Clube de Revista Doença Inflamatória Intestinal Juliana Tepedino Martins Alves Interna Pediatria – ESCS Coordenadora: Elisa de Carvalho.

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Transcript Clube de Revista Doença Inflamatória Intestinal Juliana Tepedino Martins Alves Interna Pediatria – ESCS Coordenadora: Elisa de Carvalho.

Clube de Revista
Doença Inflamatória
Intestinal
Juliana Tepedino Martins Alves
Interna Pediatria – ESCS
Coordenadora: Elisa de Carvalho
Conceito

Engloba as maiores formas de doença
inflamatória crônica inespecifica:



Doença de Crohn (DC), R
Retocolite ulcerativa (RCUI)
Colite indeterminada (não permite
classificação inicial em DC ou RCUI)
Etiologia



A etiologia e a patogênese permaneçam obscuros;
Evidências sugerem que a imunorregulação anormal
da mucosa constitui o ponto central para o início e a
perpetuação da inflamação;
Há predisposição genética
história familiar
positiva constitui o fator de risco mais importante
conhecido para o desenvolvimento de Doença
Inflamatória Intestinal (DII);
6-10% dos casos de DII são familiares
Retocolite Ulcerativa



Doença da mucosa que e afeta o reto e que
freqüentemente envolve um segmento contíguo
variável do cólon - raramente acomete íleo
terminal;
Histologicamente há infiltrado polimorfonuclear
confinado à mucosa com abscessos crípticos,
edema, congestão vascular, ramificação de criptas
e depleção de muco das células caliciformes.
Os sintomas do cólon dependem da disseminação
das lesões e de sua gravidade
Manifestação mais comum: diarréia sanguinolenta
Retocolite Ulcerativa



Inicio insidioso;
Outros sintomas gastrointestinais:dor abdominal,
tenesmo, urgência para evacuar, anorexia, náuseas,
vômitos, aftas orais, perda de peso, icterícia;
Os sintomas "extra-digestivos" estão presentes em
15% dos pacientes (artrite, conjuntivite, alterações
dermatológicas (ex: pioderma gangrenoso)
Em mais de 90% dos casos ocorre uma CRONICIDADE
Doença de Crohn

Pode envolver qualquer segmento do trato digestivo
desde a boca até o ânus e, freqüentemente, se
apresenta com lesões multifocais separadas por
segmentos normais;
Em crianças é mais comum em
íleo terminal e cólon direito


Tem natureza transmural e pode acometer parede
intestinal, mesentério e gânglios linfáticos;
Os sintomas são influenciados pelo local e pelo tipo
das lesões inflamatórias, porém sua intensidade está
pouco correlacionada com as características
macroscópicas e microscópicas.
Doença de Crohn



Inicio insidioso;
Outros sintomas gastrointestinais: dor abdominal
(difusa ou em FID), diarréia, tenesmo, urgência
para evacuar, anorexia, náuseas, vômitos, aftas
orais, doença perianal;
Os sintomas "extra-digestivos" : artrite, uveíte,
baqueteamento digital, alterações dermatológicas
(ex: pioderma gangrenoso, eritema nodoso)
Métodos Diagnósticos

Laboratorial:

Hemograma, VHS, proteína C reativa, albumina
sérica, testes da função hepática;

Exame de fezes (excluir causas infecciosas)

P-ANCA (auto-anticorpos citoplásmicos
antineutrófilos perinucleares) e ASCA (anticorpos
para epítopes oligomanosídicos da levedura
Saccharomyces cerevisiae)podem ser úteis para o
diagnostico de RCUI e CD respectivamente;

Métodos Diagnósticos

Avaliação do transito
intestinal (ID),
colonoscopia e
endoscopia digestiva
alta (biópsias),
enema baritado, US,
RM, cintilografia de
leucócitos marcados
com Tecnécio-99;
Doença Inflamatória intestinal em
crianças e adolescentes:
Recomendação para diagnóstico
- Critério de Porto Inflamatory Bowel Disease in Children and
Adolescents: Recommendations for
Diagnosis - The Porto Criteria .
IBD Working Group of the European Society
for Pediatric Gastroenterology, Hepatology
and Nutrition (ESPGHAN
J Pediatr Gastroenterol Nutr 2005;41:1-7
Introdução


