Aula 3 – Lepidossauria – Serpentes

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Transcript Aula 3 – Lepidossauria – Serpentes

Répteis

Prof. Thales Francisco Sousa Sampaio Alves-dos-Santos Aula 4. Squamata - Serpentes

   

2.900 espécies 10cm até 10m de comprimento Grupo monofilético Histórico evolutivo controverso

 

Redução de Patas Estrutura dos olhos diferente dos lagartos

Características gerais

   Numerosos caracteres derivados, mas que também ocorrem em outros grupos  convergências quanto à perda e redução de membros Pulmão esquerdo reduzido Quando há autotomia, é intervertebral (pseudautotomia)

Características gerais

 Perda de ossos do crânio ou elementos hióides  lacrimal, jugal, epi-pterigóide, esquamosal    Mandíbula composta pelo dentário e fusão do articular e pré-articular 120 ou mais vértebras pré-cloacais Ausência de músculos no corpo ciliar do olho  modo único de acomodação

Características gerais

  Muitas comparações, como o modo de alimentação, são feitas entre serpentes muito derivadas e lagartos relativamente generalizados  Na realidade, serpentes basais são mais similares aos lagartos Crânio cinético temporais; o quadrado se liga ao crânio pelo supratemporal  perda de ambos os arcos

Características gerais

     Cérebro enclausurado em um caixa rígida, formada por extensões dos frontais e parietal Ovíparas ou vivíparas Determinação do sexo geneticamente Dimorfismo sexual geralmente é mais sutil Proporções e morfologia  refletem o habitat

  Arbóreas       Pouca massa corporal Corpo comprimido Cauda relativamente longa, freqüentemente preênsil Olho relativamente grande Fileira de escamas vertebrais mais larga Centro de gravidade posterior Aquáticas   Deslocamento dorsal e terminal de olhos e narinas Narinas com válvulas   Fossoriais         Corpo curto Cabeça pouco larga Boca inferior Escamas reduzidas na cabeça e corpo Olho pequeno Reforços cranianos Focinho estreito e/ou pontudo Escamas muito lisas Criptozóicas (serrapilheira)  Tamanho reduzido

Dentição

  Dentes típicos  longos, finos, levemente curvados Implantação pleurodonte modificada  em um alvéolo raso cada dente   Podem estar presentes na pré-maxila, maxila, palatinos, pterigóides e dentário; o número de dentes varia Colubroidea heterodontia; presença de presas com fendas ou ocas  evolução de várias formas de

Dentição

Padrões gerais  Áglifo  dentição maxilar homodonte  Opistóglifo  o par posterior nas maxilas é maior  Proteróglifo  maxilas relativamente longas, com presas ocas na extremidade anterior (não-eréteis)  Solenóglifa  maxilas reduzidas, apenas com presas ocas, eréteis pela rotação da maxila no pré-frontal

 Dentição    Viperidae e Elapidae Presas anteriores possuem um canal de veneno, um tubo oco separado da cavidade da polpa Homólogas às presas posteriores de Colubridae  Não se desenvolvem por fechamento de uma fenda, mas por alongamento de uma estrutura tubular

 Venenos   Colubroidea  glândulas de veneno associadas às presas Toxinas  proteínas que variam de pequenos peptídeos a enzimas complexas, além de proteínas não-enzimáticas com altos pesos moleculares   Hemorraginas, hemolisinas, miotoxinas, neurotoxinas Acredita-se que evoluíram de enzimas digestivas, por duplicação e divergência genética

 Sistemas sensoriais      Olfato e visão bem desenvolvidos Ausência de ouvidos externo e médio  transmitido pelo ar e pelo substrato Olfato  captam som forrageamento e comunicação intraespecífica  Feromônios produzidos na pele e provavelmente em glândulas de odor na cauda Visão  importante no forrageamento e defesa (exceto formas fossoriais, de olhos reduzidos) Acomodação visual por movimentação do cristalino em relação à retina   Outros tetrápodes: por modificação da curvatura do cristalino Perderam e depois ganharam olhos

 Sistemas sensoriais  Receptores de luz infravermelha  Boidae) fossetas loreais (labiais em   Membrana fina e inervada, esticada sobre uma cavidade Imagens visuais e infravermelhas superpostas

