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A Reabilitação do Idoso
Hospitalizado e nas
ILPI´s
Professora Viviane Café Marçal
Especialista em Geriatria e
Gerontologia UFMG
Especialista Saúde Idoso
FCMMG
Prof Viviane Café Marçal
1
Reabilitação
Gerontológica


Conceito:
Conjunto de intervenções
diagnósticas e terapêuticas cujo
objetivo é de manter e/ou restaurar a
capacidade funcional dos idosos,
otimizando o potencial individual
(Becker e Kaufman,1998;Weber,Fleming e Evans,1995)
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Reabilitação do idoso
Hospitalizado

Embora a atenção ao idoso seja
uma prioridade emergente no Brasil,
pouca ênfase tem sido dada a
modelos de organização de serviços
hospitalares para pacientes
geriátricos.
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3
Estruturação de serviços
e programas
brasileiros,perfil:


A estruturação de serviços e programas de
saúde no Brasil tem sido
predominantemente orientado para
problemas materno-infantis, cujas
características são bem diferentes
daquelas apresentadas pela população
idosa
Com um novo perfil epidemiológico no
Brasil há uma necessidade reformular os
serviços de saúde.
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4
Porquê isto não
acontece?




Falta de evidências da efetividade
dos serviços geriátricos?
Ceticismo?
Visão esteriotipada?
Idéia de que o cuidado com o idoso
não tem retorno?
Prof Viviane Café Marçal
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Dados SUS, 1996 mostrou que a
população idosa em 1996 representou
7,3% das autorizações de internação.
Consumindo 22,9% dos recursos gastos à
saúde.
 O índice de custo hospitalar(habitante/ano)
foi de R$14,54 - 0 a 14 anos
 R$59,40 >= 60 anos
 O tempo de permanência hospitalar:
5.3 dias –0 a 14 anos
7 dias >= 60 anos

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


 população idosa  gastos com saúde
Porém grandes gastos não garantem um
trabalho voltado para a melhoria da
qualidade de vida do idoso.
A falta de uma avaliação geriátrica correta
está diretamente ligada ao retorno a
internação hospitalar e maior uso de
serviços de saúde.
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Modelo de Serviços
Hospitalares para Idosos

Na literatura encontrou-se 5 modelos
diferentes para atenção ao idoso
hospitalizado:
 1- Modelo de Cuidado Prolongado:
O cuidado agudo é de responsabilidade do
clínico geral ou de outro especialista,
reservando ao geriatra o cuidado
prolongado. Este modelo não inclui o
trabalho de reabilitação
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2- Modelo Tradicional:
Serviços independentes ClínicaMédica
e Geriatria
Pacientes são internados em muitos
casos dependendo da
disponibilidade de leitos.
Não há critérios estabelecidos para
admissão ao serviço geriátrico

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9
3-Modelo baseado na Idade
Cronológica:
Bastante difundido
Pacientes são encaminhados de
acordo com faixa etária
Assegura um espaço próprio a equipe
gerontológica
Porém existem algumas limitações:

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

4- Modelo não especializado:
A equipe geriátrica trabalha em
enfermaria geral, não dispondo de
um serviço próprio, apto à provisão
de reabilitação e de seguimento de
casos, entre outros
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



Uma versão desse modelo é o trabalho de
consultoria geriátrica, no qual especialistas
no cuidado do idoso emitem parecer ou
fazem acompanhamento parcial de
pacientes internados em setores de
internamento, em sua maioria,
especializados.
Não possibilita o importante trabalho de
acompanhamento prolongado
Não demonstrou impacto na redução de
mortalidade e na manutenção do idoso
residindo no domicílio
Efeito bastante modesto em termos de
redução de readmissões hospitalares.
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



5- Modelo Integrado:
Alternativa ao baseado idade cronológica.
O cuidado agudo do paciente idoso ocorre
em enfermaria de clínica geral, através de
uma equipe de profissionais e médicos de
diferentes especialidades, particularmente
aqueles com formação geral, incluindo
geriatras.
Pacientes são encaminhados ao serviço
geriátrico, realiza-se o trabalho genuíno da
equipe gerontológica
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Modelo Integrado
discussão:



