Caso Clínico Síndrome Nefrótica Ana Carla Holanda V. de Andrade Coordenação: Elisa de Carvalho, Paulo R.
Download
Report
Transcript Caso Clínico Síndrome Nefrótica Ana Carla Holanda V. de Andrade Coordenação: Elisa de Carvalho, Paulo R.
Caso Clínico
Síndrome Nefrótica
Ana Carla Holanda V. de Andrade
Coordenação: Elisa de Carvalho, Paulo R. Margotto
Escola Superior de Ciências da Saúde/ESCS/SES/DF
Caso Clínico
Identificação
M.L.R.A., 4 anos, sexo feminino, cor
parda, natural de Taguatinga-DF e
procedente de Cidade Ocidental-GO.
Admitida pelo PS - HRAS no dia
22/04/06.
QP:
“Inchaço há 4 dias”
Ana Carla Holanda
ESCS
Caso Clínico
HDA
“ Criança acompanhada ambulatorialmente
pela Nefro (HBDF) atualmente tem
diagnóstico de SN córtico-dependente e
estava em uso de Prednisona 15 mg VO em
dias alternados. Há 4 dias, vem
apresentando edema generalizado com piora
progressiva, associado a oligúria e vômitos
há 1 dia. Apresentou quadro gripal há 10
Ana Carla Holanda
ESCS
Caso Clínico
HDA (cont.)
dias, sendo medicada com xarope, que a mãe
não sabe informar, prescrito pela Nefro.Desde
a última consulta na Nefro, há 10 dias, houve
aumento de 4 kg no peso corporal. Mãe notou
prostração e sonolência há 1 dia. “
Ana Carla Holanda
ESCS
Caso Clínico
Revisão de sistemas
Nega febre, diarréia ou quaisquer outros
sintomas. Relata que criança não evacua há
2 dias. Nega disúria, hematúria e odinofagia.
Ana Carla Holanda
ESCS
Caso Clínico
Antecedentes fisiológicos
Adotada aos 2 dias de vida. Não há
informações sobre gestação.
Parto eutócico, a termo. Chorou ao nascer.
Apgar 9. PN: 3620g. Est: 49,5 cm. PC: 35
cm. Sem intercorrências no período
neonatal. NAN até 3 meses. Iniciou leite de
vaca aos 3 meses. DNPM normal. Vacinação
Ana Carla Holanda
completa.
ESCS
Caso Clínico
Antecedentes patológicos
Internação aos 8 meses de vida com conjuntivite (sic). Cirurgia pela Oftalmologia-HBDF.
Hepatite aos 2 anos de vida.
1 episódio de edema aos 2 anos de vida
(HRG - “problema nos rins”).
Internação pela Ala B com diagnóstico de
Nefrite e IRA resolvida ( espironolactona e 6
pulsos de metilpredinisolona). Uso de
Prednisona 15 mg em dias alternados.
Ana Carla Holanda
ESCS
Caso Clínico
Antecedentes familiares
Avó faleceu por D. de Chagas.
Condições sócio-econômicas
Casa de alvenaria com 4 cômodos, fossa
asséptica. Presença de cachorro.
Ana Carla Holanda
ESCS
Caso Clínico
Exame físico
Paciente em REG, hipocorada (+/4+),
hidratada, acianótica, hipoativa, em
anasarca. T: 36.5oC. Peso 20 kg.
ACV: RCR em 2T, BNF, s/ sopros. FC: 120
bpm. PA: 100x60 mmHg
AR: MVF sem RA. Sem esforços
respiratórios. FR: 20 irpm
Ana Carla Holanda
ESCS
Caso Clínico
Exame Clínico (cont.)
Abd: globoso, flácido, indolor, ascítico.
Sem VMG. Cicatriz umbilical retificada.
Ext: edema mole, frio, com Cacifo
positivo em MMII. Boa perfusão periférica
com tempo de enchimento capilar de 2seg.
Pele: NDN
Genitália típica fem, s/ alterações.
Ana Carla Holanda
ESCS
Caso Clínico
Exame clínico (cont.)
Orofaringe não visualizada
Otoscopia: Cerumen bilateral. Visualizada
parte da memb. timpânica, que estava sem
alterações.
SNC: orientada, consciente, hipoativa e
sonolenta. Sem sinais de irritação
meníngea.
Face: Edema bipalpebral mais acentuado
à E. Edema facial acentuado.
