Transcript Mortalidade Materna
REUNIÃO TÉCNICA DE ATUALIZAÇÃO NA VIGILÂNCIA D0 ÓBITO DE MIF, MATERNOS, INFANTIS E FETAIS BA,2013 Iraní P. Dorzeé
ASPECTOS CONCEITUAIS
Mulher em Idade Fértil (MIF)
CONCEITO
ÓBITO É o desaparecimento permanente de todo sinal de vida, em um momento qualquer depois do nascimento, sem possibilidade de ressuscitação, conforme definição da Organização Mundial da Saúde (OMS)
Definição
Internacional Óbitos de mulheres entre 15 e 49 anos.
Brasileira Óbitos de mulheres entre 10 e 49 anos.
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE)
Mortalidade Materna
Morte Materna
“
É a morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação da gravidez. , independentemente da duração ou da localização É causada por qualquer fator relacionado ou agravado pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela.
Não é considerada Morte Materna a que é provocada por fatores acidentais ou incidentais.” (
Direta Morte Materna Obstétrica Não Obstétrica Indireta Tardia
Causas obstétricas
Direta
“
Complicações obstétricas durante gravidez, parto ou puerpério devido a intervenções, omissões, tratamento incorreto ou a uma cadeia de eventos resultantes de qualquer dessas causas.”
• • •
Gravidez terminada em aborto Ex: aborto infectado Transtornos hipertensivos da gravidez, parto ou puerpério Ex: pré-eclâmpsia, eclâmpsia, hipertensão prévia com pré-eclâmpsia sobrepost Outros transtornos maternos relacionados com a gravidez Ex: hemorragia, complicações venosas na gravidez, ITU
Causas obstétricas
Direta “Complicações obstétricas durante gravidez, parto ou puerpério devido a intervenções, omissões, tratamento incorreto ou a uma cadeia de eventos resultantes de qualquer dessas causas.
”
•
Complicações do Trabalho de Parto e Parto Ex: hemorragia da segunda metade, complicações de anestesia
•
Complicações relacionadas com o puerpério Ex: infecção puerperal, complicações venosas no Puerpério, embolia amniótica .
(OMS)
Causas obstétricas
Indireta
“
Doenças que existiam antes da gestação ou que se desenvolveram durante esse período, NÃO provocadas por causas obstétricas diretas, mas agravadas pelos efeitos fisiológicos da gravidez
Afecções anteriores da mãe complicando a gravidez, parto ou puerpério Ex: hipertensão prévia, diabete mellitus, cardiopatias, hemoglobinopatias etc.
Doenças infecciosas e parasitárias da mãe complicando a gravidez, parto ou puerpério Ex: sífilis, tuberculose, malária, hepatites etc.
Tétano obstétrico e Doenças causadas pelo HIV*
Morte Materna
Tardia “Morte de uma mulher, devido a causas obstétricas diretas ou indiretas , que ocorre num período de 43 a 364 dias após o fim da gravidez.” 0BS: Esses óbitos NÃO são incluídos no cálculo da razão de mortalidade materna.
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE)
Morte Materna
Não Obstétrica “Resultante de causas incidentais ou acidentais não relacionadas à gravidez e seu manejo.” (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE)
Morte Materna
Declarada “Quando as informações registradas na DO permitem classificar óbito como materno.” o (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE) Não Declarada “Quando as informações registradas na DO não permitem classificar óbito como materno.” o
“Apenas com os dados obtidos na investigação é que se descobre tratar-se materna.
” de morte
Morte Materna Mascarada (Presumível)
“Aquela cuja causa básica, relacionada ao estado gravídico-puerperal, não consta na DO por falhas no preenchimento.
” Consta apenas a causa terminal das afecções ou a lesão que sobreveio por último na sucessão de eventos que levou a morte, ocultando o óbito materno .
Exemplos: AVC, causa desconhecida, SAM, embolia pulmonar, peritonite, pneumonia, IRA, IAM, EAP, crise convulsiva, septicemia.
CAUSA BÁSICA DA MORTE (OMS)
“
É doença ou lesão que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que conduziram diretamente à morte ou as circunstâncias do acidente ou violência que produziu a lesão fatal.”
RAZÃO DE MORTALIDADE MATERNA
RMM Óbitos maternos ( O00 a O95+ O98+O99)* 100.000
Nascidos vivos * Óbitos maternos codificados fora do capítulo XV da CID-10: B20 – B24 – Doença causada pelo HIV A34 – Tétano obstétrico D39.2 – Neoplasia de placenta E23.0 – Necrose pós parto da hipófise M83.0 – Osteomalácea puerperal F.53 – Transtornos mentais e comportamentais associados ao puerpério
RAZÃO DE ÓBITOS MATERNOS Por 100.000 Nascidos Vivos > 100 50 - 100 10 - 50 < 10
MUITO ALTO ALTO MÉDIO BAIXO
SITUAÇÃO ATUAL
70,0 60,0 50,0
%
40,0 30,0 20,0
PRINCIPAIS GRUPOS DE CAUSAS DE INTERNAÇÕES DE MULHERES EM IDADE FÉRTIL NA REDE SUS. BAHIA, 2012
58,0 10,0 0,0 Gravidez parto e puerpério
FONTE: MS/DATASUS; SESAB/SUVISA/DIS SIH-SUS
8,0 D. do aparelho geniturinário 6,2 D. do aparelho digestivo 5,9 Algumas DIP"S 4,7 Neoplasias
PRINCIPAIS GRUPOS DE CAUSAS DE ÓBITO DE MULHERES EM IDADE FÉRTIL RESIDENTES NA BAHIA, 2012* 25,0 20,0 19,6 18,5 15,7 % 15,0 10,0 13,2 6,7 5,4 5,1 4,6 5,0 2,3 0,0 FONTE: SESAB/SUVISA/DIS - SIM *Dados preliminares
RAZÃO DE MORTALIDADE MATERNA BAHIA, 2000 A 2011*
100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 50,9 68,1 89,4 67,4 RAZÃO Linear (RAZÃO) 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009* 2010 2011
Fonte de dados: MS/DATASUS; SESAB/SUVISA/DIS SIM Data de coleta: 02/07/2013
200,0 180,0 160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Razão de Mortalidade Materna, segundo Dires de residência. Bahia, 2011*
20.7
67,4
FONTE: SESAB/SUVISA/DIS - SIM e SINASC *Dados preliminares DIRES
Morte materna, segundo tipo de causa obstétrica. Bahia, 2012*.
Fonte de dados: DIS/DIVEP/SIM WEB *Dados preliminares Data de atualização: 01/07/2013
Mortalidade Materna
A redução da mortalidade materna no Brasil é ainda um desafio para os serviços de saúde e a sociedade como um todo.
As altas taxas encontradas se configuram em um grave problema de saúde pública, atingindo desigualmente brasileiras, com maior prevalência entre mulheres das classes sociais com menor ingresso e acesso aos bens sociais.
as regiões
Muito Obrigada!
Telefone: (71) 3116-0022 E-mail: [email protected]
Site: www.suvisa.ba.gov.br
Equipe: GT Óbito Infantil e Fetal GT Óbito MIF e Materno Irani Dorzée Selma Rios Gildete Farias Consultora : Ana Gabriela Victa Estagiária: Marta Lopes