Doença Pulmonares

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Transcript Doença Pulmonares

Módulo II
Roberto Carlos Lyra da Silva
Prof. Adjunto – UNIRIO
Disciplina de Semiologia
Cuidado de
Enfermagem aos
Clientes com
Complicações
Respiratórias.
Cuidado de enfermagem
aos clientes com
complicações respiratórias.
Semiologia e
Propedêutica
Roberto Carlos Lyra da Silva
Prof. Adjunto – UNIRIO
Disciplina de Semiologia
Abordagem ao Doente com
Sintomas Pulmonares
 História;
 Exame
Físico;
 Radiografia de Tórax;
 Função respiratória;
 Análise de gases;
 Tomografia;
 Broncoscopia.
História
 Permite
determinar a etiologia da clínica;
 Permite determinar os sintomas primários;
 Permite determinar o quadro
sintomatológico correlato;
 Exposição ocupacional/ambiental?
 História familiar, viagens e contatos?
 Doenças pregressas e uso de medicamentos
ou drogas ilícitas?
 Resultados de exames prévios.
Principais Achados
 Dor
torácica;
 Tosse;
 Dispnéia;
 Hemoptise;
 Estridor;
 Sibilo;
 Estertor.
Exame Físico
 Iniciar
pelo estado geral: BEG, REG, MEG
 Atentar para sinais de desconforto e
ansiedade e rebaixamento da consciência.
Manchester, 2008.
Inspeção
 Atentar







para os sinais de dificuldade
respiratória e hipoxemia!
Ventilação paradoxal?
Agitação?
Cianose?
Tiragem
Músculos acessórios?
Sinais de DPOC (baqueteamento digital ou
edema de MMII)?
Relação I:E?
Padrões Ventilatório Anormais
Biot
Ausculta
 Componente
mais importante do Exame
físico;
 Buscar os murmúrios vesiculares.
Ruídos Normais
 Traqueais
 Brônquicos
 Broncovesiculares
 vesiculares
Ruídos Adventícios
 Estertores
Finos;
 Estertores Grossos;
 Roncos;
 Sibilos;
 Estridor;
 Atrito Pleural.
A atenuação dos ruídos ventilatórios
significa baixo fluxo aéreo!
Os
componentes
principais da avaliação
clínica dos pacientes com
sintomas pulmonares são,
como vimos, história e
exame
físico.
Essas
informações são muito
relevantes e deverão ser
melhor investigadas pelo
Enfermeiro
durante
a
classificação de risco em
salas de emergência.
Cuidado de enfermagem
aos clientes com
complicações respiratórias.
INVESTIGAÇÃO
SINTOMATOLÓGICA E
CLASSIFICAÇÃO DE
RISCO EM UPA
Queixas respiratórias
Manchester, 2008.
Dor Torácica
 Afastar: Pneumonia, Embolia, Pleurites, Câncer, Fraturas
de coestelas.
Tosse
 Deverá
sempre ser considerada como
resposta normal a presença de muco ou
outro material estranho nas vias respiratórias;
 Quando
persistente, relaciona-se
com
processo inflamatório de vias aéreas e
pulmões;
 Até 3 semanas, é aguda;
 É a 5ª. Queixa mais comum em UPA.
Tosse Aguda
 Infecções
de VAS (resfriado comum);
 Pneumonia;
 Gotejamento pós-nasal (rinire/sinusite);
ATENÇÃO
 Raramente é o único sintoma inicial do
embolismo pulmonar!
 Em idosos pode indicar broncoaspiração
ou IC.
Tosse Crônica
 Muito
comum entre tabagistas;
 Bronquite crônica (tosse produtiva por mais
de 3 meses);
 Doença do Refluxo gastresofágico (DRGE);
 Asma;
 Uso de Inibidores da ECA.
 Tuberculose (hemoptise).
Dispnéia
É
a respiração desconfortável/desagradável;
 São comuns em doentes com DPOC (aumento
do esforço para respirar);
 É comum no EAP (sensação de sufocamento);
 Mecanismos
cardíacos
poderão
estar
envolvidos!
