Clube de Revista Internos: Marcelo O. Prata Nícolas Cayres Coordenador:Paulo R. Margotto Escola Superior de Ciências da Saúde/SES/DF.

Download Report

Transcript Clube de Revista Internos: Marcelo O. Prata Nícolas Cayres Coordenador:Paulo R. Margotto Escola Superior de Ciências da Saúde/SES/DF.

Clube de Revista
Internos:
Marcelo O. Prata
Nícolas Cayres
Coordenador:Paulo R. Margotto
Escola Superior de Ciências da
Saúde/SES/DF
Segurança e eficácia do uso precoce
de aminoácidos em pré-termos <28
semanas de gestação: comparação
prospectiva observacional
(Safety and efficacy of early amino acids in preterm
<28 weeks
gestation: prospective observational comparison)
J Perinatol 2006;749-754
K Kotsopoulos1,2, A Benadiba-Torch2, A Cuddy2 and PS Shah1,3
1-Department of Paediatrics, Mount Sinai Hospital, University of Toronto,
Toronto, Canada;
2-Department of Nutrition and Food Services, Mount Sinai Hospital, University
of Toronto, Toronto, Canada and
3-Department of Paediatrics, University of Toronto,
Toronto, Canada
Introdução
• Restrição do crescimento neonatal é
comum entre os recém nascidos prétermo;
Nutrição inadequada
Déficit protéico-calórico
Comorbidades
Prejuízo
Crescimento
Medicamentos
A maioria dos deficiências protéico-calórico ocorrem
nas 2 primeiras semanas pós-natal.
Introdução
• Retardo no início da NPT (especialmente
•
proteínas e lipídios) é uma das causas do baixo
crescimento no período neonatal;
Administração de aminoácidos (1,4-1,6g/kg/dia)
precocemente reduz a perda energética e
consequentemente a falência do crescimento;
• Aumento da amônia sérica e acidose metabólica
•
são preocupações nos neonatos pré-termos que
recebem AA.
Mudanças nas formulações e uso de soluções de
AA específicos diminuíram essas preocupações;
Introdução
• Estudos controlados e randomizados
usando soluções de AA imediatamente
após o nascimento não revelaram
complicações, exceto um estudo
envolvendo RN < 27 semanas;
Objetivo
• Avaliar a segurança e eficácia da
administração precoce de AA em RN prétermo < 28 semanas.
Segurança do iníco de AA tão breve como após o
nascimento foi avaliado por comparação da incidência de
acidose metabólica, uremia e acetato nos primeiros dias e
fora do período neonatal em Rn pré-termo.
Eficácia : dias para recuperar o peso do
nascimento, duração NPT e o crescimento entre 32 e 36
semanas de IGC entre os grupos comparados que
iniciaram precocemente ou não o uso de AA.
Material e Métodos
• Estudo prospectivo, comparativo e
observacional de RN admitidos na Unidade
de Cuidados Neonatais Intensivos do
Hospital Mount Sinai, Toronto, Canadá
entre março de 2003 até abril de 2005;
• RN pré-termo < 28 semanas registrados
após 2 semanas de idade.
Material e Métodos
• RN com malformações congênitas, erros
inatos do metabolismo e anormalidades
cromossômicas foram excluídos;
• Consentimento assinado pelos pais;
• Aprovado Conselho de Ética;
• IG utilizada foi da USG precoce ou DUM.
Material e Métodos
• Procedimentos:
Baseado em estudos uma equipe multidisciplinar decidiu
iniciar a administração de AA imediatamente após a
ressuscitação (março de 2003);
Avaliou-se 2 grupos:
Um grupo tratados de forma conservadora
(AA administrados tardiamente de março de 2003 a
março 2004)
Um grupo tratado com a nova prática (AA
precocemente de abril de 2004 a abril de 2005)
Material e Métodos
• Late AA Goup (Grupo Tardio): NPT iniciada após
12-30h.
1g/Kg/dia de AA e 0,5-1g/kg/dia de lipídios. Aumentados 1g/kg/dia a cada
24hrs se tolerados até o máximo de 3-3.5g/kg/dia.
