Dislexia Final

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
“ A dislexia é uma desordem a nível de desenvolvimento da linguagem cuja
principal característica consiste numa dificuldade permanente em processar
informação de ordem fonológica. Esta dificuldade envolve codificar, recuperar e
usar de memória códigos fonológicos e implica défices de consciência fonológica e
de produção de discurso. Esta desordem, com frequência geneticamente
transmitida, está por via de regra presente à nascença e persiste ao longo de toda
a vida. Uma característica marcante desta desordem manifesta-se nas deficiências
a nível da oralidade e da escrita.” (Kamhi, 1992 cit. in Henning, 2005).
Termo dislexia deriva da língua grega significando
dys =
dificuldade
lexis =
palavra
dificuldade
com
palavras
Diseidética
(visual)
Aléxica
Disfonética
(mista)
(auditiva)
Dislexia

A dislexia “disfonética” (auditiva)a mais frequente, tem como
principal característica a dificuldade de integração letra – som, isto
é, a soletração não se assemelha à palavra lida. O erro mais visível
é a substituição semântica, com alteração de uma palavra por
outra de sentido semelhante (ex.: pasta por mala).

A dislexia “diseidética” (visual) é caracterizada por uma deficiência
primária na percepção de palavras completas. O erro mais comum
é a substituição de uma palavra ou fonema por outra de
sonoridade idêntica (ex.: apertar por apartar).

A dislexia “aléxica” (mista) onde o indivíduo manifesta uma quase
total incapacidade para a leitura. Esta verifica-se tanto na análise
fonética das palavras como na percepção de letras e palavras
completas.
Resulta de uma
disfunção cerebral
que nada tem a
ver com os olhos
Interfere na
aprendizagem das
palavras e da
leitura
Pode ser
hereditária
(Nuno Lobo Antunes, 2009).
Os sujeitos com dislexia:
 São caracterizados por um índice de inteligência normal
ou acima da média;
 Podem apresentar défices de atenção, perturbações
motoras, distúrbios da linguagem e outras dificuldades de
aprendizagem específicas da escrita e cálculo;
 Não apresentam défices de visão e audição.
Pode-se considerar como disléxica a criança que lê
aquém da média das crianças que estão 1 ano e meio
abaixo (ex: criança que no 4º ano apresente
capacidade de leitura de uma outra que esteja no 2º
ano).
 Mais frequente no sexo masculino do que no feminino

Inversão total ou
parcial de palavras e
números (ex: sol – los)
Dificuldade em
soletrar e escrever
correctamente
Velocidade de leitura
mais lenta, com
omissões de linhas do
texto e/ou sons
Substituição de
palavras por outras de
estrutura similar ou
criação de palavras
com significado
diferente (ex: travessa
– atravessava)
Limitações na leitura e
escrita ,com muitos
erros ortográficos e
uma qualidade da
caligrafia bastante
deficiente
Dificuldade na
compreensão de
textos
Adições ou omissões
de sons, sílabas ou
palavras
Confusão de letras
com grafia similar,
mas com diferente
orientação no espaço
(ex: b e d; ajuda –
aduja)
Dificuldade em
diferenciar letras que
possuem um ponto
articulação comum e
cujos sons são
acusticamente
próximos (ex: d – t)
Podem apresentar défices de atenção,
perturbações motoras, distúrbios da
linguagem e outras dificuldades de
aprendizagem específicas da escrita e
cálculo
Problemas na distinção entre a direita e
a esquerda e dificuldades de
coordenação de motora.
1
2
3
4
• Idade Pré-Escolar
• 1º Ciclo (6 aos 9 anos)
• 2º Ciclo (9 aos 12 anos)
• 3º Ciclo e Secundário (mais de 12
anos)
História familiar de problemas disléxicos;
 Atraso na aprendizagem do falar com clareza;
 Vocabulário reduzido na produção oral e na compreensão verbal;
 Confusão na pronúncia de palavras que se assemelham foneticamente;
 Omissões e/ou inversão de fonemas;
 Dificuldade na realização de exercícios sensório perceptivos: distinção
de cores, formas, tamanhos e posições;
 Descoordenação motora, com pouca habilidade para exercícios
manuais e de grafia;
 Dificuldade em aprender lenga-lengas, rimas e sequências;
 Atraso na estruturação e conhecimento do esquema corporal;
 Movimentos gráficos de bases invertidos (por ex: realizar os círculos para
a direita em vez de os realizar para a esquerda);
 No final deste período, aparece a escrita em espelho de letras e
números.

