Degeneracao_morte_celular

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Unidade II- Degeneração.
Morte Celular.Alterações
do Interstício.
Patologia Geral
Profª Adriana Oliveira
1-Introdução
 Agentes
agressivos ou
etiológicos:
“Lesão bioquímica precede a lesão
fisiológica que precede a lesão
morfológica.”
1-Introdução
 Classificação:
Intrínsecos:
*Modificações no genoma, na
hereditariedade e na embriogênese;
*Erros metabólicos inatos;
*Disfunções imunológicas
(autoimunidade;hipersensibilidade;
imunossupressão.);
1-Introdução
*Distúrbios
circulatórios;
*Disendocrinias;
*Distúrbios nervosos e psíquicos;
*Envelhecimento.
1-Introdução
Extrínsecos:
*Físico:
temperatura,eletricidade,
radiações,
sons
e
ultrasons,
magnetismo. Gravidade e pressão.
*Químicos:
-Exógenos:
Inorgânicos:ácidos,
bases,
metais
pesados;
Orgânicos: toxinas, venenos, organosintético
1-Introdução
-Endógenos: Hormônios , catabólitos,
enzimas, anticorpos...
*Infecciosos:
-Agentes acelulares: vírus;
-Agentes
unicelulares:
células
procarióticas(bactérias,clamídias...),
células
eucarióticas
(
fungos,
protozoários)
-Agentes Multicelulares: helmintos...
2-Degenerações
-Degeneração: são
lesões cuja a
característica
morfológica
fundamental é a
deposição
de
substancias
no
interior
das
células.
2-Degenerações
 Classificações
das degenerações>
composição química das células:
1-degeneração por acúmulo de água e
eletrólitos; hidrópica;
2-degeneração por acúmulo de proteínas;
hialina e mucóide;
3-degenerações com acúmulo de
lipídeos; esteatose e as lipidoses ;
4-degeneração com acúmulo de
carboidratos; glicogenoses.
2-Degeneração Hidrópica

É a entrada de
fluido extracelular
e
eletrólitos
dentro
de
uma
célula,
secundária
a
deficiência
na
atividade
das
ATPases (bombas
de
Na/K)
da
membrana celular,
levando a acúmulo
de
água
no
citoplasma.
É
reversível,
desde
que
não
muito
intensa
ou
prolongada.
2-Degeneração Hidrópica
Causas e Mecanismos:
-É provocada por transtornos no equilíbrio
hidroeletrolítico que resultam em retenção
de eletrólitos e água nas células.
-As chamadas bombas eletrolíticas, tem a
função de transportar eletrólitos contra o
gradiente de concentração e de manter
constantes
as
concentrações
desses
eletrólitos no interior da célula.

2-Degeneração Hidrópica
-Uma
agressão
pode
diminuir
o
funcionamento da bomba hidroeletrolítica :
1-altera a produção ou consumo de ATP;
2-integridade das membranas;
3-modificação na atividade de moléculas da
bomba;
-Agentes lesivos:
1- hipóxia; infecções bacterianas e virais
2- hipertermia exógena ou endógena; ATP;
2-Degeneração Hidrópica
3-toxinas que lesam diretamente a membrana;
4-substâncias inibidoras de ATPase Na/K
dependente.
Corte histológico
normal
Corte histológico,
após lesão.
2-Degeneração Hidrópica

Mecanismos:

 O2  Respiração mitocondrial  ATP:
  Atividade da Bomba de Na/K, com  Na+ e
H2O e  K+ (Tumefação celular)
  Síntese e reciclagem de fosfolípides 
Perda de fosfolípides e da integridade da
membrana com  Ca+2 e ativação de enzimas
líticas - Fosfolipases, proteases, ATPases e
Endonucleases
  Respiração anaeróbica, com  de lactatos
e  pH (acidofilia citoplasmática com perda dos
grânulos da matriz, condensação da cromatina
nuclear).



2-Degeneração Hidrópica
Características Morfológicas:
-Macroscópicas: aumento de volume e peso
do órgão (tumefação, cápsula tensa,
consistência pastosa), com palidez (
compressão
vascular
pelas
células
tumefeitas e/ou coloração acinzentada clara.

