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DANIELA GOBBO DONADON GAZOLI
FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA PROFESSORES
DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) E
CONTABILIDADE – SALTO / SP - 2012
“ESTÁ LÁ NO HORIZONTE.
ME APROXIMO DOIS PASSOS, ELA SE AFASTA DOIS PASSOS.
CAMINHO DEZ PASSOS E O HORIZONTE CORRE DEZ PASSOS.
POR MAIS QUE EU CAMINHE, JAMAIS ALCANÇAREI.
AFINAL, PARA QUE SERVE A UTOPIA?
SERVE PARA ISSO, PARA CAMINHAR..."
EDUARDO GALEANO
COMO ME ENVOLVI COM O TEMA...
“SEMPRE TIVE, ERA MEU SONHO ERA APRENDER A LER,
AGORA POSSO VIVER ESSE SONHO...” (2008)
“AH,
A ESTUDAR, ERA ISSO.
É TUDO, EU QUERO COMPLETUDE, EU QUERO COISAS QUE NÃO TIVE
QUANDO EU ERA CRIANÇA, AGORA DEPOIS DE AVÓ EU QUERO FAZER!”
“ANTES,
NO MUNDO, EU ERA IGUAL CEGO.
ENXERGO.”
AGORA
(2008)
QUE EU LEIO, EU
(2008)
“AH, EU QUERO APRENDER A LER PRA MINHA
MIM, MEU IRMÃO, MINHA PROFESSORA.” (2008)
MÃE FICAR ORGULHOSA DE
“QUANDO EU ESCREVI MEU NOME, FOI O DIA MAIS FELIZ DA MINHA VIDA.
NUNCA VOU ESQUECER DO ANJO QUE ME ENSINOU A ESCREVER” (2008)
- PRIMEIRA PARTE:
- APRESENTAÇÃO DA CONCEPÇÃO TEÓRICA
- HISTÓRICO DA QUESTÃO DA AFETIVIDADE
- AUTORES BASE PARA A CONSTRUÇÃO DA TEORIA
- PESQUISAS ATUAIS NA ÁREA
- AS CINCO DECISÕES DE ENSINO E SUAS MARCAS AFETIVAS
-SEGUNDA PARTE:
- PORQUE PENSAR AFETIVIDADE NA EJA
- REFLETINDO SOBRE MARCAS AFETIVAS NOS ALUNOS DA EJA
- ALGUNS DADOS DE PESQUISA: PRÁTICAS DE SUCESSO NA EJA
- DEBATE – PERGUNTAS E COMENTÁRIOS DOS PROFESSORES
-É
RECENTE A COMPREENSÃO DA IMPORTÂNCIA DA DIMENSÃO AFETIVA NO
PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM.
-OPOSIÇÃO ENTRE O CONHECIMENTO INTELIGÍVEL E O CONHECIMENTO SENSÍVEL.
- EXISTE
UM SECULAR PREDOMÍNIO DA CHAMADA CONCEPÇÃO DUALISTA NO
PENSAMENTO OCIDENTAL.
-CONCEPÇÃO FORTALECIDA PELO PENSAMENTO CARTESIANO, TENDO O SEU ÁPICE
NO FINAL DO SÉCULO XIX, COM O POSITIVISMO DE AUGUSTO COMTE, QUE
RATIFICA A SUPREMACIA DA RAZÃO NA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO.
- CONCEPÇÃO DUALISTA:
RAZÃO X EMOÇÃO
- A CONCEPÇÃO DUALISTA TEM SIDO CONTESTADA DESDE O SÉCULO XVII, COM O
FILÓSOFO ESPINOSA.
- CONCEPÇÃO MONISTA:
RAZÃO
- ESPINOSA
+
EMOÇÃO
(CORPO) E MENTE SÃO MANIFESTAÇÕES
DIFERENTES DE UMA SUBSTÂNCIA ÚNICA. CORPO E ALMA ESTÃO SOB AS MESMAS
LEIS E SOB OS MESMOS PRINCÍPIOS, EXPRESSOS DIFERENCIALMENTE.