 Início abrupto sugere embolismo pulmonar e
pneumotórax, mesmo na ausência de dor
torácica!
 Com tosse produtiva e febre, Pneumonia!
 Durante a noite, ao dormir, disfunção do VE!
Hemoptise
 Eliminação
de sangue do trato respiratório
pela tosse.
 É considerada maciça quando superio a
600ml de sangue;
 A causa mais comum é a tuberculose.
 Em tabagistas com mais de 40 anos, a causa
mais comum é o câncer pulmonar primário!
 Pode ser observado no embolismo pulmonar
e no infarto pulmonar!
Cuidado de enfermagem
aos clientes com
complicações respiratórias.
Roberto Carlos Lyra da Silva
Prof. Adjunto – UNIRIO
Disciplina de Semiologia
Doenças
Respiratórias &
Intervenções
de
Enfermagem
Asma
Definição
 Doença
carecterizada por inflamação
difusa
das
vias
respiratória
desencadeada por diversos estímulos
deflagradores,
que
resulta
em
broncoconstricção
parcial
ou
completamente reversível.
Sibilância
Dispnéia
Asma
Sintomatologia
 Os
sinais e sintomas envolvem dispnéia,
opressão torácica e desenvolvimento de
sibilos.
 O diagnóstico é clínico, com base na
história
e
no
exame
físico,
complementado por testes de função
respiratória.
Classificação de Gravidade
ACHADOS
GRAVE
MODERADA
LEVE
Asma
Tratamento e Prognóstico
O
tratamento envolve controle dos
fatores
deflagradores
e
terapia
medicamentosa, mais comumente com
inalação de Beta-agonistas e corticóides.
 O prognóstico é bom com o tratamento.
Estado Asmático
É
a forma mais grave da doença em que
a obstrução da via aérea resiste à terapia
medicamentosa convencional e dura
mais do que 24h.
ATENÇÃO
Quando esse quadro não é revertido
prontamente o doente poderá progredir
para falência ventilatória!
Manifestações Clínicas
 Taquipnéia
com ventilação laboriosa e
enorme esforço expiratório;
 Uso de musculatura acessória e retrações
supra-esternais;
 Ruídos ventilatórios diminuídos;
 Fadiga, cefaléia, tonteira e irritabilidade;
 Rebaixamento da consciência;
 Contratura muscular e sudorese;
 Taquicardia e hipertensão arterial.
MORTE POR SUFOCAÇÃO!
Intervenções de Enfermagem
 Monitorar
funções e parâmetros vitais;
 Correlacionar dados gasimétricos
x esforço
ventilatório x estado de consciência;
 Observar sinais de tolerância de efeitos
adversos do tratamento medicamentoso com
broncodilatadores (nervosismo, tremor e
taquicardia);
 Administrar O2 com cautela em DPOC
(narcose?)
 Garantir suporte ventilatório invasivo.
Farmacoterapia
Modificadores de
leucotrienos
Corticosteróides
Anticolinérgico
Beta-agonista
ESATABILIZADOR
BLOQUEADOR DE MASTÓCITO
METILXANTINAS
de IgE
ipratrópio
budesonida
fluticasona
beclometasona
montelukast
zafirlukast
albuterol
salmeterol
formoterol
cromolin
Na
teofilina
omalizumab
nedocromil
DPOC
Definição
É
a obstrução parcialmente reversível das
vias respiratórias, provocada por resposta
inflamatória
anormal
a
toxinas,
frequentemente á fumaça do cigarro.
 A deficiência de alfa-antitripsina e uma
variedade de exposições ocupacionais
constituem causas menos comuns em
indivíduos não fumantes.
