CRITÉRIOS PARA DETERMINAÇAO DE PREÇO DA BORRACHA NATURAL NO BRASIL Patrícia Lopes Rosado Introdução  Importância dos estudos comportamento de preços.  Estudo de formação de preços seringueira. . de.

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CRITÉRIOS PARA
DETERMINAÇAO DE
PREÇO DA BORRACHA
NATURAL NO BRASIL
Patrícia Lopes Rosado


Slide 2

Introdução


Importância
dos
estudos
comportamento de preços.



Estudo de formação de preços seringueira.

.

de


Slide 3

Contextualização




o Brasil é deficitário na produção ocupando a
sexta
posição
no
ranking
dos
países
importadores. O que promove saldo negativo na
balança comercial do país. Os gastos com a
importação do produto em foi em torno de US$
385.426 milhões (ocupa a segunda posição dos
produtos mais importados do Brasil ficando atrás
apenas do Trigo).

mercados supridores
Indonésia e Malásia.

do

Brasil:

Tailândia,


Slide 4

Tabela 1 - Produção, importação e consumo de borracha natural, em toneladas (peso da
borracha seca), Brasil, 1990 a 2004
Ano
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
TGC (%)

Produção
30826
29587
30712
40663
44617
44297
53438
61000
70000
86500
87800
88100
95900
96000
97000
10,32

Consumo (A)
124109
122929
123353
131717
142088
156313
150602
161000
185300
184100
226600
215900
239000
246000
268000
6,17

Importação (B)
80806
87319
103836
98599
96945
104106
107329
100000
115300
97600
138800
127800
142100
150000
171000
4,42

Relação (B/A)
65%
71%
84%
75%
68%
67%
71%
62%
62%
53%
61%
59%
59%
61%
64%
-

Nota: TGC – taxa geométrica de crescimento. ***Nível de significância de 1%, teste t de Student.
Fonte: AGRIANUAL (2005).


Slide 5

O

setor produtivo de borracha
natural é responsável por 80 mil
empregos no Brasil. (BORRACHA
NATURAL, 2007).


Slide 6

 Analisar

os mecanismos de formação
dos preços pagos aos usineiros e
heiveicultores do país pode contribuir
na elaboração de políticas públicas
que reduzam o secular déficit de
oferta,
na
compreensão
da
competitividade e da fragilidade do
setor produtor nacional frente a um
contexto mundial.


Slide 7

Objetivos
Identificar os impactos de variações nas variáveis: preço
externo, taxa de câmbio e despesas líquidas com importação,
sobre os preços recebidos pelos produtores e usinas de
beneficiamento de borracha natural no Brasil, janeiro de
1998 a junho de 2007. Especificamente:
- analisa-se o comportamento dos preços no mercado
internacional e interno;
- verificar como são estabelecidas as relações entre as
variáveis analisadas;
-Avaliar como os choques não antecipados nos preços
internacionais, na taxa de câmbio e no custo de
internalização são transmitidos para os preços recebidos
pelos produtores e usineiros no Brasil.


Slide 8

Procedimentos metodológicos
 Os

elementos teóricos balizadores
deste trabalho envolvem estruturas
de mercados ( concorrência perfeita
e oligopsônio) e relações de preços
internos e externos, considerando-se
a Lei do Preço Único (LPU).


Slide 9

Como são formados os
preços nos diversos
mercados


Slide 10

Mercados Não-Competitivos
 As

empresas possuem poder, mesmo
que transitório, de fixar seus preços.
 Nesta estrutura as empresas
determinam que preço vão cobrar a
partir de seus custos de produção
(mark up).
– não estão sujeitas às variações de
mercado,
– têm poder sobre ele, que é maior
quanto mais essencial e concentrado for


Slide 11

Matematicamente a LPU pode ser
expressa por:


PDt = PEt x Et

 em

que, PDt = preço doméstico do
produto i, no período t; PDt = preço
externo do produto i, no período t; e
Et= taxa de câmbio nominal, no
período t.


Slide 12

Expansão da LPU
PD t  PE t  E t  CI t
CI t  Fr t  S t  TEC t  R t  DP t  FR t


Slide 13

LPU ampliada




PDt = (PEt + CIt ) x Et
CIt = Frt + St + TECt + Rt + DPt + FRt



CIt =custo de internalização do produto



Frt =despesa com frete marítimo,







S representa o seguro,
TEC =tarifa externa comum,
R = taxa de renovação da marinha mercante,
DP = despesa portuária,e
FR = frete rodoviário.


Slide 14

Modelo VAR
 Elasticidade

impulso
 Decomposição da variância de erros
de previsão k períodos à frente em
percentagens


Slide 15

Fonte de dados
Associação Paulista dos Produtores e
Beneficiadores de Borracha (APABOR),
 Federação da Agricultura do Estado de São
Paulo (FAESP).
 Associação Nacional das Indústrias de
Pneumáticos (ANIP).
 Os preços foram deflacionados pelo Índice
Geral de Preço, Disponibilidade Interna
(IGP-DI) da Fundação Getúlio Vargas,
adotando-se junho de 2007 como o mês
base.