DEFENDE QUE MATÉRIA
“a relação originária da alma com o corpo e de ambos
com o mundo é a relação afetiva” (Marilena Chauí)
“PENSO, LOGO EXISTO.”
“EXISTO E SINTO,
LOGO PENSO.”
-
MAS
SOMENTE COM O ADVENTO DE TEORIAS FILOSÓFICAS, SOCIOLÓGICAS E
PSICOLÓGICAS CENTRADAS NOS DETERMINANTES CULTURAIS É QUE SE
CRIARAM AS CONDIÇÕES PARA O FORTALECIMENTO DA CONCEPÇÃO MONISTA.
-
NA ÁREA DA PSICOLOGIA,
HÁ DOIS AUTORES CUJAS IDEIAS FUNDAMENTAM A
MAIORIA DAS PESQUISAS SOBRE O TEMA:
L. S. VYGOTSKY E H. WALLON.
-
AMBOS ASSUMEM O CARÁTER SOCIAL DA AFETIVIDADE.
-
ENTENDEM
QUE AS MANIFESTAÇÕES EMOCIONAIS, INICIALMENTE ORGÂNICAS,
VÃO GANHANDO COMPLEXIDADE DURANTE O DESENVOLVIMENTO, PASSANDO A
ATUAR NO UNIVERSO SIMBÓLICO.
-
CONSIDERAM
A RELAÇÃO ENTRE AFETIVIDADE E INTELIGÊNCIA ESSENCIAL
PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO.
-
DEFENDEM QUE AS DIMENSÕES AFETIVA E COGNITIVA SÃO INDISSOCIÁVEIS.
SUJEITO
OBJETO
AGENTES CULTURAIS
- PARA WALLON, EMOÇÃO E AFETIVIDADE SÃO CONCEITOS DIFERENCIADOS.
- A EMOÇÃO É O
(RECÉM-NASCIDO)
VÍNCULO INICIAL QUE SE ESTABELECE ENTRE O SUJEITO
E
AS
PESSOAS
DO
AMBIENTE,
CONSTITUINDO
AS
MANIFESTAÇÕES INICIAIS DE ESTADOS SUBJETIVOS, COM COMPONENTES
ORGÂNICOS.
- A AFETIVIDADE
É UMA DIMENSÃO MAIS COMPLEXA, QUE DESENVOLVE-SE À
MEDIDA QUE O INDIVÍDUO APROPRIA-SE DOS PROCESSOS SIMBÓLICOS DA
CULTURA.
- PODE-SE DIZER QUE AS EMOÇÕES VÃO SE TORNANDO MAIS COMPLEXAS E SE
COGNITIVIZANDO PARA CONSTITUIR A DIMENSÃO AFETIVA NO INDIVÍDUO.
- VYGOTSKY
EXPLICA QUE O HOMEM NASCE COM AS FUNÇÕES
ELEMENTARES, DE NATUREZA FILOGENÉTICA, AS QUAIS, ATRAVÉS
DA INSERÇÃO DO INDIVÍDUO NA CULTURA, VÃO SE CONSTITUIR
NAS CHAMADAS FUNÇÕES SUPERIORES, QUE CARACTERIZAM O
SER HUMANO.
- PARA ELE, AS EMOÇÕES DESLOCAM-SE DO PLANO INDIVIDUAL E
BIOLÓGICO, PARA UM PLANO SUPERIOR E SIMBÓLICO, DE
SIGNIFICAÇÕES E SENTIDOS, CONSTITUÍDOS NA/PELA CULTURA.
-
WALLON E VYGOTSKY:
-
ASSUMEM UMA CONCEPÇÃO DESENVOLVIMENTISTA
MANIFESTAÇÕES DA AFETIVIDADE
-
ASSUMEM O CARÁTER SOCIAL DA AFETIVIDADE
SOBRE
AS
- NESTE SENTIDO, PODE-SE SUPOR QUE O TIPO DE RELAÇÃO AFETIVA
QUE SE ESTABELECERÁ ENTRE O SUJEITO E OS OBJETOS CULTURAIS
DEPENDERÁ,
CONCRETAMENTE,
DA HISTÓRIA DE
MEDIAÇÃO
VIVENCIADA PELO SUJEITO COM O RESPECTIVO OBJETO - HISTÓRIA QUE,
EM GRANDE PARTE, É DETERMINADA PELA PRESENÇA DO OUTRO NAS
RELAÇÕES SOCIAIS.

