SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES VENTRICULARES CEREBRAIS Ventriculomegalias fetal e neonatal Hidrocefalias fetal e neonatal Significado perinatal das dilatações ventriculares cerebrais Autor: Paulo R.
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Transcript SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES VENTRICULARES CEREBRAIS Ventriculomegalias fetal e neonatal Hidrocefalias fetal e neonatal Significado perinatal das dilatações ventriculares cerebrais Autor: Paulo R.
SIGNIFICADO PERINATAL DAS
DILATAÇÕES VENTRICULARES
CEREBRAIS
Ventriculomegalias fetal e neonatal
Hidrocefalias fetal e neonatal
Significado perinatal das dilatações ventriculares
cerebrais
Autor: Paulo R. Margotto
Paulo R. Margotto
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Prof. do Curso de Medicina da Escola Superior
de Ciências da Saúde (ESCS) /SES/DF
SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Agradeço a Dra. Profa. Marta David Rocha, pela elaboração dos slides
SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Objetivos desta Apresentação
-Hidrocefalia congênita: risco para comprometimento do
desenvolvimento cognitivo
-alterações ma proliferação e migração neuronal
-compromete desenv. neuronal
-Ventriculomegalia 2ária a redução subst. branca
deficiência
cognitiva
A colocação precoce de derivação: previne a lesão
neuronal progressiva
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Introdução
A
paralisia cerebral (PC) constitui a seqüela mais
frequente em RNPT extremos, constituindo mais de
25% de todos os casos de PC na Suécia.
Ancel
et al mostrou uma prevalência de PC aos 2 anos
de idade de 20% nos RN com IG 24 a 26 sem. Neste
estudo mostrou – se que 1/12 crianças teve PC
(corresponde a quase 80 X mais do que RNT).
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Introdução
Ancel
et al avaliando ultra-sons cerebrais no período
neonatal, evidenciou que 17% das crianças com
HPV/HIV grau III e 25% das crianças com lesão da
substância branca tiveram PC, comparado com 4% das
crianças com ultra-sons cerebrais normais.
Outros
estudos estimaram a prevalência de PC nos RN
abaixo de 27 semanas entre 11% a 35%.
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A lesão cerebral no RN pré-termo consiste de múltiplas lesões:
hemorragia peri/intraventricular (HP/HIV),
leucomalácia periventricular (LPV) e
ventriculomegalia (VM).
Estas são as maiores complicações
neuropatológicas dos RNPT e são associadas com
alta mortalidade e com um desenvolvimento
neurológico adverso
principalmente nas mais tenras IG
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VENTRICULOMEGALIA CEREBRAL FETAL
Representa a mais freqüente anormalidade cerebral observada
nos fetos. Sendo isolada em 60% dos casos.
Pilu et al, mostraram que a largura atrial dos ventrículos laterais
de fetos normais permanece constante durante a gestação, com
um diâmetro médio de 6,91,3mm, sendo considerada:
moderada ventriculomegalia um diâmetro entre 10-15mm e
severa ventriculomegalia acima de 15mm.
O ponto de corte para a ventriculomegalia na ressonância
magnética foi largura atrial >10mm.
Wyldes e Watkinson usam o termo hidrocéfalo quando o
diâmetro atrial é maior que 15mm e com rápido aumento.
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A etiologia multifatorial e associa-se usualmente a anomalias do
SNC, aberrações cromossômicas, infecção fetal e HIC.
A presença de dilatação ventricular intra-útero levanta uma série
de questões que podem ajudar na determinação da etiologia,
↑ecogenicidade
hemorrágica,
espessamento e irregularidade da parede ventricular ↔
distúrbios na migração neuronal
agenesia do corpo caloso, agenesia septal, falta de
visibilidade do septo pelúcido, fusão dos cornos frontais e
ventriculomegalia, ↔ agenesia septal.
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da
parede
ventricular
↔
etiologia
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Goldstein et al avaliaram as características clínicas e ultrasonográficas, assim como o prognóstico dos fetos com moderada
ventriculomegalia.
34 fetos com moderada ventriculomegalia com 18-35 sem de IG.
7 dos 34 fetos foi realizado o cariótipo e este foi normal.
4 dos 34 fetos, a gravidez foi interrompida, em 2 houve
evidências de hidrocefalia.
8 fetos tiveram malformações congênitas, 3 morrendo no período
neonatal precoce.
8 com malformações, 6 com aberrações cromossômicas.
A moderada ventriculomegalia resolveu-se em 10 de 30 (33,3%).
26 crianças disponíveis para o seguimento, 16 (61,1%) eram
normais com 1 mês e aos 2 anos de idade.
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VENTRICULOMEGALIA CEREBRAL FETAL
Assim, os dados dos autores confirmaram que na
ausência de malformações e com um cariótipo
normal
o
prognóstico
da
moderada
ventriculomegalia parece favorável.
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Drugan et al, analisando 43 casos de ventriculomegalia
fetal, mostraram:
que o prognóstico é ruim para os fetos que apresentam
malformações,
bom para aqueles com ventriculomegalia isolada e
não progressiva e variável para aqueles com ventriculomegalia
isolada progressiva.
alterações cromossômicas em 9% dos fetos com moderadas
ventriculomegalia
Goldstein
et al,observou uma incidência
casos examinados.
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de 23% - 3/13
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As anomalias do SNC nos casos de moderada ventriculomegalia
estiveram presentes e mais de 50% dos casos, incluindo espinha
bífida, malformação de Dandy-Walker e agenesia de corpo
caloso.
Na série de Goldstein e col. 12% dos fetos (4/33) com moderada
ventriculomegalia apresentaram anomalias do SNC (2 com
hidrocéfalo e 2 com cisto no plexo coróide)
Pode
haver
regressão
espontânea
da
moderada
ventriculomegalia, ocorrendo em 33,3% na série de Goldstein et
al , estando de acordo com os relatos na literatura (29%).
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Estudo de Kelly et al citado por Garel e col., a partir de uma
análise de 295 fetos com ventriculomegalia isolada, demonstrou
resolução espontânea da ventriculomegalia moderada em 29%
dos casos, permanecendo estável em 57% dos casos e, porém,
progressão em 14% dos casos.
Goldstein et al explicam a regressão observada da
ventriculomegalia pelo atraso parcial ou transitório na drenagem
ou superprodução do fluido espinhal
A completa resolução in utero da ventriculomegalia, embora
favorável,
não é sempre acompanhada de bom prognóstico.
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Quanto
ao seguimento das crianças, os dados disponíveis
na literatura são insatisfatórios.
