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Prontuário Eletrônico
Histórico, Conquistas e
Tendências
Renato M.E. Sabbatini, PhD
Núcleo de Informática Biomédica
UNICAMP
Tópicos
Definições
História
Aplicações
Vantagens e desvantagens
Legislação e ética
Perspectivas
Como saber mais
Prontuário Médico: O Que É
um conjunto de documentos padronizados e
informações coletadas pelos profissionais de
saúde que cuidaram de um paciente;
um registro de saúde do indivíduo, contendo toda
a informação referente à sua saúde, desde o
nascimento até a morte;
um acompanhamento do bem-estar do indivíduo:
assistência, fatores de risco, exercícios e perfil
psicológico.
Evolução Histórica
Até o século 20: ausência de registro,
memória do médico ou anotações em
diários seqüenciais;
1920s: Prontuário médico individual;
1940s: Prontuário médico centralizado;
1960s: Prontuário orientado ao problema;
1980s: Prontuário computadorizado;
1990s: Prontuário baseado em redes;
Finalidades de um Prontuário
suporte à assistência ao paciente: para avaliação e
tomada de decisão e como fonte de informação a
ser compartilhada entre os profissionais de saúde;
como documento legal dos atos médicos;
apoio à pesquisa: pesquisa clínica, estudos
epidemiológicos, avaliação da qualidade do
atendimento e ensaios clínicos;
apoio ao ensino dos profissionais de saúde;
gerenciamento de serviços: faturamento,
autorização de procedimentos, administração,
custos, etc.
Shortliffe, 1999
Desvantagens do Prontuário em Papel
O prontuário pode estar somente num único lugar
ao mesmo tempo
Ilegibilidade
Ambigüidade dos dados
Perda freqüente da informação
Multiplicidade de pastas
Dificuldade de recuperação e pesquisa coletiva
Falta de padronização
Dificuldade e lentidão de acesso
Fragilidade do papel
Shortliffe, 1999
O Prontuário Eletrônico do Paciente
"Um registro eletrônico de saúde contém
informações sobre o passado, presente ou
futuro da saúde e condições físicas e
mentais de um indivíduo, residindo em um
sistema eletrônico usado para capturar,
transmitir, receber, armazenar,
disponibilizar, interligar e manipular dados
multimídia, para os objetivos primários de
um serviço de saúde."
Murphy, Hanken e Waters, 1999
Como Funciona um PEP
Centralizado em uma única base de dados sobre
os pacientes;
Contém dados de identificação, demográficos,
médicos, sociais, financeiros e operacionais
coletados ao nivel do paciente individual;
Estrutura complexa e interrelacionada de
variáveis (campos), formulários de entrada,
relatórios de saída, funções de acesso e
manipulação, etc.
Permite a recuperação individual e coletiva de
informações;
Padronização de nomenclatura, codificação,
intercomunicação, etc.
Estrutura
do Banco
de Dados
Como Funciona um PEP (2)
Utilizado nos pontos de assistência, pelos
profissionais de saúde, através de LAN;
Integração com outros subsistemas corporativos
e clínicos (gestão de leitos, enfermarias,
ambulatórios, laboratórios e centros
diagnósticos, etc.)
Arquitetura de preservação da segurança e
confidencialidade;
Funções de suporte a decisão médica e
administrativa e epidemiológica.
Vantagens do PEP
Acesso remoto e simultâneo
Rapidez de acesso
Dados estão sempre atualizados
Maior segurança e confidencialidade
Flexibilidade dos formulários de entrada e
saída dos dados
Captura automática de dados
Processamento em tempo real e em linha
Captura e fornece dados para outros
sistemas de informação
Recuperação e análise de grupos de dados
Representação da Informação Clínica no PEP
Prontuário orientado à fonte
(SOMR)
Prontuário orientado ao tempo
(TOMR)
Prontuário orientado aos problemas
(POMR)
Breve História do PEP
1960s: Primeiros sistemas de
informação hospitalar (HIS)
1970s: PROMIS (Problem Oriented
Medical Information System),
COSTAR, RMRS (Regenstrief), TMR
1980s: TMIS, HELP (Utah), CCC
1990s: Surgimento dos padrões,
WBMRS, etc. Organização do setor
Registro
Médico
Orientado
ao Problema
Weed, 1969
Requisitos de um PEP
Escopo das informações: todas as informações
sobre os pacientes devem estar armazenadas;
Tempo de armazenamento: os dados devem ser
armazenados continuamente, estando as
informações dos últimos anos disponíveis;
Representação dos dados: devem ser
armazenados de forma estruturada e codificados
num vocabulário comum;
Pontos de acesso: terminais devem estar
disponíveis em todos os pontos onde os dados
são alimentados e utilizados.
PEP É Vital para Novas Tecnologias
Telemedicina
Medicina Molecular
Redes Comunitárias
de Saúde (CHIN)
Gestão da Doença
Medicina Baseada
em Evidências
Cartão Médico Inteligente
Padronização do PEP
Identificação: para pacientes e prestadores;
Comunicação: padrão para mensagens entre
sistemas (HL7, X12, EDIFACT, XML, etc.)
Conteúdo e Estrutura: Padronização do
Registro Clínico do DATASUS, ABRAMGE, etc.
Representação de Dados Clínicos: CID,
SNOMED, LOINC, AMB, etc.
Confidencialidade, segurança e autenticidade
Problemas do PEP
Investimentos altos em hardware, software e
treinamento;
Resistências e ineficiências por parte dos
usuários profissionais de saúde;
Problemas de confiabilidade,
disponibilidade e segurança;
Dificuldades para a coleta completa de
dados;
Resultados a longo prazo; benefícios
demoram para serem percebidos.
