1ª Série - Colégio Jesus Maria José
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Transcript 1ª Série - Colégio Jesus Maria José
Literatura!
Profª: Neusa Klein.
Conceitos de Literatura:
“Literatura é a linguagem carregada de significados”
(Ezra Pound)
“A distinção entre literatura e demais artes vai operar-se
nos seus elementos intrínsecos, a matéria e a forma do
verbo”.
(Alceu Amoroso Lima)
“Literatura é ficção; é a recriação de uma realidade, através
de palavras”.
(Faraco e Moura)
Gêneros Literários
Gênero Lírico
Gênero Dramático
Gênero Narrativo
Cada texto literário apresenta uma configuração, uma
estrutura diferente. Cada um deles faz parte de um
Gênero Literário.
A definição do gênero a que pertence uma obra leva em
conta sua estrutura e seu conteúdo.
Gênero Lírico:
Mundo subjetivo, predominantemente.
Não há narrador. A voz que fala no poema é
chamada de eu-lírico ou eu-poético.
Normalmente não existem personagens, quando
existem são apenas “pretexto”.
Tempo: estático.
Enredo: não existe, quando existe é apenas
“pretexto”.
Descrição: quando ocorre é mero “pretexto” para
a confissão emocional do eu-lírico.
Linguagem verbal.
Exemplo:
Soneto de Fidelidade
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encanto mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde meu procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de que ama.
Eu possa me dizer do amor (que tive)
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
(Vinícius de Moraes)
Gênero Dramático:
Mundo objetivo, predominantemente.
Não há narrador. No palco, os atores encarnam
diretamente os personagens. No texto, a rubrica
substitui a fala do narrador.
Os personagens são fundamentais. No palco,
atuam diretamente, encarnadas em atores. No texto,
dialogam.
Tempo: dinâmico.
Enredo: fundamental.
Descrição: é substituída pela rubrica (no texto),
ou por roupa, cenário, iluminação (no palco).
Linguagem verbal (no texto); Linguagem verbal e
não-verbal (no palco).
Gênero Narrativo:
Mundo objetivo, predominantemente.
Narrador em 1ª ou em 3ª pessoa.
Os personagens são fundamentais. Suas
ações são contadas por um narrador.
Tempo: dinâmico.
Enredo: fundamental.
Descrição: geralmente existe. É um recurso
para caracterizar personagens e espaço.
Linguagem verbal.
Estrutura da narrativa:
- Enredo;
-Espaço;
- Tempo;
-Foco narrativo.
- Personagens;
Versificação:
Elementos:
Métrica – Fazer a escansão de um verso é
contar o número de suas sílabas métricas,
considerando que:
# só se conta até a última sílaba tônica do
verso;
# quando acontece o encontro de uma
vogal final átona mais uma vogal inicial,
ocorre a elisão ou hiato.
Exemplo:
Lou\co, a\fli\to a \sa\ci\ar-\me
Classificação dos versos quanto ao número de sílabas
métricas:
- Monossilabos (1)
-Dissílabos (2)
-Tri....(3)
-Tetra...(4)
-Penta...(5)
-Hexa...(6)
-Hepta...(7)
-Octa...(8)
-Enea...(9)
-Decassílabos (10)
-Endecassílabos (11)
-Alexandrinos(12)
- Versos bárbaros (+ de 12)
-Versos brancos (nenhum esquema métrico)
Ritmo:
Sucessão alternada de sons
tônicos e átonos, repetidos com
intervalos regulares.
Rima:
Quanto ao som:
Consoantes – semelhança total de sons a
partir da vogal tônica das palavras que
rimam.
Assoantes – semelhança na vogal tônica.