Goldstein
et al, mostraram que 61,6% (16 de 26 crianças)
tiveram crescimento e desenvolvimento normais na idade de
2 anos.
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Gaglioti et al mostrou que quando a ventriculomegalia
constituía um achado insolado,
97,7% dos fetos com leve ventriculomegalia (10-12 mm),
80% com moderada ventriculomegalia (12,1-14,9mm) e
33,3% dos fetos com severa ventriculomegalia (>15mm)
estavam vivos aos 24 meses ou mais de vida.
O prognóstico neurocomportamental correspondente a
essas crianças foi normal em:
93% (leve ventriculomegalia),
75% (moderada ventriculomegalia) e
62,5% (severa ventriculomegalia).
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Com estes resultados, os autores estabeleceram um limite abaixo
de 12 mm para a largura ventricular na definição de
ventriculomegalia boderline.
Os casos com medidas acima deste valor são aqueles mais
freqüentemente associados a malformações e alterações no
desenvolvimento neurocomportamental.
A presença de malformações associadas é considerada um fator
de prognóstico ruim.
A presença do 3o ou 4o ventrículos dilatados têm sido considerado
um marcador de prognóstico ruim, assim como severas
dilatações (acima de 15mm).
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No
estudo de Pilu et al, o risco de prognóstico neurológico
ruim nos fetos com moderada ventriculomegalia (10-15 mm)
foi maior no sexo ♀ (22,6%) em relação ♂ (4,6%: RR= 4,89;
IC a 95% de 1,35-17,65).
No
caso da largura atrial maior que 12 mm ou mais, os
resultados foram 13,9% para o sexo ♀ e 3,8% para o ♂
com RR=3,6; IC a 95% de 1,035-12,84.
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VENTRICULOMEGALIA CEREBRAL FETAL
Uma
vez identificado ventriculomegalia fetal deve ser
realizada:
Busca de malformações, incluindo ecocardiograma e
cariótipo.
Ultra-som deve ser realizado para a detecção de
malformações cerebrais, entre as quais a hipoplasia ou
aplasia de corpo caloso, Síndrome de Dandy-Walker,
lisencefalia,
holoprosencefalia,
esquisencefalia
e
estenose de aqueduto de Sylvius.
Investigar erros inatos do metabolismo.
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Muitas malformações são diagnosticadas intra-útero,
16-25% dos bebês com ventriculomegalia isolada tem só após o
nascimento diagnóstico de: lesões cardíacas, atresia de esôfago
e renal e anormalidades genitais.
Aneuploidia tem sido relatada em 3% das ventriculomegalias
isoladas e em 36% quando associada a malformações.
A trissomia do 21 tem sido associada com ventriculomegalia
isolada em 3,8%13.
Ventriculomegalia moderada não progressiva unilateral de 1113mm foi relatada como uma variante do normal da anatomia
fetal com um prognóstico neurológico favorável.
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VENTRICULOMEGALIA CEREBRAL FETAL
Senat et al relataram um desenvolvimento cognitivo normal
nestes casos em 88%.
Os
fetos com ventriculomegalia isolada devem
acompanhados com ultra-som até ao final do 3o trim.
ser
Achiron et al relataram desenvolvimento neurológico normal
em 80% dos casos com ventriculomegalia unilateral (diferença
maior do que 2,4mm na largura dos ventrículos).
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HIDROCEFALIA CONGÊNITA
A hidrocefalia é definida como um acúmulo excessivo de líquor
acompanhado de excessivo crescimento do perímetro cefálico
A ventriculomegalia descreve o aumento dos ventrículos sem
aumento do perímetro cefálico;
Aproximadamente 3 a 4 RN de cada 1000, nascem com
hidrocefalia. A hidrocefalia acompanha 80-90% dos RN que
nascem com defeitos no tubo neural.
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HIDROCEFALIA CONGÊNITA
A prevalência do hidrocéfalo fetal é difícil de determinar devido
à inacurácia diagnóstica e a subdetecção, mas tem sido
relatada uma prevalência de 0,3 a 1,5/1000 nascidos vivos.
Um hidrocéfalo isolado é raro, tendo sido associado a
anomalias intracranianas em 37% dos casos e extracranianas
em 63% dos casos, sendo o dirrafismo espinhal a mais
comum.
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CLASSIFICAÇÃO DA HIDROCEFALIA CONGÊNITA
Oi et al classificaram 61 casos de hidrocéfalos;
84% tiveram uma anormalidade do SNC
63% mais de uma anormalidade no SNC
49% com anomalias extracranianas
Primário (31%; média de QI:74,2): hidrocéfalo comunicante,
estenose do aqueduto, atresia do foramen e outras formas de
hidrocéfalo obstrutivo.
Disgenético (56%; média de QI: 52,4): associado com espinha bífida,
crânio bífido, malformação de Dandy-Walker, holoprosencefalia,
hidranencefalia, lisencefalia, cisto congênito e outros.
Secundário (13%; média de QI 26)); tumor cerebral, doenças
hemorrágicas e vasculares, infecção, trauma, coleção de fluido
subdural e outros.
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HIDROCEFALIA CONGÊNITA
alteração na produção ou na inibição do seu fluxo, origina-se a
hidrocefalia.
Quando não se absorve o LCR, denomina-se Hidrocefalia
Comunicante,
Bloqueio na circulação do LCR ou algum conduto ou orifício
estreito, denomina-se Hidrocefalia Não Comunicante ou
Hidrocefalia Obstrutiva (obstrução do foramen de Monroe,
aqueduto de Sylvius e nos foramens de Luschka e Magendie).
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HIDROCEFALIA CONGÊNITA
Há duas outras formas de hidrocefalia que não se encaixam nas
descritas anteriormente:
Hidrocefalia ex-vácuo (atrofia cortical) e/ou de pressão normal
(crianças com macrocefalia em que há aumento do espaço
subaracnóide que melhora por si só).
Qual é a outra ?
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HIDROCEFALIA CONGÊNITA – Caso 1
RNTAIG, ♀, com hidrocéfalo congênito, observa-se extrema atenuação do
manto cerebral na região occipital. O RN foi encaminhado à neurocirurgia do
HBDF para derivação ventrículo-peritoneal. As sorologias para infecções
perinatais crônicas foram normais
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HIDROCEFALIA CONGÊNITA – CAUSAS
A causa mais comum de hidrocefalia congênita é a obstrução
do aqueduto de Sylvius (33%) , secundário
infecção
(varicela
congênita),
a um bloqueio,
hemorragia
na
matriz
germinativa/intraventricular (oclusão do aqueduto de Sylvius ),
Tumor
Outras
ou cisto subaracnóide e angioma de plexo coróide.
causas, estão a Malformação de Arnold-Chiari com
mielomeningocele (28%), hidrocefalia comunicante (22%),
Malformação de Dandy-Walker (7%).
