caso-clinico sobre fobias ok

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LUPS
Caso-clínico
• IDENTIFICAÇÃO:
J., 50 anos, sexo masculino, cor branca, casado,
3º grau completo, ex-militar.
• QUEIXA PRINCIPAL:
“Tenho vergonha de falar em público”.
• HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL:
• Paciente relata que sempre teve dificuldade para relacionar-se
com outras pessoas por ser muito tímido.
• Informou que ao iniciar os estudos não conseguia ler em voz
alta em público, suava e gaguejava, suas mãos começavam a
tremer, e que, por causa disso, seus professores o protegiam,
não sendo chamado nessas situações.
• Posteriormente, quando ingressou numa força armada,
apresentou dificuldades com a rotina militar, em que várias
vezes tinha de comandar um grupo de pessoas. Disse que tinha
vontade de sumir do local e seu “coração batia mais rápido”,
mas, como necessitava do emprego, arrumou uma transferência
para um serviço burocrático.
• Com o nascimento de seu primeiro filho, observou a piora
dos sintomas, pois começou a ser exposto a novas
situações, como participar de festas ou reuniões no
colégio. Sua esposa aconselhou-o a procurar ajuda, mas ele
recusou, até que começou a prejudicar socialmente sua
família porque se recusava a fazer passeios, viajar nas
férias, ir a restaurantes, com vergonha de ser observado
em público.
• O paciente procurou um psiquiatra e relatou sentimento
de inferioridade e tristeza devido às suas limitações.
Apresentava insônia inicial, aumento do apetite e
diminuição da libido, o que gerava brigas conjugais.
• Conduta inicial: fluoxetina 20 mg/dia e clonazepam 2,5 mg/dia,
• Havendo melhora do padrão do sono após 1 semana. Após
5 semanas de tratamento houve melhora dos sintomas
fóbicos, conseguindo fazer programas como ir a
restaurantes com a família e conversar com pessoas
desconhecidas.
• HISTÓRIA FISIOLÓGICA:
Nascido de PN desejado, sem intercorrências durante a
gestação e pós-parto.
Nega atrasos no desenvolvimento psicomotor.
• HISTÓRIA PESSOAL:
Na infância e adolescência relata ter tido dificuldades
na sua vida social devido à diminuição da auto-estima
e da confiança.
Na fase adulta teve prejuízo profissional gerado pela
antecipação ansiosa das situações de desempenho.
• HISTÓRIA SOCIAL:
Reside em casa própria, que possui cinco cômodos,
com boas condições sanitárias.
• HISTÓRIA FAMILIAR:
Pai falecido por complicações de D.M.
Mãe viva, saudável.
Nega doenças psiquiátricas nos familiares
próximos.
• HÁBITOS:
Nega uso de substâncias ilícitas, bebidas alcoólicas
e tabaco.
Nega alergia medicamentosa.
Exame Psicopatológico
CONSCIÊNCIA: vígil, orientado auto e alopsiquicamente.
MEMÓRIA: preservada.
HUMOR: eutímico.
PRAGMATISMO: hipopragmático.
VONTADE: hipobúlico.
AFETO: preservado.
SENSOPERCEPÇÃO: sem alterações.
LINGUAGEM: sem alterações.
PENSAMENTO: curso sem alterações, idéias
sobrevalorizadas relacionadas ao medo de passar por
situações de exposição social.
JUÍZO CRÍTICO: preservado.
PSICOMOTRICIDADE: sem alterações.
Hipótese Diagnóstica?
Hipótese Diagnóstica?
Fobia Social Generalizada
Quais dados nos permitiram
chegar à essa HD?
HDA:
• Paciente relata que sempre teve dificuldade para relacionar-se com
outras pessoas por ser muito tímido.
• Informou que ao iniciar os estudos não conseguia ler em voz alta em
público, suava e gaguejava, suas mãos começavam a tremer, e que, por
causa disso, seus professores o protegiam, não sendo chamado nessas
situações.
• Posteriormente, quando ingressou numa força armada, apresentou
dificuldades com a rotina militar, em que várias vezes tinha de
comandar um grupo de pessoas. Disse que tinha vontade de sumir do
local e seu “coração batia mais rápido”, mas, como necessitava do
emprego, arrumou uma transferência para um serviço burocrático.