Quanto à distribuição na estrofe:
1)Emparelhadas (AABB)
Ex:
“Pode, em redor de ti, tudo se aniquilar: A
Tudo renascerá cantando ao teu olhar. A
Tudo, mares e céus, árvores e
montanhasB
Porque a vida perpétua arde em tuas
entranhas.” B
2) Cruzadas (ABAB)
Ex:
“E sons soturnos, suspirados
mágoas, A
Mágoas amargas e melancolias B
No sussurro monótono das águas, A
Noturnamente, entre ramagens
firas”. B
(Cruz e Souza)
3)Intercaladas (ABBA)
Ex:
“Continuamente vemos novidades, A
diferentes em tudo da esperança; B
do mal ficam as mágoas na
lembrança B
e do bem (se algum houve), as
saudades”. A
4) Encadeadas: a última palavra
do verso rima com uma palavra
do meio do verso seguinte.
Ex:
“Ouve ò Glaura, o som da lira
Que suspira lagrimosa.
Amorosa, em noite escura,
Sem ventura, nem prazer”.
5)Misturadas: não obedecem a
um esquema regular.
Ex:
“Aqui na floresta A
Dos ventos batida, B
Façanhas de bravos C
Que geram escravos...” C
Quanto ao valor:
Rica – quando as palavras que
rimam pertencem a classes
gramaticais diferentes.
Pobre – rimam palavras da mesma
classe gramatical.
Rimas raras – rimam palavras
pouco comum à poesia.
Quanto à tonicidade:
Agudas – rimas entre oxítonos e
monossílabos tônicos.
Graves – rimas entre paroxítonos.
Esdrúxulas – rimas entre paroxítonos
Atenção!
Versos brancos: versos
sem rima.
Ex: “Mas é preciso ter
força
É preciso ter raça
É preciso ter gana
sempre”.
(Milton Nascimento)
ESTROFE
É o agrupamento das linhas poéticas em blocos. Conforme o
número de versos, a
estrofe recebe um nome específico.
NÚMERO DE VERSOS
NOME
1 verso
MONÓSTICO
2 versos
DÍSTICO
3 versos
TERCETO
4 versos
QUARTETO OU QUADRA
5 versos
QUINTETO OU QUINTILHA
6 versos
SEXTETO OU SEXTILHA
7 versos
SÉPTIMA OU SEPTILHA
8 versos
OITAVA
9 versos
NOVENA OU NONA
10 versos
Décima
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
DENOTAÇÃO
- Palavra com significação restrita
- Palavra com sentido dicionarizado
-Palavra utilizada de modo
automatizado
- Linguagem comum
CONOTAÇÃO
- Palavra com significação ampla
- Palavra cujos sentidos extrapolam o
sentido comum
- Palavra usada de modo criativo
- Linguagem rica e expressiva
Senhores
passageiros, por
favor, apertem os
cintos!
Figuras de Linguagem
• 1. ANÁFORA: Consiste na
repetição de uma mesma
palavra no início de versos
ou frases:
Exemplo:
“Você, que tanto tempo faz,
você que eu não conheço
mais,
você, que um dia eu amei,
demais...”
• 2. ALITERAÇÃO: Consiste
na repetição de mesmos
sons de natureza
consonantal.
Exemplo:
“Ela para e fica ali parada,
olhando para nada,
Paraná.
Fica parecida, paraguaia,
pára-raios num dia de sol,
para mim...”
(Parabólica, Engenheiros do
Haway)
3. ONOMATOPÉIA: Consiste na utilização de
vocábulos com o objetivo de
imitar determinado som ou ruído.
Exemplo:
• 4. PLEONASMO:
Consiste na repetição
com a finalidade de
enfatizar a
mensagem. Trata-se
de uma redundância
com finalidade
expressiva.
Exemplo:
“A mim, ensinou-me
tudo.”
(Fernando Pessoa)
• 5. HIPÉRBOLE:
Consiste no exagero
intencional de uma
idéia.
Exemplo:
“Jogado aos seus pés,
com mil rosas
roubadas...”