Administração de glicose foi iniciada imediatamente após a ressuscitação e
considerados dextrose a 10% de acordo com a glicose plasmática;
• Early AA Goup (Grupo Precoce) Iniciado soluções
de AA e glicose na sala de reanimação com o objetivo de início antes de
6hrs de idade.Soluções de AA a 2% contendo dextrose 10% com
80cc/kg/dia providenciando 1.4-1.6g/kg/dia. Lipídos foram administrados
conforme o grupo Late AA group. Aumento foi de 1g/kg/dia ate 3.5 a
4g/kg/dia AA e 3g/kg/dia lipídeos. A glicose foi ajustada de acordo com os
níveis séricos.
Material e Métodos
• Fluidos totais foram iguais entre os grupos;
• Nutrição enteral foi iniciada similarmente quando
•
•
possível em ambos os grupos 2-3 dia e
avançado 20cc/kg/dia.
Os RN foram alimentados através de leite
materno ordenhado (LMO) ou fórmulas
pretermo. LMO foi suplementados com leite
humano fortificado.
Objetivo era um ganho de peso 15g/kg/dia
Material e Métodos
• Coleta de Dados: Realização de exames de sangue com
24 hrs de vida para análise de gasometria,bases, uréia, creatinina;
Peso, estatura e PC avaliados 28, 32 e 36 semanas de IGC, uso de
medicações, número de dias para alcançar a nutrição enteral
máxima, necessidade de suporte ventilatório, presença de PCA,
sepse, doença pulmonar, enterocolite, osteopenia da prematuridade,
hiperglicemia( >8mmol/l com glicosúria), acidose metabólica
(bicarbonato <18 ou BE> 6.
Material e Métodos
• Análise: SPSS (Version 12, Chicago, IL, USA);
• Grupos comparados usando teste X²;
• Variáveis contínuas Student’s t-test and Wilcoxon
sum test;
• Significativo um p<0.5;
• Grupos similares;
• Post hoc Análise de poder mostrou que
para identificar uma
diferença de 2 dias no tempo para o ganho de peso do nascimento para o
erro tipo 1 de 0.05, este estudo tem 73% de poder com 54 paciente e seria
necessário 62 pacientes para o estudo ter um poder de 80%;
Resultados
• Período do estudo→ março 2003 – abril
2005;
• 252 neonatos < 28 semanas;
• 59 mortes antes de 2 semanas de vida (31
– “late AA” X 28 “early AA”);
• 193 remanescentes;
• 91 pais concordaram em participar das
pesquisa = 108 neonatos ( 2 grupos de
trigêmeos e 7 grupos de gêmeos);
Resultados
• 108 neonatos – 54 em cada grupo;
• 5 mortes – “late AA”→ 2 / “early AA” →3;
• Momento do início da administração de AA→
•
•
diferença estatística significante entre os grupos:
diferença média =16 h / IC 95%;
Dias necessários para atingir peso ao nascer→
significância borderline → diferença média= 2
dias / IC 95%;
↓TIG devido hiperglicemia/intelerância à glicose
→ “early AA” →3 X “late AA”→ 7 (P= 0,18)
Resultados
• “early AA” → ↑ uréia plasmática, défict
de bases, necessidade de acetato e ↓
valores de bicarbonato → sem diferenças
estatísticas significativas no nº de RNs c/
acidose
metabólica
clinicamente
importante;
• ↓ estatística significativa → nº RN com
peso < p10 e sepse confirmada cpm 32
semanas (IGPC).
Discussão
• Administração precoce AA → ausência de
efeitos clínicos adversos e recuperação do
peso de nascimento 2 dias mais cedo →
amenização de déficits pós-natais de
crescimento;
• ↑ uréia plamática = ↑ turnover proteico e ↑
oxidação AA E NÃO toxidade!