HDA:
• Paciente relata que sempre teve dificuldade
para relacionarse com outras pessoas por ser muito tímido.
• Informou que ao iniciar os estudos não conseguia ler em voz alta em público,
suava e gaguejava, suas mãos começavam a tremer, e que, por causa disso,
seus professores o protegiam, não sendo chamado nessas situações.
• Posteriormente, quando ingressou numa força armada, apresentou
dificuldades com a rotina militar, em que várias vezes tinha de comandar um
grupo de pessoas. Disse que tinha vontade de sumir do local e seu “coração
batia mais rápido”, mas, como necessitava do emprego, arrumou uma
transferência para um serviço burocrático.
HDA:
• Paciente relata que sempre teve dificuldade
para relacionarse com outras pessoas por ser muito tímido.
• Informou que ao iniciar os estudos não conseguia ler em voz
alta em público, suava e gaguejava, suas mãos começavam a tremer, e
que, por causa disso, seus professores o protegiam, não sendo chamado
nessas situações.
• Posteriormente, quando ingressou numa força armada, apresentou
dificuldades com a rotina militar, em que várias vezes tinha de comandar um
grupo de pessoas. Disse que tinha vontade de sumir do local e seu “coração
batia mais rápido”, mas, como necessitava do emprego, arrumou uma
transferência para um serviço burocrático.
HDA:
• Paciente relata que sempre teve dificuldade
para relacionarse com outras pessoas por ser muito tímido.
• Informou que ao iniciar os estudos não conseguia ler em voz
alta em público, suava e gaguejava, suas mãos
começavam a tremer, e que, por causa disso, seus professores o
protegiam, não sendo chamado nessas situações.
• Posteriormente, quando ingressou numa força armada, apresentou
dificuldades com a rotina militar, em que várias vezes tinha de comandar um
grupo de pessoas. Disse que tinha vontade de sumir do local e seu “coração
batia mais rápido”, mas, como necessitava do emprego, arrumou uma
transferência para um serviço burocrático.
HDA:
• Paciente relata que sempre teve dificuldade
para relacionarse com outras pessoas por ser muito tímido.
• Informou que ao iniciar os estudos não conseguia ler em voz
alta em público, suava e gaguejava, suas mãos
começavam a tremer, e que, por causa disso, seus professores o
protegiam, não sendo chamado nessas situações.
• Posteriormente, quando ingressou numa força armada, apresentou
dificuldades com a rotina militar, em que várias vezes tinha de comandar um
grupo de pessoas. Disse que tinha vontade de sumir do local
e seu “coração batia mais rápido”, mas, como necessitava do
emprego, arrumou uma transferência para um serviço burocrático.
• Com o nascimento de seu primeiro filho, observou a piora
dos sintomas, pois começou a ser exposto a novas
situações, como participar de festas ou reuniões no
colégio. Sua esposa aconselhou-o a procurar ajuda, mas ele
recusou, até que começou a prejudicar socialmente sua
família porque se recusava a fazer passeios, viajar nas
férias, ir a restaurantes, com vergonha de ser observado
em público.
• O paciente procurou um psiquiatra e relatou sentimento
de inferioridade e tristeza devido às suas limitações.
Apresentava insônia inicial, aumento do apetite e
diminuição da libido, o que gerava brigas conjugais.
• Conduta inicial: fluoxetina 20 mg/dia e clonazepam 2,5 mg/dia,
• Havendo melhora do padrão do sono após 1 semana. Após
5 semanas de tratamento houve melhora dos sintomas
fóbicos, conseguindo fazer programas como ir a
restaurantes com a família e conversar com pessoas
desconhecidas.
• Com o nascimento de seu primeiro filho, observou a piora dos
sintomas, pois começou a ser exposto a novas
situações, como participar de festas ou reuniões
no colégio. Sua esposa aconselhou-o a procurar ajuda, mas
ele recusou, até que começou a prejudicar
socialmente sua família porque se recusava a
fazer passeios, viajar nas férias, ir a
restaurantes, com vergonha de ser observado
em público.
