Caso Clínico: Varicela Hugo Lobosque Aquino João Paulo Toiansk Coordenação: Luciana Sugai Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) "Para adquirir conhecimento, é preciso estudar; mas.
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Transcript Caso Clínico: Varicela Hugo Lobosque Aquino João Paulo Toiansk Coordenação: Luciana Sugai Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) "Para adquirir conhecimento, é preciso estudar; mas.
Caso Clínico: Varicela
Hugo Lobosque Aquino
João Paulo Toiansk
Coordenação: Luciana Sugai
Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)
"Para adquirir conhecimento, é
preciso estudar; mas para adquirir
sabedoria, é preciso observar."
(Marilyn vos Savant)
www.paulomargotto.com.br
24/9/2008
Identificação:
◦
◦
◦
◦
F.A.O
1 ano e 5 meses
Natural de Brasília
Procedente do Riacho Fundo
Queixa Principal
◦ "Manchas na pele há 02 dias." (sic)
Caso Clínico
História da Doença Atual
◦ Erupção cutânea avermelhada há 02 dias.
◦ Lesões:
Inicio:
◦ Textura de lixa
◦ Em tronco e cabeça
Evolução:
◦ Pápulas, vesículas hialinas e pustulosas e crostas
◦ Todas de base eritematosa e prurido excessivo.
Ultimas 24h:
◦
◦
◦
◦
Piora do quadro
Disseminação centrifuga para as extremidades
Intensificação do rash e do prurido.
Apareceram grandes vesículas de +/- 1 polegada em queixo e
abdome, que eclodiram e formaram lesões crostosas.
◦ O quadro foi precedido de sintomas de resfriado há 7
dias (coriza hialina, rinorreia, obstrução nasal, febre leve
e tosse seca.)
Revisão de Sistemas
◦ Hiporexia e inquietude
Antecedentes Fisiológicos
◦
◦
◦
◦
◦
◦
Parto Normal Hospitalar a termo
Peso= 3825g
Comprimento= 35 cm
PC= 35cm
Situação vacinal completa
Na gestação:
Pré-Eclampsia
Ameaça de aborto
Antecedentes Patológicos
◦ Excisão de dedo extranumerário em mão D.
Antecedentes Familiares
◦ Avós maternos – HAS/DM
◦ Avó paterna – Asma
Hábitos de Vida
◦ Casa alugada com mais de 5 cômodos
◦ Esgoto encanado
◦ Sem animais no domicilio
Sinais Vitais
◦ FC= 110bpm
◦ FR= 42 IRPM
◦ Tax= 37,5
Ectoscopia:
◦ REG, Acianótico, Anictérico, Afebril, Hidratado, Hipocorado
(++/4+), Ativo/Reativo
AR:
AC:
Abdome
Extremidades:
SNC:
◦ Eupneico, MVF + sem Ruídos Adventícios bilateralmente
◦ RCR 2T, BNF sem sopros. Pulsos periféricos amplos e simétricos.
◦ Globoso, RHA+, timpânico, espaço de Traube timpânico, fígado
limitado ao rebordo costal, indolor, sem tumores e/ou
visceromegalias à palpação superficial e profunda.
◦ Boa Perfusão, sem edema.
◦ Paciente ativo e reativo, motricidade, força muscular, coordenação
motora, sensibilidade e reflexos preservados. Não há evidencias de
irritação meníngea e/ou rebaixamento no nível de consciência.
Exame Físico
Pele:
◦ Lesões múltiplas de base eritematosas:
Mácula
Pápula
Vesículas
Pústulas
Crostas
Difusas por todo o corpo, especialmente no tronco.
Algumas lesões são grosseiras:
+/- 1 polpa digital de área
Crostosas, com evidencia de pus.
Localizadas:
◦ Região sub-mentoniana
◦ Flanco Direito
◦ Região cervical anterior esquerda.
Sinais de escarificação devida ao prurido.
Não foram realizados ex. complementares
Eritema:
◦ Mancha vermelha decorrente de vasodilatação
que desaparece a digitopressão.
Exantema:
◦ Presença de manchas eritematosas
disseminadas na pele de evolução aguda.