Rastejar

Centenas de vértebras

Cadeias de músculos multissegmentados Ondulação lateral

“Empurrão de lado”

Concertina

Alças Laterais

Retilínea

Nadar por ondulação

Planar

Planar

      Informação quimiossensorial  comunicação intraespecífica encontro de presas, Línguas funcionam somente como órgãos quimiossensoriais  órgão vomeronasal Utilização também de sinais táteis Uso limitado de sinais visuais Ausência de aberturas auditivas externas  sinais acústicos ausência de Machos não produzem sinais para atrair fêmeas   Seguem rastros de feromônios das fêmeas (moléculas não-voláteis)  Estruturalmente diferentes daqueles de machos Discriminação específica

  Côrte  Quimiossensorial  estimulação tátil   Esporões de Boidae Alguns machos produzem um “tampão” copulatório  competição de esperma evitar a  Mecânico ou feromônio que inibe outros machos Interações agressivas   Sinais químicos  algum papel Machos não defendem territórios  fêmea  ocorrem na presença de uma Lutas  enrolam-se um no outro; mordidas são raras

 Anomalepididae e Typhlopidae   Maxilas com dentes, presas ao crânio por articulações móveis Dentário raramente possui mais do que 1 dente      Pré-maxila sem dentes, firmemente articulada com o focinho Anomalepididae  sem vestígios da pelve; pré-frontais se estendem posteriormente, sobre as órbitas Anomalepididae  Sul e Central 4 gêneros, ca. 15 espécies. Américas do Typhlopidae  todos ovíparos, mas a retenção é comum; alimentam-se de ovos, larvas e pupas de cupins e formigas Typhlopidae  6 gêneros, ca. 200 espécies. Cosmopolita.

Anomalepididae

Typhlophis squamosus Typhlops

Typhlopidae

 Leptotyphlopidae        Crânio e maxila imóveis Dentes presentes apenas no dentário Atingem até 30 cm de comprimento; maioria com 10 cm Ovíparos; ovos alongados unidos em uma fileira Geralmente se enterram 

Leptotyphlops dulcis

ninhos de corujas  populações densas e estáveis encontradas em Alimentam-se de artrópodes 2 gêneros, ca. 90 espécies. Américas, África e Ásia.

Leptotyphlops humilis

 Anomochilidae  2 espécies, cada uma conhecida por 3 espécimes   Menores do que 400 mm Malásia, Bornéo e Sumatra

Anomochilus weberi Anomochilus leonardi

 Aniliidae         Monotípica:

Anilius scytale

Cerca de 1 m de comprimento Vivípara Olhos pequenos, localizados sob um grande escudo cefálico Se enterra Pode ser diurna ou noturna Alimenta-se de vertebrados alongados, como cecílias, anfisbenas, enguias e serpentes Bacia Amazônica e região das Guianas

 Uropeltidae    Uropeltinae  Grupo fossorial altamente especializado       Até 800 mm de comprimento Vivíparos Se alimentam primariamente de minhocas Cabeças cônicas e estreitas, com uma quilha Caudas obtusas Musculatura anterior com grande suprimento de mioglobina, enzimas catalíticas e mitocôndrias  Coluna vertebral, músculos esqueléticos e vísceras se movem independentemente da pele

Cylindrophis

serpentes  de fossoriais a terrestres; até 700 mm; vivíparas; se alimentam de presas alongadas como enguias, cecílias e 9 gêneros, ca. 55 espécies. Sudeste da Ásia e Oceania.

Uropeltidae

 Xenopeltidae e Loxocemidae  Xenopeltidae  fossoriais e noturnos; habitam florestas tropicais úmidas; 1 m de comprimento; escamas ventrais um pouco reduzidas; sem vestígios de pelve; ovíparos; se alimentam de lagartos, anuros e roedores  1 gênero, 2 espécies. Sudeste da Ásia e Oceania.