Retocolite ulcerativa(RU) e a Doença de Crohn
(DC) pode se apresentar antes dos 20 anos em
25 – 30% de todos pacientes com DII;
Vários estudos epidemiológicos publicados nos
últimos anos sugerem que a incidência dessas
doenças (em particular da DC) cresceu nos
últimos 10 anos;
A comparação
entre esses
diferentes
estudos é
bastante
complicada pois
não há
uniformidade
entre os critérios
diagnósticos,
tempo de
avaliação,
tamanho da
população e as
faixas etárias
analisadas.
Introdução

Há características que são mais freqüentes na
população pediátrica como:
Parada de crescimento (10-40%);
Localização diferente determinando
diferente apresentações clínica;
Dor abdominal é sintoma mais
freqüência que sangramento retal (RU) e
diarréia (DC);
Fatores genéticos tem maior
importância – historia familiar + em 26-42%;
Grupo de Trabalho

1ª reunião – Sicília/ Itália (2002);
2ª reunião – Porto/ Portugal (2003);
 3ª reunião – Porto/ Portugal (2004);

• História do paciente;
Critérios de Porto
• Exame Físico;
• Investigação laboratorial;
• Endoscopia e histologia;
• Radiologia.
História do paciente

A suspeita e DII foi feita em crianças com sintomas
persistentes (≥4 semanas) ou recorrentes (≥2
episódios em 6 meses)
 Dor abdominal;
 Diarréia;
 Sangramento retal;
 Perda de peso;

Outros como: febre, retardo de crescimento,
desnutrição, náuseas, vômitos, sintomas
psiquiátricos, artropatia, eritema nodoso,
amenorréia secundaria, atraso do
desenvolvimento puberal e lesões perianais;
A tríade clássica da DC (dor
abdominal, diarréia e perda de
peso) somente é encontrada em
25% dos pacientes analisados
Exame Físico



A parada ou desaceleração do crescimento devem
ser valorizados;
Deve também ser avaliado o desenvolvimento
puberal de acordo com os critérios de Tanner;
Procurar outros sinais como: anemia,
baqueteamento digital, inchaço labial, hiperplasia
gengival, aftas, anormalidades de pele (inclusive
vitiligo), eritema nodoso, alterações no abdome
(massas palpáveis), avaliação da área perianal
(fissuras, fistulas, abscessos), sinais de artrite;
Exames laboratoriais

Valor preditivo + 90%
Valor preditivo – 81%
Devem incluir:
 Hemograma completo (
Hg ,
plaquetas)
 VHS e proteína C reativa (
)
 Níveis sericos de uréia e creatinina,
 Albumina serica (
)
 Presença de ASCA - CD
Ajuda na
pANCA – UC
diferenciação de DII
(sensibilidade 60-80%)
de infecções,
principalmente na
 Excluir causas infecciosas de enterite
presença de diarréia
ou colite pelo exame de fezes (lembrar
que o 1º episodio de DII pode aparecer
após um episodia infeccioso)
Endoscopia

Realizar colonoscopia - avaliar íleo terminal (único
lugar acometido em 9% das crianças com DC) e
realizar biopsias para avaliação histológica de vários
segmentos;
Localização e extensão da
inflamação ajuda na
diferenciação de DC com RU

Realizar endoscopia na confirmação de sintomas
gastrintestinais superiores
Histologia
Presença de granulomas de células
gigantes ou aftas são sugestivos de DC
Obs: A presença de gastrite focal não e sensível para o
diagnostico de DII
Endoscopia e Histologia
Radiologia





Avaliação do trânsito intestinal, principalmente
na DC para a avaliação de complicações como
úlceras, fístulas, estenoses;
Enema baritado é usado mais como coadjuvante
da colonoscopia;
Cintilografia de leucócitos não mostrou ter boa
sensibilidade;
US – pode mostrar alterações na espessura da
parede dos intestinos, porem não mostra a
inflamação;
RM (com ou sem uso do Gadolínio) pode se
mostrar útil porem ainda não há validação dessa
informação;
Resumo


Crianças e adolescentes com sintomas sugestivos
de DII devem ser investigadas com exames
laboratoriais (relembrar a importância do exame
de fezes para excluir causas infecciosas) seguido,
se necessário de ileocolonoscopia e endoscopia
alta;
Materiais para biópsias devem ser retirados de
varias áreas do intestino;
Resumo


O diagnóstico de colite indeterminada só e
aceitável se não houver conclusão após
toda investigação recomendada;
O uso de outros métodos radiológicos
estão indicados na tentativa de fechar
diagnóstico.