Reunião Clínica HRAS – InCor Comunicação interventricular/bronquiolite obliterante Apresentação: Liv Pompeu (R4 UTI) Daniela (R2 Ped) Silvia Letícia (R2 Ped)Hospital Regional da Asa Sul www.paulomargotto.com.br 19 de setembro de 2008
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Transcript Reunião Clínica HRAS – InCor Comunicação interventricular/bronquiolite obliterante Apresentação: Liv Pompeu (R4 UTI) Daniela (R2 Ped) Silvia Letícia (R2 Ped)Hospital Regional da Asa Sul www.paulomargotto.com.br 19 de setembro de 2008
Reunião Clínica
HRAS – InCor
Comunicação
interventricular/bronquiolite
obliterante
Apresentação:
Liv Pompeu (R4 UTI)
Daniela (R2 Ped)
Silvia Letícia (R2 Ped)Hospital
Regional da Asa Sul
www.paulomargotto.com.br
19 de setembro de 2008
A.F.S.F, masc,5 meses, procedente BA
• PN AT, PN: 3300g, Estatura: 50 cm
• Exame físico ao nascer:
– malformação em polegares e hipospádia
• 1º dia de vida:
– cianose perioral,sudorese, cansaço e chiado no peito
• Alta no 2º dia de vida, aparentemente bem
• Evolução: cansaço às mamadas, chiado
persistente necessitando nebulizações frequentes
• 3m: Piora do cansaço
• Transferido para Barreiras –BA
• Cansaço, chiado no peito e auscultado sopro cardíaco
• Encaminhado para BSB
• HRC – Feito Dx de Pneumonia (internado por 17
dias). Eco mostrou cardiopatia
• Encaminhado para o InCor-DF
Exame Físico
• Peso: 4,400g ( <p5) Comprimento: 62 cm (p10)
• FC: 144 bpm SatO2: 96% PA: 82X54 mmHg FR: 42 irpm
• BEG, palidez cutânea, hidratado, afebril, taquidispnéico
• AR: MV + com roncos bilaterais
• ACV:
• Inspeção: Tórax com diâmetro ântero-posterior
aumentado, abaulamento de tórax
• Palpação: Impulsões palpáveis na BEE baixa
• Ausculta: RCR 2T . P2 hiperfonética. SS+++/6+ em
regurgitação na BEEB. Pulsos normais
• Abd: fígado a 2 cm do ap xifóide
Rx tórax
ECG
• Em discussão
Ecocardiograma
Ecocardiograma
Ecocardiograma
• Isomerismo atrial esquerdo. Agenesia de VCI.
Presença de ázigos drenando na VCSD.
Presença de VCSE em seio coronário
• CIV perimembranosa de 11 mm com fluxo
bidirecional
• Hipertensão pulmonar (PSAP=70mmHg)
Cateterismo cardíaco
70%
72%
85%
95%
CATE: Conclusões
• Situs ambíguo com isomerismo atrial esquerdo
• Interrupção da veia cava inferior direita; veia
ázigos drenando na VCSD ; veias hepáticas
drenando no átrio à direita
• Conexão anômala parcial de veias pulmonares
em veia cava superior
• Comunicação interventricular perimembranosa
Evolução na UTI
• 06/08: CIRURGIA CARDÍACA
• Ventriculosseptoplastia com pericárdio bovino
• Evolução
• Hipersecreção pulmonar + broncoespasmo +
dificuldade em desmame do ventilador
• 2ºPO: Iniciado corticóide
• 6ºPO: Extubação
• Evoluiu com desconforto respiratório moderado e
hipersecreção pulmonar
• 10ºPO: Insuficiência respiratória sendo
reintubado. Leucocitose + aumento de
PCR: Iniciado ATB (Cefepime)
• ECO: CIV residual pequena. HP acentuada
(PSAP:80mmHg). Disfunção de VD
• Iniciado milrinona
13º PO Realizou CT DE TÓRAX
• Laudo da CT de tórax:
“Padrão pulmonar tipo mosaico ( áreas mal
perfundidas), sem sinais de infecção e
sem sinais de broncopatia”
•20ºPO: Avaliação da pneumologia pediátrica:
HD: Bronquiolite obliterante
- Corticóide oral por longos períodos
• 25ºPO: Realizada extubação: manteve
desconforto respiratório moderado porém
satisfatório
• 27º PO: Alta da UTI-CP para enfermaria
•32º PO: Alta hospitalar
Introdução
É a cardiopatia congênita mais frequente,
correspondendo a 40% do total dessas enfermidades.