PESQUISAS DO “GRUPO DO AFETO”, INSERIDO NO
ALLE (ALFABETIZAÇÃO, LEITURA E ESCRITA),
EDUCAÇÃO/UNICAMP.
GRUPO DE PESQUISA
DA
FACULDADE
DE
TASSONI, 2000; GROTTA, 2000; SILVA, 2001; LEITE E TASSONI, 2002;
COLOMBO, 2002; TAGLIAFERRO, 2003; FALCIN, 2003, COELHO, 2005;
KAGER, 2005; BARROS, 2005; LEITE, 2006; HIGA, 2007; DONADON, 2009.
“(...) é possível afirmar que a afetividade está presente em todos
os momentos ou etapas do trabalho pedagógico desenvolvido
pelo professor, o que extrapola a sua relação tête-à-tête com o
aluno” (Leite ,2006).

A
QUALIDADE DA RELAÇÃO QUE SE ESTABELECE ENTRE
SUJEITO E OBJETO É, TAMBÉM, DE NATUREZA AFETIVA E ESTÁ
INTIMAMENTE RELACIONADA À QUALIDADE DA HISTÓRIA DE
MEDIAÇÕES VIVENCIADAS PELO SUJEITO EM RELAÇÃO A ESTE
OBJETO, NO SEU AMBIENTE CULTURAL, DURANTE SUA
HISTÓRIA DE VIDA, EM ESPECIAL A ESCOLAR.
"A prática educativa é tudo isso, afetividade, alegria,
capacidade científica e domínio técnico a serviço da
mudança ou, lamentavelmente, da permanência do hoje.”
(Paulo Freire )
AS CINCO DECISÕES DE ENSINO
- “A AFETIVIDADE,
ALÉM DE ESTAR PRESENTE NAS RELAÇÕES
QUE SE ESTABELECEM ENTRE O PROFESSOR E OS ALUNOS,
MANIFESTA-SE
TAMBÉM
NAS
DECISÕES
PEDAGÓGICAS
ASSUMIDAS PELO DOCENTE.” (LEITE , 2006)





ESCOLHA DOS OBJETIVOS DE ENSINO
DECISÃO SOBRE O INÍCIO DO ENSINO
SELEÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS
ESCOLHA DOS PROCEDIMENTOS DE ENSINO
ESCOLHA DOS PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO
AS CINCO DECISÕES DE ENSINO
1- ESCOLHA DOS OBJETIVOS DE ENSINO:
CLAREZA E RELEVÂNCIA
2- DECISÃO SOBRE O INÍCIO DO ENSINO:
- CONHECIMENTO DO ALUNO COMO REFERÊNCIA
- AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
- O PROBLEMA DA DEFASAGEM
3- SELEÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS
- PRINCÍPIO DA ORGANIZAÇÃO: LÓGICA EPISTEMOLÓGICA
- PLANEJAMENTO DAS ETAPAS: A UNIDADE MENOR.
- A FUNÇÃO DO LIVRO DIDÁTICO.
AS CINCO DECISÕES DE ENSINO
4- ESCOLHA DOS PROCEDIMENTOS DE ENSINO
- CONCEITO DA ATIVIDADE:
RELAÇÃO = P  A  P
- POSSÍVEIS PROBLEMAS DE UMA ATIVIDADE:
- ESTRUTURA INTERNA DA ATIVIDADE;
- INADEQUAÇÃO DA ATIVIDADE AO OBJETIVO PROPOSTO
-PROCEDIMENTOS COMO CONJUNTO DE ATIVIDADES.
- ATIVIDADES ANÁLOGAS E SEMELHANTES.
AS CINCO DECISÕES DE ENSINO
5 - ESCOLHA DOS PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO TRADICIONAL:
RANQUEAMENTO DE SUJEITOS;
DESVINCULA ENSINO  APRENDIZAGEM;
CONCEPÇÃO LIBERAL DE HOMEM
RELAÇÃO DE PODER;
AVALIAÇÃO QUE NÃO AVALIA;
AVALIAÇÃO COMO “ARMADILHA”;
AVALIAÇÃO DO QUE O ALUNO NÃO SABE;
ESTUDO COMO COMPORTAMENTO DE ESQUIVA;
DETERIORAÇÃO DA RELAÇÃO SUJEITO-OBJETO: MOVIMENTO
DE AFASTAMENTO AFETIVO.
AS CINCO DECISÕES DE ENSINO
5 - ESCOLHA DOS PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO
- CONCEPÇÃO EMANCIPATÓRIA:
“AVALIAÇÃO
É UM
JULGAMENTO DE VALOR SOBRE
MANIFESTAÇÕES RELEVANTES DA REALIDADE, TENDO EM VISTA
UMA TOMADA DE DECISÃO.” (LUCKESI, 1984)
- AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA:
RESULTADOS
DA AVALIAÇÃO UTILIZADOS SEMPRE VISANDO
À APRENDIZAGEM DO ALUNO.
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS





MODALIDADE QUE ENVOLVE PESSOAS CUJOS DIREITOS TÊM
SIDO HISTORICAMENTE NEGADOS.
NECESSIDADE DE ADEQUAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO ÀS
NECESSIDADES DO ALUNO ADULTO.
RECONHECER OS SUJEITOS COMO CAPAZES NÃO SÓ DE
APRENDER, MAS DE ADMINISTRAR SUA VIDA E SUA
SOBREVIVÊNCIA PESSOAL E FAMILIAR.
PARTICIPAÇÃO ATIVA NO APRENDIZADO: AUTONOMIA.
NEGAÇÃO DA VISÃO DOS SUJEITOS COMO RECEPTORES
PASSIVOS DA ASSISTÊNCIA E DO FAVOR ALHEIOS.
 PAULO FREIRE: COLOCAR O OPRIMIDO COMO SUJEITO DA SUA
APRENDIZAGEM E DA TRANSFORMAÇÃO DA SUA REALIDADE.
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

JOVENS
E ADULTOS DA
EJA
APRESENTAM UM ASPECTO COMUM: SÃO
MARCADOS POR UMA HISTÓRIA DE FRACASSO E DE EXCLUSÃO NA ESCOLA.

APRESENTAM
IMPACTOS AFETIVOS NEGATIVOS QUE ACABARAM GERANDO
NOS ALUNOS UM SENTIMENTO DE INCAPACIDADE E BAIXA AUTOESTIMA.
 O ALUNO DA
EJA,
AO TENTAR REATAR O VÍNCULO INTERROMPIDO, PRECISA
ENCONTRAR UM AMBIENTE DE SALA DE AULA PLANEJADO DE FORMA A
GARANTIR QUE AS EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS PRODUZAM IMPACTOS
AFETIVOS POSITIVOS, O QUE AUMENTARÁ A CHANCE DE O ALUNO
CONTINUAR O SEU PROCESSO ESCOLAR.

DADOS ACUMULADOS DE PESQUISAS, (BARELLA, 2007; DONADON,
2009; BARROS, 2011), PERMITEM IDENTIFICAR ALGUMAS
CARACTERÍSTICAS DE PRÁTICAS OBSERVADAS QUE PODEM CONTRIBUIR
COM O CONHECIMENTO NA ÁREA.
DADOS DE PESQUISA:
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE SUCESSO

SOBRE MOMENTOS DE EXPLICAÇÃO COLETIVA
- AS ATIVIDADES INICIADAS POR UMA EXPLICAÇÃO QUE PERMITAM AO ALUNO
TER CLAREZA SOBRE OS OBJETIVOS E SOBRE COMO PROCEDER, AUMENTAM
A PROBABILIDADE DE SUCESSO NA APRENDIZAGEM. A QUALIDADE DA
INSTRUÇÃO
É
FATOR
DETERMINANTE
PARA
O
DESENVOLVIMENTO
ADEQUADO DAS ATIVIDADES.