 Loxocemidae  América Central.

monoespecífica:

Loxocemus bicolor

; habita florestas tropicais secas; focinho um pouco pontudo; é, pelo menos, parcialmente fossorial; ca. 1,3 m de comprimento; ovípara; se alimenta de roedores e ovos de répteis; México e

Xenopeltis Loxocemus

 Boidae   Boas e pítons; inclui as maiores serpentes viventes, mas várias espécies são pequenas Ocorrem em florestas úmidas, secas, de coníferas ou de montanhas e desertos arenosos ou rochosos        Hábitos terrestres, arbóreos, aquáticos e semifossoriais Dietas extremamente variadas Fossetas labiais Pythoninae  em buracos no chão; se enrolam nos ovos e os incubam com contrações musculares ovíparos; fêmeas constroem ninhos de folhas ou desovam Boinae e Erycinae 

Eunectes murinus

 capivaras, veados) vivíparos anacondas; predadoras de espreita, se alimentam de peixes, anfíbios, tartarugas, jacarés, aves e mamíferos grandes (pacas, Ca. 20 gêneros, 74 espécies. Cosmopolitas.

 Boidae

Boa constrictor

(Jibóia)

Corallus enhydris Eunectes

(Anaconda)

Corallus hortulanus Epicrates cenchria

Xenophidiidae

      Duas espécies, cada uma conhecida por um espécime Noturnas e inconspícuas Florestas tropicais Menores do que 350 mm de comprimento Dentição e conteúdo estomacal  lagartos alimentação de Bornéo e Malásia

 Tropidophiidae      Pulmão esquerdo substancialmente reduzido ou ausente Presença de vestígios da cintura pélvica em quase todas as espécies

Tropidophis

arbóreos; habitats arbustivos xéricos a florestas tropicais úmidas; alimentam-se de anuros e lagartos, e uma espécie maior, de aves e roedores  pequenos (34 cm a 1 m); noturnos, terrestres ou  Postura defensiva em várias espécies  hemorragias espontâneas dos olhos e boca

Trachyboa boulengeri

 vivípara e piscívora 2 gêneros, 31 espécies.

Américas do Sul e Central.

Tropidophis

 Bolyeriidae  Ausência de vestígios dos membros posteriores ou da cintura pélvica     Pulmão esquerdo bastante reduzido Possuem hipapófises nas vértebras posteriores do tronco Possuem ossos maxilares divididos  auxiliaria na captura de lagartos 2 espécies:

Bolyeria multocarinata

Island (no Oceano Índico) e

Casarea dussumieri

. Round

Casarea dussumieri

 Acrochordidae     Aquáticas, quase incapazes de movimento em terra Escamas pequenas e fortemente quilhadas Pele solta e larga Escamas ventrais pouco alargadas        Cauda levemente comprimida Baixas taxas metabólicas Alimentam-se de peixes e crustáceos Noturnas e vivíparas

Acrochordus arafurae

 primariamente dulcícola, pode entrar em estuários e no oceano aberto

Acrochordus granulatus

 primariamente marinha e de estuários 1 gênero, 3 espécies. Sudeste da Ásia e Oceania.

Acrochordidae

Acrochordus granulatus

 Viperidae        Víboras Terrestres ou arbóreas Habitats variam de florestas úmidas a desertos e montanhas altas Ovíparas ou vivíparas Pupilas verticais e pequenas escamas ou placas fragmentadas na cabeça (exceto

Causus

) Maioria das espécies pequenas e dos juvenis das grandes se alimenta de lagartos ou anfíbios; espécies grandes predam mamíferos  Dietas podem ser extremamente variáveis Entre 20 e 27 gêneros, ca. 228 espécies. Cosmopolitas.

 Viperidae     Crotalinae Forame sensível ao calor na cabeça Cascavéis  ponta da cauda modificada em um chocalho, composto por segmentos de queratina  Vibração da cauda faz com que os segmentos se esfreguem uns nos outros, produzindo som, uma defesa a predadores Quase todos vivíparos

Lachesis

ovíparos  maiores crotalíneos do Novo Mundo, com mais de 3,5 m;   Viperinae Ausência de fossetas loreais Maiores incluem

Bitis

(1,5 m) e

Daboia russelii

(1,7 m)  Oviparidade e viviparidade

Viperidae

Caudisona durissus

(cascavel)

Bothrops

(jararacas)

 Elapidae          Najas, mambas, corais verdadeiras Todas venenosas Dentição proteróglifa e maxila longa, relativamente sem rotação, e podem possuir dentes posteriores às presas Terrestres ou criptozóicas, arboreais, aquáticas, semifossoriais ou marinhas Habitats variam de desertos extremamente áridos a florestas tropicais úmidas Dietas extremamente variáveis Grande variação de tamanho (50 cm a mais de 5 m) Muitas estão entre as serpentes mais perigosas  tamanho, natureza ativa e venenos potentes grande Ovíparas ou vivíparas