2-Degeneração Hidrópica
-Microscópicas: citoplasma opaco, granuloso,
turvo, refringente, com transparência
diminuída mascarando o núcleo/ tumefação
turva.
2-Degeneração Hidrópica

Características ultraestruturais:
Tumefação mitocondrial e cristólise (com
diminuição da fosforilação oxidativa e da
síntese de ATP), dilatação das cisternas e
fragmentação do Retículo Endoplasmático e do
Complexo de Golgi, lise do protoplasma (
citosol), perda das especializações superficiais
da membrana celular (cílios, microvilosidades,
desmossomos) e alteração nos contornos
celulares, desagregação ribossômica (com
diminuição da síntese protéica), ruptura da
membranas formando as "Figuras de Mielina"
no citosol. Tumefação e ruptura lisossomica e /
ou
formação
de
autofagossomas.
2-Degeneração Hidrópica
A degeneração hidrópica é um processo
reversível; minimizada a causa, as células
voltam ao aspecto normal.
 Conseqüências
funcionais
quase
inexistentes, caso não seja muito intensa.

3-Degeneração Hialina


Acúmulo
de
material
intracelular
de
natureza protéica,
conferindo
ás
células e tecidos
afetados
um
aspecto hialino.
3-Degeneração Hialina

Mecanismos:
Penetração
no citoplasma de proteínas
complexas, com precipitação ou coagulação
das mesmas; ocorre em células dos túbulos
proximais, nas proteinúrias, células da
vilosidades intestinais do intestino delgado no
recém nascido aleitado com colostro.
3-Degeneração Hialina
Classificação:
a-Degeneração
de
fibras
musculares
esqueléticas e cardíacas: decorrentes da
ação de endotoxinas bacterianas e da
agressão de células T e macrófagos, onde
ocorre a desintegração dos microfilamentos
desses tecidos.(miocardite e miosite
chagásica)
b-Degeneração
hialina
segmentar
de
fibrocélulas musculares: é compatível com a
reabsorção e reestruturação dos sarcômeros,
que pode leva a morte celular; necrose
hialina.

3-Degeneração Hialina
c-Corpúsculos
de
inclusão
intracitoplasmáticos:
1-Corpúsculo hialino de Mallory: encontrado
nos hepatócitos de alcoólatras crônicos é
formado por filamentos intermediários
associados a outras proteínas do
citoesqueleto. Encontrados também na
esteato-hepatite,cirrose juvenil, carcinoma
hepatocelular.
3-Degeneração Hialina
2-Corpúsculos de Councilman e Rocha Lima
são vistos nos hepatócitos em hepatites
virais, especialmente na febre amarela,
geralmente correspondem a hepatócitos em
apoptose.
3-Corpúsculo de Russel: ocorre em indivíduos
com proteinúria onde a degeneração
excessiva de proteínas é encontrada no
epitélio tubular renal; são freqüentes
também em infecções agudas ou crônicas
(leishmaniose tegumentar e osteomelites).
4-Degeneração
Gordurosa/Esteatose
 Conceito:

Acúmulo anormal reversível de lípides no
citoplasma
de
células
parenquimatosas
(principalmente de túbulos renais, hepatócitos, e
fibras do miocárdio - células que normalmente
metabolizam muita gordura) onde normalmente
lípides não seriam evidenciados histologicamente,
formando vacúolos (pequenos e múltiplos ou
único e volumoso) em conseqüência de
desequilíbrios
na síntese, utilização
ou
mobilização. A degeneração é comum no fígado,
epitélio tubular renal e miocárdio, mas pode esta
também nos músculos esqueléticos e pâncreas.
4-Degeneração
Gordurosa/Esteatose
Etiologia e Patogênese
*A lesão aparece todas as vezes que um
agente interfere no metabolismo dos ácidos
graxos da célula aumentando sua síntese ou
dificultando sua utilização,transporte ou
excreção.
* A esteatose é causada por agentes tóxicos,
hipóxia, alterações na dieta e distúrbios
metabólicos de origem genética.
4-Degeneração
Gordurosa/Esteatose
Em condições normais , os hepatócitos
retiram da circulação ácidos graxos e
triglicérides provenientes da absorção
intestinal e da lipólise no tecido adiposo; os
ácidos graxos são utilizados para:
1- produção de colesterol e seus ésteres;
2-síntese de lipídeos complexos e triglicérides
3-para gerar energia através da B-oxidação até
acetil CoA e formação de corpos cetônicos.