(Exagerado, Cazuza)
6. EUFEMISMO: Consiste na suavização de idéias
chocantes ou agressivas.
Exemplo: “Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida...”
(Álvares de Azevedo)
7. IRONIA: Consiste na enunciação de algo que é o
contrário daquilo que se
está afirmando.
8. ANTÍTESE: consiste no emprego de palavras ou
expressões de sentidos
opostos.
Exemplo: “Os jardins têm vida e morte.”
(Cecília Meireles)
9. PERSONIFICAÇÃO ou PROSOPOPÉIA:
Consiste em atribuir a seres
inanimados ou irracionais características de seres
animados, racionais.
Exemplo:
• Algumas das mais conhecidas personagens de história em
quadrinhos são
exemplos de PERSONIFICAÇÃO.
Exemplo: Mickey-Mouse; Pato Donald, Zé Carioca, etc.
• 10. PARADOXO:
Consiste em empregar
expressões opostas,
aparentemente
incompatíveis, numa só
unidade:
Exemplo:
“Sois anjo que tenta e
não me guarda”.
• 11. CATACRASE:
Consiste em
empregar um termo
figurado por não
existir um
termo adequado.
Exemplo:
“Adicione ao molho um
dente de alho”.
12. COMPARAÇÃO: Consiste em atribuir a um ser
características de um outro
ser, para indicar determinada semelhança. Entre esses
elementos há sempre,
uma partícula comparativa: “como; tal como; tal qual,
assim como...”
Exemplo: “... Eu te amo calado
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncio e de luz...”(Lulu Santos)
13. METÁFORA: Consiste numa comparação subentendida
cujo conetivo e ou
primeiro termo da comparação desaparecem.
Exemplo:
“O amor é fogo que arde sem se ver
é ferida que dói e não se sente...”
14.Metonímia: Consiste na substituição de um
termo por outro com o qual existe uma relação de
significado.
EX: “O bonde passa cheio de pernas.”
(pessoas)
15.Gradação: Consiste em organizar uma
seqüência de idéias em sentido crescente ou
decrescente.
EX: “ O primeiro milhão possuído excita, acirra,
assanha a gula do milionário.”
(Olavo Bilac)
16.Sinestesia: Consiste na mistura de sensações
que produzem forte sugestão.
Exemplo:
“Meu Deus! Como é sublime um canto ardente!”
(audição+tato)
17.Perífrase: É o emprego de uma expressão
que identifica coisa ou pessoa, salientando suas
qualidades ou um fato notável pelo qual são
conhecidas.
Exemplo:
O país do futebol acredita em seus filhos.
(Brasil)
18.Aliteração: Reiteração de fonemas
consonantais.
Exemplo:
“(...) que a brisa do Brasil beija e balança”.
19.Assonância – reiteração de fonemas
vocálicos.
Exemplo:
“a onda ainda
ainda onda
ainda anda”.
20. Apóstrofe (invocação): Interpretação feita
a um ouvinte ou ao leitor da mensagem.
Exemplo:
“Amado, vem me ajudar
neste meu salto mortal.”
As Escolas Literárias
Brasileiras.
Acompanhando a história política e
econômica do Brasil, nossa Literatura dividese em duas grandes eras: Era Colonial e a
Era Nacional. Essas eras subdividem-se nas
chamadas Escolas Literárias ou Estilos da
Época.
Linha de Tempo...
...1500 – Lit. de Informação
1601 – Barroco
1768 – Arcadismo
1836 – Romantismo
1881 – Real./Naturalismo – Parnasianismo
1893 – Simbolismo
1902 – Pré-Modernismo
1922 - Modernismo
Era Colonial
Quinhentismo-Lit. Informativa
• Dá-se o nome de Quinhentismo ao período que se
•
•
•
estende de 1500, ano de nossa descoberta, a 1601, ano
de início do Barroco.
