HAS_TELECARDIO_12_06_07

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HIPERTENSÃO ARTERIAL
SISTÊMICA.
Dr. Gláucio Galeno
Hipertensão Arterial:
Histórico
1773- Stephen Hales: 1ª medida intra-arterial
Hipertensão Arterial
Conceito
____________________________
É a elevação da PAS (sistólica, diastólica ou
ambas) acima dos valores médios
determinados por estudos populacionais
e estudos de sobrevida.
Hipertensão Arterial
Conceito
____________________________
Pressão Arterial =
Débito cardíaco
X
Resistência Periférica
Dados Mundiais:
Mortes em 2000 atribuíveis a fatores
de risco selecionados
Hipertensão
Tabagismo
Colesterol elevado
Baixo Peso
Sexo não-seguro
Baixo consumo de vegetais
Obesidade
Sedentarismo
Alcoolismo
Água imprópria
Fumaça de combustível sólido
Deficiência de ferro
Poluição urbana do ar
Deficiência de zinco
Deficiência de vitamina A
Injeções não-seguras no cuidado à saúde
Fatores de risco ocupacionais
0
Fonte: www.sbh.org.br
Portal da Hipertensão
1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000
Número de mortes (000s)
WHO - 2002
Introdução:
• Um em cada quatro americanos adultos tem HAS;
• A prevalência é maior entre negros e idosos;
• A pressão sistólica é preditora de eventos CV; (mais que a
pressão diastólica);
• Relação direta entre estágio da hipertensão e doenças
cardiovasculares;
• O estágio e o tempo de evolução da hipertensão e
aparecimento de doenças cardiovasculares;
Introdução:
• A hipertensão sistólica isolada, mais comum nos
idosos é particularmente danosa;
• No entanto, apenas 54% dos pacientes recebem
tratamento;
• E, apenas, 28% tem controle adequado da
hipertensão;
• O tratamento da HAS reduz o risco de AVE, ICC,
DAC.
Hipertensão arterial sistêmica
Avaliação:
•
Medidas precisas da PA e aferições múltiplas em ocasiões
diferentes são importantes para o diagnóstico;
•
A monitorização da PA no lar ou ambulatorialmente pode identificar
a hipertensão do jaleco branco e prevenir tratamento
desnecessário;
•
Hipertensão do jaleco branco está presente em até 20% dos
hipertensos;
•
História clínica detalhada, exame físico, testes laboratoriais:
urinálise, hemograma, bioquímica do sangue (k, na, Glicose, uréia,
creatinina, colesterol), ECG;
Indíce de Hipertensão Secundária
•
Índice da hipertensão antes dos 30 ou após os
50 anos
•
Hipertensão arterial grave (estágio 3) e/oun
resistente à terapia
•
Tríade de feocromocitoma: palpitações,
sudorese e cefaléia em crises
•
Uso de fármacos e drogas possam elevar o PA
Indíce de Hipertensão Secundária
•
Fáceis ou biótipo de doença que cursa com
hipertensão; doença renal, hipertiroidismo, acromegalia,
síndrome de “Cushing”
•
Presença de massas e sopros abdominais
•
Assimetria de pulsos femorais
Indíce de Hipertensão Secundária
•
Aumento de creatinina sérica
•
Hipopotassemia espontânea (<3,0 mEq/l)
•
Exame de urina anormal (proteinúria ou
hematúria)
Hipertensão Arterial
Etiopatogenia
1. Ingesta excessiva de sódio : aumenta volemia
2. Estresse: aumenta atividade simpática
3. Obesidade: hiperinsulinemia
4. Genética: retenção de sódio; diminuição filtração renal; alteração
membrana celular.
5. Fatores derivados do endotélio: endotelina
Hipertensão Arterial
Etiopatogenia
Hipertensão primária ou essencial:
Responsável por em torno de 90% dos casos
de hipertensão arterial sistêmica.
Hipertensão Arterial
Etiopatogenia
1. Endócrina
- Supra renal:
Córtex - S. Cushing
Hiperaldosteronismo primário
Hiperplasia congênita
Medula - Feocromocitoma
- Acromegalia
- Hipo/Hipertireoidismo
- Hiperparatireoidismo (hipercalcemia)
- Exógena:
Anticoncepcionais, corticóides e
simpatomiméticos
Hipertensão Arterial
Etiopatogenia
•
2. Renal
Parênquima: GNA, nefrite crônica, rim policístico, nefropatia
diabética, hidronefrose e colagenoses
Doença renovascular
Tumores produtores de renina
•
3. Coarctação da aorta
•
4. Neurogênica
Psicogênica
Hipertensão intracraniana.