SOBRE ATIVIDADES NA LOUSA
- OBSERVAMOS
QUE SE TRATAVA DE UMA PRÁTICA QUE ROMPIA COM A
TRADICIONAL ORGANIZAÇÃO ESPACIAL DA SALA, EM QUE A LOUSA É UM
ESPAÇO SÓ DO PROFESSOR.
ATRAVÉS
DESSA PRÁTICA O ALUNO SENTIA-SE
VALORIZADO E PARTICIPANTE ATIVO NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO SEU
PRÓPRIO CONHECIMENTO.
“Eu acho que o que eu mais gosto é quando ela manda a gente
resolver na lousa. Que lá eu penso, eu tento fazer, forço a cabeça
até dar certo. É onde pode aprender melhor.”
DADOS DE PESQUISA:
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE SUCESSO

SOBRE ATIVIDADES INDIVIDUAIS NO CADERNO
-
DEIXAR
OS ALUNOS SOZINHOS EM SUAS CARTEIRAS PARA AS ATIVIDADES
INDIVIDUAIS, PLANEJADAS E PREVIAMENTE ORIENTADAS, ERA UMA PRÁTICA
ONDE FOI POSSÍVEL OBSERVAR VÁRIOS ASPECTOS IMPORTANTES, COMO
ESTIMULAR A AUTONOMIA DOS ALUNOS, LEVÁ-LOS A SENTIREM-SE CAPAZES
E PROPICIAR A SUPERAÇÃO DAS DIFICULDADES E INSEGURANÇAS.
-
PROVER SITUAÇÕES QUE PERMITIAM A PARTICIPAÇÃO E A INTERAÇÃO DELES
FRENTE A CONFLITOS, ATRAVÉS DE PERGUNTAS QUE ESTIMULAVAM O
RACIOCÍNIO, A REFLEXÃO E A EXPRESSÃO.
-
PRESENÇA ATENCIOSA DA PROFESSORA SEMPRE QUE SOLICITADA.
“Eu gosto. Eu gosto porque a coisa anda. Que nem, você fica naquela
no papel, no texto, que nem, ela dá um texto e tem essa historinha e ela
muda. É muito difícil, mas eu acho muito interessante.
Porque a gente põe na mente da gente,
abre na cabeça que é assim.”
DADOS DE PESQUISA:
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE SUCESSO

SOBRE TEXTOS E MATERIAIS DE ENSINO
- CONTEXTUALIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS, PELA CLAREZA DE SUA UTILIDADE E
PELO ENSINO BASEADO EM TEXTOS E MATERIAIS QUE CAUSASSEM
INTERESSE.
FATOR
RELEVANTE OBSERVADO NO TRABALHO DA PROFESSORA
FOI A PREOCUPAÇÃO EM PROPORCIONAR AOS SEUS ALUNOS CONTATO COM
DIFERENTES GÊNEROS DE TEXTOS, SENDO INCESSANTE A BUSCA POR
APRESENTAR NOVIDADES, O QUE É POSITIVAMENTE RECONHECIDO PELOS
ALUNOS.
-
INSTRUÇÕES CLARAS PARA O USO DO MATERIAL SELECIONADO.
“Aí ela deu, pra cada um, um dicionário e deu a letra pra procurar no
dicionário o nome certo. Aí a gente pegou a letra "A", né, no começo. A
gente ia na letra "A" e ia procurar aquela letra e
botar a resposta certa.”
DADOS DE PESQUISA:
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE SUCESSO

SOBRE A PRÁTICA DE DAR VOZ AO ALUNO EM AULA
- OS ALUNOS AFIRMAVAM QUE A PROFESSORA ESTIMULAVA MUITO A FALA EM
SALA DE AULA. ERA MARCANTE A PREOCUPAÇÃO DA PROFESSORA EM DAR
VOZ AOS ALUNOS. A PARTICIPAÇÃO ORAL DOS ALUNOS ERA PLANEJADA
PELA PROFESSORA, SENDO PARTE CONSTITUINTE DAS ATIVIDADES DE
ENSINO.
- A ÊNFASE
ALTA, DA
NA ORALIDADE ACONTECIA EM MOMENTOS DE LEITURA EM VOZ
LOUSA OU DO CADERNO, NA RESOLUÇÃO DE ATIVIDADES POR
PARTE DOS ALUNOS PARA TODA A TURMA
“Eu fico muito feliz. Eu me sinto assim... é... eu não me sinto
transparente ali, eu sinto que eu tô ali e ela tá me vendo. Então, não me
sinto assim, abandonada, eu me sinto.... muito bom, que ela tá dando
atenção pra mim. É muito legal. (... )Não tem explicação de tão...
emoção.”
DADOS DE PESQUISA:
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE SUCESSO