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HIDROCEFALIA CONGÊNITA – CAUSAS
A estenose do aqueduto de Sylvius, resulta em hidrocéfalo
que pode ter origem genética (ligado ao X), por infecção,
por teratogenia ou por origem neoplásica.
A forma hereditária é conhecida como Síndrome de BickersAdams e se apresenta em cerca de 2% dos pacientes com
estenose aqueductal.
É a forma mais comum de hidrocefalia congênita com uma
incidência de 1/30.000 nascimentos do sexo masculino.
Estas crianças apresentam : polegares aduzidos, retardo
mental, geralmente grave com paraplegia (ou
quadriplegia) espástica.
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HIDROCEFALIA CONGÊNITA – CAUSAS
Estenose do aqueduto de Sylvius (o 40 ventrículo não está dilatado)
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HIDROCEFALIA CONGÊNITA – PROGNÓSTICO
É ruim e os resultados da descompressão intra-uterina não
tem sido satisfatórios.
Oi et al estudaram morfologicamente a maturação neuronal
em fetos com hidrocéfalos não tratados. Observaram
alteração na proliferação e migração neuronal nos casos de
hidrocéfalo rapidamente progressivo.
Das quatro maiores etiologias do hidrocéfalo congênito, a
média do QI foi:
109 nos com hidrocéfalo comunicante
108 nos casos de mielomeningocele
71 para os RN com estenose do aqueduto de Sylvius
45 Malformação de Dandy-Walker
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HIDROCEFALIA CONGÊNITA – Manuseio
drenagem ventricular
O reaparecimento do córtex cerebral após a drenagem ventricular
atesta o potencial da plasticidade do cérebro hidrocefálico.
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HIDROCEFALIA CONGÊNITA – Manuseio
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CT de um RN com hidrocéfalo
congênito. Em (A) observa-se total
ausência de reconhecível manto
cerebral na região occipital e
extrema atenuação do manto
anteriormente.
Em (B), TC aos 11 meses após a
derivação
ventrículo-peritoneal,
onde observa-se grande aumento
da espessura do manto cerebral.
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VENTRICULOMEGALIA CEREBRAL NEONATAL
Os RNPT, incluindo alguns com hemorragia HP/HIV têm
risco de desenvolverem ventriculomegalia. Podendo ser
causadas por:
Deficiente fluxo do LCR ou sua deficiente absorção,
Lesão difusa da substância branca
Em alguns RN, ventriculomegalia e a mielinização
atrasada sejam conseqüências de distúrbios da
mielogênese.
a ventriculomegalia que pode parecer um hidrocéfalo,
não é devido a um distúrbio da dinâmica do LCR e sim
um reflexo de ampla lesão da substância branca.
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VENTRICULARES CEREBRAIS
VENTRICULOMEGALIA CEREBRAL NEONATAL
O
hidrocéfalo pós-hemorrágico (HPH) é reconhecido como
uma ventriculomegalia causada por distúrbios no fluxo do
líquor ou na sua absorção. Podendo ocorrer:
Em grave hemorragia intraventricular, ou não.
A baixa IG aumenta o risco de HIV (imaturidade dos vasos
da matriz germinativa) e também predispõe à lesão da
substância branca (isquemia secundária a deficiente autoregulação do fluxo sangüíneo cerebral)
HIV
não é a única causa de ventriculomegalia. Pode
ocorrer devido:
perda de tecido cerebral, por destruição ou a falha do
desenvolvimento da substância branca, principalmente as
ventriculomegalia não acompanhadas de macrocefalia.
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VENTRICULARES CEREBRAIS
VENTRICULOMEGALIA CEREBRAL NEONATAL
A
ventriculomegalia associada à perda de tecido cerebral
se desenvolve gradualmente sem sinais clínicos ou
radiológicos de aumento da pressão intracraniana
Muitas
crianças
microcefálicas.
A
afetadas
são
normocefálicas
ou
distinção entre hidrocéfalo hemorrágico e a
ventriculomegalia por perda de tecido cerebral
(“hidrocéfalo ex-vácuo”) pode não ser fácil.
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VENTRICULARES CEREBRAIS
VENTRICULOMEGALIA CEREBRAL NEONATAL
Como
distinguir entre um hidrocéfalo e ventriculomegalia
por perda de tecido cerebral (hidrocéfalo ex-vácuo)
a rápida aumento do tamanho ventricular, dilatação dos
cornos temporais dos ventrículos laterais ou 3o ou 4o
ventrículos, o contorno periventricular hiperecóico
(resultado do acúmulo de LCR transependimal) e
identificação de hidrocéfalo comunicante
Diminuição do tamanho ventricular após a remoção do
LCR.
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VENTRICULARES CEREBRAIS
VENTRICULOMEGALIA CEREBRAL NEONATAL
As medidas do crescimento dos ventrículos laterais nos RNPT
utilizando o ultra-som na fontanela anterior no corte coronal a
nível do foramen de Monroe (medidas A a C) e no corte sagital
(medidas D e E), segundo Levene.
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VENTRICULARES CEREBRAIS
A maior descoberta com o uso do ultra-som foi a evidência de
que a dilatação ventricular que se segue à hemorragia
HPV/HIV pode resolver-se espontaneamente.
CT a dilatação ventricular ocorre antes da mudança no PC
nestes RN.
Assim, a dilatação sempre precede e eventualmente leva a um
aumento anormal do perímetro cefálico e hidrocéfalo clínico.
A realização de ultra-sons seqüenciais nos RN com hemorragia
peri/intraventricular mostra com clareza que nem todos os RN
que desenvolveram dilatação ventricular vão evoluir para
hidrocéfalo.
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Podemos dividir a dilatação ventricular que se segue à
hemorragia peri/intraventricular em dois grupos:
(1) hidrocéfalo pós-hemorrágico: dilatação progressiva e
associada com aumento do PC > 2cm/sem e com sinais
neurológicos de aumento da pressão intracraniana e
(2) ventriculomegalia: dilatação que eventualmente se estabiliza
ou reverte, sem aumento rápido do perímetro cefálico.
Allan e Phillip agregaram “um ponto de corte” ao ultra-som
para a diferenciação das duas condições 15mm. Uma medida
acima de15mm (medida de Levene) requer monitorização
mais rigorosa do RN.