DPOC
Termo generalizado para obstrução das vias
aéreas associada com distúrbios pulmonares
como enfisema e bronquite crônica
Brônquite Obstrutiva Crônica
Enfisema Pulmonar
Enfisema x Bronquite Crônica
Ectoscopia
DPOC
Sintomatologia
 Os
sintomas compreendem tosse produtiva
(cardinal) e dispnéia, que se desenvolvem
durante anos e os sinais comuns envolvem a
diminuição dos sons respiratórios e a ausência
de sibilos;
 Cefaléia matinal é comum na doença mais
avançada;
 Os casos graves podem ser complicados por
perda de peso, pneumotórax, insuficiência
cardíaca direita e insuficiência respiratória.
DPOC
Sintomatologia na Doença Avançada
 Respiração
com lábios cerrados;
 Uso de músculo acessório;
 Depressão paradoxal dos EIC inferiores
(Sinal de Hoover);
 Cianose.
DPOC
Sintomatologia nas Exacerbações Agudas
 Geralmente
ocorrem por infecções de vias
respiratórias;
 Pode-se observar sibilos;
 Hiperinsuflação pulmonar;
 Atenuação dos ruídos cardíacos e
respiratórios;
 Tórax em barril.
DPOC
Diagnóstico e Tratamento
O
diagnóstico baseia-se na história, no
exame físico, na radiografia de tórax e
nos testes de função pulmonar.
 O tratamento é com broncodilatadores,
corticosteróides e, se necessário, O2.
 Cerca de 50% dos doentes falecem
dentro de 10 anos do diagnóstico inicial.
Gravidade & Tratamento
Brônquite Obstrutica Crônica
Definição
 Brônquite
crônica
acompanhada
de
obstrução das vias respiratórias (síndrome de
hipersecreção de muco);
 A Bronquite crônica torna-se obstrutivaa partir
de evidências espirométricas de obstrução
respiratória;
 Pode se confundir com a bronquite asmática;
 Definida por tosse produtiva por mais de 03
meses, em dois anos consecutivos
Enfisema pulmonar
Definição
É
a destruição do parênquima pulmonar,
acarretando a perda da retração elástica,
dos septos alveolares e da tração radial das
vias respiratórias, favorecendo o colapso
destas
 O tabagismo é o principal fator de risco;
 Grande responsável pela morte de fumantes
no mundo inteiro;
 Taxa de mortalidade aumenta com a idade
e é maior entre os homens;
Enfisema pulmonar
Clínica
 Sinais
de hiperinsuflação pulmonar;
 Sinais de limitação do fluxo aéreo;
 Sinais de aprisionamento do ar;
 Os espaços aéreos se dilatam e,
eventualmente,
podem
desenvolver bolhas.
Cor pulmonale
Definição
 Complicação
comum da DPOC grave de
longa duração;
 Forma de insuficiência cardíaca, onde há
diminuição da capacidade de funcionamento
das câmaras direitas do coração, por doença
pulmonar;
 O aumento da resistência ao fluxo de sangue
e Hipertensão pulmonar, sobrecarregam
progressivamente o coração direito.
Cor pulmonale
Sintomatologia
 Ocorre
aumento da pressão nas veias de todo
o corpo e, em decorrência, dilatação das
veias, hepatoesplenomegalia e edema nas
pernas, além dos sintomas da doença
pulmonar, como dispneia e cianose.
Terapia com O2
A
longo prazo, prolonga a vida dos portadores
de DPOCnos quais a PaO2 é cronicamente
inferior a 55mmHg;
 O uso contínuo (24h) é mais efetivo do que 12h
(esquema noturno);
 Melhora o hematócrito;
 Melhora os fatores neuropsicológicos;
 Melhora o estado hemodinâmico pulmonar e a
tolerância ao esforço;
 PaO2 alvo = 60mmHg (3L/min de fluxo de O2);
 Pode piorar a hipercapnia nas exacerbações!
Assistência Ventilatória
 Ventilação
não invasiva com pressão positiva
das vias aéras;
 Deterioração do estado mental e dos
parâmetros gasimétricos e insuficiência
respiratória progressiva, na vigência de CPAP:
ENTUBAÇÃO
TRAQUEAL
E
ASSISTÊNCIA
VENTILATÓRIA INVASIVA!
