Transcript hipertensão arterial crônica e gravidez
FACULDADE DE MEDICINA DE S. J. DO RIO PRETO DEPARTAMENTO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA DISCIPLINA DE OBSTETRÍCIA
FUNFARME/FAMERP
HIPERTENSÃO ARTERIAL (AGUDA/CRÔNICA) E GRAVIDEZ
HIPERTENSÃO ARTERIAL AGUDA E GRAVIDEZ
HIPERTENSÃO ARTERIAL AGUDA E GRAVIDEZ
HIPERTENSÃO ARTERIAL AGUDA DEFINIÇÃO - AUMENTO ABRUPTO NOS NÍVEIS PRESSÓRICOS BASAIS, INDEPENDENTEMENTE DOS VALORES ABSOLUTOS.
REZENDE, 1998; FEBRASGO, 2000; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000; NEME, 2000
HIPERTENSÃO ARTERIAL AGUDA E GRAVIDEZ
CRISE HIPERTENSIVA DEFINIÇÕES
- CRISE HIPERTENSIVA
PA diastólica
110 mmHg
- URGÊNCIA HIPERTENSIVA
ausência de sintomas clínicos
- EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
presença de sintomas clínicos
- PREJUDICIAL À PACIENTE, PODENDO OCASIONAR:
- Insuf. Cardíaca Congestiva - Encefalopatia Hipertensiva - Hemorragia Intracraniana
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HIPERTENSÃO ARTERIAL AGUDA E GRAVIDEZ
CRISE HIPERTENSIVA EVOLUÇÃO MANTER-SE COMO URGÊNCIA HIPERTENSIVA INICAR-SE E/OU EVOULUIR PARA EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA AUSÊNCIA DE COMPROMETIMENTO DE ÓRGÃOS-ALVO O CONTROLE PRESSÓRICO DEVE SER RÁPIDO, EM ATÉ 1 HORA PERMITE O CONTROLE PRESSÓRICO EM ATÉ 24 HORAS
REZENDE, 1998; FEBRASGO, 2000; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000; NEME, 2000
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CRISE HIPERTENSIVA CONDUTA DEVIDO À IMPOSSIBILIDADE DE PREVISÃO NA EVOLUÇÃO DO QUADRO, DEVE SER REALIZADO: OBSERVAÇÃO DA GESTANTE POR 12 HORAS: AMBIENTE TRANQÜILO + TERAPIA ANTI-HIPERTENSIVA AGUDA
IDEAL
INTERNAÇÃO
REZENDE, 1998; FEBRASGO, 2000; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000; NEME, 2000
CONTROLES: SINAIS VITAIS MATERNO + VITABILIDADE FETAL
HIPERTENSÃO ARTERIAL AGUDA E GRAVIDEZ
CRISE HIPERTENSIVA TERAPIA ANTI-HIPERTENSIVA AGUDA - OBJETIVO: REDUZIR RAPIDAMENTE A PA, DE MANEIRA CONTROLADA, PARA NÃO PRODUZIR REDUÇÃO DO DÉBITO CARDÍACO E CONSEQÜENTE:
INSUF. CORONÁRIA / RENAL / CEREBRAL / PLACENTÁRIA
QUEDA EM TORNO DE 20% DO NÍVEL INICIAL (MANTER A PA DIASTÓLICA ENTRE 90 e 100 mmHg) REZENDE, 1998; FEBRASGO, 2000; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000; NEME, 2000
HIPERTENSÃO ARTERIAL AGUDA E GRAVIDEZ
CRISE HIPERTENSIVA TERAPIA ANTI-HIPERTENSIVA
1. PRIMEIRA ESCOLHA:
HIDRALAZINA
NIFEDIPINA 2. SEGUNDA ESCOLHA OU NA HIPERTENSÃO REFRATÁRIA:
DIAZÓXIDO
NITROPRUSSIATO DE SÓDIO REZENDE, 1998; FEBRASGO, 2000; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000; NEME, 2000
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TERAPIA ANTI-HIPERTENSIVA HIPERTENSÃO ARTERIAL AGUDA (PA
160 x 110 mmHg) HIDRALAZINA: 5mg EV Repetir 5 - 10 mg cada 20 min. até 40 mg
NÃO MELHORA
NIFEDIPINA: 5 a 10 mg VO Repetir 10 mg cada 30 min. até 30 mg
NÃO MELHORA
NITROPRUSSIATO DE SÓDIO: 0,25 mg/Kg/min CUIDADOS ESPECIAIS
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TERAPIA ANTI-HIPERTENSIVA HIDRALAZINA - Relaxamento da musculatura arterial lisa - POSOLOGIA:
1 AMPOLA = 20 mg
1 ampola + 10 ml solução salina
Dose inicial