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Na Unidade de Neonatologia do Hospital Regional da Asa Sul,
o RN com dilatação ventricular pós-hemorrágica com medidas
que ultrapassam 15mm, encaminhamos a neurocirurgia para
avaliar a possibilidade de derivação.
A. Ultra-som no corte coronal - HPV/HIV grau II (seta).
B. Ultra-som no corte sagital - hemorragia intraventricular (setas).
C. Dilatação ventricular
D. Resolução espontânea da dilatação ventricular com 3 sem.
V= vértex, R= direito. A= anterior.
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Hidrocéfalo pós-hemorrágico.
A. HPV/HIV grau 2 no ultrasom em corte coronal
(seta).
B. Ultra-som em corte sagital
mostrando
sangue
no
ventrículo (setas).
C. Severa dilatação ventricular
com duas semanas.
D. Tamanho ventricular após a
drenagem
ventricular
externa por uma sem.
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VENTRICULARES CEREBRAIS
. Gráfico do diâmetro ventricular na posição mostrada pelas
setas no ultra-som no corte sagital.
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VENTRICULARES CEREBRAIS
RN com HPV/HIV grau III
dilatação ventricular, atingindo diâmetro ventricular máxima de 20
e 14 mm (VE e VD)
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VENTRICULARES CEREBRAIS
RN com HPV/HIV grau III com 21 dias e regressão
espontânea com 30 dias (VE=12 e VD de 9,0mm
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VENTRICULARES CEREBRAIS
2 meses de vida com VE e VD de 9mm
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Margotto PR, Castro J. HRAS/SES/DF.
SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
HIDROCÉFALO PÓS-HEMORRÁGICO
Aproximadamente 65% dos RN com HIV exibem dilatação
ventricular não progressiva
Os restantes 35% dos RN com HIV desenvolvem dilatação
ventricular progressiva lenta
Murphy et al, avaliando 248 RN com IG de 26,8±2,6 sem com
HP/HIV (incidência de 25%), observou:
¼ dilatação ventricular pós-hemorrágica;
38% apresentaram uma parada da dilatação;
62% restante, 48% não necessitou de intervenção cirúrgica e
34% recebeu DVE ou DVP
18% morreram.
O maior predictor de prognóstico adverso foi a severidade da
hemorragia.
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
RN apresentou HPV/HIV grau III bilateral, acompanhada de
infarto periventricular à esquerda com formação de cisto
porencefálico
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Evoluiu para hidrocéfalo pós-hemorrágico
Observar-se o cisto porencefálico comunicando-se com o
ventrículo esquerdo) foi realizado DVP no HB
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Classificação da dilatação ventricular segundo Volpe:
Grupo A: início da dilatação progressiva lenta (<4 sem)
Grupo B: persistente dilatação progressiva lenta (>4sem)
grupo C: dilatação rapidamente progressiva (5%)
grupo D:resolução espontânea da dilatação (65%)
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Grupo A: dilatação progressiva lenta (<4 sem)
65% apresentam parada espontânea da dilatação, com
resolução da dilatação ventricular total ou parcial (dentro
de 4 sem do seu início).
35% continuam a progressão da dilatação por mais 4
semanas e se não tratados, desenvolverão uma dilatação
rapidamente progressiva, com severa dilatação ventricular
5% do grupo inicial podem desenvolver
ventricular rapidamente progressiva
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dilatação
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Grupo A: dilatação ventricular rapidamente progressiva
Os RN apresentam rápido crescimento da cabeça (acima
de 2 cm/sem), e freqüentemente com sinais de apnéia,
diminuição do nível de alerta, fontanela cheia, afastamento
das suturas cranianas e anormalidades oculomotoras.
Neste grupo, a PIC aumenta acima de 150cm H2O.
A severidade da HIV é o determinante mais crítico da
probabilidade do RN apresentar uma dilatação ventricular
rapidamente progressiva
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Na moderada hemorragia, o início da dilatação ventricular
progressiva lenta ocorre geralmente após 2 a 3 semanas e a
probabilidade de resolução espontânea é alta.
Com a severa hemorragia intraventricular, o início da dilatação
pode ocorrer dentro de dias, a fase da progressão lenta é
breve e a probabilidade de resolução espontânea é muito
baixa.
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
. RN de VVS.Peso: 710g, IG: 26 sem.
Patologias: DMH, sepses, insuficiência renal. Faleceu com 11 dias de
vida. US realizada com 4 dias de vida, evidenciando HIV grau III
bilateral com hiperecogenicidade periventricular à esquerda (infarto
hemorrágico periventricular
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
. . Cortes cerebrais evidenciando a HIV e extenso infarto
hemorrágico.
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Mecanismo do hidrocéfalo pós-hemorrágico se relaciona, em
parte, ao tempo e a taxa de progressão.
Em uma maciça HIV, ocorrerá rápida distensão ventricular,
aumento da PIC, hipotensão sistêmica e deficiente perfusão
cerebral, com deterioração clínica.
Devido à deficiente circulação do líquor por debris ou coágulos
sanguíneos, o hidrocéfalo pós-hemorrágico pode ocorrer em
dias
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Hidrocéfalo subagudo crônico forma-se em semanas, sendo
secundário a araquinoidite na fossa posterior com obstrução
do fluxo do líquor do quarto ventrículo ou por obstrução do
aqueduto por coágulos sanguíneos ou por debris.
Devido ao pobre desenvolvimento das granulações
aracnóides no período pré-natal, parece que uma via
alternativa linfática, perivascular e vias na dura possam estar
envolvidas.
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Fatores de crescimento tais como o fator-beta 1 (está elevado
nos LCR após a HIV, sendo mais alta nos pacientes que
necessitaram de derivação), junto com outros fatores, como a
trombina, promove o crescimento de tecido conectivo dentro das
leptomeninges, levando a uma aracnoidite e contribuindo para a
redução da absorção do LCR.
Um fator contribuinte pode ser a ineficiente fibrinólise do líquor
devido aos baixos níveis de plasminogênio e altos níveis de
inibidor do ativador de plasminogênio.
Shobha et al, em modelo experimental observou que o
hidrocéfalo pós-hemorrágico ocorreu somente quando houve
uma distensão aguda do ventrículo. Os autores também
sugeriram uma obstrução funcional em nível dos ventrículos
laterais.
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Manuseio do hidrocéfalo pós-hemorrágico
Uso da acetazolamida e a furosemide. Foram avaliados
pela Biblioteca Cochrane. Nenhum dos estudos evidenciou
diminuição do risco para a DVP ou morte no grupo que fez
o uso da terapia diurética.