 Atenção ao uso concomitante de Betaagonistas,
anticolinérgicos
e/ou
corticosteróides.
Medicamentos x Reação
MEDICAMENTO/AÇÃO
REAÇÃO
ADVERSA/IMPLICAÇÃO
Agonista beta2-adrenérigco
Efeitos simpaticomiméticos: nervosismo,
inquietação,
taquicardia,
insônia,
náuseas, tonteira, arritmias, sudorese e
rubor.
Anticolinérgico
Efeitos
colinérigocs
e
simpaticomiméticos
(brandos):
Turvação visual, tosse rouquidão e
ressecamento da boca.
Metilxantinas
Náuseas, vômitos,, diarréia, cefaléia,
insônia,
irritabilidade,
inquietação,
perda do apetite,
taquicardia e
arritmias ventriculares.
Corticosteróides
Irritação oral e faríngea e candidíase.
Síndrome de Cushing em altas doses e
longos períodos de uso
Prótese-Dependente: Riscos
 VEF1
menos que 0,5L;
 GSA estável;
 PaO2 menor que 50mmHg e/ou
 PaCO2 maior que 60mmHg;
 Limitação grave ao esforço e
 Comprometimento do estado nutricional.
Intervenções de Enfermagem
 Monitorar
efeitos adversos de
broncodilatadores;
 Monitorar ruidos pleuro-pulmonares após
administração de broncodilatadores;
 Monitororar Sat. O2;
Monitorar e relatar sonolência excessiva,
inquietação, agressividade, ansiedade ou
confusão e cianose central, possíveis sinais de
insuficiência respiratória!
Bronquite Aguda
Definição
É a inflamação das vias respiratórias
superiores, comumente após a infecção
das mesmas.
 A cuasa é, em geral, uma infecção viral,
embora, às vezes, seja uma infecção
bacteriana.
 O patógeno, raramente é identificado.

Bronquite Aguda
Sintomatologia
O
sintoma mais comum é a tosse, com ou
sem febre, e/ou produção de escarro.
 Nos
doentes com DPOC, também
podem ocorrer hemoptise, dor torácica
em queimação e hipoxemia.
 O diagnóstico é clínico e o tratamento é
sintomático.
Bronquite Aguda
Tratamento e Prognóstico
 Antibióticos
são necessários apenas para
pacientes com pneumopatias crônicas.
 O prognóstico é excelente nos pacientes
sem pneumopatias, mas, nos portadores
de DPOC, pode acarretar insuficiência
respiratória aguda.
Embolismo Pulmonar
Definição e Etiologia
É
a oclusão de uma ou mais artérias
pulmonares por trombos que se originam de
outros locais.
 As consequências dependem do tamanho e
da quantidade de êmbolos
 Os fatores de risco são condições que
dificultem o retorno venoso e causam lesão ou
disfunção endotelial, especialmente em
doentes
com
estado
hipercoagulável
subjacente.
Fatores de
Risco
Embolismo Pulmonar
sintomatologia
 Os
sintomas compreendem dispnéia
aguda (súbita), dor pleurítica, tosse e, em
casos graves, síncope ou PCR.
 Os sinais são inespecíficos e podem
envolver
taquipnéia,
taquicardia,
hipotensão e hiperfonese de B2.
Embolia Pulmonar
Diagnóstico e Tratamento
O
diagnóstico baseia-se em cintilografia de
ventilação/perfusão,
angiografia
com
tomografia computadorizada ou arteriografia
pulmonar.
A
oximetria de pulso propicia rápida
avaliação da oxigenação e pode evidenciar
a hipoxemia precocemente!
O
tratamento é com anticoagulantes,
trombolíticos e, ocasionalmente, cirurgia para
remoção do coágulo.
Anticoagulação na TEP
Contra-indicações
Heparinas
Características
Posologia
HBPM
Monitoramento na Anticoagulação.
Monitoramento na Anticoagulação.
Monitoramento na Anticoagulação.