4-Degeneração
Gordurosa/Esteatose
Os agentes lesivos causam esteatose hepática
por interferirem no metabolismo lipídico:
1-aumento da síntese de lipídeos por maior
aporte de ácidos graxos decorrente da lipólise,
de ingestão excessiva ou pela produção de
ácidos graxos a partir do excesso de acetil CoA
que não encontra condições
de rápida
oxidação no Ciclo de Krebs;
2-redução na utilização dos triglicérides ou
ácidos graxos para síntese de lipídeos mais
complexos, devido a carência de fatores
nitrogenados e de ATP;

4-Degeneração
Gordurosa/Esteatose
3-menor formação de lipoproteínas por
deficiência na síntese das apoproteínas;
4-distúrbios no deslocamento e fusão das
vesículas que contém as lipoproteínas com
membrana plasmática , em decorrência de
alterações funcionais do citoesqueleto.
4-Degeneração
Gordurosa/Esteatose
Agentes etiológicos:
 Hipóxia: leva a uma redução da síntese de
ATP, que leva a um aumento de ácidos graxos
em decorrência do excesso de acetil CoA, cuja
oxidação no ciclo de Krebs está diminuída;
 Desnutrição protéico –calórica:
1-a carência de proteínas leva a deficiência de
fatores lipotrópicos, estão ligados a produção
de fosfolípideos e diminuição na síntese
apoproteínas, reduzindo a formação de
lipoproteínas e a excreção dos triglicérideos;
4-Degeneração
Gordurosa/Esteatose
2-ingestão
calórica
deficiente
causa
mobilização de lipídeos do tecido adiposo,
aumentando o aporte de ácidos graxos;
Agentes tóxicos:lesam o REG diminuindo a
síntese protéica, afetando a síntese das
lipoproteínas. Podem também provocar
esteatose através do bloqueio na utilização
de triglicérides, isto sem que a síntese
protéica tenha diminuído.
4-Degeneração
Gordurosa/Esteatose

Ingestão abusiva de etanol: O etanol é
oxidado a aldeído acético e acetil CoA,
promovendo um aumento de acetil CoA,
isto favorece a síntese de ácidos graxos e
conseqüentemente levando ao acúmulo de
triglicérides nas células. A esteatose neste
caso pode ser agravada pela desnutrição.
4-Degeneração Gordurosa/Esteatose

Algumas forma de Esteatose Hepática:
1-Esteato-hepatite
não-alcoólicaé
caracterizada por esteatose hepática,
formação
de
corpos
hialinos
de
Mallory,necrose, inflamação e fibrose,
podendo se torna uma cirrose hepática. Ela
ocorre devido a alteração no metabolismo
dos ácidos graxos nos tecidos não adiposos,
em
pacientes
diabéticos,
obesos,
dislipidêmicos, faz associação a exposição a
agentes tóxicos. Esse controle no
metabolismo dos ácidos graxos em tecidos
não adiposos depende da leptina (enzima) –
age no SNC inibindo o apetite.
4-Degeneração
Gordurosa/Esteatose
2-Esteatose Microvesicular aguda da gravidez e
Síndrome de Reye- parece haver um defeito
mitocondrial na síntese de lipídeos.
3-Esteatose nas células beta da ilhota de Langerhans
no pâncreas e nas céls. musculares esqueléticas e
cardíacas. A gênese desta doença não está bem
conhecida, mas as condições de obesidade, diabete
insulino-dependente e dislipidemias têm aspectos
comuns.
4-Degeneração
Gordurosa/Esteatose
Aspectos morfológicos:
*Macroscópicos: O fígado aumenta de
volume e peso, tem consistência diminuída,
bordas arredondadas e coloração amarelada.
No coração, a esteatose pode ser difusa,
ficando o órgão pálido e com consistência
diminuída; em outros casos (hipóxia), a
esteatose em faixas amareladas visíveis
através do endocárdio. No rim, há aumento
de volume e peso, tornando o órgão
amarelado.

4-Degeneração
Gordurosa/Esteatose
*Microscópicos:
-a esteatose é muito característica, os TG se
depositam em pequenas vesículas ou
glóbulos
revestidos
por
membranas
(lipossomos). Na forma clássica os
hepatócitos apresentam um grande vacúolo
de gordura no citoplasma, o qual desloca o
núcleo para a periferia da célula e lhe confere
aspecto
de
adipócito
(esteatose
macrovesicular). Em certas condições ela
adquire um aspecto microvesicular, a gordura
se distribui geralmente para periferia da
4-Degeneração
Gordurosa/Esteatose
-No coração, os TG se depositam em
pequenos glóbulos dispostos ao longo das
miofibrilas.
-Nos rins , aparecem em pequenos glóbulos
que podem coalescer e forma vesículas
maiores, mas raramente produzem grande
deformidade nas células.
4-Degeneração
Gordurosa/Esteatose
Evolução e conseqüências:
-No fígado os hepatócitos repletos de gordura
podem se romper e formar verdadeiros
lagos de gordura (cistos gordurosos),
podendo ocorrer reações inflamatórias.
-Pode haver embolia gordurosa a partir da
ruptura dos cistos gordurosos na circulação,
o que é facilitado por traumatismos.
-Na esteatose difusa, panlobular, pode haver
manifestações de insuficiência hepática.

