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Doenças prevalentes do
idoso
Prof.Marlon Santos
Doenças cardiovasculares
Doença Coronariana
A
doença
arterial
coronariana ou aterosclerose coronariana é
caracterizada pelo estreitamento dos vasos que
suprem
o
coração
em
decorrência
do
espessamento da camada interna da artéria devido
ao acúmulo de placas.
A irrigação do coração é denominada circulação
coronariana.
É uma doença que se evidenciou, basicamente,
após a Revolução Industrial, devido à transformação
de uma sociedade de estrutura basicamente rural,
condicionada ao trabalho pesado e fisicamente ativa
em uma população urbana, acostumada a um maior
conforto, porém com alto índice de sedentarismo.
A cardiopatia coronariana é a doença mais comum
na sociedade americana atual. Mais de um milhão
de pessoas (adultos e idosos) sofrem um infarto e
mais de meio milhão morrem anualmente;
no Brasil são cerca de 300 a 350 mil infartos anuais
Aterosclerose Coronariana
É a deposição de placas de
gordura na camada interna dos
vasos causando o estreitamento
progressivo da luz do mesmo.
O
fluxo sanguíneo prejudicado
reduz o aporte de oxigênio ao
miocárdio, não satisfazendo as
demandas cardíacas. Instala-se a
doença coronariana.

Fatores de Risco
Idade e sexo
 Dieta e colesterol
 Hipertensão arterial
 Hereditariedade
 Diabetes Mellitus
 Tabagismo
 Sedentarismo
 Obesidade
 Estresse

Angina Pectoris
É causada por um fluxo sanguíneo
coronariano insuficiente. Em geral, é
uma doença aterosclerótica.
 A dor da angina é referida como
sensação de pressão, aperto no
coração ou constrição no peito.
 Tem uma localização epigástrica,
podendo se irradiar para braços,
mandíbula,
pescoço
e
região
escapular.

Fatores associados a Angina
Esforço físico
 Exposição ao frio
 Estresse ou fatores emocionais
 Ingestão de refeição volumosa e
calórica

Tipos de Angina
Angina estável: a dor acontece aos
esforços físicos ou ao estresse emocional.
Tem fácil alívio com repouso e nitratos.

Angina instável: Os sintomas acontecem
quando o paciente está em repouso ou ao
realizar mínimos esforços físicos. É
caracterizada por uma mudança de caráter
da angina estável.

Manifestações Clínicas
Dor
 Sudorese
 Náuseas
 Palpitações
 Risco aumentado para IAM

Infarto Agudo do Miocárdio
Isquemia Intensa e contínua em uma
porção do miocárdio. As células do
músculo cardíaco são privadas de
oxigênio e sofrem uma lesão, que pode
levar a necrose na área atingida.
 É causado pela diminuição do fluxo
sanguíneo em uma artéria coronária
devido uma obstrução e à oclusão
completa de uma artéria por trombo,
êmbolo ou ateroma.

Manifestações Clínicas
Dor torácica súbita e contínua, em
região epigástrica (abaixo do esterno),
podendo se irradiar para os braços,
pescoço e costas.
 Agitação e ansiedade.
 Sensação de morte iminente.
 Pele fria, úmida e pálida.
 Náuseas e vômitos.
Dispnéia.

Os pulmões
Pneumonia
A pneumonia a um processo inflamatório do parênquima pulmonar,
comumente causada por agentes infecciosos. É classificada de acordo
com o agente causal. Pode ser viral, bacteriana, fúngica ou gordurosa.
Pode ser causada por terapia com irradiação, ingestão de substâncias
químicas e aspiração.

Na maioria dos casos, a pneumonia advém da flora endógena do
paciente, cuja resistência foi alterada ou por aspiração da flora bucal.

A pneumonia causada pelo Streptococcus pneumoniae é a mais
comum e prevalece durante o inverno e a primavera quando as infecções
do trato respiratório superior são mais freqüentes. O S. penumoniae é um
coco Gram-positivo, capsulado, imóvel que reside naturalmente no trato
respiratório superior. É comumente referido como pneumococo.

Gram-negativos: Klebsiella, Pseudomonas, Escherichia coli,
Enterobacteriaceae, Proteus, Serratia.

Gram-positivos: cocos, anaeróbios, micobactérias, agentes da espécie
Norcadia

Vírus, Clamídeas, Fungos, Parasitas.