Enantema:
◦ Manifestação na mucosa
Definições
Doença Exantemática
Rubéola
CMV
Roséola
Estrofulo
Miríola
Eritema Solar
Varicela
Impetigo
Sarampo
Riquetsiose
Herpes simples
Dengue
Enterovirose
Exantema Súbito
Herpes Zooster
Kawasaki
Escarlatina
Mononucleose
PTI
Rubéola
Meningococemia
Diagnóstico Diferencial
Molusco
Contagioso
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS DOENÇAS EXANTEMÁTICAS
CRIANÇA/ADOLESCENTE COM EXANTEMA
VESICO-BOLHOSAS
Geralmente
febril
PETEQUIAL OU PÚRPURICO
Geralmente
afebril
MACULOPAPULAR
MORBILIFORME
RUBEOLIFORME
ESCARLATINIFORME
URTICARIFORME
Diagnóstico Diferencial
OUTROS
Púrpura
Máculo-papulares
Vesico-Bolhosas
Vésico-Bolhosas
Varicela
Diagnóstico Clinico
"O remédio das injustiças é o
esquecimento." (Publílio Siro)
Primoinfecção pelo vírus VaricelaZoster(VZV)
Altamente contagiosa
Taxa de ataque secundário de 90%
Transmissão direta do hospedeiro ao
susceptível
Contágio: 1-2 antes do aparecimento das
lesões até 5 após o aparecimento da
última lesão
Epidemiologia
Período de Incubação:
10 a 21 dias (14 dias)
Transmissão intra-uterina:
2-5 meses de gestação
Síndrome da varicela congênita
◦
◦
◦
◦
CIUR,
Hipoplasia de extremidades,
Cicatrizes cutâneas,
Defeitos
oculares
(microftalmia,
catarata)
◦ Comprometimento do SNC
◦ Retardo mental, convulsões, atrofia cortical
Epidemiologia
coriorretinite,
Casos secundários são mais graves
◦ Maior carga viral
Período de incubação menor em
imunodeficientes
Herpes zoster:
◦ Reativação do VZV em estado latente nos
gânglios sensitivos dorsais.
◦ Pacientes parcialmente imunizados com redução da
imunidade celular específica
Epidemiologia
Sinais prodrômicos: 24-48h antes do rash
◦
◦
◦
◦
◦
Febre
Cefaléia
Anorexia
Mal estar
Dor abdominal
Quadro Clínico
Exantema
◦ Máculo-papular, de distribuição centrípeta
◦ Após algumas horas, adquire aspecto vesicular,
evoluindo rapidamente
◦ Crostas aparecem em 3 a 4 dias
◦ Exantema pruriginoso: pode iniciar em tronco, face
ou couro cabeludo
◦ Poupa palmas e plantas
◦ Máculas eritematosas evolui para:
◦ Pápulas vesículas pústulas crostas
Polimorfismo das lesões
Média de 300 lesões (<10 - >1500)
Quadro Clínico
◦ Febre
Se relaciona ao número de lesões
Se mantem enquanto surgem novas lesões
Persistência da febre após cessar aparecimento de
lesões geralmente indica infecção bacteriana
secundária
Quadro Clínico
◦ Piodermite Bacteriana Secundária
Streptococcus pyogenes
Staphylococcus aureus
Rash semelhante
Impetigosecreção purulenta e crostas
escarlatina
Celulite ou complicações mais profundas
Complicações
◦ Pneumonite Viral
1-5 dias pós exantema
Infiltrados intersticiais, nodulares
Derrame pleural
Imagem compatível com síndrome da angústia
respiratória(adultos e imunodeprimidos)
◦ Sepse
◦ Endocardite
Complicações
◦ Comprometimento Neurológico
Ataxia cerebelar aguda
Guillain-Barré
Mielite transversa
Meningite asséptica
◦ Síndrome de Reye
Encefalopatia
Degeneração gordurosa hepática
Varicela + AAS
Complicações
Doença
Idade
Impetigo
RN/Púberes
Picada de
Inseto
12 a 36
meses
Incubaca
o
Evolucao Morfologia Distribuição
-
24h
Miliara rubra
Todas
-
Molusco
Contagioso
Adolescente
s
15 a 50
dias
Erupção
por Drogas
Todas
Varicela
< 10 anos
Herpes Simples
Todas
(especial
RN)
Herper Zooster
Enteroviroses
Todas
< 2 anos
7 a 14 dias
10 a 21
dias
Vesiculas
Moderada Pústulas
4 a 7 dias
Diagnóstico
Agente
Afebril
Clinico
Cocos +
Historia
de Reaçao
alérgica
Hipersensibilida
de
Retençao de
suor
Febre
Calor
Bolha Tensa
Papula
Local da picada
48 a 72h
rigida
Local distante Prurido Intenso
-
Vesiculas
Pústulas
Pápulas
Dobras
Afebril
Sem prurido
Subita
Papulas
Vesiculas
Face
Tronco
Axilas
-
Clinico
Histologico
Poxvirus
Dias
Papulas
Vesiculas
Urticara
Eritema
Generalizada
Variado
Uso de
farmacos
Hipersensibilida
de
24-48
horas
Papulas
Vesiculas
Pustulas
Crostas?