Incidência: 2 a 3 casos por 1000 nascidos-vivos.
Não tem predileção por sexo
Pode ser encontrada na forma isolada ou em
associação com outras anomalias.
TIPOS DE CIV
Perimembranosa
Margens: estruturas fibrosas das
valvas aórtica e tricúspide e bordas
musculares do septo muscular
adjacente
Muscular
Justa tricúspidea
CIV Justa arterial duplamente
relacionada
Fisiopatologia
Vida Fetal (shunts fisiológicos → FO, CA e placenta)
↓ P Pulmonar P Sistêmica
Magnitude do fluxo pulmonar
depende do tamanho da CIV e
da resistência vascular pulmonar
P diastólica
retrógrada
de VE
P pulmonar
RVP < RVS: Shunt VE-VD
Manifestações clínicas
Depende do tamanho do defeito
Assintomático no período neonatal
Após o 1º mês de vida
Manifestação tardia é rara
ICC nos primeiros meses de vida (dispnéia e hepatomegalia)
Classificação das CIVs
CIV pequena: 1,5 < Qp/Qs > 1
- P VD é normal
CIV moderada: 2 < Qp/Qs> 1,5
- cavidades esquerdas e da Ppulmonar
CIV grande: Qp/Qs > 2
- Grande das cavidades esquerdas
- Congestão pulmonar
-
PPulmonar
Diagnóstico Clínico
CIV
pequena:
assintomático
com
bom
desenvolvimento ponderoestatural; sopro sistólico (SS)
intenso na BEE baixa e frêmito sistólico no local
CIV moderada: dispnéia aos esforços, infecções
respiratórias de repetição, sudorese cefálica e
hipodesenvolvimento ponderal; B2 hiperfonética, SS de
regurgitação.
CIV grande: taquidispnéia, dispnéia aos esforços,
sudorese cefálica, palidez e déficit ponderoestatural; B2
intensa na área pulmonar, SS presente, Sopro diastólico
discreto.
Diagnóstico
Raio-X:
ECG:
Normal
Sobrecarga de átrio esquerdo
Hipertrofia de ventrículo esquerdo (volumétrica)
e hipertrofia de ventrículo direito (pressórica)
Diagnóstico
Ecocardiograma
Determinar tamanho e localização do defeito
Diagnóstico de defeitos associados
Informações sobre a Pressão de Artéria Pulmonar
Diagnóstico
Cateterismo Cardíaco
Defeitos associados
CIV musculares múltiplos
Avaliação da hipertensão arterial pulmonar
(fluxo e resistência e estudo morfométrico da
circulação pulmonar)
Prognóstico
Defeitos
pequenos
Endocardite bacteriana incomum
Fechamento espontâneo 80% dos casos
Vida adulta sem repercussões
Defeitos
grandes
Hipertensão pulmonar
Indicação Cirúrgica
Correção cirúrgica total: ICC refratária, retardo do
desenvolvimento e hipertensão pulmonar
Tratamento eletivo:
Qp/Qs
> 1,5 a partir do 10º mês de vida até 2 anos
CIV na via de saída
Paliativo
Bandagem da artéria pulmonar
múltiplas CIVs
Desnutrição importante
HP importante + baixo peso
Introdução
Síndrome de obstrução crônica do fluxo aéreo
associada a lesão inflamatória das pequenas vias
aéreas.