• O paciente procurou um psiquiatra e relatou sentimento de
inferioridade e tristeza devido às suas limitações. Apresentava
insônia inicial, aumento do apetite e diminuição da libido, o
que gerava brigas conjugais.
• Havendo melhora do padrão do sono após 1 semana. Após 5
semanas de tratamento houve melhora dos sintomas fóbicos,
conseguindo fazer programas como ir a restaurantes com a
família e conversar com pessoas desconhecidas.
• Com o nascimento de seu primeiro filho, observou a piora dos
sintomas, pois começou a ser exposto a novas
situações, como participar de festas ou reuniões
no colégio. Sua esposa aconselhou-o a procurar ajuda, mas
ele recusou, até que começou a prejudicar
socialmente sua família porque se recusava a
fazer passeios, viajar nas férias, ir a
restaurantes, com vergonha de ser observado
em público.
• O paciente procurou um psiquiatra e relatou sentimento
de inferioridade e tristeza devido às suas
limitações. Apresentava insônia inicial, aumento do apetite
e diminuição da libido, o que gerava brigas conjugais.
• Havendo melhora do padrão do sono após 1 semana. Após 5
semanas de tratamento houve melhora dos sintomas fóbicos,
conseguindo fazer programas como ir a restaurantes com a
família e conversar com pessoas desconhecidas.
• Com o nascimento de seu primeiro filho, observou a piora dos
sintomas, pois começou a ser exposto a novas
situações, como participar de festas ou reuniões
no colégio. Sua esposa aconselhou-o a procurar ajuda, mas
ele recusou, até que começou a prejudicar
socialmente sua família porque se recusava a
fazer passeios, viajar nas férias, ir a
restaurantes, com vergonha de ser observado
em público.
• O paciente procurou um psiquiatra e relatou sentimento
de inferioridade e tristeza devido às suas
limitações. Apresentava insônia inicial, aumento do
apetite e diminuição da libido, o que gerava brigas
conjugais.
• Havendo melhora do padrão do sono após 1 semana. Após 5
semanas de tratamento houve melhora dos sintomas fóbicos,
conseguindo fazer programas como ir a restaurantes com a
família e conversar com pessoas desconhecidas.
• HISTÓRIA FISIOLÓGICA:
Nascido de PN desejado, sem intercorrências durante a
gestação e pós-parto.
Nega atrasos no desenvolvimento psicomotor.
• HISTÓRIA PESSOAL:
Na infância e adolescência relata ter tido dificuldades
na sua vida social devido à diminuição da auto-estima
e da confiança.
Na fase adulta teve prejuízo profissional gerado pela
antecipação ansiosa das situações de desempenho.
• HISTÓRIA FISIOLÓGICA:
Nascido de PN desejado, sem intercorrências durante a
gestação e pós-parto.
Nega atrasos no desenvolvimento psicomotor.
• HISTÓRIA PESSOAL:
Na infância e adolescência relata ter tido
dificuldades na sua vida social devido à
diminuição da auto-estima e da confiança.
Na fase adulta teve prejuízo profissional gerado pela
antecipação ansiosa das situações de desempenho.
Critérios Diagnósticos
Tratamento
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Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS)
Inibidores da monoaminoxidase (IMAOs)
Antidepressivos tricíclicos
Benzodiazepínicos
Venlafaxina
B-bloqueadores
Tratamento Caso-clínico
Escolhida a fluoxetina devido à comprovada
eficácia para o tratamento farmacológico da
fobia social.
Não houve prescrição de tricíclicos porque o
paciente apresentava sintomas somáticos e
poderia haver aumento dos tremores e sudorese.
Diagnósticos Diferenciais
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Transtorno de ansiedade generalizada (TAG)
Transtorno de despersonalização
Esquizofrenia
Transtorno de personalidade esquizóide
Depressão
Referência Bibliográfica:
• SILVEIRA, D.G. FOBIA SOCIAL:CLÍNICA E
TRATAMENTO, A R Q . B R A S I L E I R O S D E P S I Q U I AT
RIA,NEUROLOGIAEMEDICINALEGAL—VOL99Nº0
2;ABR/MAI/JUN2005