4-Degeneração
Gordurosa/Esteatose
-No etilismo crônico, a esteatose hepática
pode muitas vezes ser acompanhada de
fibrose
pericelular,
especialmente
centrolobular, que pode evoluir para cirrose.
-No coração, a esteatose difusa pode agravar a
insuficiência desse órgão.
5-Lipidoses


São
acúmulos
intracelulares
de
outros lipídeos que
não os TG. Em
geral, são depósitos
de colesterol e seus
ésteres.
As
lipidoses podem ser
localizadas
ou
sistêmicas.
5-Lipidoses
Depósitos de Colesterol:
-Depósitos de colesterol podem ser formados
nas artérias (aterosclerose), na pele
(xantomas) e em sítios de inflamações
crônicas.
-Na aterosclerose, os depósitos de colesterol
são encontrados na íntima das artéria de
médio e grande calibre, no interior de
macrófagos e de céls. musculares lisas que
migram da artéria média.

5-Lipidoses
-Características:
*Macroscópicas; os
depósitos
de
colesterol são vistos
como
placas
amareladas,
amolecidas,
na
íntima (ateromas).

5-Lipidoses
*Microscópicas; os macrófagos e as céls.
Musculares lisas aparecem tumefeitas,
microvaculadas, adquirindo aspecto
esponjoso ou espumoso. Quando essas
céls. se rompem, o colesterol passa
para o interstício e forma cristais
romboídes, com proliferação do tecido
colagenização da íntima e calcificação
destes
deposito
de
colesterol
caracterizando a aterosclerose.
5-Lipidoses

Colesterol e seus ésteres , provavelmente,
outros lipídios são também depositados na
íntima de pequenas artérias e arteríolas,
especialmente do rim, em pacientes com
hipertensão arterial. O processo é bem
diferente da aterosclerose, pois lipídios se
depositam, originados do plasma, se
associam a proteínas, formando a hilohialinose da íntima que em associação com
outras alterações da íntima(elastose e
fibrose), caracterizam a arteriolosclerose.
5-Lipidoses

Xantomas:
são
lesões encontradas
na pele sob a forma
de nódulos ou
placas que, quando
superficiais,
têm
cor
amarelada.
Aparecem
geralmente
em
condições
de
hipercolesterolemia
6-Esfingolipidoses
 São
doenças de armazenamento de
esfingolipídeos e seus derivados,
decorrem da falta ou deficiência de
enzimas lisossômicas encarregadas da
demolição dos gangliosídeos e
cerebrosídeos até esfingosina e ácidos
graxos.
 São doenças genéticas, algumas mais
freqüentes em determinados grupos
raciais. Caracterizadas de doenças
autossômicas.
6-Esfingolipidoses
Processo:
 Certas células acumulam esfingolipídeos no
citoplasma, devido quase sempre à falta de
uma enzima da via de degradação. Estas
enzimas são chamadas genericamente de
hidrolases, porque a quebra das ligações
envolve uma molécula de água.
 O substrato da enzima ausente ou defeituosa
acumula-se, geralmente dentro de
lisossomos, já que é nestas organelas que
são encontradas as enzimas.

6-Esfingolipidoses
O
citoplasma fica abarrotado de
lisossomos contendo o lípide não
digerido.