Não existia uma produção literária brasileira nessa
época, o que ocorria eram manifestações literárias feitas
no Brasil, pelos navegadores e jesuítas.
Essas manifestações eram de cunho informativo.
A produção quinhentista é o reflexo da situação histórica
em que se encontrava a Península Ibérica, oscilando
entre a preocupação com as riquezas materiais
encontradas nas novas terras e a expansão da fé cristã
através do trabalho dos jesuítas.
Produção Quinhentista
Literatura
Informativa!
• Escrita em prosa;
• Tinha como finalidade narrar e descrever
as viagens e os primeiros contatos com a
terra descoberta e seus habitantes
• Destaca-se, nessa produção:
• PERO VAZ DE CAMINHA – com a
Carta da descoberta do Brasil.
Pero Vaz de Caminha
• Sua vida:
• Nascido em 1437, foi
escrivão da armada
de Cabral, morreu
assassinado pelos
mouros em 1500.
• A “Carta a El-Rei Dom
Manuel sobre o
achamento do Brasil”
tem valor histórico e
literário, refletindo a
preocupação com a
conquista material e
com a expansão da fé
cristã.
Fragmento da Carta:
• Texto 1: Feição deles é serem pardos,
maneira de avermelhados, de bons rostos
e bons narizes, bem feitos. Andam nus,
sem cobertura alguma. Não fazem o
menor caso de encobrir ou de mostrar
suas vergonhas e nisso têm tanta
inocência como têm em mostrar o rosto.
Literatura Jesuítica
• A finalidade central da literatura dos
jesuítas era a catequese dos índios e, para
tal, trabalharam especialmente a poesia e
o teatro.
• Destaca-se: JOSÉ DE ANCHIETA.
José de Anchieta
• Nascido em 1534, veio
•
•
para o Brasil em 1553,
fundando, no ano
seguinte, um colégio em
Piratininga (SP). Faleceu
em 1597, no litoral do
Espírito Santo.
Deixou a 1ª Gramática
Tupi-guarani (ARTE DA
LÍNGUA MAIS USADA NA
COSTA DO BRASIL),
várias poesias (“Poema à
virgem”), hinos, canções
e outros (gêneros
teatral).
Foi com o teatro que
Anchieta cumpriu sua
missão teatral.
Barroco
• O Barroco teve seu início no Brasil, em 1601,
•
•
•
com a publicação de PROSOPOPÉIA, de Bento
Teixeira, abrangendo todas as manifestações
artísticas dos anos de 1600 e início dos anos de
1700.
MOMENTO HISTÓRICO:
EUROPA: conflitos políticos, econômicos, sociais
e religiosos. Término das grandes navegações,
Reforma Protestante e cisão da Igreja.
BRASIL: exploração da cana-de-açúcar (NE),
escravização da mão-de-obra dos negros e
perseguição aos índios.
Características da Linguagem
Barroca
• Quanto à forma:
• Vocabulário selecionado
• Gosto pelas inversões
•
•
•
sintáticas
Figuração excessiva, com
ênfase em certas figuras
de linguagem, como a
metáfora, a antítese e a
hipérbole.
Sugestões sonoras e
aromáticas
Gosto por construções
complexas e raras.
• Quanto ao
•
•
•
•
•
Conteúdo:
Conflito espiritual
Oposição entre o
mundo material e o
espiritual
Consciência da
efemeridade do
tempo (carpe diem)
Morbidez
Gosto pelos
Principais Temas do Barroco:
Sobrenatural;
Morte;
Cenas trágicas;
Religião;
Erotismo;
Misticismo;
Arrependimento.
Estilo Barroco:
• Linguagem rebuscada,culta, extravagante,
valorização do pormenor mediante jogos
de palavras e pelo excessivo emprego de
linguagem. Também conhecido como
gongorismo.
• Jogo de idéias, de conceitos, seguindo um
raciocínio lógico, racionalista, que utiliza
retórica aprimorada.