Pneumonia
A pneumonia bacteriana cria problemas ventilatórios de difusão.
Uma reação inflamatória iniciada pelo pneumococo, ocorre nos
alvéolos que produz um exsudato. Este exsudato, por sua vez,
interfere com o movimento e a difusão de oxigênio e do dióxido de
carbono. Os leucócitos também migram para dentro dos alvéolos
de modo que o segmento pulmonar assume uma estrutura mais
sólida a medida que os espaços aéreos tornam-se repletos As
áreas do pulmão não são adequadamente ventiladas por causa das
secreções, edema de mucosa e bronco espasmo. Estas condições
provocam queda na pressão alveolar de oxigênio. O sangue
venoso, que penetra nos pulmões atravessa a área hipoventilada a
sai do pulmão para o lado esquerdo do coração sem ser oxigenado.
Em essência o sangue é desviado da direita para a esquerda do
coração. Esta mistura de sangue oxigenado com não oxigenado
resulta, eventualmente, em hipoxemia arterial.
Tipos de Pneumonia
Dupla
 Lobar: quando uma porção substancial de
um ou mais lobos é envolvida.
 bronco pneumonia: quando a pneumonia
está dividida em placas, tendo sua origem em
áreas localizadas nos brônquios estendendose para o parênquima pulmonar circunvizinho.
 química por aspiração
 hipostática