Discussão
• Nutrição pós-natal inadequada → crescimento
•
•
pós-natal,
desenvolvimento
neurológico,
morbidades na vida adulta: DM e HAS;
Prevenção
de
acidose
metabólica
e
hiperamonemia →
ainda um desafio em
estudos de formulações de AA p/ RN;
↓ incidência de sepse “early AA”→ status
nutricional reforçado→ reforço nas defesas dos
hospedeiro ou ↓ nº dias de acesso venoso;
Discussão
• ↑ estatístico insignificante “early AA”→
doença pulmonar crônica e suporte
respiratório → monitoramento em estudos
futuros;
• Desenvolvimento neuropsicomotor e
crescimento → estudos a longo prazo→
segurança da administração precoce AA.
Referências do artigo:
• Carlson SJ, Ziegler EE. Nutrient intakes and growth of very low birth weight
•
•
•
•
infants. J Perinatol 1998; 18: 252–258. | PubMed | ChemPort |
Clark RH, Thomas P, Peabody J. Extrauterine growth restriction remains a
serious problem in prematurely born neonates. Pediatrics 2003; 111: 986–
990. | Article | PubMed | ISI |
Cooke RJ, Ainsworth SB, Fenton AC. Postnatal growth retardation: a
universal problem in preterm infants. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 2004;
89: F428–F430. | Article | PubMed | ChemPort |
Ehrenkranz RA. Growth outcomes of very low-birth weight infants in the
newborn intensive care unit. Clin Perinatol 2000; 27: 325–
345. | Article | PubMed | ChemPort |
Embleton NE, Pang N, Cooke RJ. Postnatal malnutrition and growth
retardation: an inevitable consequence of current recommendations in
preterm infants? Pediatrics 2001; 107: 270–
273. | Article | PubMed | ChemPort |
• Berry MA, Abrahamowicz M, Usher RH. Factors associated with growth
•
•
•
•
•
of extremely premature infants during initial hospitalization. Pediatrics
1997; 100: 640–646. | Article | PubMed | ChemPort |
Hay Jr WW, Lucas A, Heird WC, Ziegler E, Levin E, Grave GD et al.
Workshop summary: nutrition of the extremely low birth weight infant.
Pediatrics 1999; 104: 1360–1368. | Article | PubMed |
Cooke RJ, Ford A, Werkman S, Conner C, Watson D. Postnatal growth in
infants born between 700 And 1500 G. J Pediatr Gastroenterol Nutr
1993; 16: 130–135. | PubMed | ChemPort |
Adamkin DH. Pragmatic approach to in-hospital nutrition in high-risk
neonates. J Perinatol 2005; 25(Suppl 2): S7–S11. | Article | PubMed |
Heird WC, Dell RB, Driscoll Jr JM, Grebin B, Winters RW. Metabolic
acidosis resulting from intravenous alimentation mixtures containing
synthetic amino acids. N Engl J Med 1972; 287: 943–
948. | PubMed | ChemPort |
Johnson JD, Albritton WL, Sunshine P. Hyperammonemia accompanying
parenteral nutrition in newborn infants. J Pediatr 1972; 81: 154–
161. | Article | PubMed | ChemPort |
• Ibrahim HM, Jeroudi MA, Baier RJ, Dhanireddy R, Krouskop RW.
•
•
•
•
•
Aggressive early total parental nutrition in low-birth-weight infants. J
Perinatol 2004; 24: 482–486. | Article | PubMed |
Te Braake FW, Van Den Akker CH, Wattimena DJ, Huijmans JG, Van
Goudoever JB. Amino acid administration to premature infants directly
after birth. J Pediatr 2005; 147: 457–
461. | Article | PubMed | ChemPort |
Shennan AT, Dunn MS, Ohlsson A, Lennox K, Hoskins EM. Abnormal
pulmonary outcomes in premature infants: prediction from oxygen
requirement in the neonatal period. Pediatrics 1988; 82: 527–
532. | PubMed | ISI | ChemPort |
Bell MJ, Ternberg JL, Feigin RD, Keating JP, Marshall R, Barton L et al.