(Baroja, 1989)
Linguagem
Estimular
Consciência
Fonológica
Percepção
de sons (do
ambiente e
das
palavras)




Usar muito o canal auditivo;
Realizar tarefas de segmentação( por ex.
percepção da segmentação das palavras)
Contagem de segmentos das palavras:
Identificação de sílaba inicial, final, intermédia…
Usar:
a) Jogos, músicas, versos, trava-línguas, lenga-lengas...
b) Desenvolver percepção de unidades, de
semelhanças e diferenças sonoras, de ritmo...
c) Misturar estímulos auditivos, visuais, tácteis, motores
Outras idades
Continuar
Na Linguagem:

Expressão verbal pobre;

Dificuldade em aprender a ler e a escrever;

Dificuldade em aprender palavras novas;

Dificuldade em aprender o alfabeto, tabelas de multiplicar e em reter sequências (por ex. dias
semana, dedos da mão, meses do ano).
Na Leitura:

Confusão em letras cuja forma é semelhante, diferenciando-se na sua posição em relação a
um eixo de simetria (d/b; p/q; b/g; u/n; d/p);

Inversões que podem ser: mudança da ordem das letras dentro de uma sílaba (amam por
mamã; ravore por árvore), mudança da ordem das sílabas dentro de uma palavra (drala por
ladra);

Repetições (ex: bolalacha);

Falta de ritmo; lentidão; respiração sincrónica; não respeito pelos sinais de pontuação; saltos
de linha ou repetição da mesma linha; leitura mecânica não compreensiva.

Falta de atenção e concentração.
Frustração
Desmotivação
Problemas
Comportamentais
(Baroja, 1989)
Reflectir sobre a estrutura sonora das
palavras, analisando as sílabas e os
fonemas, pois o domínio do princípio
alfabético pressupõe a correlação
fonema-grafema;
 Dar o modelo (oral ou escrito) sempre
que a criança demonstrar não tê-lo
construído.

Treine o traçado das letras com
diferentes recursos e materiais
 Para soletrar (ou no ditado) permita que
a criança olhe a palavra escrita, feche
os olhos e imagine
 Utilizar actividades lúdicas: palavras
cruzadas, forca, memória de sílabas,
jogo de dados com consoantes e
vogais, etc …

Outras idades
Continuar
Na Linguagem:


Dificuldades em elaborar e estruturar correctamente frases, expressar-se com
termos precisos e no emprego adequado dos tempos verbais;
Linguagem com pobreza expressiva, assim como uma compreensão verbal
desajustada à sua capacidade mental.
Na Leitura:





Leitura vacilante e muito mecânica, a qual os faz, por um lado, não encontrar
gosto na leitura e, por outro, lhes dificulta as aprendizagens escolares das
restantes áreas académicas;
Esta situação é o resultado de todo o esforço que a criança faz ao centrar-se
exclusivamente na decifração das palavras, não conseguindo, por isso,
abstrair-se do significado dos mesmos;
Dificuldades na utilização do dicionário, pelo facto de lhes custar a
aprenderem a ordem alfabética das letras e pela sua dificuldade geral para
organização das letras dentro de uma palavra.
Diminuição de auto-confiança e aumento da frustração;
Problemas de comportamento: impulsividade, imaturidade e tempos curtos de
atenção.
Outras idades
Continuar








Escrita descuidada, desordenada e por vezes
incompreensível;
Inconsistências gramaticais e erros ortográficos;
Dificuldade em planear e redigir composições
escritas;
Tendência para confundir instruções verbais (por ex.
números de telefone);
Grande dificuldade na aprendizagem de línguas
estrangeiras;
Aparecimento de comportamentos disruptivos e
inibição progressiva;
Aparecimento de depressão;
Aversão à leitura e escrita.
Outras idades
Continuar
Não ressalte seus erros,
mas
seus
acertos
o aluno a ter
auto-estima e confiança
em si próprio
todas as
habilidades da criança e
crie situações em que elas
possam aparecer
Apesar de exigir de nós
mais esforço e
disponibilidade,
sempre












Não exija que o aluno leia em voz alta;
Não permita que os colegas humilhem ou rejeitem o aluno por
causa de suas dificuldades;
Dê instruções curtas e simples, que evitem confusões;
Diga-lhe como se organizar na carteira, nas tarefas, na sala...
Dê dicas de como ele pode estudar na sua disciplina;
Não trabalhar somente com o texto como fonte de informação;
Utilizar vários recursos audio-visuais;
Fazer uma breve síntese do assunto a ser desenvolvido;
Sondar o que o aluno sabe sobre o assunto (activar conhecimentos
prévios e estimular inferências);
Na cópia, estimule-o a dizer a palavra ou a frase para si mesmo
antes de escrever;
Utilizar marcadores de cor nas palavras-chave;
Utilizar breves esquemas visuais.
LEIA AS QUESTÕES
EM CONJUNTO
COM O ALUNO e
certifique-se de
que ele
entende o que
é questionado
Esteja
disponível
para
ESCLARECER
DÚVIDAS
CONFIRME
ORALMENTE com
o aluno o que
ele quis dizer e
anote sua
resposta
DÊ-LHE TEMPO
para realizar
a avaliação
com calma
Na correcção,
VALORIZE AO MÁXIMO
A SUA PRODUÇÃO
(erros gramaticais
não simbolizam
desconhecimento
de conceitos e
conteúdos)
Pode e deve
realizar
AVALIAÇÕES
ORAIS
Obrigado pela vossa atenção
Se o disléxico não
aprende da forma
que ensinamos,
temos de
aprender a
ensinar da forma
que ele aprende
Trabalho realizado por:
Ana Rita Vaz
Benjamim Dantas
Daniela Soares
Hélder Domingues
Vitor Gonçalves