•
5. Policitemia
•
6. Eclampsia
Hipertensão arterial como
Fator de risco:
•
•
•
•
•
•
Acidente vascular cerebral;
Infarto do miocárdio;
Insuficiência renal;
Insuficiência cardíaca;
Progressão de aterosclerose; e
Demência.
Hipertensão Arterial
Aferição
Tratamento:
• Objetivo principal: prevenir doenças
cardiovasculares e reduzir mortalidade;
• Se coexiste fator de risco cardiovascular
maior o risco aumenta. Tratamento mais
agressivo;
• O benefício do tratamento ocorre em
todos os estágios da hipertensão;
• Redução na PAS de 10 a 12 mmHg e 5 a 6
mmHg na PAD, reduz o risco de AVE em
40%.
Estratificação do Risco individual do paciente
hipertenso
Pressão Arterial
FR*
Normal
Alta
Sem Fator de Risco
Sem Risco
Adicional
1 a 2 Fatores de Risco
HAS
Estágio I
HAS
HAS
Estágio II Estágio III
Risco Baixo
Adicional
Risco Médio
Adicional
Risco Baixo Risco Médio
Adicional
Adicional
Risco Médio
Adicional
> 2 FR ou Lesão de
Órgão Alvo
Risco Alto
Adicional
Risco Alto
Adicional
Doença Cardiovascular
Risco Muito
Alto
Adicional
Risco Muito
Alto
Adicional
Risco Alto
Adicional
Risco
Muito Alto
Adicional
Risco Alto Risco Muito
Alto
Adicional
Adicional
Risco Muito
Risco
Alto
Muito Alto
Adicional
Adicional
*Tabagismo; • Dislipidemias; • Diabetes Melito;
• Idade acima de 60 anos.
• História familiar de doença cardiovascular em: - Homens com menos de 55 anos;
– Mulheres com menos de 65 anos;
Guideline 2003 - ESH/ESC
Abordagem terapêutica:
Decisão terapêutica segundo os valores de pressão e a classificação do risco individual
dos pacientes em função da presença de fatores de risco e de lesão em órgãos-alvo
RISCO A
Normal – limítrofe
RISCO B
RISCO C
Ausência de fatores Presença de fatores
de risco e lesão em
de risco não
órgão-alvo.
incluindo DM. Sem
lesão em órgãoalvo.
Presença de lesão
em órgão-alvo e/ou
doença
cardiovascular
clinicamente
identificável
MEV
MEV
MEV*
MEV (Até 12 meses)
MEV **(Até 6 meses) MEV + TM
MEV + TM
MEV + TM
MEV + TM
TM
TM
TM
(130-139 / 85-89)
Estágio 1
(140-159 / 90-99)
Estágio 2 e 3
(>160 > 100
)
MEV: Mudança no estilo de vida.
TM: Tratamento medicamentoso.
* TM, se insuficiência cardíaca, insuficiência renal crônica ou diabetes. ** TM, se
múltiplos fatores de risco.
Tratamento na Hipertensão arterial sistêmica.
Drogas anti-hipertensivas: indicações, contra-indicações e efeitos colaterais.
Classe de drogas
Efeitos Colaterais
Indicações
Contra-indicações
Diuréticos
ICC, idosos, hipertensão
sistólica.
Gota
Hipocalemia, hiperuricemia, intolerância a
glicose, hiperlipidemia, hiponatremia,
impotência (tiazídicos).
B-bloqueadores
Angina, ICC, IM,
taquiarritmias,
cefaléia.
Asma, DPOC,
bloqueios
cardíacos.
Broncoespasmo, bradicardia, IC, insuf.
Circulatória periférica, fadiga,
insônia, diminui a tolerância ao
exercício. Hipertrigliceridemia.
IECA
ICC, disfunção VE, IM,
Diabetes,
proteinúria.
Gravidez, estenose
artéria renal
bilateral,
hipercalemia.
Tosse, angioedema, hipercalemia, rash
cutâneo, perda do paladar, leucopenia.
Ant. Cálcio
Idosos, hipertensão
sistólica,
hipertensão
induzida por
ciclosporina
Hipotensão
ortostática
Cefaléia, rubor, hiperplasia gengival,
edema, Antagonistas dos canais cálcio
de curta ação podem precipitar
isquemia coronariana.
α- bloqueadores
Hipertrofia prostática
benigna
Hipotensão
ortostática.
Cefaléia, Sonolência, fadiga, fraqueza,
hipotensão postural.
BRAs
Tosse com IECA,
diabetes,
Proteinúria, ICC
Gravidez, estenose
artéria renal
bilateral,
hipercalemia.
Angioedema (raro), Hipercalemia
Até a próxima.
Próxima aula: dia 27/06
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
Dr. Geraldo Nasser.