SOBRE A FONÉTICA DAS LETRAS DO ALFABETO
-
VOCALIZAR AS LETRAS DO ALFABETO E OS SEUS FONEMAS, ENFATIZANDO A
SONORIZAÇÃO E A ARTICULAÇÃO. NESSAS PRÁTICAS, O MOMENTO CENTRAL
ENVOLVIA A PROFESSORA ENFATIZANDO O SOM DE CADA LETRA.
-
A
PROFESSORA SE POSICIONAVA BEM PRÓXIMA AO ALUNO, FOCAVA SEU
OLHAR NELE, ARTICULAVA COM A BOCA E EMITIA O SOM DA LETRA,
PEDINDO QUE O ALUNO FALASSE O NOME DA LETRA QUE ESTAVA
VOCALIZANDO.
“Da explicação dela o que mais gosto é as palavras, né? As letras que...
porque o jeito que ela faz do som da letra... Pra gente aprender. E tem
muitas letras que a gente pensa que tem um som e é outro. Aí ela ensina
bastante, aí é bom, que como fica vendo o som da letra...”
DADOS DE PESQUISA:
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE SUCESSO

SOBRE ATIVIDADES USADAS COMO DIAGNÓSTICO
-
NESSAS
PRÁTICAS, O MOMENTO CENTRAL ENVOLVIA A PARTICIPAÇÃO DO
ALUNO DE VARIADAS FORMAS, PARA QUE A PROFESSORA PUDESSE
DIAGNOSTICAR SUAS POSSIBILIDADES DE DESEMPENHO COM RELAÇÃO A
DETERMINADOS CONTEÚDOS, VISANDO A UMA TOMADA DE DECISÃO
POSTERIOR.
-
NA REALIZAÇÃO DE TAL DIAGNÓSTICO, A PROFESSORA ATUAVA DE FORMA A
DETECTAR PROBLEMAS E DIFICULDADES, VISANDO SOLUCIONÁ-LOS,
FICANDO LATENTE A CRENÇA NA POSSIBILIDADE DE O ALUNO APRENDER A
PARTIR DE ERROS.
“Ah, eu acho que daí é, ela tá fazendo um teste na gente, né? Vai vendo
se a gente ta tendo algum desenvolvimento, né? Se já sabe fazer
algumas, eu acho que tá certo, né?”
CONSIDERAÇÕES FINAIS
- AS
CONDIÇÕES DE ENSINO, PLANEJADAS E DESENVOLVIDAS PARA JOVENS E
ADULTOS, DEVEM SER RADICAIS NO SENTIDO DE VISAR, SEMPRE, AO SUCESSO
DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO. ISTO IMPLICA NUMA SÉRIE DE
– VÁRIOS AQUI SUGERIDOS – UMA VEZ QUE A POPULAÇÃO ATENDIDA
APRESENTA CARACTERÍSTICAS MUITO ESPECÍFICAS.
CUIDADOS
-O
SUCESSO DESSE PROCESSO EXIGE O PLANEJAMENTO DE PRÁTICAS
PEDAGÓGICAS QUE PRODUZAM IMPACTOS AFETIVAMENTE POSITIVOS, O QUE, AO
LONGO DO TRABALHO, REVERTER-SE-Á NO ENVOLVIMENTO POSITIVAMENTE
AFETIVO DO ALUNO COM RELAÇÃO AOS CONTEÚDOS E, CONSEQUENTEMENTE,
COM A PRÓPRIA ESCOLA.
- O PROCESSO CERTAMENTE PRODUZIRÁ SENSÍVEIS MUDANÇAS NA AUTOESTIMA
DO ALUNO – OS SENTIMENTOS DE SER CAPAZ DE APRENDER E ENFRENTAR
NOVOS
DESAFIOS
APRENDIZAGEM.
SÃO
DERIVADOS
DO
SUCESSO
NO
PROCESSO
DE
BIBLIOGRAFIA BÁSICA

FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1975.

LEITE, S. A. S. (org.) Afetividade e práticas pedagógicas.
São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006.

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo:
Martins Fontes, 1993.

WALLON, H. Do acto ao pensamento. Lisboa: Moraes
Editores, 1979.