Principais autores:
• Gregório de Matos (1636-1696): Nascido na
•
Bahia, filho de família abastada, formou-se em
Direito. Manteve uma vida desregrada e, em
conseqüência de seu espírito crítico e
zombeteiro, foi desterrado para Angola.
Regressou para o Recife, onde faleceu um ano
depois.
Sua obra é o espelho dos contrastes da época: a
rígida educação moralizante jesuítica e as
ambigüidades dos costumes decadentes da
Bahia.
Suas poesias dividem-se em:
• Poesia Satírica:
• A poesia satírica de Gregório não poupa
•
•
ninguém: figurões portugueses, padres, freiras,
nativos, negros...
Ganhou a apelido de “BOCA DO INFERNO”
devido a sua poesia satírica;
Percebe-se nessa produção a percepção crítica
da exploração colonialista feita pelos
portugueses, por isso é vista por alguns como a
primeira manifestação nativista de nossa
literatura.
• Poesia Lírica:
• A produção lírica marca-se pelo erotismo,
pela consciência da brevidade da vida e
pela necessidade de aproveitá-la a cada
instante (carpe diem).
• Obras: “A Mesma D. Ângela”;
“À instabilidade das cousas do mundo”.
• Poesia Religiosa:
• Apresenta o pecador ajoelhado diante de
Deus, sentindo-se culpado pelos pecados
cometidos, buscando o perdão por seus
erros e utilizando-se constantemente de
referências bíblicas.
• Obra: “Jesus Cristo Nosso Senhor”
Pe. Antônio Vieira (1608-1697)
Nascido em Lisboa,
veio ainda menino
para o Brasil. Tornouse grande pregador
em Lisboa e voltou ao
Brasil, instalando-se
no Maranhão, onde
fez a defesa dos
índios
• Sua obra divide-se entre
PROFECIAS, CARTAS e
SERMÕES. Num estilo
eloqüente, marcado pelo
jogo de idéias, de
conceitos, seguindo um
raciocínio lógico,
racionalista, seus
sermões são o melhor de
sua produção.
• Obras: Sermão da
Sexagésima, Sermão de
Santo Antônio aos Peixes,
Sermão do Bom Ladrão...
Arcadismo – Séc. XVIII
“A Arcádia e seus pastores - o mundo ideal”
• MARCO INICIAL: “Obras Poéticas” –
Cláudio Manuel da Costa.
• CONTEXTO HISTÓRICO:
• Iluminismo (Pombal – expulsão dos
Jesuítas; Rousseau – teoria do “bom
selvagem”);
• Inconfidência Mineira.
O ARCADISMO também pode ser chamado
de NEOCLASSICISMO.
Principais características:
• Oposição ao Barroco;
• Racionalidade;
• Simplicidade;
• Imitação dos Clássicos;
• Bucolismo, Pastoralismo.
Gêneros Literários do Arcadismo:
• POESIA LÍRICA:
• Cláudio Manuel da Costa;
• Tomás Antônio Gonzaga;
• Silva Alvarenga;
• Alvarenga Peixoto;
Cláudio Manuel da Costa:
• Nasceu em 5 de junho de 1729, em Minas Gerais. Filho
•
•
•
•
•
de mineradores abastados, formou-se em Direito pela
Universidade de Coimbra. Faleceu em 04/07/1789.
Introduziu o Arcadismo no Brasil com o livro “Obras
Poéticas”. Adotou o nome árcade de Glauceste
Satúrnio .
As musas que aparecem na sua poesia lírica são: Nise e
Eulina. Nise é a musa que mais aparece nas
composições lírico-amorosas.
Tipos de poesia que cultivou: lírico-amorosa e épica.
Considerado um dos melhores sonetistas da nossa
literatura.
Temas comuns na sua poesia: o amante infeliz, a
tristeza da mudança das coisas em relação aos
sentimentos.