Punções lombares também não resultaram na redução da
necessidade de DVP ou de desabilidade neurológica
(houve aumento de infecção)
A terapia fibrinolítica intraventricular também não diminuiu a
necessidade da DVP e não diminuiu a mortalidade.
O único tratamento estabelecido para o hidrocéfalo
pós-hemorrágico persistente e progressivo com aumento da
pressão intracraniana é a derivação ventrículo-peritoneal
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Manuseio do hidrocéfalo pós-hemorrágico
A decisão de usar terapia definitiva para o hidrocéfalo póshemorrágico através da colocação de uma derivação
ventrículo-peritoneal é difícil no RN prematuro.
Devido, pois estes RN apresentarem peso abaixo do
mínimo requerido para a intervenção, coágulos sanguíneos
residuais intraventriculares e debris, há aumento o risco de
obstrução recorrente, além do alto risco de sepses,
infecção e ventriculite com prognóstico neurológico ruim
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Manuseio do hidrocéfalo pós-hemorrágico
Roland e Hill observaram a colocação de um shunt
ventriculosubgaleal com uma é uma opção temporária,
especialmente nos RN < 1500g, podendo ser transformado
em DVP quando o RN ganhar peso suficiente.
Willis e col descreveram uma associação alta de infecção
no LCR com o uso do shunt ventriculosubgaleal (taxa total
de infecção de 66,6%).
A potencial causa de infecção é a estase do LCR sob a
pele fina do prematuro, promovendo colonização pela flora
da pele. Todas as infecções foram causadas pela espécie
Staphylococcus.
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Manuseio do hidrocéfalo pós-hemorrágico
Derivação subgaleal
Reservatório (reservoir) e a
saída da derivação (outlet) ficam no espaço subgaleal
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Manuseio do hidrocéfalo pós-hemorrágico
Derivação subgaleal. Margotto, PR, Castro J. HRAS/SES/DF.
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Manuseio do hidrocéfalo pós-hemorrágico
Kazan et al, analisando fatores de risco para DVP nos
RN de muito baixo peso pré-termos (peso 1164g; IG
28,9sem . Observaram:
mais importante fator de risco foi a severidade da
hemorragia intraventricular, assim como a época em que
ocorreu a hemorragia intraventricular.
Neste estudo os autores detectaram uma incidência de
26% de hidrocéfalo pós-hemorrágico
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Manuseio do hidrocéfalo pós-hemorrágico
Olischar et al evidenciaram alterações na atividade
EEG
de
amplitude-integrada
(aEEG)
nos
no
RNPT
hidrocéfalos pós-hemorrágico progressivo.
Assim, a monitorização neurofisiológica contínua pelo
aEEG pode ser de valor no diagnóstico e manuseio
terapêutico dos RNPT.
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Manuseio do hidrocéfalo pós-hemorrágico
Recentemente tem-se testado a remoção de sangue e
citocinas do sistema ventricular com o objetivo de prevenir
o hidrocéfalo pós-hemorrágico.
Estudo piloto de Whitelaw et al o ativador tecidual de
plasminogênio foi administrado intraventricular 8 horas
antes dos ventrículos serem irrigados com LCR.
74% dos pacientes com dilatação ventricular progressiva
pós-hemorrágica não requereram derivação e que 42%
foram normais.
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Manuseio do hidrocéfalo pós-hemorrágico proposto por Volpe:
Descompressão ventricular
DVE
RN muito pequeno e doente
elevada concentração protéica
(risco de obstrução do cateter)
DVP
RN em melhores
condições clínicas
Drenagem ventricular externa. Hemorragia intraventricular - CT
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Lesão cerebral associado ao hidrocéfalo pós-hemorrágico
O principal determinante do prognóstico neurológico
anormal dos RN com HIV e hidrocéfalo pós-hemorrágico é
a presença concomitante da lesão parenquimatosa,
especialmente o infarto hemorrágico periventricular.
Vários estudos têm evidenciado maior risco para seqüelas
neurológicas nos RN com hidrocéfalo pós-hemorrágico,
especialmente aqueles que necessitaram de colocação de
derivação ventrículo-peritoneal.
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Lesão cerebral associado ao hidrocéfalo pós-hemorrágico
Reshch, em um período de 5 anos, avaliou 299 RNPT que
desenvolveram HIV, dos quais 68 (22,7%) desenvolveram
hidrocéfalos pós-hemorrágicos e destes:
23 (34%) morreram e 35 foram seguidos: com 1 ano de Id. Corrigida,
15% (25% no follow-up de 5 anos) eram normais;
35% (25% aos 5 anos) mostraram leve atraso no desenvolvimento,
32,5% (28% aos 5 anos) tiveram moderado retardo mental e
17,5% (22% aos 5 anos) tiveram severo retardo mental.
O pior prognóstico foi no grupo que necessitou de DVP, assim como
nos RN que necessitaram de maior número de revisão da derivação.
Portanto, 50% tiveram leve a moderado atraso e 50% com severa
atraso aos 5 anos de vida.
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Lesão cerebral associado ao hidrocéfalo pós-hemorrágico
Outro estudo randomizado e controlado envolvendo 157
RN com dilatação ventricular progressiva pós-hemorrágica,
evidenciou:
a drenagem precoce não resultou na melhora do
prognóstico em relação aos controles, apesar de ter
reduzido a taxa de expansão dos ventrículos e do perímetro
cefálico.
Destes 157 RN, 32 (20%) morreram.
Aos 30 meses, 127 crianças foram avaliadas, sendo que
90% tinham deficiência motora;76% com grave
desabilidade motora e 56% com, deficiências múltiplas
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Lesão cerebral associado ao hidrocéfalo pós-hemorrágico
Paneth sugere incluir a ventriculomegalia no espectro da
lesão da substância branca, pode em alguns Rn a
ventriculomegalia apresentar-se como leucomalácia tipo II.
Há evidência cada vez maior que a ventriculomegalia
quase sempre reflete algum grau de lesão da substância
branca.
Esta evidência é anatomopatológica e prognóstica (a lesão
da substância branca freqüentemente está presente nas
crianças que morrem com ventriculomegalia e o
desenvolvimento
anormal
nas
crianças
com
ventriculomegalia é semelhante as crianças com lesão da
substancia branca).
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Lesão cerebral associado ao hidrocéfalo pós-hemorrágico
Leviton et al, resume as evidências de que a
ventriculomegalia é melhor vista como uma forma de lesão
da substância branca.
Kuban e col, dá suporte a este ponto de vista.