Manifestações
Comumente a pneumonia começa com um rápido
estabelecimento de calafrios, febre de elevação rápida (39,5 a
40,5° C) e dor torácica que é agravada pela tosse, além de
taquipnéia (25 a 45/ min), acompanhada por roncos respiratórios
batimentos da asa do nariz e utilização dos músculos acessórios da
respiração.
Com freqüência o paciente se deita sobre o lado afetado em
uma tentativa de sustentar seu tórax. O pulso é rápido e fino. Em
geral, ele aumenta 10 batimentos / min para cada grau de elevação
da temperatura. O escarro é purulento, sanguinolento ou
ferruginoso e não constitui um indicador seguro do agente
etiológico. Pode ocorrer faringite, rinite, tosse produtiva ou
improdutiva, mialgias, artralgias, derrame pleural, perda de peso,
sudorese noturna, hemoptise e sinais de consolidação lobar
(frêmito vocal e tátil, respiração brônquica e macicez à percussão).
Em idosos pode ocorrer: alteração do estado mental,
prostração, ICC, inquietação e delírio excitado.
Tratamento
O tratamento da pneumonia depende, em
grande parte, da administração de antibiótico
adequado, conforme determinados pelos
resultados de exames. O paciente é colocado
em repouso no leito até que a infecção mostre
sinais de resolução. O paciente que está
hipóxico recebe oxigênio.
Derrame Pleural
O derrame pleural é uma coleção de líquidos no espaço pleural
localizado entre as superfícies parietal e visceral; raramente constitui um
processo patológico primário mas, em geral, é secundário à outras doenças.
Normalmente, o espaço pleural pode conter uma pequena quantidade de
líquido (5 a 15 ml), atuando como um lubrificante que permite que as
superfícies viscerais e parietal desloquem-se sem atrito.
Em determinadas patologias intratoráxicas e sistêmicas o líquido pode
acumular-se no espaço pleural até um ponto onde ele se torne clinicamente
evidente, sendo quase sempre de significado patológico.
O derrame pode ser um líquido relativamente claro, o qual pode ser um
transudato ou um exsudato, ou pode ser sangue ou pus. O derrame pleural
pode, ainda, ser uma complicação da tuberculose, pneumonia, insuficiência
cardíaca congestiva, infecções pulmonares virais, tumores neoplásicos e
trauma.
Um transudato indica uma condição como ascite, doença sistêmica
como a insuficiência cardíaca congestiva ou insuficiência renal crônica. Um
exsudato (extravasamento de líquido para dentro de tecidos ou cavidades)
resulta de inflamação por produtos bacterianos ou tumores que envolvem as
superfícies pleurais.
Manifestações Clínicas
Usualmente, as manifestações clinicas são
aquelas causadas por doença subjacente; a
pneumonia causará febre calafrios e dor
torácica pleurítica enquanto que um derrame
por malignidade pode resultar em dispnéia e
tosse. Uma grande quantidade de derrame
pleural provocará dificuldades respiratórias o
desvio da traquéia para fora do lado afetado
pode ocorrer como acúmulo significado de
líquido pleural.
Tratamento
Os objetivos do tratamento são descobrir a causa
básica para evitar a coleção de líquido a partir da
recidiva a aliviar o desconforto e a dispnéia.
A toracocentese é realizada para retirar o líquido
para coletar uma amostra para análise e para aliviar a
dispnéia. As toracocenteses repetidas resultam em
dor, depleção de proteínas e eletrólitos e algumas
vezes em pneumotórax. Neste evento, o paciente
pode ser tratado com drenagem torácica conectada a
um sistema de drenagem subaquática ou aspiração
de modo a evacuar o espaço pleural e re-expandir o
pulmão.
Empiema
É uma coleção de líquido infectado (pus) na
cavidade pleural. Isto pode ocorrer se um
abscesso se estender para a cavidade pleural,
suceder cirurgia torácica ou ferida penetrante
do tórax.
Manifestações Clínicas
Febre, sudorese noturna, dor pleural,
dispnéia, anorexia, perda de peso. A ausculta
mostra ausência de sons respiratórios. Se o
paciente recebeu terapia antimicrobiana, as
manifestações clínicas podem ser alteradas. O
diagnóstico é estabelecido com base nas
radiografias de tórax e na toracocentese.
DPOC
A DPOC é uma classificação ampla, inclusive bronquite crônica,
enfisema e asma. É uma condição irreversível, associada à dispnéia ao
esforço e fluxo aéreo reduzido para dentro ou para fora dos pulmões.
A obstrução da via aérea que causa a redução do fluxo de ar varia de
acordo com a doença. Na bronquite crônica, o excessivo acúmulo de
muco e secreção bloqueia a via aérea. No enfisema, a obstrução à troca
de oxigênio e dióxido de carbono resulta da destruição das paredes do
alvéolo causada pela hiperexpansão dos espaços aéreos no pulmão. Na
asma, as vias brônquicas estreitam-se e restringem a quantidade de ar
que entra nos pulmões.
Estudos apóiam a teoria de que a DPOC é uma doença de interação
genética e ambiental. O fumo, a poluição do ar e a exposição ocupacional
(algodão, carvão, grãos), são fatores importantes de risco que contribuem
para seu desenvolvimento, o que pode ocorrer durante um período de 20
a 30 anos. Parece começar muito precocemente na vida e é um distúrbio
lentamente progressivo, que está presente muitos anos do início dos
sintomas clínicos de comprometimento da função pulmonar.
Bronquite
A bronquite crônica é definida como a presença de uma tosse
produtiva, que perdura por três meses a um ano, por dois anos
consecutivos. A bronquite crônica está principalmente associada ao fumo
de cigarro e à exposição à poluição. A fumaça irrita as vias aéreas,
resultando em hipersecreção de muco e inflamação.
O principal problema do paciente é a produção abundante e protraída
de exsudato inflamatório, que enche e obstrui os bronquíolos e é
responsável por uma tosse produtiva e persistente, além da dispnéia.
Esta constante irritação provoca hipertrofia das glândulas secretoras
de muco (caliciformes), hiperplasia das células caliciformes, perda dos