Intervenções de Enfermagem
 Monitorar
sinais vitais (oximetria e GSA);
 Monitorar sinais de choque;
 Monitorar sinais de sangramento (TAP, PTT
e INR; Plaquetas e Teste do Guáiaco
fecal;
 Monitorar resposta volêmica;
Atentar para sinais de hipoxemia grave
diante de possibilidade de sedação!
Pneumonia
Definição
É
a inflamação aguda dos pulmões causada
por infecção. Em geral, o diagnóstico inicial
baseia-se em radiografia de tórax.
 Causas,
sintomas, tratamento, medidas
preventivas e prognóstico são diferentes,
dependendo de ser infecção bacteriana,
viral, fúngica ou parasítica, de ser
comunitária ou hospitalar e de ter
acometido imunocomprometido, ou não.
H. influenzae, S.
pneumoniae e
atípicos
Pneumonia
PAVM
Etiologia
Comunitária
Parasítica
Virais
Fúngicas
Bacterianas
Streptococus
pneumonie
Hospitalar
Gram-negativos
e os
S. aureus
Pneumonia Comunitária
Agente Causal
 Desenvolve-se
em indivíduos com pouco
ou nenhum contato com instituições ou
ambiente hospitalares ou clínica.
 Os patógenos mais identificados são
Streptococcus pneumoniae, Haemóphilus
influenza e microrganismos atípicos,
como
a
Chlamidia
pneumoniae,
Mycoplasma Pneumoniae e Legionella
sp.
Pneumonia Comunitária
Sintomatologia
 Os
sinais e sintomas compreendem febre,
tosse, dispnéia, taquipnéia e taquicardia.
O
diagnóstico
baseia-se
em
manifestações clínicas e radiográficas do
tórax.
O
tratamento é com antibióticos
escolhidos empiricamente.
Pneumonia Comunitária
Prognóstico
O
prognóstico é excelente para os doentes
relativamente jovens e/ou para aqueles
sadios, mas muitas pneumonias, em especial
quando causada por S. pneumoniae e vírus
influenza, são fatais para doentes mais
idosos e com mais comorbidades.
Pneumonia Nosocomial
Agente Causal
 Desenvolve-se
pelo menos 48 horas após
a hospitalização.
 Os patógenos mais comuns são os
bacilos
Gram-negativos
e
os
Staphylococcus aureus, no entanto os
microrganismos resistentes ás drogas são
preocupação significativa.
Pneumonia Nosocomial
Sintomatologia
 Os
sinais e sintomas são os mesmos da
pneumonia
comunitária,
mas,
nos
doentes em assistência ventilatória, a
pneumonia também pode se manifestar
por piora da oxigenação e aumento das
secreções traqueais.
Pneumonia Nosocomial
Diagnóstico e Tratamento
 Presume-se
o diagnóstico com base em
manifestações clínicas e radiografia do
tórax, confirmando-se pela hemocultura
ou pela coleta de espécime por
broncoscopia do trato respiratório inferior.
 O tratamento é com antibióticos. Em
geral, o prognóstico é ruim, em parte
devido às comorbidades.
Pneumonia em Imunosuprimido
 Costuma
ser causada por patógenos
incomuns. Os sinais e sintomas dependem do
patógeno;
 O diagnóstico baseia-se em hemoculturas e
espécimes broncoscópicos das secreções
respiratórias,
às
vezes
com
culturas
quantitativas;
 O tratamento depende do patógeno e do
comprometimento do hospedeiro;
 Pneumocystis jiroveci é o patógeno mais
frequente!
Pneumonite e Pneumonia por
Aspiração
 São
provocadas pela inalação de
substâncias tóxicas, geralmente com
aspiração de conteúdo gástrico para os
pulmões.
O
resultado pode ser pneumonia
indetectável ou química, pneumonia
bacteriana ou obstrução de vias
respiratórias.
Pneumonite e Pneumonia por
Aspiração
 Os
sintomas incluem tosse e dispnéia.
