02-RSE-Responsabilidade-Social-Empresarial
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RSE – Responsabilidade Social
Empresarial
Profª. Fernanda Alves Rocha Guimarães
A Responsabilidade Social Empresarial e o
Meio Ambiente
• Um dos aspectos mais visíveis do movimento gerado em
torno da questão ambiental nos últimos anos é a
responsabilidade tanto de indivíduos quanto de
organizações, sejam elas do setor privado, sejam do
setor público, sejam do terceiro setor.
• A responsabilidade social em questões ambientais temse traduzido em adoção de práticas que extrapolam os
deveres básicos tanto do cidadão quanto das
organizações
– Comprometimento maior que a simples adesão formal em
virtude de obrigações advindas da legislação.
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RSE ou RSC - conceitos
Responsabilidade Social Empresarial ou
Responsabilidade Social Corporativa
– Promove um comportamento empresarial que integra
elementos sociais e ambientais que não necessariamente
estão contidos na legislação mas que atendem às
expectativas da sociedade em relação à empresa.
– São estratégias pensadas para orientar as ações das
empresas em consonância com as necessidades sociais,
de modo que a empresa garanta, além do lucro e da
satisfação de seus clientes, o bem estar da sociedade.
• A empresa está inserida nela e seus negócios dependerão
de seu desenvolvimento e, portanto, esse envolvimento
deverá ser duradouro. É um comprometimento.
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RSE ou RSC - conceitos
• Conferência das Nações Unidas para o Comércio e
o Desenvolvimento (United Nations Conference for
Trade na Development – UNCTAD):
– A responsabilidade social da empresa vai além da
filantropia. Na maioria das definições se descreve como as
medidas constitutivas pelas quais as empresas integram
preocupações da sociedade em suas políticas e
operações comerciais, em particular, preocupações
ambientais, econômicas e sociais. A observância da lei é o
requisito mínimo que deverão de cumprir as empresas.
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RSE ou RSC - conceitos
• Conselho
Empresarial
Mundial
para
o
Desenvolvimento Sustentável (World Business
Council of Sustainable Development – WBCSD):
– O compromisso da empresa de contribuir ao
desenvolvimento econômico sustentável, trabalhando com
os empregados, suas famílias, a comunidade local e a
sociedade em geral para melhorar sua qualidade de vida.
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RSE e a nova concepção de empresa
• A empresa é vista cada vez mais como um sistema
social organizado em que se desenvolvem relações
diversas, além das estritamente econômicas.
– A atividade econômica não deve orientar-se somente por
uma lógica de resultados, mas também pelo significado
que esta adquire na sociedade como um todo.
– É um sistema social, formado por um conjunto de pessoas
que para ela convergem para alcançar determinados fins.
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RSE e a nova concepção de empresa
• Os empresários estão se conscientizando de que a
empresa não é somente uma unidade de produção
e distribuição de bens e serviços que atendem a
determinadas necessidades da sociedade, mas que
deve atuar de acordo com uma responsabilidade
social que se concretiza no respeito aos direitos
humanos, na melhoria da qualidade de vida da
comunidade e da sociedade mais geral e na
preservação do ambiente natural.
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RSE e a nova concepção de empresa
• A Confederação Nacional da Indústria considera
que, para o desenvolvimento sustentável e a
responsabilidade social, a indústria deve ter como
princípios básicos:
1. O reconhecimento de que a educação, a erradicação da
pobreza, a promoção da saúde e a eliminação da exclusão
social são fundamentais; e que
2. É sua responsabilidade atuar de forma integrada e
complementar ao governo e a outros agentes da sociedade
no sentido de viabilizar o desenvolvimento social e econômico
da região, utilizando de forma competitiva e sustentável seus
recursos naturais.
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Pacto Global
•
•
•
•
•
O que é
Objetivos
Os 10 princípios
Primeiros passos
Princípios para Educação Empresarial Responsável
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RSE – dimensões internas e externas
• Dimensão interna
– As práticas responsáveis socialmente que dizem respeito
aos trabalhadores;
• Investimentos realizados em recursos humanos, a saúde e a
segurança do trabalho,
– Gestão das mudanças provocadas pelo processo de
reestruturação produtiva,
– Gestão dos recursos naturais utilizados na produção;
– Todas as ações, políticas e programas dirigidos aos
fornecedores, distribuidores e a todos os integrantes da
cadeia produtiva.