cílios e produção aumentada de muco, levando ao tampão brônquico e
estreitamento dos brônquios. Pacientes com bronquite crônica
apresentam suscetibilidade aumentada às infecções reincidentes do trato
respiratório inferior.
As exacerbações da bronquite crônica ocorrem durante o inverno. A
inalação de ar frio produz broncoespasmo em pessoas mais sensíveis.
Tratamento
Os principais objetivos do tratamento são manter a permeabilidade da
árvore brônquica periférica, facilitar a remoção dos exsudatos brônquicos
e evitar a incapacidade. As alterações no padrão do escarro (natureza,
coloração, quantidade, espessura) e no padrão da tosse são importantes
sinais a se observar. As infecções bacterianas reincidentes são tratadas
com terapia antibiótica, após a complementação da cultura e dos estudos
de sensibilidade.
Para facilitar a retirada do muco, os broncodilatadores são prescritos
para aliviar o broncoespasmo e reduzir a obstrução das vias aéreas; desta
maneira, a distribuição gasosa e a ventilação alveolar são melhoradas. A
drenagem postural e a percussão torácica, após o tratamento
medicamentoso, são comumente valiosas. A água (administrada por via
oral ou parenteral, se o broncoespasmo for severo), é uma parte
importante da terapia, porque a hidratação adequada ajuda a fluidificar as
secreções e a expectoração.
Enfisema Pulmonar
É definido como uma distensão anormal dos espaços aéreos
distais aos bronquíolos, com destruição dos septos alveolares.
Quando o paciente apresenta os sintomas, a função pulmonar já
está comprometida de maneira irreversível. O fumo constitui a
principal causa, entretanto existe uma predisposição genética
onde por anormalidade enzimática ocorre a destruição do tecido
pulmonar. Outros fatores que causam a obstrução das vias
aéreas são: inflamação e edema dos brônquios, produção
excessiva de muco; perda da elasticidade das vias aéreas,
colapso dos bronquíolos e redistribuição de ar para os alvéolos
funcionais.
Enfisema Pulmonar
À medida que as paredes dos alvéolos são destruídas, a área de
superfície alveolar diminui aumentando os espaços mortos,
comprometendo a difusão de oxigênio, o que resulta em hipoxemia.
Nos estágios posteriores da doença, a eliminação de CO2 está
comprometida, provocando a acidose respiratória. O fluxo sangüíneo
pulmonar é aumentado e o ventrículo direito é forçado a manter maior
pressão sangüínea na artéria pulmonar. Desta maneira, a insuficiência
cardíaca direita (cor pulmonale) é uma das complicações do enfisema.
A presença de edema de membros inferiores (edema gravitacional),
veias do pescoço distendidas ou dor na região do fígado sugere o
desenvolvimento de insuficiência cardíaca. O paciente torna-se
progressivamente dispnéico, o tórax torna-se rígido e as costelas são
fixadas em suas articulações. O tórax em barril de muitos desses
pacientes é devido a perda da elasticidade pulmonar. A dispnéia é o
principal sintoma no enfisema e tem um início insidioso. Geralmente o
paciente apresenta uma história de tabagismo de longa data, tosse
crônica, sibilos e crescente taquipnéia, sobretudo com infecção
respiratória.
Tratamento
Remoção das secreções brônquicas, uso de
broncodilatadores, prevenção e tratamento das
infecções, fisioterapia torácica (exercícios e
treinamento respiratórios, exercícios e tratamento
físico), oxigenoterapia contínua com fluxo baixo,
apoio psicossocial e educação do paciente.
Asma
A asma é uma doença obstrutiva das vias aéreas, intermitente e
reversível, caracterizada por responsividade aumentada da traquéia e
brônquios a vários estímulos. Manifesta-se por um estreitamento das vias
aéreas, resultando em dispnéia, tosse e sibilos. O grau de estreitamento
das vias aéreas pode mudar espontaneamente ou por causa da terapia. A
asma difere das outras doenças pulmonares obstrutivas pelo fato de ser
um processo reversível. As exacerbações agudas podem ocorrer, as quais
duram desde minutos até horas, espaçadas por períodos livres de
sintoma. Quando a asma e a bronquite ocorrem ao mesmo tempo, a
obstrução é composta e é chamada de bronquite asmática crônica.
A asma pode começar em qualquer idade; cerca de metade dos casos
desenvolve-se na infância, outro terço antes dos 40 anos. Embora a asma
raramente seja fatal, ela afeta a freqüência escolar, escolhas
ocupacionais, atividades físicas e muitos outros aspectos da vida. Com
freqüência a asma é caracterizada como alérgica, idiopática, não alérgica
ou mista. A asma alérgica é provocada por um alérgeno (poeira, mofo,
pelo de animais, alimentos). A asma idiopática e não alérgica não está
relacionada a alérgenos específicos. Distúrbios como um resfriado
comum, exercício, emoções e poluentes ambientais podem deflagrar uma
crise.
Asma
Alguns agentes farmacológicos (como a aspirina e outros agentes
anti-inflamatórios não hormonais, corantes, etc.) também podem ser
fatores. As crises de asma não alérgica, idiopática, tornam-se mais
severas e freqüentes com o tempo, podendo progredir para a bronquite
crônica e enfisema.
A asma mista é a forma mais comum de asma. Apresenta
características de forma alérgica e da idiopática ou não alérgica.
Fisiopatologia: A asma é uma obstrução difusa e reversível das vias
aéreas. A obstrução é causada por um ou mais dos seguintes fatores:

Contração dos músculos que circundam o brônquio, o que estreita a
via aérea.

Edema das membranas que revestem os brônquios.

Depleção dos brônquios com muco espesso.
Além disso, existe hipertrofia muscular brônquica, hipertrofia das
glândulas mucosas, escarro espesso e tenaz e hiper-insuflação ou
represamento de ar nos alvéolos.
Manifestações Clínicas
Os três sintomas mais comuns da asma são:
tosse, dispnéia e sibilos. As crises de asma
ocorrem, freqüentemente, à noite, e as causas não
estão completamente compreendidas.