5 mg (2,5 ml) EV - Observar por 20 minutos, não obtido controle da PA (queda de 20% dos níveis inciais ou PAD entre 90 e 100 mmHg), administrar de 5 a 10 mg a cada 20 minutos, num total de 40 mg
Ausência de resposta
HIPERTENSÃO REFRATÁRIA - Duração efeito hipotensor
2 a 6 horas - Efeitos Colaterais
rubor facial, cefaléia e taquicardia
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TERAPIA ANTI-HIPERTENSIVA NIFEDIPINA - Bloqueador canal de cálcio
relaxamento da musculatura arterial lisa POSOLOGIA:
1 cápsula = 10 mg
VIA ORAL
Dose inicial
5 a 10 mg, pode ser repetida a cada 30 minutos até um total de 30 mg - Início de ação
10 a 30 minutos - Duração efeito hipotensor
3 a 5 horas - Efeitos Colaterais
rubor facial, cefaléia e taquicardia
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TERAPIA ANTI-HIPERTENSIVA NIFEDIPINA - SUBLINGUAL
fetais pode ocasionar hipotensão severa, com riscos materno - Não utilizar em associação com o sulfato de magnésio (ambos inibem os canais de cálcio) pela exacerbação dos efeitos colaterais do magnésio (parada respiratória e cardíaca)
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TERAPIA ANTI-HIPERTENSIVA NITROPRUSSIATO DE SÓDIO - Somente utilizado quando a hipertensão for refratária a outros fármacos - POSOLOGIA:
1 ampola = 50 mg
0,25 mg/Kg/minuto - EV (bomba de infusão)
Aumento de 0,25 mg/Kg/minuto - a cada 30 minutos - Duração efeito hipotensor
4 a 12 horas - Tempo de uso limitado pela toxicidade fetal pelo cianeto
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TERAPIA ANTI-HIPERTENSIVA DIAZÓXIDO - Benzotiazida, sem efeito diurético, atua no capilar arteriolar - POSOLOGIA:
1 ampola - 20 ml = 300 mg
30 a 60 mg em minibolus - EV, repetir em 5 minutos s/n - Pico de ação
2 a 3 minutos - Duração efeito hipotensor
4 a 12 horas - Efeitos Colaterais
arritmia cardíaca, palpitação, cefaléia e hiperglicemia - Pode ocasionar sofrimento fetal
queda abrupta da PA
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TERAPIA ANTI-HIPERTENSIVA FUROSEMIDE: - Não tem sido usado na hipertensão aguda - Indicado: insuficiência renal aguda ou em associação com edema pulmonar ALFA-METILDOPA E BETA-BLOQUEADORES: - Utilizados no tratamento de manutenção (início de ação > 4 a 6 horas) INIBIDORES DA ECA (captopril, enalapril, etc): - Proscritos
associados com morte fetal intra-útero e malformações fetais
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HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA E GRAVIDEZ
HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA E GRAVIDEZ
HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA INTRODUÇÃO
DOENÇA HIPERTENSIVA VASCULAR CRÔNICA CICLO GESTATÓRIO
Lesões Vasculares Progressivas Lesões Funcionais Do Coração Sobrecarga do Aparelho Circulatório
CADA GESTAÇÃO CONTRIBUI PARA DETERIORAÇÃO ORGÂNICA DA HIPERTENSA CRÔNICA REZENDE, 1998; FEBRASGO, 2000; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000; NEME, 2000
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HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA DEFINIÇÃO - PRESENÇA DE PA
140 x 90 mmHg, DIAGNOSTICADA ANTES DA 20 GESTAÇÃO OU PREVIAMENTE À GESTAÇÃO.