Tomás Antônio Gonzaga
• Nasceu em Portugal, em 11 de agosto de
1744.Com oito anos foi trazido para o
Brasil. Faleceu em Moçambique em 1810.
• Apaixona-se por Maria Dorotéia Joaquina
de Seixas, que imortalizaria nos poemas
com o pseudônimo de Marília.
• Principal poeta do século XVIII no Brasil.
• Único poeta satírico do século XVIII.
• Adotou o nome árcade de Dirceu.
MARÍLIA DE DIRCEU
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado,
De tosco trato;de expressões grosseiro,
Dos frios gelos e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília Bela, graças à minha estrela!
Eu vi o meu semblante numa fonte:
Dos anos inda não está cortado;
Os pastores que habitam este monte
Respeitam o poder do meu cajado.
Com tal destreza toco a sanfoninha,
Que inveja sté me tem o próprio Alceste:
Ao som dela concerto a voz celeste,
Nem canto letra que seja minha.
Graças, Marília Bela, graças à minha estrela!
• Suas Obras:
• Marília de Dirceu (poesia lírico-amorosa):
Longo poema de amor, dividido em
pequenas unidades chamadas Liras. Tem
como motivo principal a paixão do pastor
Dirceu pela pastora Marília.
• Cartas Chilenas (poesias satíricas):
criticavam o governador de Minas Gerais.
Basílio da Gama
• Nasceu em 8 de abril de 1741, em Minas Gerais.
Morreu em Lisboa, em 1795.
• Tinha como nome árcade Termindo Sipílio.
• Cultivou a poesia épica
• Sua obra máxima foi O URAGUAI (tomada das
Missões por tropas luso-espanholas – morte de
Lindóia).
O URAGUAI
• Classificado como poema épico
• Escrito em decassílabos brancos, sem divisão em
•
•
•
•
•
•
•
•
estrofes
Tinha o objetivo de satirizar os jesuítas e agradar o
Marquês de Pombal, protetor do poeta.
Personagens principais:
Lindóia:índia, heroína, que morre picada por uma cobra.
Cacambo: índio guerreiro, esposo de Lindóia.
Padre Balda:Jesuíta, vilão da história, que trai os índios.
Caitutu: índio guerreiro, irmão de Lindóia.
Tanajura: índia feiticeira.
Gomes Freire de Andrade:chefe das tropas portuguesas.
Santa Rita Durão
• Nasceu em Minas, em 1722. Faleceu em Lisboa,
•
•
•
em 1789
Realizou estudos de Filosofia e Teologia.
Foi envolvido na polêmica contra os jesuítas e
refugiou-se na Espanha, mais tarde na França e
na Itália.
De suas produções poéticas, ficou o poema
épico Caramuru (sem inovações, glorifica o
colonizador branco na pele de Diogo Àlvares
Correia – morte de Moema).
CARAMURU
• Classificado como poema épico, escrito em decassílabos
rimados, com divisão em cantos e estrofes.
• É narrado em dez cantos.
• Descreve o naufrágio de Diogo Álvares Correia(na costa da
Bahia) e suas aventuras amorosas com as índias:Paraguaçu
e Moema.
• O poema segue o esquema clássico camoniano: usa a oitava
rima e obedece à divisão tradicional:proposição,
invocação,dedicatória, narrativa e epílogo.
• PERSONAGENS PRINCIPAIS:
• Diogo Álvares Correia:herói, náufrago português.
• Paraguaçu:índia, filha do cacique,apaixonada, e escolhida
por Diogo.
• Moema:amante de Diogo, morre afogada.
• Taparica:cacique, pai da índia Paraguaçu.
Silva Alvarenga
• Nasceu em Minas, em 1749. Morreu no
Rio de Janeiro, em 1 de novembro de
1814.
• Tinha como musa inspiradora: Bárbara.
• Suas poesias eram lírico-amorosa.
• Obra: Glaura.