

Sinais clínicos

         Pústula com pelos saindo do centro Pápulas Colaretes epidérmicos Hiperpigmentação Escoriação Alopecia Eritema Crostas Descamação

      Anamnese Exame clínico Citologia Exclusão de causas não bacterianas de foliculite Investigação da causa Antimicrobianos por 21 a 28 dias

Dermatofilose

         

Dermatophilus congolensis

Rara Cocos gram-positivos Umidade é essencial Dermatoses crostosas com exsudato purulento Região dorsal e na laterais dos membros posteriores Diagnóstico Tratamento: Terapia tópica e higiene Antimicrobianos (resistente a eritromicina, sulfonamidas e polimixina B)

Piodermites profundas

    Envolvem tecidos mais profundos do que os foliculos pilosos Invadem a derme e tecido subcutâneo Não acontecem espontaneamente Geralmente continuação de uma piodermite superficial (Gross et al., 2009)

Foliculite, furunculose e celulite profundas

    Infecção folicular que rompe o folículo para produzir furunculose e celulite

S. pseudintermedius

, Proteus spp., Pseudomonas spp. e E. coli Sinais clínicos dependem da profundidade e extensão das áreas lesionadas Úlceras, inflamação, fístulas drenando exsudato e crostas

Tratamento

  Identificação e tratamento das doenças de base Antimicrobiano por 4 a 6 semanas no mínimo

Foliculite e furunculose piotraumáticas

     Nem todos os casos de dermatite úmida aguda resolvem com o tratamento como esperado Classificação histológica de dois grupos Ulceração com foliculite supurativa e com necrose profunda e furunculose ocasional Região do pescoço e lateral da face Cocos profundamente nos folículos

     Afeta cães jovens Golden Retrievers, São Bernardo, Labradores Antibióticos sistemicos até 10 dias após cura clínica Limpeza local Glicocorticóides são contra indicados (Gross et al., 2009)

Foliculite e furunculose nasal

    Incomum Infecção profunda localizada no plano nasal e na região ao redor das narinas Pastor alemão, Bull Terrier, Collie e Pointer Causa desconhecida (trauma)

    Pápulas, pústulas (geralmente dolorosas ou pruriticas) Eliminação dos diagnósticos diferenciais Antimicrobianos até 10 após cura Terapia tópica com clorexidina (Gross et al., 2009)

Foliculite e furunculose do focinho

    Inflamação crônica da região mentoniana e dos lábios Raças de pelagem curta Causa desconhecida Trauma e predisposição genética

     Lesões iniciais: Pápulas não infectadas Com o tempo as pápulas ulceram Limpeza e controle do comportamento Glicocorticóides 4 a 6 semanas de antimicrobianos (Gross et al., 2009)

Foliculite e furunculose podal

      Causa geralmente desconhecida Corpo estranho e trauma local Vários microorganismos secundários Hipotireoidismo e Demodiciose Machos de pêlo curto Eritema, edema, nódulos, úlceras, fítulas, bulas hemorrágicas e exsudato

       Dor e prurido Diagnóstico Auto perpetuante (cicatrizes) Permanganato de potássio Antibiótico 8 a 12 semanas Proteção das patas Remoção cirúrgica

Foliculite furunculose e celulite do Pastor alemão

       Familiar e mediada imunologicamente Infecções profundas e recorrentes Causa de base (alérgicas ou hipotireoidismo) ou imunossupressão - lifócitos T Qualquer um destes insultos podem levar a piodermite severas Cães de meia idade Histórico familiar

(Gross et al., 2009)

    Prurido Pápulas, pústulas, erosões, crostas, úlceras, fístulas, furunculose, alopecia e hiperpigmentação Lifadenopatia Diagnóstico através da exclusão de outras causas Tratamento :   Identificar causa base Tosa e terapia tópica   Enrofloxacina 5 a 10 mg/kh SID 6 a 10 semanas Imunomodulação

Furunculose acral por lambedura

   Variedade de causas Porção distal dos membros torácicos Lesões firmes, alopécicas, hiperpigmentada na periferia, com erosão ou ulceração central (Mendleau e Hnilica, 2006)

    Pesquisa da causa base Histopatologia Antimicrobiano até 2 semanas após cura Quanto mais crônico pior o diagnóstico (Mendleau e Hnilica, 2006)

Celulite aeróbia

    Infecção profunda supurativa Pele friável, escurecida e desvitalizada

Staphylococcus

Terapia antimicrobiana agressiva

Celulite anaeróbia

         Severa Mordedura, traumas por perfuração e corpo estranho Progressão rápida Demarcação pobre Edemaciação e necrose Toxinas podem produzir sinais sistêmicos Diagnóstico pelos sinais clínicos Metronidazol e amoxi+cla até 14 dias após cura Cirurgia

Abcessos subcutâneos

     Incomuns em cães e comuns e gatos Mordedura e corpo estranho P. multocida é a mais isolada Drenagem cirúrgica Antimicrobianos por 7 dias

Obrigada!