Mucosas
Areas de
exposicao
Prurido,
Febre
Mal estar
Clinico
PCR…
Varicela
Zooster
Boca e
Genitalia
Febre, Prurido,
Gengivoestoma
tite, Eczema
herpetico
Clinica
Elisa
Herpes I e II
Dor, prurido
Clinico
Varicela
Zooster
Febre, Diarreia
Clinico
Coxsakie
2 a 12 dias 48 horas
Recrudecen
cia
Centrifuga
Sinais
Associados
7 a 10
dias
48horas
Vesiculas
finas
Vesiculas
Herpetiform
1a3
es
Dermatomos
Eritema
Papulas
Vesiculas
Sd. Mao-PeBoca
Diagnóstico Diferencial
Inespecífico
◦ Sintomáticos
Analgésicos
Antitérmicos
Antihistamínicos
Soluções antissépticas
Tratamento
Específico
◦ Antimicrobianos
Antibióticos
◦ Infecções bacterianas secundárias
Antivirais (Aciclovir)
◦ Iniciar 24-48H do início da erupção
◦ Imunocomprometidos: IV 500mg/m2 8/8H 7 dias
◦ Imunocompetentes: VO 80mg/Kg/dia 6/6H 4-6 dias
◦ Alternativa ao Aciclovir: Arabinosídeo-A
Tratamento
Profilaxia
◦ Imunização Ativa
Vacina anti-varicela
◦ 12 meses
◦ ≤12 anos1 dose
◦ ≥13 anos2 doses
Profilaxia
◦ Casos especiais
72-96H pós contato em comunidades fechadas
Imunocomprometidas
Vacinação de bloqueio
Contatos de paciente HIV(que não podem receber
a vacina)
Profilaxia
◦ Imunização Passiva
VZIG 1.25ml ou 125U/10Kg
◦ Neonatos cujas mães contraíram varicela de 5 dias
◦
◦
◦
◦
antes a 2 dias depois do parto
Imunodeprimidos susceptíveis
RNPT de 28 semanas ou mais cujas mães não tenham
história de varicela
RN de menos de 28 semanas independente da história
materna
Gestantes susceptíveis
Profilaxia
Isolamento e Quarentena
◦ Lembrar que ataques secundários costumam ser
mais graves maior carga viral
◦ Contactantes imunossuprimidos e susceptíveis têm
indicação de imunoglobulina
◦ Retorno das atividades no 6º dia após
aparecimento do rash
◦ Imunossuprimidos retornam às atividades somente
com o desaparecimento completo das lesões
Profilaxia
OBRIGADO!
"O sábio envergonha-se dos seus
defeitos, mas não se envergonha de
os corrigir." (Confúcio)
Nota do Editor do site
www.paulomargotto.com.br , Dr. Paulo
R. Margotto
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DOENÇAS EXANTEMÁTICAS
Caso Clínico: Varicela
Autor(es): Flávia Gomes de Campos, Luciana Sugai
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Caso Clínico: Epidermólise bolhosa
Autor(es): Francyne Britto Funayama, Luciana
Sugai, PauloR. Margotto
Caso Clínico: Síndrome de Stevens Johnson
Autor(es): Diego Vilela Santos, Milena de Andrade
Melo, Luciana Sugai
Caso clínico: Varicela infectada e choque
séptico
Autor(es): Giancarlo de Queiroz Fonseca/Elisa de
Carvalho
Doenças exantemáticas
Autor(es): Marina Vasco, Elisa de Carvalho
Varicela
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Reações cutâneas graves adversas a drogas – aspectos
relevantes ao diagnóstico e ao tratamento – Parte I –
anafilaxia e reações anafilactóides, eritrodermias e o
espectro clínico da síndrome de Stevens-Johnson &
necrólise epidérmica tóxica (Doença de Lyel)
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Doenças Exantemáticas
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