Neonatal necrotizing enterocolitis. Therapeutic decisions based upon
clinical staging. Ann Surg 1978; 187: 1–
7. | PubMed | ISI | ChemPort |
Kramer MS, Platt RW, Wen SW, Joseph KS, Allen A, Abrahamowicz M
et al. A new and improved population-based Canadian reference for
birth weight for gestational age. Pediatrics 2001; 108:
E35. | Article | PubMed | ChemPort |
Thureen PJ. Early aggressive nutrition in the neonate. Pediatr Rev
1999; 20: E45–E55. | PubMed | Chem
• Thureen PJ, Hay Jr WW. Intravenous nutrition and postnatal growth of
•
•
•
•
•
the micropremie. Clin Perinatol 2000; 27: 197–
219. | Article | PubMed | ChemPort |
American academy of pediatrics committee on nutrition: nutritional
needs of low-birth-weight infants. Pediatrics 1985; 75: 976–986.
Nutrient Needs And Feeding Of Premature Infants. Nutrition Committee,
Canadian Paediatric Society. CMAJ 1995; 152: 1765–1785.
Thureen PJ, Melara D, Fennessey PV, Hay Jr WW. Effect of low versus
high intravenous amino acid intake on very low birth weight infants in
the early neonatal period. Pediatr Res 2003; 53: 24–
32. | Article | PubMed | ISI | ChemPort |
Porcelli Jr PJ, Sisk PM. Increased parenteral amino acid administration to
extremely low-birth-weight infants during early postnatal life. J Pediatr
Gastroenterol Nutr 2002; 34: 174–179. | Article | PubMed | ChemPort |
Van Goudoever JB, Colen T, Wattimena JL, Huijmans JG, Carnielli VP,
Sauer PJ. Immediate commencement of amino acid supplementation in
preterm infants: effect on serum amino acid concentrations and protein
kinetics on the first day of life. J Pediatr 1995; 127: 458–
465. | PubMed | ChemPort |
• Wilson DC, Cairns P, Halliday HL, Reid M, Mcclure G, Dodge JA.
•
•
•
•
•
•
Randomised controlled trial of an aggressive nutritional regimen in sick
very low birthweight infants. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 1997; 77:
F4–F11. | PubMed | ChemPort |
Hack M, Merkatz IR, Gordon D, Jones PK, Fanaroff AA. The prognostic
significance of postnatal growth in very low-birth weight infants. Am J
Obstet Gynecol 1982; 143: 693–699. | PubMed | ISI | ChemPort |
Heird WC. The importance of early nutritional management of low-birth
weight infants. Pediatr Rev 1999; 20: E43–E44. | PubMed | ChemPort |
Lucas A, Morley R, Cole TJ, Gore SM, Lucas PJ, Crowle P et al. Early diet
in preterm babies and developmental status at 18 months. Lancet 1990;
335: 1477–1481. | Article | PubMed | ChemPort |
Lucas A, Morley R. Does early nutrition in infants born before term
programme later blood pressure? BMJ 1994; 309: 304–
308. | PubMed | ChemPort |
Lucas A. Long-term programming effects of early nutrition – implications
for the preterm infant. J Perinatol 2005; 25(Suppl 2): S2–
S6. | Article | PubMed |
Andronikou S, Hanning I. Parenteral nutrition effect on serum insulin in
the preterm infant. Pediatrics 1987; 80: 693–
697. | PubMed | ChemPort |
Consultem também:
• Titulo: Nutrição do recém-nascido
pré-termo: desnutrição pós-natal,
otimização do crescimento, nutrição
pós-alta
• Autor(es): Richard Cooke (EUA).
Realizado por Paulo R. Margotto
• Titulo: NUTRIÇÃO PARENTERAL
TOTAL AGRESSIVA E PRECOCE NO
RECÉM-NASCIDO DE BAIXO PESO
• Autor(es): Ibrahim HM, Jeroudi MA,
Baier RJ, Dhanireddy R, Krouskop RW.
• Titulo: COLESTASE ASSOCIADA A
NUTRIÇÃO PARENTERAL TOTAL:
PREMATURIDADE OU AMINOÁCIDOS ?
• Autor(es): Paulo R. Margotto
Ddo Marcelo
Ddo Nícolas