Neste estudo, os RN com ventriculomegalia apresentam
um risco quase 50 vezes maior de ter ecogenicidade ou
ecoluscência parenquimatosa, em relação aos RN sem HIV
e ventriculomegalia. A HIV pode contribuir de alguma forma
na patogênese da lesão da substância branca, mas não
tanto quanto a ventriculomegalia.
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Lesão cerebral associado ao hidrocéfalo pós-hemorrágico
Kuban et al, acreditam que embora a ventriculomegalia
possa ser um marcador indireto da lesão da substância
branca, são da substância branca levaria a algum grau de
atrofia, resultando no hidrocéfalo ex-vácuo.
Embora a maioria dos RN com ventriculomegalia apresente
HIV, isto não é universalmente verdadeiro. A persistente
ventriculomegalia nos RN que não apresentam HIV sugere
ter ocorrido injúria pré-natal ou a falta de um
desenvolvimento normal da substância branca.
A ventriculomegalia, evento que ocorre mais nos RN de
menores IG, que permite a entrada de entidades tóxicas ao
cérebro, possivelmente citocinas, para a substância branca,
devido o rompimento do epêndima da parede ventricular.
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Lesão cerebral associado ao hidrocéfalo pós-hemorrágico
Na coorte de RN com LPV, no estudo de Pierrat et al:
a ventriculomegalia foi um bom predictor de paralisia
cerebral
(29 de 30 RN com ventriculomegalia ao redor do termo
desenvolveram paralisia cerebral).
No estudo de Whitaker et al. A ventriculomegalia sem
evidência de aumento da PIC pode também representar um
predictor sensível de deficiência tanto cognitiva como
motora, aproximadamente metade dos casos de retardo
mental aos 6 anos em RN PTMMBP foi atribuída a lesões
parenquimatosas/ventriculomegalia independente de outros
fatores.
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Lesão cerebral associado ao hidrocéfalo pós-hemorrágico
No estudo de Ment et al
Aos 4,5 anos de idade nos RNPT com
ventriculomegalia a termo foi o mais importante predictor de
QI abaixo de 70 (OR de 19; 95% IC: 4,5-80,6).
55% tiveram um QI <70 em comparação com 13% das
crianças sem ventriculomegalia a termo,
Os déficits nas crianças com ventriculomegalia a termo eram
mais pronunciados nos testes de avaliação da habilidade
visual motora.
45% das crianças com ventriculomegalia, tinham PC
comparado com 7% das crianças sem ventriculomegalia.
Estes dados sugerem que, para o RN, a ventriculomegalia a
termo é conseqüência da vulnerabilidade do cérebro em
desenvolvimento.
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Ultra-som no corte sagital evidenciando:
•ventrículo lateral normal (imagem superior)
•ventriculomegalia a termo (imagem inferior).
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As setas indicam o ponto
de referência na medida
dos ventrículos.
SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Lesão cerebral associado ao hidrocéfalo pós-hemorrágico
Os fatores de risco associados à ventriculomegalia
Ment et al incluíram não somente o envolvimento
parenquimatoso da HIV, mas também a HIV de baixo grau
e a displasia broncopulmonar.
Os RN com HIV apresentam severa depressão do fluxo
sanguíneo cerebral.
A DBP tem sido considerada uma causa de privação de
oxigênio para o desenvolvimento cerebral (25-40% dos RN
com DBP apresentam déficits neurocomportamentais).
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Lesão cerebral associado ao hidrocéfalo pós-hemorrágico
Os fatores de risco associados à ventriculomegalia
A ventriculomegalia secundária a redução do volume da
substância branca, sugere um profundo efeito no padrão e nível
da conectividade córtico-cortical e córtico-fugal.
Os estudos clínicos informam que estas crianças com
ventriculomegalia sofrem não somente anormalidades nos testes
de resposta evocada visual, como também no desempenho
motor visual.
Os dados de Ment et al provêem adicional evidência da
associação das anormalidades visuais com ventriculomegalia a
termo nos RNMBP peso ao nascer aos 4,5 anos de idade
corrigida.
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Lesão cerebral associado ao hidrocéfalo pós-hemorrágico
Stewart e Kirkbride, relataram:
Deficiente desempenho escolar em crianças com 14 anos
de idade com história de nascimento pré-termo e que
apresentaram
ventriculomegalia
detectada
pela
ressonância magnética.
As anormalidades encontradas na substância branca em
seus pacientes representam alterações subjacentes na
conectividade hemisférica, provendo assim base para a
deficiência cognitiva nos pacientes estudados.
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Lesão cerebral associado ao hidrocéfalo pós-hemorrágico
Tang et al relataram:
RN de MBP (IG média de 30 sem; peso médio de 1290g)
com desproporcional aumento do trígono ou corno occipital
(≥15 mm no corte sagital) não apresentaram significantes
diferenças no desenvolvimento nas idades corrigidas de
6,12,18 e 24 meses em relação aqueles RN sem estes
achados;
55% destes RN apresentaram hiperecogenicidade
periventricular transitória versos 35% no grupo controle de
semelhante idade gestacional e peso ao nascer.
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Lesão cerebral associado ao hidrocéfalo pós-hemorrágico
Tang et al relataram:
Muitos destes RN com aumento do corno occipital
apresentaram resolução nas ecografias posteriores (88%) e
Os autores acreditam que este achado pode ser uma
variante normal do desenvolvimento cerebral.
No entanto, o estudo ultra-sonográfico tem suas limitações
na detecção de lesão cortical e lesões difusas da
substância branca.
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Lesão cerebral associado ao hidrocéfalo pós-hemorrágico
A colpocefalia (desproporcional aumento do trígono, corno occipital
e geralmente temporal) tem sido descrita como a persistência da
configuração fetal dos ventrículos laterais
Este quadro patológico é caracterizado por diminuição ou atraso do
desenvolvimento do cérebro que resulta em diminuição da
espessura da substância branca na porção posterior do centro
semioval, ocasionando o aumento dos cornos occipitais.
Nem todos os casos de colpocefalia se acompanham de distúrbios
de migração neuronal e deficiente neurodesenvolvimento. Nos
casos de distúrbios de migração neuronal, a parede e a forma
ventricular são irregulares.
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
RN com 7 dias, 39 sem 5d com diagnóstico de hidrocefalia intra-útero.
A ultra-sonografia (A)
e a correspondente
CT (B)
mostram
desproporcional
aumento do
ventrículo direito
(colpocefalia).
A regularidade da
parede ventricular
não sugere a
presença de
distúrbios de
migração neuronal.