Aspectos microscópicos: são encontrados
nos lisossomos, que ao ME apresentam
estrutura em impressão digital ou em linhas
sem espiral concêntrica em seu interior.
6-Esfingolipidoses
 Para
cada enzima que falta existe uma
doença específica (às vezes mais de
uma), com acúmulo de substâncias
diferentes em órgãos diferentes, e com
sintomatologia própria. Os locais mais
afetados são o cérebro, muito rico
nestes compostos.
 O diagnóstico é confirmado com
facilidade a partir da cultura de células,
nos quais podem ser feitas pesquisa das
enzimas lisossômicas.
6-Esfingolipidoses
 As
lesões podem ser sistêmicas , sendo
mais grave em alguns órgãos; ex; nos
neurônios do SNC na doença de Fabry,
na doença de Niemann-Pick, doença de
Gaucher.
7-Glicogenoses
 São
doenças genéticas caracterizadas
pelo acúmulo de glicogênio no interior
das células do fígado, rim, músculos
esqueléticos e coração.
 E têm como processo básico uma
deficiência de enzimas no processo de
degradação.
7-Glicogenoses
O glicogênio está presente em todas as
células animais, sendo mais abundante no
fígado e nos músculos.
 É a forma através da qual armazenamos a
glicose da dieta. A glicose chega ao fígado
pela veia porta.
 Quando há necessidade de uso da glicose
(situações de stress, jejum), há quebra desse
glicogênio por meio de processo enzimático
ocorrendo então, liberação da glicose para a
circulação sangüínea.

7-Glicogenoses
 Dessa
forma, o fígado proporciona a
liberação de glicose para vários órgãos,
incluindo o cérebro. Quando o
glicogênio não consegue ser quebrado
devido à deficiência de algumas das
enzimas envolvidas, este se acumula
no órgão e, a não liberação de glicose
para a circulação acarreta uma série de
conseqüências.
7-Glicogenoses
Glicogenoses do tipo I:
 É causada pela deficiência da enzima
chamada glicose-6-fosfatase. Se subdivide
em Ia, Ib e Ic. É o tipo mais comum e o
órgão acometido é o fígado. Esta enzima
também é encontrada nos músculos, rins e
mucosa do intestino delgado. Como esta
enzima é a principal responsável pela
liberação de glicose para a circulação, é de
se esperar que as pessoas com glicogenose
tipo I sejam incapazes de manter níveis
adequados de glicemia nos períodos de
jejum.

7-Glicogenoses
Glicogenese tipo III
 Também chamada doença de Cori, é
causada pela deficiência da enzima amilo1,6-glicosidase a qual é expressa em muitos
tecidos. Clinicamente, é muito parecida com
a
glicogenose
tipo
I.
Apresenta
hipoglicemia, aumento do fígado e retardo
do crescimento. Durante a Segunda década
de vida, a velocidade de crescimento
aumenta, o fígado diminui e a hipoglicemia
melhora tanto que, muitos adultos toleram
várias horas de jejum.

7-Glicogenoses
Glicogenose do tipo IV:
Também chamada doença de Andersen, é
causada pela deficiência da enzima
amilo-1,4-1,6-glicosidase.
¨
Acomete, principalmente, o fígado. O
quadro clínico é de hepatoesplenomegalia
(aumento do fígado e do baço) e
alterações neuromusculares variadas.
¨ Não há tratamento eficaz. O transplante
de fígado é a única modalidade curativa.
7-Glicogenoses
Glicogenose do tipo V
Também chamada doença de MacArdle, é
causada pela deficiência da enzima
fosforilase muscular.
¨
Acomete os músculos. O quadro clínico é
de dor muscular (câimbras) induzida pelo
exercício e fraqueza progressiva, algumas
vezes associada a mioglobinúria.
7-Glicogenoses
Glicogenose do tipoVI:
¨
Também chamada doença de Hers, é
causada pela deficiência da enzima
fosforilase hepática.
¨
Clínica e laboratório: hepatomegalia, leve
retardo de crescimento, boa tolerância ao
jejum, elevação de triglicérides, colesterol
e ácido úrico.
7-Glicogenoses
Glicogenose do tipo VII:

Causada pela deficiência da enzima
fosfofrutoquinase.
 A clínica é semelhante ao tipo V,
acrescentando-se hemólise.
7-Glicogenoses
Glicogenose do Tipo IX:
 Causada
pela deficiência da enzima
fosforilase quinase.
 Acomete o fígado e, talvez, o músculo. A
clínica é semelhante ao tipo VI. O subtipo C
também acomete as células sangüíneas.
8-Mucopolissacaridioses
São depósitos anormais de poliglicanos,
ocorrem
em
doenças
metabólicas
denominadas
genericamente
mucopolissacaridioses, que resultam de
deficiências enzimáticas e se caracterizam
pelo
acúmulo
intralisossômico
de
poliglicanos e seus catabólitos.
 Apesar de apresentarem aspectos em
comum,
apresentam
manifestações
diferentes de acordo com a enzima
lisossômica deficiente.