O
diagnóstico
baseia-se
em
manifestações clínicas e radiografia de
tórax.
 O tratamento e o prognóstico diferem
quanto à substância aspirada.
Bundle Profilaxia de PAVM
Estratificando Risco na PAC
O
manejo
ideal
da
PAC
requer
reconhecimento
imediato
do
paciente
gravemente enfermo para definir, com
precisão, a necessidade de internação
hospitalar ou na UTI;
 Informações sobre as co-morbidades são
importantes para a avaliação de risco para
PAC grave, como a presença de asma, DPOC,
insuficiência
renal/diálise,
insuficiência
cardíaca, DAC, diabetes mellitus, neoplasias,
doenças neurológicas crônicas e hepatopatia
crônica/abuso de álcool.
Escore de Gravidade
CURB-65
O
CURB-65 é uma modificação do critério
original da British Thoracic Society (BTS).
 Cada letra equivale a 1 fator de risco
para morte em 30 dias e equivale a 1
ponto no escore.
NÃO
é
capaz
de
reconhecer os pacientes
que
necessitam
de
internação em UTI!
•
•
Escore 0 – 1, pode ser tratado
ambulatorialmente,
Escore ≥3, ser internado, pois
tem critérios de gravidade.
Escore de Risco de Morte
Pneumonia Severity Index (PSI)
É
composto de uma extensa lista de critérios
clínicos e laboratoriais e foi, inicialmente,
validado com o objetivo de identificar
pacientes com baixo risco de morte;
 Divide os pacientes com suspeita de PAC em 5
classes, baseadas no risco de morte.
 As variáveis se baseiam na história clínica, no
exame físico e nos exames laboratoriais.
 É problemático o seu cálculo no Serviço de
Emergência, pois exige exames laboratoriais,
gasometria arterial e radiografia de tórax.
Escore de Risco de Morte
Escore de 2007 ATS/IDSA


Ele tem como objetivo identificar
pacientes que necessitam de
internação direta na UTI;
Considerando os critérios, a
internação
em
UTI
é
recomendada se há 1 critério
maior ou 3 critérios menores.
Pneumonia
Marcadores de mau prognóstico
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
Sexo masculino
Diabete melito
Doença neoplásica
Doença neurológica
Taquipnéia
Hipotensão
Hipotermia
Leucopenia
Bacteremia
Infiltrado multilobar
.
Abcesso Pulmonar
É
a infecção necrosante caracterizada
por pus localizado.
 É quase sempre causado por aspiração
de secreções orais por doentes que tem
comprometimento da consciência.
 Os sintomas são tosse persistente, febre,
sudorese e perda de peso.
Abcesso Pulmonar
O
diagnóstico baseia-se em história,
exame físico e radiografia de tórax.
 Em
geral, o tratamento é com
clindamicina ou com a combinação de
beta-lactâmico/inibidores
da
betalactamae.
Bronquiectasia
É
a dilatação e destruição de brônquios de
grosso calibre causado por infecção e
inflamação crônicas.
 As causas comuns são: Fibrose cística,
defeitos imunes e infecções, embora em
alguns casos pareça ser idiopática.
 Os
sintomas
são
tosse
crônica
e
expectoração purulenta, mas alguns doentes
podem ter também febre e dispnéia.
Bronquiectasia
O
diagnóstico baseia-se em história e
métodos de imagem, habitualmente,
tomografia computadorizada ou, até
mesmo, radiografia do tórax.
 O tratamento e a prevenção das
exacerbações agudas compreendem
antibiótico, drenagem de secreções e
tratamento das complicações, como
superinfecções e hemoptise.
Doenças Pulmonares
Intersticiais
 As
pneumopatias
intersticiais
caracterizam-se por espessamento dos
septos
alveolares,
proliferação
fibroblástica, deposição de colágeno e,
se
o
processo
permanecer
descontrolado, fibrose pulmonar.
 A causa nítida não pode ser encontrada
em até 30% dos doentes (Pneumopatia
intersticial idiopática).