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Lesão cerebral associado ao hidrocéfalo pós-hemorrágico
Reinprecht et al, avaliando 76 crianças com HIV que foram
tratadas primariamente pela DVE 42 crianças que
necessitaram de DVP,
O segmento entre 15 meses e 15 anos (média de 92
meses) evidenciou mortalidade de 7% (3 pacientes);
A média de revisões da derivação foi de 1,57 por paciente
as principais causas das revisões foram infecção (7,1%) e
bloqueio (45,2%).
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Lesão cerebral associado ao hidrocéfalo pós-hemorrágico
Reinprecht et al,
O desenvolvimento foi normal em 13 pacientes (33,3%),
Atraso menor em 12 pacientes (30,8%) e
Atraso maior em 14 pacientes (35,9%).
Neste período de seguimento, o resultado neurológico foi
normal em 15 pacientes (38,4%), leve desabilidade em 8
pacientes (20,5%), moderada desabilidade em 9 pacientes
(23%) e severa desabilidade em 7 pacientes (18%).
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Lesão cerebral associado ao hidrocéfalo pós-hemorrágico
Estudos neuropatológicos de hidrocéfalo pós-hemorrágico em
animais e humanos têm demonstrado:
estiramento axonal e gliose, permitindo a infusão de líquor na
substância branca causando atenuação vascular e lesão
cerebral isquêmica.
Dados em animais sugerem haver nos modelos de
hidrocéfalo, significante alterações na maturação dendrítica,
nos neurônios corticais, distúrbios no desenvolvimento de
neurotransmissores e na sinaptogênese que podem afetar o
desenvolvimento organizacional do córtex cerebral.
Estas alterações podem ser reversíveis com a correção
precoce do hidrocéfalo (melhora tanto a sinaptogênese, como
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o déficit de aprendizado).
SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Lesão cerebral associado ao hidrocéfalo pós-hemorrágico
Em estudo experimental, da Silva avaliou a lesão da
substância branca no hidrocéfalo neonatal.
Em poucos dias do início do hidrocéfalo, o edema
extracelular e a lesão axonal estavam presente na
substância branca periventricular, sendo seguido por gliose,
atrofia e em alguns animais, cavitação da substância
branca.
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Lesão cerebral associado ao hidrocéfalo pós-hemorrágico
A deposição de mielina é importante para o processo de
maturação cerebral
A mielinização do SNC inicia-se no 20 trim de gestação, mas a
maior parte do processo ocorre após o nascimento.
Na hidrocefalia há uma tendência a menor desempenho
neurocomportamental e atraso da mielinização em pacientes
com maior volume de LCR. O grau do hidrocéfalo é o fator
menos importante na lesão parenquimatosa intrínseca.
O nível e a duração do aumento da pressão do LCR podem
ser importante na determinação da severidade da lesão
parenquimatosa intrínseca e atraso da maturação do cérebro.
A colocação
precoce
da
derivação,
melhora
o
desenvolvimento psicomotor e a mielinização .www.paulomargotto.com.br
SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Lesão cerebral associado ao hidrocéfalo pós-hemorrágico
A mielinização expressa a maturidade funcional do cérebro.
Há uma grande interdependência entre neurônios e mielina
(um distúrbio afetando um dos dois, inevitavelmente também
leva a distúrbio no outro)
Oi e al, em 1989 evidenciou que a maturação neuronal é
atrasada no hidrocéfalo, enquanto no período fetal a
mielinização dos hemisférios cerebrais ainda não tenha
começado.
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Lesão cerebral associado ao hidrocéfalo pós-hemorrágico
A possibilidade de que o hidrocéfalo por si só exerça um efeito
independente negativo na mielinização não pode ser excluído,
mas é também possível que o atraso na mielinização seja
secundário ao atraso da maturação neuronal.
Del Bigio, em modelos animais, evidenciou edema e lesão
axonal dentro de dias após início do hidrocéfalo, sendo
seguido por gliose, atrofia da substância branca, e em alguns
animais, grande cavitação da substância branca.
Estas alterações são semelhantes às vistas na leucomalácia
periventricular, sugerindo o papel da isquemia na lesão
cerebral causada pelo hidrocéfalo
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Lesão cerebral associado ao hidrocéfalo pós-hemorrágico
A lesão axonal que ocorre na substância branca com a
severa ventriculomegalia tem sido mediada pelo cálcio .
A lesão do epêndima pelo hidrocéfalo permite que haja um
aumento de Ca++ no LCR que alcança os vulneráveis
axônios e glia, onde se acumula gradualmente nos axônios
estirados com subseqüente lesão .
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Lesão cerebral associado ao hidrocéfalo pós-hemorrágico
Experimentalmente, testou-se a nimodipine, um
bloqueador do canal de cálcio tipo-L para melhorar
os efeitos adversos da hidrocefalia.
Observou-se maior espessamento caloso nos
animais tratados (este efeito protetor deste
bloqueador do canal de cálcio provavelmente tenha
resultado da melhora do fluxo sanguíneo, embora
não possa ser excluída a prevenção do influxo de
cálcio mediado por processo proteolítico).
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Lesão cerebral associado ao hidrocéfalo pós-hemorrágico
Estudos experimentais confirmam que o hidrocéfalo pode
causar redução do fluxo sanguíneo cerebral e alteração no
metabolismo oxidativo nas regiões cortical e subcortical.
Estas alterações são mais pronunciadas nos estágios
precoces do hidrocéfalo enquanto os ventrículos estão
expandindo ativamente.
A conseqüência do diminuído fluxo sangüíneo é a lesão aos
oligodendrócitos e aos axônios na substância branca.
Kempley et al avaliaram a velocidade do fluxo sangüíneo na
artéria cerebral anterior de 6 prematuros com hidrocéfalo póshemorrágico antes e após a DVP em 23 ocasiões. Houve um
significante aumento da velocidade do fluxo sangüíneo
cerebral após a drenagem (reflexo da diminuição do volume
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de sangue cerebral).
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VENTRICULARES CEREBRAIS
RN de 27 semanas, com peso ao nascer de 980g que
desenvolveu HPV/HIV grau III
. Aos 2 meses os ventrículos direito e esquerdo mediam,
respectivamente 4,7mm e 8,3mm,
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Aos 3 meses, estes valores passaram para 5,0mm e 11,3mm.
