Por que habilidades e competências?
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Transcript Por que habilidades e competências?
Seminário de Área da RSE
Habilidades e competências:
o projeto pedagógico da RSE
e as avaliações externas
Maria Ignez Diniz
Mathema
29 de junho de 2012
Por que estamos aqui?
Analisar uma das metas
comuns a todas as disciplinas
do Proj Pedagógico da RSE:
o desenvolvimento de competências
e habilidades em nossos alunos
e a expressão de resultados nas
avaliações externas
Por que habilidades e competências?
O Projeto Pedagógico da RSE no contexto
educacional brasileiro: um pouco de história
Currículo na escola brasileira
Transferência educacional x hibridismo
Tendências: tradicional; tecnicista; atual = PCNs
Por que habilidades e competências?
Escola tradicional e currículo oficial
• Escola para poucos
• Ensina o conhecimento de ponta; muito
organizada, ditada pela universidade
• Curriculo enciclopédico: maior abrangência
cultural para formação da elite
• Focos do processo pedagógico:
• Conteúdos – professor – ensino
• Organização disciplinar
• Seriação
Praticamente hegemônica até 1961.
Por que habilidades e competências?
Escola tradicional e currículo oficial
• Planejamento não pertencia ao discurso
pedagógico da escola, ele era o currículo oficial
ou dos textos didáticos
• Avaliação pautada por exames e provas
“O importante era dar o máximo de conteúdo no
tempo disponível”
Por que habilidades e competências?
Anos 1960 – 1970: Os Guias Curriculares
(Verdão)
Momento político brasileiro – escola para muitos com
necessidade do triplo de professores.
Currículo híbrido, mas fortemente tecnicista
Fundamentação: Piaget e psicogênese; modelo Tyler,
taxonomia de Bloom (objetivos observáveis)
Organizaçao didática envolve: atividades, áreas de
estudo, disciplinas, acompanhando fases do
desenvolvimento dos alunos.
Por que habilidades e competências?
Anos 1960 – 1970: Os Guias Curriculares
(Verdão)
Planejamento estruturado por objetivos, com ênfase em
sequências de atividades, estudo programado, e uso de
recursos diversos
Na avaliação aparecem os conceitos de: avaliação diagnóstica
e somativa (Bloom, mas ainda sem a força dos anos 80)
“O importante era cumprir o currículo oficial no
tempo disponível”
Por que habilidades e competências?
Anos 1980 – 1990: As propostas dos estados
Momento político brasileiro – ruptura com o modelo anterior = ditadura
•
Currículo deveria representar novas perspectivas políticas, sociais e
acadêmicas
•
Nova força: Construtivismo como forma libertária
•
Fundamentação: Piaget e psicogênese; taxonomia de Bloom (objetivos
para romper com o senso comum e cosntrução da autonomia intelectual)
•
Disciplinas devem assegurar relações entre escola e vida, e os
conteúdos devem ter relevância social e permitir a transformação social.
•
Organização didática para a não fragmentaçao do conhecimento,
acompanhando fases do desenvolvimento dos alunos, conteúdos
tratados em espiral, idéias fundamentais articuladas em diversos
assuntos, tudo para construção do conhecimento. Planejamento com
replanejamento.
“O importante era a construção do conhecimento pelo aluno, sem
restrição de tempo”
Por que habilidades e competências?
De 1990 até hoje –Os PCNs
Momento político mundial
Neoliberalismo (demanda social e encolhimento da esfera de
gestão pública)
Novo homem: flexível, individualizado
1990 Banco Mundial em Jontien + Unicef, Unesco, Onu
No Brasil (governo Itamar Franco) PCNs do EF copiando o modelo
espanhol alinhado com recomendaçoes de Jontien
Encolhimento do Estado através de:
Descentralização: LDB 9394/96, curriculo do EF menos diretivo
para responder a demandas sociais; PCNEM marcado pelo
desenvolvimento de competências e habilidades.
Controle: PNLD, ENEM, SAEB, Prova Brasil, SARESP, … (terreno
aberto para o surgimento dos institutos de avaliação)
Por que habilidades e competências?