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RSE – dimensões internas e externas
• Dimensão externa
– Inclui comunidades locais e amplo leque de interlocutores
• Consumidores, autoridades públicas e ONGs que defendem
os interesses das comunidades locais e o meio ambiente;
– Ações, políticas e programas dirigidos a qualquer grupo ou
problema que não se encontre relacionado diretamente
com a empresa através de uma relação contratual ou
econômica;
• Iniciativas de apoio à comunidade, doações, participação em
fóruns ambientais etc.
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RSE – dimensões internas e externas
• Tanto a responsabilidade social empresarial externa
como a interna têm a mesma importância, devendo se
apresentar sempre interconectadas.
• O envolvimento do quadro de funcionários num
programa de RSE externa demonstra compromisso
social e fortalece o vínculo do empregado com a
organização, pois o processo intensifica uma maior
identificação do indivíduo com a empresa, não a vendo
somente como empregadora, mas também como um
agente social ativo que contribui para a sociedade da
qual faz parte.
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A questão ambiental na empresa
• Posicionamento da empresa
– Ideia que prevalece: qualquer providência que venha a ser
tomada em relação à variável ambiental traz consigo o
aumento de despesas e o consequente acréscimo dos
custos produtivo.
– É possível ganhar dinheiro e proteger o meio ambiente
mesmo não sendo uma organização que atua no mercado
verde.
• Reciclagem de materiais;
• Reaproveitamento dos resíduos internamente ou na sua
venda para outras empresas;
• Desenvolvimento de novos processos produtivos com a
utilização de tecnologias mais limpas ao ambiente
(vantagens competitivas, patentes);
• Etc.
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A questão ambiental na empresa
• Até que ponto a empresa seria afetada pelo aumento da
consciência ecológica dos consumidores e pelas
exigências da legislação?
• Avaliação do posicionamento da empresa em relação à
questão ambiental
– Avalia-se o perfil da organização segundo diversas variáveis,
indicando se para cada um dos quesitos colocados, a empresa
apresenta características “amigáveis” ou “agressivas” ao meio
ambiente.
– Posicionamento da empresa em relação a questão ambiental
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Avaliação do posicionamento da empresa Variáveis
• Ramo da atividade
– Conhecer apenas o ramo não é suficiente para avaliar a
empresa, visto que os níveis de tecnologia e de produção podem
variar muito de uma região para outra e mesmo de uma empresa
para outra.
• Produtos
– Produtos obtidos de matérias primas renováveis ou recicláveis,
que não agridem o meio ambiente e que têm baixo consumo de
energia devem ter a preferência das organizações engajadas na
causa ambiental.
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Avaliação do posicionamento da empresa Variáveis
• Processo
– Um processo pra ser considerado ambientalmente amigável
deve estar próximo dos seguintes objetivos:
•
•
•
•
•
Poluição zero;
Nenhuma produção de resíduos;
Nenhum risco para os trabalhadores;
Baixo consumo de energia;
Eficiente uso dos recursos.
– Para avaliar a proximidade da empresa em relação a esses
objetivos, ela deve fazer uma estimativa de seu balanço
ambiental, levando em consideração todas as entradas e saídas
do processo produtivo.
– Buscar superar os padrões ambientais estabelecidos.
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Avaliação do posicionamento da empresa Variáveis
• Conscientização Ambiental
– A inexistência de consumidores conscientizados em relação a
causa ambiental pode dar falsa impressão de que a empresa
não está ameaçada pela crescente ampliação dos produtos
amigáveis ao ambiente no mercado de bens e serviços.
– Acompanhar o crescimento das reivindicações ambientais e a
sua transformação em novas ideologias e valores sociais que se
consubstanciam em mudanças na legislação e em
regulamentações mais severas e tarefa muito importante para a
sobrevivência e lucratividade da empresa no longo prazo.
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Avaliação do posicionamento da empresa Variáveis
• Padrões Ambientais
– Correlação direta entre a conscientização da sociedade e os
padrões ambientais estabelecidos.