Com 5 meses os valores foram 5,5mm e 13,0mm
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VENTRICULARES CEREBRAIS
A RM aos 5 meses de idade (47 sem PC ou 7 sem de IGpc
revelou redução volumétrica do hemisfério cerebral esquerdo
especialmente dos gânglios basais e da
substância branca e dilatação
compensatória do ventrículo esquerdo
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Desabilidades cognitiva e motora
Vasileiadis et al
estudaram os efeitos da HIV (sem
envolvimento parenquimatoso e sem hidrocéfalo póshemorrágico) no volume cortical, utilizando RMN
Observou uma redução de 16% na substância cinzenta
cortical a termo.
Os autores atribuem este achado à perda das células
precursoras astrocíticas causada pela HIV e pela
destruição da matriz germinativa.
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Desabilidades cognitiva e motora
A matriz germinativa representa o remanescente da zona
germinativa.
Entre 10-24 semanas de gestação, esta região celular é a
fonte de precursores neuronais.
Após 24 semanas de gestação, a migração neuronal se
completou, mas a matriz germinativa provê precursores
gliais que se tornarão oligodendrócitos e astrócitos.
Neste estágio tardio da gliogênese, os astrócitos migram
às camadas superiores corticais e são cruciais para a
sobrevivência neuronal e o desenvolvimento normal do
córtex cerebral.
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Desabilidades cognitiva e motora
Nos últimos anos o desenvolvimento do cérebro tem recebido
uma grande atenção, principalmente em duas áreas.
células troncos cerebrais encontradas no tubo neural e na
zona ventricular do córtex cerebral e os mecanismos
envolvidos na sua proliferação e diferenciação em neurônios.
Os sinais hierárquicos envolvidos na migração dos neurônios
do epitélio germinativo para o córtex ao longo da glia radial. O
papel vital das células Cajal-Retzius tem sido elucidado.
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Desabilidades cognitiva e motora
As células Cajal-Retzius se localizam na zona marginal,
secreta reelina (uma glicoproteina extracelular envolvida na
migração neuronal e laminação) que por sua vez estimula
receptores do sistema de sinalização intracelular em resposta
a precursores neurais e mediam a migração e a estratificação
destes no córtex cerebral.
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Desabilidades cognitiva e motora
Caracteristicas e Importância do LCR
O LCR é secretado continuamente pelo plexo coróide,
localizado nos ventrículos laterais, 3o e 4o ventrículo.
O volume total do LCR é de 125 a 150 ml.
A pressão normal em repouso está entre 150 e 180mmH2O.
Calcula-se que o LCR seja produzido na velocidade de 0,20,7ml/min ou de 500 a 700 ml/dia. O LCR escoa através do
sistema ventricular, passando por todas as regiões de
atividade germinativa .
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Desabilidades cognitiva e motora
As funções do LCR são:
manter flutuante o tecido cerebral, atuando como
amortizador, serve como veículo para transportar os
nutrientes ao cérebro,
Eliminar escórias, circula entre o crânio e a espinha dorsal
compensando as mudanças no volume de sangue
intracraniano
O desenvolvimento cortical normal é provavelmente
dependente não somente da presença do LCR, mas
também do seu correto fluxo e composição.
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SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Em resumo: lesão cerebral pelo hidrocéfalo
O aumento da pressão causada pela hidrocefalia
gera estiramento axonal e gliose, levando à
infusão de LCR na substância branca com
consequente atenuação vascular e lesões
isquêmicas;
Estudos confirmam que o hidrocéfalo pode causar
redução do fluxo sanguíneo cerebral e alterações
no metabolismo oxidativo em estágios precoces;
A lesão do epêndima pelo hidrocéfalo gera aumento
do Ca++ no LCR, de onde se acumula nos axônios
estirados, causando lesão.
SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Em resumo: lesão cerebral pelo hidrocéfalo
Estudos evidenciam que após a obstrução
do fluxo de LCR ocorrem anormalidades na
multiplicação do epitélio germinativo
cortical;
O LCR extraído dos ventrículos de
hidrocefálicos foi capaz de inibir a
neurogênese de células corticais;
As possíveis causas são:
Mediadores
inflamatórios presentes no LCR de
RN pré-termos;
Pressão intra-craniana elevada;
Aumento da concentração de escórias no LCR.
SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Em resumo: lesão cerebral pelo hidrocéfalo
O nível e a duração da pressão
intracraniana elevada, assim como a
presença de metabólitos tóxicos
acumulados no LCR, também acarretam
atraso da mielinização, que é um importante
fator na maturação cerebral.
A presença de mediadores inflamatórios,
associada à expansão/contração dos
ventrículos, está relacionada com o
acúmulo de precursores celulares neurais
nos ventrículos, perpetuando a lesão
parenquimatosa;
SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Em resumo: lesão cerebral pelo hidrocéfalo
Os axônios peri-ventriculares e a mielina são
os alvos primários da hidrocefalia (a falha
da derivação é associada com destruição da
mielina)
A perda destes axônios está relacionada com
alterações degenerativas nas porções
descendentes dos tratos córtico-espinhais,
com conseqüentes distúrbios motores e de
aprendizado.
SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Em resumo: lesão cerebral pelo hidrocéfalo
Os axônios peri-ventriculares e a mielina são
os alvos primários da hidrocefalia (a falha
da derivação é associada com destruição da
mielina)
A perda destes axônios está relacionada com
alterações degenerativas nas porções
descendentes dos tratos córtico-espinhais,
com conseqüentes distúrbios motores e de
aprendizado.
SIGNIFICADO PERINATAL DAS DILATAÇÕES
VENTRICULARES CEREBRAIS
Ultra-som Doppler na Hidrocefalia
Pode auxiliar na identificação de RN com aumento da PIC,
assim como na determinação da necessidade e o melhor
momento para realizar uma derivação.
Usa-se para avaliar :
o índice de resistência (IR) ou índice de Pourcelot
(velocidade máxima da sístole-velocidade máxima da
diástole / velocidade máxima da sístole86) correlaciona-se
linearmente com o aumento da pressão intracraniana.
A PIC, o fluxo tende a ser afetado mais durante a diástole
do que na sístole, resultando em maior IR.
A colocação da derivação diminui significativamente o IR.
Em RN normais, o IR está em torno de 0,75 ± 0,0887.
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VENTRICULARES CEREBRAIS
Assim esperamos ter alcançados objetivos desta Apresentação:
-Hidrocefalia congênita: risco para comprometimento do
desenvolvimento cognitivo
-alterações ma proliferação e migração neuronal
-compromete desenv. neuronal
-Ventriculomegalia 2ária a redução subst. branca
deficiência
cognitiva
A colocação precoce de derivação: previne a lesão
neuronal progressiva
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Feliz Natal e um ano de 2007 com muita luz!