 Elapidae  “Capuz” das najas  pescoço  abertura de costelas alongadas na região do Cuspe?  abertura do canal do veneno das presas aponta para a frente, ao invés de para baixo    Muitas espécies de corais são mimetizadas por colubrídeos não venenosos Ca. 70 espécies com especializações marinhas  glândula de sal ao redor da bainha da língua   Grupo

Laticauda

 nadadeira caudal pouco desenvolvida; passam bastante tempo em terra Grupo

Hydrophis

com válvulas  vivíparas; escamas ventrais reduzidas, corpo comprimido lateralmente, nadadeira caudal apoiada por espinhos neurais e hemapófises expandidos e alongados, narinas dorsais e Ca. 62 gêneros, 300 espécies. Cosmopolitas

Elapidae

Dendroaspis polylepis Micrurus brasiliensis

Elapidae

Ophiophagus hannah

 Atractaspididae    Pequenas a médias (ca. 1 m) Maxilar extremamente reduzido, com uma enorme presa oca; possui uma articulação complexa com o pré-frontal e pode ficar ereta  rotação lateral (e não posterior-anterior); a ponta da presa voltada posteriormente Alimentam-se de pequenos mamíferos, aves no ninho, lagartos e serpentes   Primariamente noturnas; ovíparas 1 gênero, ca. 18 espécies. África e Oriente Médio.

Atractaspis

 “Colubridae”: Natricinae  Pequenos a moderadamente grandes     Terrestres, aquáticos (quase exclusivamente dulcícolas) ou semifossoriais Vivíparos ou ovíparos Dietas variadas: minhocas e lesmas, peixes e anfíbios, crustáceos 40 gêneros, 210 espécies. Américas Central e do Norte, África, Europa, Ásia, Oceania.

Rhabdophis tigrinus Nerodia sipedon

 “Colubridae”: Colubrinae  Ocorrem em diversos habitats (exceto fossoriais e marinhos), maioria terrestre ou arbórea    Grande variação de tamanho (20 cm a mais de 3 m) Dietas variam de generalistas a especialistas Mais de 150 gêneros, 700 espécies. Cosmopolitas.

Chironius Coluber Elaphe

 “Colubridae”: Xenodontinae      Médios (0,5 m) a grandes (1,3 m) Terrestres, de florestas tropicais úmidas e secas e habitats abertos; poucas espécies fossoriais, aquáticas ou arbóreas Dietas diversas  invertebrados lagartos, anuros, serpentes, mamíferos; raramente Primariamente ovíparos Ca. 65 gêneros, mais de 300 espécies. Américas Central e do Sul.

Liophis Oxyrhopus Philodryas Helicops Waglerophis Thamnodynastes

 “Colubridae”: Dipsadinae       Serpentes predominantes nos ecossistemas da América Central Maioria pequena (menos de 70 cm) Fossoriais, de serrapilheira e arbóreas Dietas diversas  maioria se alimenta de invertebrados Quase todas ovíparas Ca. 25 gêneros, mais de 250 espécies. Américas.

Sibynomorphus Leptodeira Imantodes Dipsas

 “Colubridae”: Homalopsinae  Dulcícolas, marinhas ou de estuários      Narinas podem ser fechadas por uma combinação de músculos e tecido cavernoso da câmara nasal Glote pode ser ligada às coanas  narinas fora d’água respiração apenas com as Vivíparas Opistóglifas, se alimentam de vertebrados e invertebrados 11 gêneros, ca. 33 espécies. Ásia e Oceania.

Homalopsis buccata

 “Colubridae”: Pareatinae  Noturnas     Ovíparas Alimentam-se de gastrópodes Terrestres ou arbóreas 2 gêneros, ca. 20 espécies. Ásia.

Pareas monticola Aplopeltura

 “Colubridae”: Aparallactinae    Pequenas (maioria com menos de 1 m) Ativas à noite Maioria inconspícua, muitas fossoriais   Dieta composta primariamente de vertebrados alongados, como serpentes, lagartos, cecílias e anfisbenas 

Aparallactus

 se alimentam de centopéias 12 gêneros, ca. 45 espécies. África e Oriente Médio.

Aparallactus