• Quanto maior a pressão social mais restrita é sua legislação.
• Comprometimento Gerencial (linha e staff)
– Esse comprometimento dissemina a formação de um clima
propício ao surgimento de esquemas e círculos de qualidade
ambientais, bancos de sugestões, auditorias etc., que se
traduzem em uma contínua busca de melhorias.
– Caso os executivos não estejam realmente conscientizados e
comprometidos com a causa ambiental, qualquer iniciativa nesse
sentido será apenas superficial e efêmera.
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Avaliação do posicionamento da empresa Variáveis
• Capacitação do Pessoal
– Além de investimentos em novas máquinas, instalações e
equipamentos, tal posição implica necessariamente a existência
de um pessoal competente e convenientemente treinado que
seja capaz de transformar os planos idealizados em ações
efetivas e eficazes.
• Capacidade de Área de P&D
– As organizações que possuem na área de P&D, equipes
flexíveis e criativas, que se caracterizam por ciclos curtos de
desenvolvimento de processos e produtos e que estão
atualizadas com as informações sobre novas tecnologias, podem
não só viabilizar a causa ambiental internamente, mas também
transformar esse know-how em atividades de consultoria para
ouras empresas, desenvolvendo dessa forma grandes
oportunidades de negócios.
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Avaliação do posicionamento da empresa Variáveis
• Capital
– A grande dúvida da empresa e que sempre se levanta é não
saber se o investimento realizado com a questão ambiental será
rentável, pois muitas vezes pode levar muito tempo para
conseguir o retorno desse investimento.
– As empresas poderão negociar com os órgãos governamentais
de controle acordos que resultem em cronogramas mais amplos
e padrões de emissão decrescentes que poderão viabilizar ao
longo do tempo objetivos difíceis de ser alcançados no curto
prazo.
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Benefícios da gestão ambiental
BENEFÍCIOS ECONÔMICOS
• Economia de custos
– Economias devido à redução do consumo de água, energia e
outros insumos.
– Economias devido à reciclagem, venda e aproveitamento de
resíduos e diminuição de efluentes.
– Redução de multas e penalidades por poluição.
• Incremento de receitas
– Aumento da contribuição marginal de “produtos verdes” que
podem ser vendidos a preços mais altos.
– Aumento da participação no mercado devido a inovação dos
produtos e menos concorrência.
– Linhas de novos produtos para novos mercados.
– Aumento da demanda para produtos que contribuam para a
diminuição da poluição.
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Benefícios da gestão ambiental
BENEFÍCIOS ESTRATÉGICOS
–
–
–
–
–
–
–
Melhoria da imagem institucional.
Renovação do “portfólio” de produtos.
Aumento da produtividade.
Alto comprometimento do pessoal.
Melhoria nas relações de trabalho.
Melhoria e criatividade para novos desafios.
Melhoria das relações com os órgãos governamentais,
comunidade e grupos ambientalistas.
– Acesso assegurado ao mercado externo.
– Melhor adequação aos padrões ambientais.
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Princípios da Gestão Ambiental
• Para ajudar as empresas ao redor do mundo a melhorar
seu desempenho ambiental, a Câmara de Comércio
Internacional estabeleceu o denominado Business
Charter For Sustainable Development, que inclui uma
série de princípios que deverão ser buscados pelas
organizações.
• Eles compreendem 16 princípios para Gestão Ambiental
que, sob a ótica das organizações, são essenciais para
atingirmos o Desenvolvimento Sustentado.
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Princípios da Gestão Ambiental
1. PRIORIDADE ORGANIZACIONAL
• Reconhecer que a questão ambiental está entre as
principais prioridades da empresa e que ela é uma
questão-chave para o Desenvolvimento Sustentado.
• Estabelecer políticas, programas e práticas no
desenvolvimento das operações que sejam adequadas
ao meio ambiente.
2. GESTÃO INTEGRADA
• Integrar as políticas, programas e práticas ambientais
intensamente em todos os negócios como elementos
indispensáveis de administração em todas as funções.