Principais Pneumopatias
Intersticiais
 Idiopática;
 Fibrose
pulmonar idiopática;
 Pneumonia intersticial descamativa;
 Doenças pulmonar intersticial associada
à bronquiolie respiratória;
 Pneumonial intersticial aguda;
 Pneumonia intersticial inespecífica
Sarcoidose
 Caracteriza-se
por granulomas sem
caseificação, de etiologia desconhecida,
em um ou mais órgãos e tecidos.
 Os pulmões e o sistema linfático são
afetados com mais frequência, embora a
doença possa comprometer qualquer
órgão.
Sarcoidose
 Os
sintomas podem variar de nenhum
(doença limitada) à dispnéia durante o
esforço e, raramente, à insuficiência
respiratória ou de outro órgão (doença
avançada).
 O diagnóstico é radiológico ou por biópsia e
o tratamento, por corticóides.
 O prognóstico pode ser excelente em
doença limitada e ruim, na avançada.
Silicose
É
causada pela inalação de sílica livre
cristalina e caracteriza-se por fibrose
pulmonar nodular.
 Inicialmente, a silicose crônica não causa
qualquer sintoma ou provoca apenas leve
dispnéia, mas no decorrer de anos pode
progredir para envolvimento da maior parte
dos
pulmões,
provocando
dispnéia,
hipoxemia,
hipertensão
pulmonar
e
comprometimento respiratório.
Silicose
O
diagnóstico baseia-se em história e
radiografia de tórax.
 Não
existe tratamento eficaz, com
exceção do paliativo e, para os casos
mais
graves,
transplante
pulmonar
poderá ser a melhor opção.
Hipertensão Pulmonar
É
o aumento da pressão na circulação
pulmonar.
 Existem muitas causas secundárias e,
quando a causa é desconhecida,
denomina-se
hipertensão
pulmonar
primária (HPP).
 Os
vasos
tornam-se
contraídos,
hipertorfiados e fibrosados na HPP.
Hipertensão Pulmonar




A HPP provoca sobrecarga e insuficiência
ventricular direita.
Os sintomas compreendem: fadiga, dispnéia
durante
o
esforço
e,
ocasionalmente,
desconforto torácico e síncope.
O diagnóstico é feito pela aferição da pressão
em artéria pulmonar e o tratamento, com
vasodilatadores e transplante pulmonar.
Quando
a
causa
secundária
não
é
identificada, o prognóstico é ruim.
Derrame Pleural
 São
acúmulos de líquidos dentro da
cavidade pleural, decorrentes de múltiplas
causas; habitualmente classificam-se como
transudatos ou exsudatos.
 São detectados pelo exame físico ou pelas
radiografias de tórax.
 A toracocentese e a análise do líquido
pleural costuma ser necessárias para se
determinar as causas.
Cuidado de enfermagem
aos clientes com
complicações respiratórias.
Procedimentos
de Enfermagem
Roberto Carlos Lyra da Silva
Prof. Adjunto – UNIRIO
Disciplina de Semiologia
Drenagem de Tórax
Sistema de Drenagem Ativa
Drenagem de Tórax






Cuidados com o sistema de drenagem
Não fixar ao leito o tubo de borracha que conecta o
dreno ao frasco de drenagem pelo risco de saída com a
mobilização
do
paciente.
Manter
este
tubo
suficientemente longo, mas não deixando a borracha
excessivamente longa, pois dificulta a drenagem de
líquidos.
Trocar diariamente o frasco, medindo-se o seu débito.
Trocar diariamente o curativo em torno do dreno.
Verificar se a coluna líquida permanece oscilando e se
persiste o débito.
Verificar diariamente as conexões.
Manter o frasco de drenagem em nível inferior ao do
tórax do paciente.
Complicação da drenagem
Circuito do Ventilador
A
freqüência da troca do circuito do
ventilador não influencia na incidência de
PAV. Recomenda-se a troca de circuito
entre pacientes e quando houver sujidade
ou mau funcionamento do equipamento.