Crianças - BO é precedida por uma infecção das
vias aéreas inferiores, principalmente causada por
adenovírus
É uma complicação rara, sendo considerada uma
forma crônica de bronquiolite.
Introdução
As crianças que desenvolvem este processo permanecem
com sintomas respiratórios e sinais de obstrução
persistente das vias aéreas inferiores caracterizados por
chiado contínuo, aumento de secreção pulmonar e queda
na taxa de oxigenação do sangue.
Este diagnóstico deve ser considerado em crianças que,
após 4 semanas do surto agudo de bronquiolite,
perpetuem com sintomas respiratórios.
Os casos mais graves desenvolvem, ao longo do tempo,
doença pulmonar obstrutiva crônica e complicações
cardíacas.
Epidemiologia
Poucos dados da prevalência de BO na população
infantil.
Prevalência alta
Porção considerávelal das doenças repiratórias
crônicas em crianças
Histopatologia da BO
Dois tipos de lesão bronquiolar:
bronquiolite constritiva
○ alterações morfológicas, que variam desde a
inflamação bronquiolar, a fibrose peribronquiolar até
a obstrução completa da luz bronquiolar por
cicatrização submucosa
bronquiolite proliferativa
○ Tecido de granulação em forma de tufo polipóide
dentro da luz da via aérea, que envolve
predominantemente, os bronquíolos respiratórios, os
ductos alveolares e os alvéolos
BO pós-infecciosa
Precursora: bronquiolite viral aguda (BVA)
1% BVA → BO pós infecciosa
10% das crianças no primeiro ano de vida
Padrão: BO constrictiva - obstrução por tecido fibroso
Lesão da mucosa brônquica com ocupação da sua luz por tecido
fibroso
Obstrução completa ou parcial dos bronquiolos terminais
Deposição de colágeno na submucosa com estreitamento
concêntrico e progressivo
Distorção da luz brônquica, estase de muco e inflamação crônica
BO pós-infecciosa
Freqüente em crianças
Agentes etiológicos: Adenovírus
(3,7 e 21), Outros
vírus (VSR, parainfluenza A e B, vírus do sarampo,
Mycoplasma pneumoniae, Estreptococcus tipo B
Dependente
Gravidade
e
extensão
das
lesões
broncopulmonares
Tempo de evolução da doença
Sintomas e sinais respiratórios e anormalidades
radiológicas permanecem após o episódio de
Bronquiolite
Diagnóstico
Baseado em dados clínicos
História pregressa de uma infecçào respiratória de vias aéreas
inferiores, seguida de doença pulmonar obstrutiva crônica
persistente
“BVA” que persiste por mais de duas semanas
Tosse, sibilância, creptações e hipoxemia que persistem além do
período normal observado em uma bronquiolite
Crianças maiores: intolerância a exercícios físicos e baqueteamento
digital
Diagnóstico diferencial com outras doenças que causam abstrução
crônica do fluxo aéreo (DRGE, fibrose cística, TB,
imunodeficiência, deficiência de alfa1antitripsina)
○ Sibilância recorrente pós-bronquiolite
75% pacientes com BVA
Diagnóstico diferencial
Investigação Diagnóstica
RX tórax
Espessamento brônquico
Hiperinsulflação pulmonar
Atelectasia
bronquiectasia
Cintilografia pulmonar (perfusão/ventilação)
TC de alta resolução
Biópsia pulmonar a céu aberto
Cintilografia Pulmonar
Imagem da cintilografia pulmonar perfusional e ventilatória, demonstrando “defeitos emparelhados”(setas). A – Cintilografia
pulmonar perfusional, B – Cimtilogradia pulmonar ventilatória
TC Alta Resolução
Tratamento
Suporte
Corticoterapia
Efetivo na BOOP
BO?
Redução do nível de neutrofílos no lavado
broncoalveolar
Melhora da função pulmonar
Broncodilatadores
Fisioterapia respiratória
Bronquiectasias
Antibioticoterapia:
Exacerbações clínicas