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Princípios da Gestão Ambiental
3. PROCESSO DE MELHORIA
• Continuar melhorando as políticas corporativas, os
programas e a performance ambiental tanto no mercado
interno quanto externo, levando em conta o
desenvolvimento tecnológico, o conhecimento científico,
as necessidades dos consumidores e os anseios da
comunidade, tendo como ponto de partida as
regulamentações ambientais.
4. EDUCAÇÃO DO PESSOAL
• Educar, treinar e motivar o pessoal, no sentido de que
possam desempenhar suas tarefas de forma
responsável em relação ao ambiente.
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Princípios da Gestão Ambiental
5. PRIORIDADE DE ENFOQUE
• Considerar as repercussões ambientais antes de iniciar
nova atividade ou projeto e antes de construir novos
equipamentos e instalações adicionais ou de abandonar
alguma unidade produtiva.
6. PRODUTOS E SERVIÇOS
• Desenvolver e fabricar produtos e serviços que não
sejam agressivos ao ambiente e que sejam seguros em
sua utilização e consumo, que sejam eficientes no
consumo de energia e de recursos naturais e que
possam ser reciclados, reutilizados ou armazenados de
forma segura.
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Princípios da Gestão Ambiental
7. ORIENTAÇÃO AO CONSUMIDOR
• Orientar e, se necessário, educar consumidores,
distribuidores e o público em geral sobre o correto e
seguro uso, transporte, armazenagem e descarte dos
produtos produzidos.
8. EQUIPAMENTOS E OPERACIONALIZAÇÃO
• Desenvolver, desenhar e operar máquinas e
equipamentos levando em conta o eficiente uso de água,
energia e matérias primas, o uso sustentável dos
recursos renováveis, a minimização dos impactos
negativos ao ambiente e a geração de poluição e o uso
responsável e seguro dos resíduos existentes.
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Princípios da Gestão Ambiental
9. PESQUISA
• Conduzir ou apoiar projetos de pesquisas que estudem
os impactos ambientais das matérias-primas, produtos,
processos, emissões e resíduos associados ao processo
produtivo da empresa, visando à minimização de seus
efeitos.
10. ENFOQUE PREVENTIVO
• Modificar a manufatura e o uso de produtos ou serviços
e mesmo os processos produtivos, de forma consistente
com os mais modernos conhecimentos técnicos e
científicos, no sentido de prevenir as sérias e
irreversíveis degradações do meio ambiente.
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Princípios da Gestão Ambiental
11. FORNECEDORES E SUBCONTRATADOS
• Promover a adoção dos princípios ambientais da
empresa junto dos subcontratados e fornecedores
encorajando e assegurando sempre que possível,
melhoramentos em suas atividades, de modo que elas
sejam uma extensão das normas utilizadas pela
empresa.
12. PLANOS DE EMERGÊNCIA
• Desenvolver e manter, nas áreas de risco potencial,
planos de emergência idealizados em conjunto entre os
setores
da
empresa
envolvidos,
os
órgãos
governamentais e a comunidade local, reconhecendo a
repercussão de eventuais acidentes.
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Princípios da Gestão Ambiental
13. TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
• Contribuir na disseminação e transferência das
tecnologias e métodos de gestão que sejam amigáveis a
meio ambiente junto aos setores privado e público.
14. CONTRIBUIÇÃO AO ESFORÇO COMUM
• Contribuir no desenvolvimento de política públicas e
privadas de programas governamentais e iniciativas
educacionais que visem à preservação do meio
ambiente.
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Princípios da Gestão Ambiental
15. TRANSPARÊNCIA DE ATITUDE
• Propiciar transparência e diálogo com a comunidade
interna e externa, antecipando e respondendo a suas
preocupações em relação aos riscos potenciais e
impacto das operações, produtos resíduos.
16. ATENDIMENTO E DIVULGAÇÃO
• Medir a performance ambiental. Conduzir auditorias
ambientais regulares e averiguar se os padrões da
empresa cumprem o valores estabelecidos na
legislação.
Prover
periodicamente
informações
apropriadas para a Alta Administração acionistas,
empregados, autoridades e o público em geral.
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Referências bibliográficas
• DIAS, Reinaldo. Gestão ambiental: responsabilidade
social e sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2006.
• DONAIRE, Denis. Gestão ambiental na empresa. 2.
ed. São Paulo: Atlas, 2009.
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