Caso 06 - Unioeste

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CASO CLÍNICO
Bruna Alessandra da Silva
Camila Sartor Spivakoski
Jaqueline Machado de Oliveira
IDENTIFICAÇÃO

Paciente feminina, 15 anos, branca, estudante, solteira,
natural e procedente de Timbé do Sul – SC;
HMA
Paciente iniciou há 2 meses quadro de dor
abdominal difusa, predominante em epigastro e
hipocôndrio D, com aumento do volume
abdominal. Buscou consulta médica em Timbé do
Sul, sendo diagnosticada ascite (drenagem de 2,5
L de líquido de ascite);
 Análise do líquido: transudato negativo para
células malignas;

HMA
Ultrassonografia abdominal: Hepatomegalia de
aspecto micronodular e ascite;
 Biópsia hepática: inconclusiva devido à ausência
de espaços-porta no material coletado;
 Exames sorológicos negativos para VHB, VHC e
HIV;
 Endoscopia revelou gastrite endoscópica
enantematosa e varizes esofágicas de pequeno
calibre;

HMA

Paciente foi encaminhada para Hospital Geral de
Caxias do Sul, sendo internada referindo dor
abdominal, dispnéia em repouso, inapetência e
emagrecimento de 6kg nos últimos 2 meses;
EXAME FÍSICO
Estado geral regular, mucosas úmidas, coradas e
levemente ictéricas, lúcida, orientada,
emagrecida;
 Sinais vitais estáveis;
 Murmúrio vesicular diminuído em bases
bilaterais;
 Ascite volumosa;
 Hepatomegalia;
 Dor à palpação do epigastro e HD;
 Circulação colateral e telangiectasias.

HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
EXAMES COMPLEMENTARES
Biópsia hepática evidenciou Carcinoma
hepatocelular com a presença de discreta
fibrose intersticial em parênquima hepático não
neoplásico;
 TC do abdome: fígado de contorno lobulado e de
dimensões aumentadas com múltiplos nódulos
hipodensos distribuídos difusamente pelo
parênquima;

EXAMES COMPLEMENTARES
TC do tórax: nódulo de contorno lobulado
com densidade de partes moles, medindo cerca de
2 cm de diâmetro no segmento apical do lobo
superior direito, e outros dois nódulos pequenos
com 0,5 cm de diâmetro em LM e LSD;
 Dosagem de alfa-fetoproteína: valor superior a
10000;



Dado o estágio avançado da neoplasia optou-se
pelo tratamento paliativo com o consentimento
dos familiares;
Paciente evoluiu para óbito 2 meses após o
diagnóstico.
CARCINOMA HEPATOCELULAR
CHC
Câncer primário do fígado – hepatócitos;
 Neoplasia maligna de origem no fígado mais
comum;
 Ocupa o 8º lugar no ranking dos tumores mais
freqüentes em âmbito mundial;
 Não consta no BR entre os 10 mais incidentes;
 Agressivo;
 Altos índices de óbito;

CHC
Incidência anual de 250.000 a 1.000.000
globalmente;
 Maior em países com alta incidência de fatores de
risco – ÁSIA
alto índice de hepatite B;
 Predomina em homens (4:1);
 Idade entre 50 e 60 anos;

CHC

Fatores de risco:
- tabagismo;
- cirrose hepática;
- infecção por vírus da hepatite B e C;
- abuso de álcool;
- infecção por Aspergillus (produção de
aflatoxina);
- doenças metabólicas do fígado;
NÃO DESCONSIDERAR ESSE
DIAGNÓSTICO NAS DEMAIS FAIXAS
ETÁRIAS, MESMO SEM FATORES DE RISCO
CHC
CHC

Relação hepatite/CHC:
- Hepatite ocasiona aumento no nível de necrose e
regeneração hepática;
- Elevação na taxa de mutação celular;

Aspergillus:
- Produz aflatoxina – hepatotoxicidade;
FISIOPATOGENIA
QUADRO CLÍNICO
Sintomas geralmente estão relacionados ao
comprometimento da função do fígado;
 Geralmente já indicam presença de CA avançado;

DIAGNÓSTICO

Dosagem de alfa-fetoproteína:
- Importante marcador tumoral;
- Sensibilidade de 41 a 60%;
- É considerado específico se >400 ng/dL;

Ultrassonografia – sensibilidade 80%;

Ressonância magnética – sensibilidade 90%;
Hepatocarcinoma demonstrado ao ultra-som
DIAGNÓSTICO

TC – sensibilidade 86%
TRATAMENTO



A meta terapêutica é tratamento curativo para
CHC – sobrevida em torno de 5% em 5 anos
apenas 30% tem diagnóstico na fase em que
terapia curativa é possível;
Opções:
- Hepatectomia parcial;
- Transplante do fígado;
TRATAMENTO

Quimioembolização transarterial;
- Paliativo;
- Cateter introduzido na artéria femoral;
- Acompanhado por Raios-x até chegar na artéria hepática;
- Migra pelos ramos da artéria até chegar ao lobo onde o tumor está
localizado;
- Injeção de contraste para avaliar os vasos que levam até o tumor;
- Cateter é, então, introduzido até a arteríola responsável pela
nutrição do tumor;
- Injeção de droga quimioterápica;
- Após, realiza-se embolização;
TRATAMENTO

Injeção percutânea de etanol:
- Auxílio de um ultra-som;
- Introdução de agulha especial no centro do
tumor;
- Administração de álcool absoluto;
- Destruição do câncer.
REFERÊNCIAS
http://www.acm.org.br/revista/pdf/artigos/555.pdf;
 http://www.hepcentro.com.br/hepatocarcinoma.htm;
 http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=330;
 http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S000428032000000200012&script=sci_arttext;
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