Gestão da Informação Governamental

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Transcript Gestão da Informação Governamental

Gestão governamental
da informação: funções
e competências
Bolsista PIBIC/UFRJ:Vinicius Cunha Ferreira
Orientadoras:Ana Maria Barcellos Malin e Kelli
Angela Cábia Lima de Miranda
Grupo de Pesquisa:
“Estudos sobre Gestão e Políticas Públicas de Informação”
Introdução

A partir dos anos 90, destacam-se os estudos científicos para melhor
compreender a Gestão da Informação (GI) no país

Em 2010, criação na FACC do Observatório da Gestão da
Informação (www.obgi.org)

Monitorar tendências na web

Estudos anteriores visaram gerar conhecimento e competência
para atender às necessidades de formação acadêmica

Na fase atual o estudo observa as motivações (devido a
imposições legais ou busca pela eficiência), a estruturação e as
competências necessárias aos profissionais da área
Objetivos

Identificar como estão estruturadas as funções de Gestão da
Informação dentro de organizações públicas.

Descrever as competências técnicas demandadas

Identificar impactos inicias decorrentes da adequação a LAI

No decorrer da pesquisa (período) foi promulgada a Lei de Acesso a Informação
brasileira, que leva a administração pública a buscar novos modelos de Gestão da
Informação
Este fator foi incorporado à pesquisa

Metodologia



1.
2.
3.
4.
5.
Pesquisa Exploratória para ilustrar tendências na incorporação da GI
Baseada em entrevistas estruturadas com gestores públicos
Questionário aborda 5 aspectos:
Como está estruturada a função de gerenciar informação dentro da
organização?
Quais são as competências técnicas necessárias para o desempenho
da função?
Quais são os processos gerenciais?
Como é avaliada a Gestão da Informação?
Primeiros impactos da LAI
Onde foram feitas as entrevistas?

O grupo recorreu às instituições com as quais seus membros têm
parcerias ou projetos em andamento e que representam 2 universos
diferentes. Posteriormente outras serão incorporadas

Instituições de pesquisa:

Casa de Oswaldo Cruz(COC) / FIOCRUZ


Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI)


Entrevistado:Vice-Diretor de Pesquisa, Educação e Divulgação Científica da Casa de
Oswaldo Cruz
Entrevistados: Vice-Diretor (Coordenador Geral de Tecnologias da Informação) e
Responsável pelo Serviço de Informação ao Cidadão (SIC)
Instituições da administração pública:

Empresa Municipal de Informática da cidade do Rio de Janeiro (IPLAN-RIO)


Entrevistado:Assessor da Presidência
Controladoria Geral do Município do Rio de Janeiro (CGM)

Entrevistado: Controlador Geral do Município do Rio de Janeiro
Premissas

Na Gestão Pública os processos primários de trabalho estão
baseados na criação, compartilhamento e uso de informações

Gerenciar informação implica em métodos, ferramentas e técnicas
de uma variedade de funções orientadas para informação
Funções dispersas por toda a organização
Envolve distintas disciplinas e visões
Coordenação das funções com baixo grau de estruturação e
baseada na cooperação



1 – Quanto à estrutura
Existe instância responsável pela GI na estrutura formal da
organização?
A
Obs.
COC
Sim
Existe e tem projetos próprios, como o
desenvolvimento de um repositório
institucional.
CTI
Sim
CGM
Não
Criada recentemente e em processo de
formalização
IPLAN
Não
Prevista pelo atual Planejamento Estratégico
2 .1 Quanto às competências
Competências pesquisadas
Organização de informações (taxonomias, classificação temática, mapas conceituais, etc)
Gerenciamento de documentos (classificação de acesso, descarte/ preservação; autenticidade, etc.)
Segurança da informação (mecanismos de criptografia, controle de acesso, integridade, etc.)
Desenvolvimento e operação de infraestrutura tecnológica (redes e sistemas)
Elaboração de conteúdo para portal e atuação em redes sociais
Gerenciamento e coordenação de planos, programas e projetos na área
Orientação e atendimento ao público (atendimento presencial e eletrônico)
Tabela retirada de Malin, 2006.
2 .2 Competências
Quais são as competência necessárias?
COC
CTI
CGM
IPLAN
Organização de
informações
x
x
x
x
Gerenciamento de
documentos
x
x
x
x
Segurança da informação
x
x
x
x
Desenvolvimento/
operação de
infraestrutura tecnológica
x
x
x
x
Elaboração de conteúdo
para portal e atuação em
redes sociais
x
NÃO
x
x
Gerenciamento e
coordenação de planos,
programas e projetos na
área
x
x
x
x
Orientação e atendimento
ao público
x
NÃO
NÃO
x
2 .3 Competências