a SEMANA DE
DIAGNOSTICO APÓS A 20 a SEMANA:
diferenciar de DHEG
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HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA CLASSIFICAÇÃO LEVE: - Pressão arterial
< 160 x 110 mmHg - Área Cardíaca / ECG / Fundo de Olho / Função Renal
NORMAIS MODERADA: - PA
160 x 110 mmHg - Aumento da área cardíaca/ECG com evidências de hipertrofia de VE - Cefaléia, palpitação, escotomas e naúseas - Função renal
alterada MALIGNA: - PA
fora do controle com sinais de insuf. cardíaca, angina ou encefalopatia hipertensiva - Função renal deteriorada com proteinúria - Fundo de olho
edema de papila e/ou hemorragia - Cefaléia, palpitação, escotomas e naúsea
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HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA DIAGNÓSTICO - CLÍNICO (elevação dos níveis tensionais) - Diferenciar
HIPERTENSÃO CRÔNICA
(etiologia também) da
DHEG
, ou se estão
SUPERAJUNTADAS REZENDE, 1998; FEBRASGO, 2000; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000; NEME, 2000
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HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA COMPLICAÇÕES MATERNAS - Aumento da morbidade e mortalidade materna e perinatal - Superposição de DHEG - Acidente vascular cerebral - Descolamento prematuro de placenta - Edema agudo de pulmão
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HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA COMPLICAÇÕES FETAIS HIPERTENSÃO
VASOCONSTRICÇÃO
FLUXO ÚTERO-PLACENTÁRIO - RCIU - HIPÓXIA FETAL - ÓBITO FETAL
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HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA CONDUTA - AMBULATORIAL (ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL) - HOSPITALAR - OBSTÉTRICA
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CONDUTA AMBULATORIAL - PRÉ-NATAL - Dieta normossódica (evitar excesso de sal) - Repouso - Decúbito lateral esquerdo 2 horas/dia (melhorar fluxo placentário) - Correção dos desvios nutricionais (obesidade e desnutrição) - Acompanhamento psicológico, evitar estresse - Tentar abolir: tabagismo, alcoolismo e drogas ilícitas - Decúbito lateral esquerdo 2 horas/dia (melhorar fluxo placentário) - RETORNO: - Quinzenal - Semanal
2 últimos meses - 2 X SEMANA
DEPENDENDO DA GRAVIDADE DO CASO
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CONDUTA AMBULATORIAL - PRÉ-NATAL AVALIAÇÃO DA VITALIDADE MATERNA - HEMOGRAMA COM PLAQUETAS - ELETRÓLITOS - URÉIA/CREATININA - TRANSAMINASES (TGO, TGP) - ÁCIDO ÚRICO - PROTEÍNAS TOTAIS E FRAÇÕES - PROTEINÚRIA DE 24 HORAS - PESQUISA DE ANTICORPOS ANTIFOSFOLÍPIDES (história de trombose e/ou perdas fetais sucessivas)
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- BILIRRUBINAS TOTAIS E FRAÇÕES - DHL - ELETROCARDIOGRAMA - RX DE TÓRAX - ECOCARDIOGRAMA (ALT. NO ECG) - PESQUISA DE COLAGENOSES - URINA TIPO I E UROCULTURA - FUNDO DE OLHO
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CONDUTA AMBULATORIAL - PRÉ-NATAL AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL - REGISTRO DIÁRIO DA MOVIMENTAÇÃO FETAL (RDMF) - CARDIOTOCOGRAFIA - ULTRASSOM (BIOMETRIA FETAL/ILA/PERFIL BIOFÍSICO FETAL) - DOPPLER - AMNIOCENTESE (MATURIDADE PULMONAR)
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CONDUTA AMBULATORIAL - PRÉ-NATAL AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL - CARDIOTOCOGRAFIA:
A partir da 28 a semana
Dependendo da gravidade semanal
diário ou 48 horas - ULTRASSOM:
A partir da 28 a semana
seriado para verificar crescimento fetal e índice de líquido amniótico, podendo ser semanal ou quinzenal (gravidade do caso) - DOPPLER:
A partir da 24 a semana uterina)
quinzenal (presença de incisura na artéria - PERFIL BIOFÍSICO FETAL:
Semanal
28 a semana
Gravidade do caso (24/48 horas)
protocolo de alto risco
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CONDUTA AMBULATORIAL - PRÉ-NATAL ANTI- HIPERTENSIVO DROGAS ALFA-METILDOPA PINDOLOL HIDRALAZINA NIFEDIPINA DOSAGEM DIÁRIA MÍNIMA MÁXIMA 750 mg 10 mg 50 mg 20 mg 2,0 g 30,0 g 200 mg 60 mg
Iniciar o uso quando a PA for
100 mmHg
Proscrito: hipotensor do tipo ECA
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CONDUTA AMBULATORIAL - PRÉ-NATAL HIPERTENSÃO ARTERIAL LEVE (PA DIASTÓLICA < 100 mmHg) AVALIAÇÃO MATERNA E FETAL MANTIDAS DETERIORADAS E/OU AGRAVADAS REAVALIAÇÃO 15/15 DIAS PARTO DE TERMO ESPONTÂNEO - Não ultrapassar 40 semanas - Via de Parto: indicação obstétrica
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CONDUTA HIPERTENSÃO ARTERIAL GRAVE
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INTERNAÇÃO HIPERTENSÃO ARTERIAL GRAVE (PA DIASTÓLICA
100 mmHg) - DIETA - REPOUSO - ANTI-HIPERTENSIVO - SEDAÇÃO (?) AVALIAÇÃO MATERNA E FETAL MANTIDAS AVALIAÇÃO: VITALIDADE FETAL: 2 - 3 /SEMANA VITALIDADE MATERNA: SEMANAL AGRAVADAS ANTECIPAÇÃO DO PARTO AGRAVADAS ANTECIPAÇÃO DO PARTO
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CONDUTA OBSTÉTRICA
- INTERRUPÇÃO DA GESTAÇÃO:
alcançada a maturidade pulmonar e/ou risco de vida materno-fetal - CASOS LEVES:
Parto normal (se necessário, induzir) - CASOS GRAVES E LONGE DO TERMO:
Preferencialmente, via abdominal
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FIM