Algumas vantagens desse modelo
podem ser assinaladas:
fortalece e aproxima a clínica
médica da geriatria
Promove o envolvimento de
profissionais de diferentes áreas
com questões do envelhecimento.
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
De modo geral, os principais
elementos do modelo integrado
parecem favorecer a nossa realidade
e estão sintonizados com a
necessidade apontada de se redefinir
o escopo de atuação de
especialistas., dependendo das
condições disponíveis em cada
hospital.
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Hospitais de Reabilitação
Unidades de Avaliação
Geriátrica

Conceito: são unidades
especializadas que funcionam
dentro de um hospital e
proporcionam avaliação geriátrica
completa, incluindo avaliação de
problemas médicos,funcionais,
psicossociais e ambientais.
(Rubenstein e Cols.,1991)
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Hospitais de Reabilitação
Unidades de Avaliação
Geriátrica

Serviços: compreendem exames
complementares, cuidados de
enfermagem, tratamento médico,
fisioterapia,terapia ocupacional,
fisioterapia,psicologia,assistência
social, serviço de lazer, nutricionista,
dispositivos mecânicos, medicação e
artigo médicos(Rubenstein e
cols.,1991)
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Hospitais de Reabilitação
Unidades de Avaliação
Geriátrica




Programas:
Multidisciplinares de reabilitação intensiva
para pacientes graves passíveis de
tratamento
Prazo de internação: variável
Objetivo: consiste em melhorar o
diagnóstico, o tratamento e grau funcional
do idoso. Diminuir o aproveitamento
inadequado dos serviços de saúde e evitar
a colocação do paciente em ambiente
impróprio para ele.
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Hospitais de Reabilitação
Unidades de Avaliação
Geriátrica: sistemática




Encaminhamento:
Avaliação: multidisciplinar
(multidimensional, incluindo condições
sociais, físicas e psicológicas e funcionais)
A execução da avaliação prossegue muitas
vezes durante um certo período.
Cada especialidade contribui com sua
própria orientação e com seus conceitos
para o método de avaliação, interpretação
e tratamento dos problemas encontrados
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Hospitais de Reabilitação
Unidades de Avaliação
Geriátrica




Utilização de instrumentos
padronizados de avaliação:
Instrumentos psicológicos(estado
mental,depressão, qualidade de
vida)
Sociais (encargos impostos à
pessoa que trata do doente)
Funcionais (AVD)
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Hospitais de Reabilitação
Unidades de Avaliação
Geriátrica
Programação de alta:
Depende do estado do paciente
De sua resposta diante do tratamento/
Disposições acerca de seu futuro
modo de viver

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
Metanálise publicada em 1993, incluindo
28 ensaios randomizados com 4.929
idosos incluídos em 5 estratégias de
serviços geriátricos e 4.912 controle,
demonstrou que tais serviços são efetivos
no aumento da capacidade funcional e
sobrevida.Abordagem geriátrica conduzida
em nível hospitalar, incluindo serviço de
reabilitação, foi capaz de reduzir em 35% o
risco de mortalidade em um período de
seis meses
(Stuck AE, Siu AL, Wieland GD, Adams J, Rubenstein LZ. Comprehensive geriatric
assessment: a meta-analysis of controlled trials. Lancet 1993;342:1032-6.)
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
Embora análises da relação custoefetividade demonstrem que vale a
pena investir em reabilitação
gerontológica, existem poucos
centros especializados na oferta de
programas abrangentes de detecção
e tratamento de incapacidades
funcionais em adultos e idosos.
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Reabilitação
Gerontológica no idoso
Hospitalizado síntese
Trabalho em equipe
multi/interdisciplinar
 Identificação problema
 Hierarquização Intervenções
 Gerenciamento Intervenções
Reabilitação é um processo dinâmico
que também depende das
necessidades do paciente e
familiares

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Discussão


Como a organização de serviços
geriátricos está ainda em sua fase inicial
no Brasil, o momento é oportuno para a
busca de opções inovadoras neste campo.
A questão fundamental em relação à
proposição da abordagem geriátrica é
quando e como o cuidado por uma equipe
interdisciplinar apresenta resultados
significativamente melhores do que o
cuidado tradicional, tanto quanto ao
desfecho de morbi mortalidade e à
qualidade de vida, como, evidentemente,
quanto aos custos.
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