Transtornos de personalidade e criminalidade: Serial Killers Profa. Luciene Alves Moreira Marques.
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Transcript Transtornos de personalidade e criminalidade: Serial Killers Profa. Luciene Alves Moreira Marques.
Transtornos de personalidade e
criminalidade: Serial Killers
Profa. Luciene Alves Moreira Marques
Introdução
Doença mental: neuroses e psicoses
Deficiência mental
Transtornos de personalidade: psicopatias
Transtorno de Personalidade
Um padrão duradouro de comportamento e
experiências internas que desviam de forma
marcante das expectativas da cultura do indivíduo, é
pervasivo e inflexível, tem início ainda na
adolescência ou no adulto jovem, é estável no
tempo, e leva ao desconforto ou prejuízo.
Associação Psiquiátrica Americana, 1994
Diz a CID.10 que os transtornos de personalidade são estados
e tipos de comportamentos característicos que expressam
maneiras da pessoa viver e de estabelecer relações consigo
mesma e com os outros. São distúrbios da constituição e das
tendências comportamentais – continua dizendo a CID.10 –
não diretamente relacionados a alguma doença, lesão, afecção
cerebral ou a outro transtorno psiquiátrico. Isso tudo quer dizer
que a pessoa simplesmente é desse jeito e será sempre assim.
Transtornos de personalidade
Córtex pré frontal
Pessoas problemáticas e de difícil relacionamento
interpessoal
Incidência global: 10 – 15%
EUA: 14,79%
CID-10 classifica oito tipos de TP:
Transtorno paranóide
Transtorno esquizóide
Transtorno anti-social
Transtorno emocionalmente instável: impulsivo e
borderline
Transtorno histriônico
Transtorno anancástico
Transtorno ansioso
Transtorno dependente
Transtorno paranóide:
Não suporta ser contrariada
Desconfia de tudo
Tende a distorcer os fatos
Sentimento de estar sempre sendo prejudicado
pelos outros
Transtorno esquizóide:
Prefere poucos contatos sociais ou afetivos
Rancoroso
Vive isolado
Se sentem rejeitados
Transtorno emocionalmente instável:
Impulsivo: instabilidade emocional e falta de controle
dos impulsos
Borderline: age de modo imprevisível, tem acessos
de ira, não admitem um não.
Transtorno histriônico:
Histérico ou psicoinfantil
Dramático, teatraliza situações
Manipulador, egocêntrico,
Superficial
Inconstante sentimentalmente
Transtorno anancástico ou obssessivo-compulsivo:
Preocupação com detalhes,
Teimoso, rigído, perfeccionista ao extremo
Pensamentos repetitivos e intrusivos
Transtorno ansioso:
Pessoa tensa e insegura
Sentimento de inferioridade
Faz tudo para ser aceita
Sensibilidade excessiva a críticas
Transtorno dependente:
Submisso,
Tem medo de ser abandonado,
Se vê como fraco e incompetente
Carência de determinação e iniciativa
Transtorno anti-social
Mais comum em homens
Satisfação em cometer atos cruéis
Ser amoral
Baixa tolerância a frustrações
Insensibilidade aos sentimentos alheios
Parece estar associado a baixa situação sócio-econômica.
É muito mais comum em homens (3%) do que em mulheres
(1%).
Taxa de prevalência maiores estão associadas aos contextos
de tratamento de substâncias, forenses ou penitenciários.
É mais comum entre os parentes biológicos em primeiro grau
de indivíduos com transtorno do que na população em geral.
O risco dos parentes biológicos de mulheres é maior do que
para os parentes biológicos de homens.
Estudos indicam que fatores genéticos e ambientais
contribuem para o risco deste transtorno.
Diagnóstico:
Exame clínico (entrevista) ou
Escalas
Tratamento
Controvérsia sobre a eficácia do tratamento
Fatores para checar a viabilidade do tratamento:
Natureza e gravidade da patologia
Grau de invasao do transtorno em outras esferas
psicológicas e sociais
Saúde prévia do paciente e comorbidades e fatores
de risco
Momento da intervenção
Experiência e disponibilidade da equipe
Disponibilidade de unidades especializadas no
atendimento
Conhecimento científico sobre esse assunto
Psicopatas: não tratáveis
Transtorno anti-social não psicopata: responde a
psicoterapia
Lítio
Topiramato e outros anticonvulsivantes
ISRS e antipsicóticos: borderline
BZD: paranóide e histriônico
Evitar em TP anti-social
Artigo: Crime, diagnóstico psiquiátrico e perfil da vítima:
um estudo com a população de uma casa de custódia do
estado de SP. Teixeira, EH. & Dalgalarrondo, P.
269 indivíduos
58% transtornos psicoticos
crime mais frequente: homicídio (52,8%)
34,5% a vítima era um parente próximo
Crime e doença psiquiátrica – perfil da população de um
hospital de custódia do Rio de Janeiro. Garbayo, J. &
Argôlo, MJR.
177 indivíduos
80% homens
72% solteiros
34% 30 a 39 anos
69% baixa escolaridade
56% inativa
67% transtornos psicóticos
15,2% retardo mental
4,5% TP
Homicídio (44%)
Crimes contra patrimônio (26%)
Crimes sexuais (11%)
Imputabilidade:
Não-imputáveis
Imputáveis
Semi-imputáveis