O Projeto Pedagógico da RSE
Escolhas
•
Competências comuns:
Ler
Escrever
Argumentar
Buscar informações
Mobilizar informações
•
Estabelecimento de habilidades ou
competências específicas por disciplina
•
Forma de ensino para o
desenvolvimento dessas competências
Estrutura das questões da TRI
DIMENSÕES DA COMPETÊNCIA DE MATEMÁTICA
PROBLEMA
(ITEM)
SITUAÇÃO DE
USO
IDÉIAS
ESTRUTURADORAS
(TÉCNICAS DE
CONTEÚDO)
SOLUÇÃO DO
PROBLEMA
PROCESSOS
COGNITIVOS
Estrutura das questões da TRI
Situação de uso:
Cotidianas: são situações da vida diária de um aluno
médio
Públicas: são situações da vida diária do cidadão,
mas não necessariamente da vida cotidiana do aluno
Científicas: são situações especificamente
matemáticas, com referência apenas a estruturas
matemáticas
Estrutura das questões da TRI
Ideias estruturadoras: conteúdos
Quantidade e medida: refere-se à necessidade de quantificar
para se entender e organizar o mundo
Espaço e forma: trata da observação de padrões e formas do
mundo e da relação entre formas e imagens ou representações
visuais
Algebrização e relação: representação simbólica de relações
matemáticas e uso do cálculo simbólico para a solução de
problemas
Incerteza: relacionada com a capacidade de ler, interpretar e
analisar dados oriundos de situações onde existe variação
Estrutura das questões da TRI
Níveis de complexidades dos processos
cognitivos
REPRODUÇÃO
Reconhecer
conceitos
elementares;
Realizar
cálculos
rotineiros.
CONEXÃO
Compreender e
interpretar
problemas
matemáticos
simples;
Modelar situações
simples,
Executar
procedimentos bem
definidos com mais
de uma etapa.
REFLEXÃO
Formular e resolver
problemas
matemáticos
complexos;
Produzir uma
abordagem
matemática original;
Executar
procedimentos com
várias etapas;
Generalizar.
Avaliação externa da RSE - AVALIA
Níveis de proficiência na escala do
AVALIA
Os alunos no nível Avançado dominam completamente os
conhecimentos e as habilidades esperadas para seu estágio
escolar e estão aptos a utilizá-los em situações de maior
complexidade.
Os de nível Proficiente demonstram sólido conhecimento dos
conteúdos e habilidades do ano que cursam e podem continuar
com sucesso seus estudos nas etapas posteriores em que o
ensino está organizado.
Já os alunos do nível Básico demonstram domínio parcial da
competência, com necessidade de melhorar o desempenho.
Os alunos do nível Abaixo do Básico têm conhecimentos
rudimentares da competência, completamente insuficientes para
o estágio escolar em que se encontram.
Avaliação externa da RSE - AVALIA
Resultados em Matemática – distribuição
percentual de alunos nos níveis
Níveis
Avançado
Proficiente
Básico
Abaixo do
Básico
Jornada
5o ano do EF
9o ano do EF
3o ano do EM
2011
24%
9%
10%
2010
12%
7%
7%
2009
10%
9%
7%
2011
46%
33%
28%
2010
41%
25%
34%
2009
45%
44%
31%
2011
25%
49%
46%
2010
37%
56%
47%
2009
35%
42%
45%
2011
6%
8%
16%
2010
11%
13%
12%
2009
10%
5%
17%
Avaliação externa da RSE - AVALIA
Resultados ideais – meta da RSE
5% Abaixo do Básico
25% Básico
45% Adequado
25% Avançado
Ou seja, 70% dos alunos nos dois
níveis superiores de proficiência
Resultados da RSE em 2011 AVALIA
Medida do Domínio, em percentual, segundo
situação de uso, Matemática
Situação de uso
5º ano EF
9º ano EF
3º ano EM
Cotidiana
76,3
73,8
54,6
Pública
52,8
61,3
46,7
Científica
66,1
53,5
51,3
Resultados da RSE em 2011 AVALIA
Medida do Domínio, em percentual, segundo tema
estruturador do pensamento matemático,
Matemática
Tópico de conteúdo
5º ano EF
9º ano EF
3º ano EM
Quantidade e Medida
74,1
72,3
43,2
Espaço e Forma
61,3
53,6
50,2
47,8
57,2
63,4
53,6
Algebrização e Relação
Incerteza
60,6
Resultados da RSE em 2011 AVALIA
Medida do Domínio, em percentual, segundo
complexidade de processo cognitivo, Matemática
5º ano EF
9º ano EF
Reprodução
72,9
68,9
63,7
Conexão
64,2
62,3
60,0
Reflexão
64,2
59,5
43,6
Subcompetência
3º ano EM
Como RSE fizemos muito, mas temos
clareza de que ainda temos muito o que
fazer!
Qual é a parte que cabe a cada um de nós?