Slide 16

Mercado brasileiro e política de
preço
 Extinção

dos órgãos que cuidavam
da política da borracha natural.
 Abertura da economia.
 Expansão da demanda pelas
industrias de pneumáticos agravou o
déficit de oferta.


Slide 17

Mercado brasileiro e política de
preço
 Necessidade

de importação de
borracha natural.
 Setor desestruturado e custos de
produção maior do que nos paises
asiáticos.
 Grave crise do setor;


Slide 18

Mercado brasileiro e política de
preço
 Nova

dinâmica da atividade.
 Em 1997, A Lei 9.479/97 e o Decreto
2.348/97 criado para igualar o preço
de
comercialização
do
produto
nacional e com o similar importado.


Slide 19

Mercado brasileiro e política de
preço
 Em

termos operacionais o
pagamento se dava da seguinte
maneira:
 Preço teto (ou Gatilho da
subvenção): R$2,58
 Subsidio (SB): R$0,90
 SB = GS – PR
 SB = R$2,58 – PR
 PUB = PR + SB


Slide 20

Mercado brasileiro e política de
preço
 Conjuntura

macroeconômica
internacional desfavorável e a pouca
efetividade da política nacional


Slide 21

Mercado brasileiro e política de
preço
 Até

2001, não havia publicação do
valor de referência pelo Ministério da
agricultura, que foi acontecer
somente em 2001.


Slide 22

Procedimento metodológico do
cálculo do Preço de referência


Slide 23

Exemplo do cálculo do preço de
referencia para o GEB-1 em julho de
2006
Itens
1. Preço FOB ( média 26/05 a 25/06/2006 do SMR-10 e SMR-20, obtidos junto à Bolsa da
Malásia) - PE
2. Frete Marítimo
3. Seguro (0,285% sobre o valor do produto)
4. Preço CIF (1+2+3)
5. Imposto de importação – TEC (4,0% sobre o preço CIF)
6. Taxa da marinha marcante (25% sobre o frete marítimo)
7. Despesas Portuárias (Capatazia, Armazém no porto, etc)
8. Frete rodoviário (Santos – São Paulo)
9. Custo Total (CT)
10. Taxa de internalizaçao {[(9/1) -1]*100}
11. Taxa de câmbio (média 26/05 a 25/06/2006 da cotação de venda do dólar comercial) - E
12. Preço de referência[ (9 *11) /1000]= [(US$2.547,14 *R$2,84)/1000]

Valor
US$ 2.354,35/t
US$ 50,00/t
US$ 6,71/t
US$2411,06/t
US$ 96,44/t
US$ 12,50/t
US$ 16,12/t
US$ 11,02/t
US$ 2547,14/t
8,19 %
R$ 2,264/US$1,00
R$ 5,77/kg


Slide 24

Mercado brasileiro e política de
preço


Fim do subsídio em 2002, inserido em um
cenário de forte desvalorização do cambio
e mudança no seu regime de livre
flutuação.


Slide 25

Comportamento dos preços


Slide 26

Comportamento do preço médio da borracha
natural em US$/kg do SMR-10, bolsa da Malásia
2,50

2,35 2,23

1,91
1,36

1,50
1,00
0,50

0,90

0,87

1,21
0,86

0,71
0,50

0,00

ja
n/
98
ju
l/ 9
8
ja
n/
99
ju
l/ 9
9
ja
n/
00
ju
l/ 0
0
ja
n/
01
ju
l/ 0
1
ja
n/
02
ju
l/ 0
2
ja
n/
03
ju
l/ 0
3
ja
n/
04
ju
l/ 0
4
ja
n/
05
ju
l/ 0
5
ja
n/
06
ju
l/ 0
6
ja
n/
07

Preços (US$/kg)

2,00

Meses


Slide 27

Comportamento dos preços recebidos pelas usinas de
beneficiamento da borracha natural (PUB) e o preço de
referência (PR) para o GEB-1
12,00
5,57
4,08

8,00

4,41
3,49

6,00
1,58

4,00

5,16

3,60

1,44

2,00

4,11

1,18
1,57

Meses
PUB

PR

jan/07

jul/06

jan/06

jul/05

jan/05

jul/04

jan/04

jul/03

jan/03

jul/02

jan/02

jul/01

jan/01

jul/00

jan/00

jul/99

jan/99

jul/98

0,00

jan/98

Preços (R$ / kg)

10,00


Slide 28

Evolução do preço recebido pelas usinas de
beneficiamento de borracha natural (PUB), Taxa de câmbio
(E) e o preço de externo (PE) para o GEB-1

