Expansão territorial
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A Expansão territorial
Séculos XVII e XVIII
A interiorização colonial
A expansão da ocupação portuguesa
para além da divisão determinada em
1494 pelo Tratado de Tordesilhas foi
gradativa e resultou da articulação de
vários fatores:
1. A União Ibérica (1580-1640):
Com a união das duas
coroas, os portugueses
avançaram sobre as terras
espanholas.
2. Pecuária
A pecuária foi importante no desbravamento do
interior brasileiro, pois ocupou uma extensa área
necessária a criação de gado.
No trajeto percorrido pelas comitivas ou tropas
de gado, ocorreu a formação de diversos núcleos
populacionais.
Foi responsável pela ocupação de grandes áreas
do Sul e do Nordeste.
3. Missões religiosas
Também chamadas de reduções ou
aldeamentos, foram importantes na
expansão.
Na tarefa da Catequese, os Jesuítas
fundaram aldeamentos onde os índios
aprendiam a cultivar Lavouras. Estes índios
que já sabiam os valores cristãos eram alvo
preferido dos caçadores de escravos.
Para fugir dos ataques, as missões foram
deslocadas para lugares distantes da ação
das bandeiras.
Essa estratégia levou os portugueses as
regiões que atualmente correspondem ao
Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e
Amazônia.
4. Bandeirismo
Os bandeirantes eram habitantes da antiga
capitania de São Vicente (atual São Paulo).
Grande parte dos colonos desta antiga Capitania,
passaram a adentrar ao sertão em busca de
riquezas a serem exploradas.
Formavam grupos e seguiam em caravanas pelas
matas levando um mastro com uma bandeira
que os identificava.
Monumento aos Bandeirantes na
capital São Paulo
Havia quatro tipos de Bandeiras
1.
2.
3.
4.
De apresamento: expedições de caça aos índios
De prospecção ou mineração: com o objetivo
de encontrar metais preciosos
De sertanismo de contrato: Bandeiras
contratadas para combater quilombolas e
índios rebelados.
De monções: expedições comerciais que saíam
de São Paulo e navegavam pelo rio Tiête em
direção ao centro-oeste.
Como não tinham caráter oficial, as
bandeiras seguiam pelo interior do
continente sem a preocupação de respeitar
a fronteira entre as colônias ibéricas.
A metrópole conhecia essas atividade ilícitas,
inclusive a escravização indígena (proibida por
lei), mas não interferia, pois os bandeirantes
eram persistentes na busca de metais preciosos,
o que interessava muito a Coroa portuguesa.
O desbravamento e
povoação dessas
terras foram
iniciados por
expedições
pioneiras chamadas
de Entradas e
Bandeiras.
As Entradas eram
expedições oficiais,
organizadas pelo
governo da autoridade
colonial.
Já as Bandeiras tinham
motivação particular, isto
é, eram organizadas por
colonos que se
estabeleceram nos
povoados.
Os bandeirantes foram
responsáveis pela
expansão do território
brasileiro, desbravando
os sertões além do
Tratado de Tordesilhas.
Por outro lado, agiram
de forma violenta
na caça de indígenas e de
escravos foragidos,
contribuindo para a
manutenção do
sistema escravocrata que
vigorava no Brasil
Colônia.
Estes homens ficaram historicamente conhecidos
como os responsáveis pela conquista de grande parte
do território brasileiro. Alguns chegaram até fora do
Brasil, em paises como a Bolívia e o Uruguai.
Guerra dos Emboabas
Por volta do final do século XVII, os paulistas que residiam na
capitania de São Vicente encontraram ouro no sertão. Este
fato fez com que muitos garimpeiros e portugueses fossem
para aquela região.
Pelo fato de terem sido os primeiros a descobrir, os paulistas
queriam ter mais direitos e benefícios sobre o ouro que
haviam encontrado, uma vez que este, estava nas terras em
que viviam.
Os forasteiros eram os chamados emboabas. Os emboabas
formaram suas próprias comunidades, dentro da região que já
era habitada pelos paulistas. Eles permaneciam
constantemente vigiando todos os passos dos paulistas. Os
paulistas eram chefiados pelo bandeirante Manuel de Borba
Gato; já o líder dos emboabas era o português Manuel Nunes
Viana.
Os emboabas limitaram os paulistas na região do Rio das Mortes
e seu o líder foi proclamado "governador".
A situação dos paulistas piorou ainda mais quando estes foram
atacados em Sabará. Após seu sucesso no ataque contra os
paulistas, Nunes Viana foi tido como o "supremo ditador das
Minas Gerais".
Inconformados com o tratamento que haviam recebido do
grupo liderado por Nunes Viana, os paulistas, desta vez sob
liderança de Amador Bueno da Veiga, formaram um exército
que tinha como objetivo vingar o massacre de Capão da
Traição. Esta nova batalha durou uma semana. Após este
confronto, foi criada a nova capitania de São Paulo, e, com
sua criação, a paz finalmente prevaleceu.
O bandeirante Borba Gato: líder dos
paulistas na Guerra dos Emboabas