Umidificadores
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Umidificadores passivos (filtros trocadores de calor e
umidade - HME) ganharam ampla aceitação nos cuidados
da prática clínica; no entanto, não existe nenhum consenso
sobre sua superioridade em termos de prevenção PAV,
tempo de internação e mortalidade, em comparação com
umidificadores ativos (umidificadores aquecidos).
Umidificadores
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A preferência do sistema passivo de umidificação das vias
respiratórias em pacientes mecanicamente ventilados é devido à
facilidade de manuseio e ausência de condensados nos circuitos
além do relativo baixo custo.
Umidificadores aquecidos podem ser a preferência em pacientes
com copiosa quantidade de secreções respiratórias, hemoptise
abundante, ou naqueles com maior susceptibilidade à
atelectasias, porém, a água e condensados formados são
possíveis fontes de microrganismos.
Recomenda-se a troca dos umidificadores passivos não antes de
48 horas sendo que o manual canadense de prevenção de
pneumonia recomenda a troca entre 5 a 7 dias.
Sistema de Aspiração
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Em relação ao sistema de aspiração de secreções das
vias respiratórias de pacientes mecanicamente
ventilados, não existe diferença na incidência de PAV
quando foram comparados os sistemas de sucção
aberto ou fechado.
Existe uma possível vantagem do sistema fechado em
relação a manutenção da pressão positiva das vias
aéreas. Além disso, este tipo de sistema de aspiração
pode ser útil em pacientes infectados com patógenos
ultirresistentes, como a Staphylococcus aureus ou
Mycobacterium tuberculosis.
Recomenda-se a troca do sistema fechado de
aspiração se houver sujidade ou mau funcionamento.
Aspiração subglótica contínua
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O tubo endotraqueal facilita a colonização bacteriana
da árvore traqueobrônquica e predispõe aspiração da
secreção contaminada pela diminuição do reflexo de
tosse, acumulo de secreção acima do balonete e a
própria contaminação do tubo.
A utilização da cânula orotraqueal com um sistema de
aspiração de secreção subglótica contínua ou
intermitente é recomendada para pacientes que irão
permanecer sob ventilação mecânica acima de 48hs.
Monitorização da pressão
do CUFF
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Excessiva pressão pode comprometer a microcirculação
da mucosa traqueal e causar lesões isquêmicas, porém se
a pressão for insuficiente, pode haver dificuldade na
ventilação com pressão positiva e vazamento da
secreção subglótica por entre o tubo e a traquéia.
A pressão do cuff do tubo orotraqueal ou da
traqueostomia deve ser o suficiente para evitar
vazamento de ar e a passagem de secreção
(microaspiração) que fica acima do balonete.
Recomenda-se, portanto, que esta pressão permaneça
entre 20 e 25cmH2O.
Inaladores
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O manual de prevenção de pneumonia publicado em
2003, pelos Centers for Disease Control and Prevention CDC, recomenda a troca de inaladores a cada
procedimento e utilizar o processo de desinfecção
estabelecido na sua instituição.
Só utilizar líquidos estéreis para a inalação.
Na prática, as instituições de saúde criaram rotina de
troca de inaladores que variam de 24 a 48 horas quando
estes dispositivos estão sendo utilizados no mesmo
paciente.
Uma recomendação importante é dar preferência às
medicações em aerossol em dose única. (4)
Nebulizadores
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O cuidado com nebulizadores está diretamente
relacionado à manipulação do dispositivo e da água
utilizada. As recomendações oficiais não são muito claras,
pois não existem trabalhos criteriosos que façam a análise
desta questão.
Segundo manual de prevenção de pneumonia
publicado em 2004 pelos CDC, nebulizadores, tendas e
reservatórios em uso no mesmo paciente deveriam sofrer
processo de desinfecção de nível baixo ou intermediário
diariamente. Por outro lado, no mesmo manual, citado
como um assunto não resolvido está a orientação de que
não há rotina para troca destes dispositivos, a não ser
quando trocados entre pacientes.
OBRIGADO