6,00
5,00

3,00
2,00
1,00

Meses
PUB

E

PE

jan/07

jul/06

jan/06

jul/05

jan/05

jul/04

jan/04

jul/03

jan/03

jul/02

jan/02

jul/01

jan/01

jul/00

jan/00

jul/99

jan/99

jul/98

0,00

jan/98

Valores

4,00


Slide 29

Evolução da participação do preço do PP
no PUB
PP

PIN

% PP no PIN

jan/98
fev/98
mar/98
abr/98
mai/98
jun/98
jul/98
ago/98
set/98
out/98
nov/98

1,62
1,55
1,71
1,64
1,59
1,61
1,62
1,62
1,60
1,55
1,55

2,53
2,38
2,66
2,55
2,47
2,49
2,31
2,07
2,07
2,05
2,20

64,15
65,00
64,29
64,49
64,42
64,76
70,10
78,16
77,01
75,58
70,65

jan/07
fev/07
mar/07
abr/07
mai/07
jun/07

2,64
2,70
2,72
2,99
3,08
3,18

4,10
4,14
4,13
4,80
4,79
4,78

64,39
65,31
65,74
62,39
64,23
66,43


Slide 30

Análise dos efeitos preço externo, taxa
de câmbio e custo de internalização


Slide 31

Resposta do PUB frente a choques não
antecipados no PE
.06

Elasticidades

.04
.02
.00
-.02
-.04
-.06
5

10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
Meses após o choque


Slide 32

Resposta do PP frente a choques
não antecipados no PE
.04

Elasticidade

.03

.02

.01

.00

-.01
2

4

6

8

10 12 14 16 18 20 22 24

Meses após o choque


Slide 33

Resposta do PUB frente a choques
não antecipados na E
.04
.03

Elasticidade

.02
.01
.00
-.01
-.02
-.03
-.04
2

4

6

8

10

12

14

16

Meses após o choque

18

20

22

24


Slide 34

Resposta do PP frente a choques
não antecipados na E
.005
.000

Elasticidade

-.005
-.010
-.015
-.020
-.025
-.030
2

4

6

8

10

12

14

16

Meses após o choque

18

20

22

24


Slide 35

Resposta do PP frente a choques
não antecipados no PUB
.020
.015

Elasticidade

.010
.005
.000
-.005
-.010
-.015
-.020
2

4

6

8

10 12 14 16 18 20 22 24

Meses após o choque


Slide 36

Decomposição da variância de
previsão do PUB
Período
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12

PE
68,04
72,77
73,70
72,28
69,50
66,04
62,35
58,71
55,27
52,10
49,23
46,66

Variáveis1 (valores em %)
E
CI
PUB
0,21
0,08
31,66
0,43
0,21
25,29
0,69
0,32
21,31
0,97
0,38
18,75
1,24
0,41
17,05
1,47
0,41
15,92
1,66
0,40
15,17
1,80
0,39
14,70
1,89
0,37
14,42
1,95
0,35
14,28
1,97
0,34
14,25
1,97
0,32
14,29

PP
0,00
1,29
3,98
7,62
11,80
16,16
20,41
24,41
28,05
31,32
34,21
36,76


Slide 37

Decomposição da variância de
previsão do PP
Período
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12

PE
26,49
31,70
34,78
36,36
36,98
37,02
36,71
36,23
35,65
35,04
34,42
33,80

Variáveis1 (valores em %)
E
CI
PUB
0,40
0,23
6,75
0,90
0,46
4,11
1,63
0,63
3,37
2,59
0,74
3,50
3,76
0,80
3,94
5,10
0,82
4,42
6,58
0,82
4,83
8,15
0,81
5,15
9,77
0,80
5,35
11,41
0,78
5,47
13,04
0,76
5,53
14,63
0,75
5,53

PP
66,13
62,84
59,59
56,82
54,53
52,64
51,05
49,66
48,42
47,29
46,25
45,29


Slide 38

CONSIDERAÇÕES FINAIS
 forte

poder de monopólio exercido
pelas indústrias de pneumáticos
sobre os produtores e usinas de
beneficiamento no Brasil.
 os produtores sofrem pressão das
usinas de beneficiamento quanto ao
preço.


Slide 39

 Os

movimentos ascendentes de
preço tendem a ter um período de
resposta da produção relativamente
longo.


Slide 40

Possíveis soluções para alavancar
o setor
 Linhas

de financiamentos
 Maior integração entre os elos da
cadeia e os mercados nacionais.
 Acompanhamento de preços em
outros estados
 Crédito de carbono como receita
adicional para o produtor


Slide 41








Instituições mais relevantes:
Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e
sua filiada Federação da Agricultura do Estado de
São Paulo (FAESP);
Sociedade Rural Brasileira (SRB) e a Associação
Paulista de Produtores e Beneficiadores de
Borracha (APABOR), por parte dos produtores; e
a
Associação
Nacional
da
Indústria
de
Pneumáticos (ANIP) e a Associação Brasileira da
Indústria de Artefatos de Borracha (ABIARB),
pelo lado da indústria de transformação.