Riscos e Barreiras
Dificuldade para se definir o conteúdo
Falta de padronização
Interface com o usuário inadequada
Falta de infraestrutura material e humana
Aspectos legais não definidos
Falta de integração com o contexto e fluxo
operacional assistencial
Fatores de Sucesso
“O sucesso na implementação de
um PEP depende em 80% das
pessoas e somente em 20% da
tecnologia”
Dr. Reed Gardner
LDS Hospital em Salt Lake City
Marcos Conceituais do PEP
É um conceito, não um sistema
É um processo e não um software
Não é somente a digitalização do prontuário
em papel
Deve focalizar a organização e não somente
o paciente
Deve ser implementado em etapas
Deve dar retorno para o investimento
Envolve extensas modificações
comportamentais
O PEP Baseado na Web
É uma variante tecnológica de
implementação do PEP em uma rede de
área ampla (intranet, extranet ou internet)
Utiliza o paradigma da internet (TCP/IP) e
WWW (hipermídia, execução distribuída,
etc.)
Necessita apenas de uma conexão à
Internet e de um software de navegação
(“browser”) para acessar e utilizar.
Alguns Projetos de PEP na Web
W3EMRS - Beth Israel Hospital, Massachusetts
General Hospital e Children's Hospital;
CareWeb - Beth Israel e Deaconess Hospital;
PCASSO - University of California em San Diego;
WebCIS - Department of Medical Informatics da
Columbia University;
Incor/USP – Primeiro exemplo brasileiro na área.
PEPWeb – Núcleo de Informática Biomédica da
UNICAMP
Exemplo: Sistema PEPWeb
Exemplo: Sistema PEPWeb (2)
http://leishmann.nib.unicamp.br/pepweb/
Vantagens do PEP na Web
Multimídia (gráficos, imagens, vídeo e som);
Flexibilidade para integração com outros sistemas e
sistemas legados;
Uso de hipertexto: links para fontes de conhecimento
médico;
Uso de browsers (baixo custo);
Mecanismos de visualização e navegação usualmente
mais adaptáveis e mais fáceis de usar;
Acessibilidade global, instantânea, interativa,
permanente
Suporte à multiplataformas;
Vantagens do PEP na Web
Facilidade de integração de dados dinâmicos com
documentos estáticos;
Facilidade de integração com palmtops, cartões de
pacientes, etc.
Manutenção centralizada, distribuição imediata;
Pode ser implementado em servidores
terceirizados (ASP)
Redução do Custo Total da Propriedade (Total Cost
of Ownership, TCO);
Prontuário Pessoal Eletrônico (PPE)
Variante do PEP baseado na Web, no qual as
informações são gerenciadas pelo próprio
paciente.
Oferecido na forma de serviço ao paciente,
prestadores e pagadores;
Usuários do PPE
Pessoas físicas:
–
–
–
–
Indivíduos
Familias
Viajantes
Idosos
Pessoas jurídicas:
–
–
–
–
–
–
–
Médicos
Clínicas e hospitais
Centros de medicina diagnóstica
Planos de saúde
Empresas de emergência pessoal
Empresas de monitoração médica doméstica
Serviços públicos e redes comunitárias
Legislação e Ética Brasileira
Resolução 1639/2002 do CFM:
Normas Técnicas para o Uso de Sistemas
Informatizados para a Guarda e Manuseio
do Prontuário Médico, dispõe sobre tempo
de guarda dos prontuários, estabelece
critérios para certificação dos sistemas de
informação e dá outras providências.
http://www.cfm.org.br
Novas Tecnologias para o PEP
Objetos Distribuídos (CORBAMed:
Common Request Broker Architecture)
eXtensible Markup Language (XML)
Reconhecimento e Síntese de Voz
Inteligência Artificial (AI)
O Futuro do PEP
De sistema inicialmente adotado
voluntáriamente, para aumento da
eficiência e redução dos custos, passará a
ser exigido por processos de certificação
de qualidade e, finalmente, de adoção
obrigatória por lei.
Quem se antecipar a esta tendência,
assumirá um diferencial no mercado,
cavalgando primeiro a curva do
aprendizado e antecipando-se às novas
ondas tecnológicas.
Para Saber Mais
The Medical Record Institute (USA)
www.medrecinst.com/
Congressos:
– TEHRE: www.medrecinst.com/conferences/tehre/
– TEPR: www.medrecinst.com/conferences/tepr
Common EPR Project (NHS, UK)
www.commonepr.nhs.uk/
The Computer Based Patient Record
www.nap.edu/html/computer/
Sociedade Brasileira de Informática em Saúde
www.sbis.org.br
Curso de Aperfeiçoamento em PEP
Curso intensivo semipresencial e
interdisciplinar, voltado para profissionais
do setor saúde que querem se diferenciar
quanto ao conhecimento teórico, prático e
operacional sobre o PEP
Ministrado e certificado pelo Instituto
Edumed, em colaboração com várias
universidades e com a TrakHealth
Carga didática de 60 horas, laboratório
presencial prático com utilização intensiva
do MedTrak
Pré-Inscrições
Primeira realização: abril de 2002
Professores: Renato M.E. Sabbatini,
Jamil Mattar, Cláudio Giulliano.
Inscrição on-line sem compromisso,
com aula-exemplo disponível no site
de suporte:
http://www.edumed.net/cursos/pep
Contato:
Prof. Renato M.E. Sabbatini
Núcleo de Informática Biomédica
http://www.nib.unicamp.br
[email protected]
Tel. (19) 3788-5102
Instituto Edumed
http://www.edumed.net
Tel. (19) 3295-8191