Formação profissional predominante - profissionais de Ciência da
Informação e Tecnologia da Informação
Formação Profissional
Tecnologia da Informação
Ciência da Informação
Comunicação Social
Administração
Escala de predominância
3. Processos
4.Avaliação
1.
2.
3.
Integra o planejamento estratégico?
Integração operacional ?
A GI é avaliada?
1
2
3
COC
Sim
Sim
Não
CTI
Sim
Sim
Não
CGM
Sim
Sim
Não
IPLAN
Sim
Sim
Não
5. Impactos da LAI

Comentários quanto ao impacto da LAI:
1.Você considera que a adoção da LAI gerou ou vai gerar mudança das atividades de GI de sua organização?
Comente.
Instituição/Respostas
Comentários
Casa de Oswaldo Cruz
Ainda não é possível avaliar mudanças na COC. Mas na FIOCRUZ deve-se
criar um núcleo de GI implicando, por exemplo, em manter e atualizar o
cadastro de projetos de pesquisa
CTI- Centro de Tecnologia
da Informação Renato
Archer
Não, pois a natureza das atividades de P&D da instituição pressupõe valor
econômico e estratégico do conhecimento (informação) técnico resultante, o
que leva à proteção das informações por patentes, segredos industriais, etc
CGM- Controladoria Geral
do Município do Rio de
Janeiro
Sim, inclusive a CGM se adiantou e aproveitou a ocasião para propor a criação
da nova área, que aguarda formalização. Espera-se maior impacto na parte da
documentação.
IPLAN- Empresa
Municipal de Informática
da cidade do Rio de
Janeiro
Sim vai gerar mudanças, estamos nos preparando para isto, mas ainda não
chegaram pedidos de acesso à informação.
Conclusões (1)

A estruturação da GI encontra-se em estágios diferentes nos dois
grupos de organizações:

Consolidada nas organizações de pesquisa - a gestão da informação
científica e tecnológica é parte do processo rotineiro de pesquisa; e
o aprendizado em GI transborda para as funções administrativas.

Em processo de consolidação nas organizações da administração
pública - implica em forte negociação de poder e recursos,
portanto, mais complexa e demorada.

As competências técnicas desejadas são multidisciplinares, mas
a formação técnica predominante dos profissionais na área
privilegia a TI e Ciência da Informação

A GI está incorporada ao planejamento estratégico das instituições,
no entanto as organizações ainda não realizam a avaliação da
gestão ou de seus resultados. (melhoria de processos)
Considerações Finais (2)

A Lei de Acesso a Informação brasileira leva a administração
pública a se adaptar a um novo modelo de gestão.




Momento de transição (transparência pública)
A LAI impulsiona o processo de criação e formalização da GI
Requer maior padronização e integração de informações na esfera
pública
Questão a ser aprofundada
Bibliografia






Fleury, A.C.C.;Fleury, M.T.L. “Construindo o conceito de Competência”. Revista de
administração contemporânea vol. 8,número especial, Associação Nacional de Pós Graduação e
Pesquisa em Administração, Curitiba, Brasil.
Hamel, G; Prahalad, C K. “Competindo pelo Futuro”. Rio de Janeiro, Campus, 1995.
MALIN, Ana. “Gestão da Informação Governamental: em direção a uma metodologia de
avaliação.” DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação - v.7 n.5 out/2006 Disponível
em: < http://www.datagramazero.org.br/out06/F_I_art.htm>. Acesso em: 05 de Abril de 2010.
MALIN, Ana. “Gestão da Informação Governamental:Institucionalização dos espaços de
trabalho e conhecimento.” In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA
INFORMAÇÃO – ENANCIB, 11.,2010, Rio de Janeiro. Anais Eletrônicos. Rio de Janeiro
Morgan, Gareth. “Imagens da Organização”; Tradução de Cecília Whitaker Bergamini e
Roberto Coda.- 1º ed.- 13. reimpr.-São Paulo:Atlas, 2009.
Teixeira, Hélio Janny. “Análise das Abordagens Sobre as Funções do Administrador”, RAERevista de Administração de Empresas, vol. 21, n.2, abr-jun 1981