Ana Carla Holanda
ESCS
Caso Clínico
HD: Síndrome Nefrótica
ITU
IRA
Conduta: Solicitados exames
Prednisona 40 mg/dia
Furosemida 3 mg/kg/dia
Ana Carla Holanda
ESCS
Caso Clínico
Exames complementares (22/04/06):
Hemograma:
Hb 13, 3 / Ht 39,2% / 15800 leucócitos
(53/02/40/04/01) / 446000 plaquetas
EAS:
dens. 1020 / pH:5,0 / prot. 3+ / acetona 1+
Hg 3+ / CED: 4 por campo / leucócitos
numerosos / HC: 8 por campo / Cilindros
hialinos e granulosos numerosos / Flora 2+ /
Muco + / Alguns cilindros leucocitários.
Ana Carla Holanda
ESCS
Caso Clínico
Exames complementares (22/04/06):
Eletrólitos:
Na+ 130 mEq/l K+ 4,4 mEq/l
Glicose 93 mg/dl
Uréia 56 mg/dl
Creatinina 0,4 mg/dl
Proteínas totais 4,1 mg/dl
Albumina 1,3 mg/dl
Colesterol 657 mg/dl
Cl- 106 mEq/l
Ana Carla Holanda
ESCS
Caso Clínico
23/04/06 – 1o DIH
REG, hipoativa, hipocorada (+/4+), hiporéxica,
afebril. PA: 110x70 mmHg
AR: MV rude sem RA. FR: 30 irpm. Sem esforço.
Diminuição do edema palpebral.
Anasarca
Rx tórax: Trama vascular acentuada sugerindo
congestão pulmonar. Ausência de derrame.
Solicitados novo EAS e urocultura.
Ana Carla Holanda
ESCS
Caso Clínico
23/04/06 – 1o DIH
Espironolactona 25 mg VO 8/8h
Furosemida 40 mg de 8/8h
Albumina 10 mg IV seguida de Furosemida 20
mg
Prednisona 40 mg/dia VO
Ana Carla Holanda
ESCS
Caso Clínico
23/04/06 – 1o DIH
EAS:
Dens. 1020 / pH: 6 / prot. 2+ / Hg. 3+ / Céls. 5 p/c
Piócitos 3p/c / Hm 4p/c / Flora + / Muco 2+ /
Urato amorfo 2+/ Cilindro granulomatoso 1 a 2 p/c
Descartada ITU
Oligúria - 1a diurese do dia às 15:30h
Ana Carla Holanda
ESCS
Caso Clínico
24/04/06 – 2o DIH – Admissão Ala B
PA: 120x70 mmHg
Peso 19,9 kg
Relata dor à palpação difusa de abdome
Anasarca (3+/4+)
Mantida prescrição do PS
Diurese 0,8 ml/kg/h
Proteinúria 159,65 mg/kg/dia (> 50 mg/kg/dia)
Ana Carla Holanda
ESCS
Caso Clínico
25/04/06 – 3o DIH
Diminuição do edema (2+/4+)
Aceitação parcial da dieta
Abdome doloroso à palpação e ascítico
PA 100x60 mmHg
Ana Carla Holanda
ESCS
Caso Clínico
25/04/06 – 3o DIH
Cefalexina (10 mg/kg/dia) e Ranitidina.
Albumina 50 ml IV a cada 2 dias
Orientado pela Nefro o início de pulsoterapia com
metilprednisolona 30 mg/kg/dia em dias alternados
Ciclofosfamida após 6 pulsos
Gamaglobulina
Ana Carla Holanda
ESCS
Caso Clínico
4o DIH – Suspensa a Prednisona e trocada
Cefalexina por Amoxicilina
5o DIH – 1 episódio de vômito
6o DIH e 7o DIH – 4 episódios diarreicos
Uréia 98 mg/dl
Na+ 129 mEq/l
8o DIH – 1 pico febril (38,3oC) e solicitado Rx
de abdome
Ana Carla Holanda
ESCS
Caso Clínico
9o DIH - Trocada Amoxi por Ceftriaxona
Ht 36,3
Uréia 72
Na+ 123
10o DIH – Grande diminuição do edema
Sem edema facial
11o DIH – Regressão quase completa do
edema
Reduzida dose de furosemida
Ana Carla Holanda
ESCS
Caso Clínico
12o DIH - Desidratada (+/4+).
Uréia 31
K+ 2,7
Prot. Totais 6,3
Albumina 2,6
13o DIH – Última dose de pulsoterapia
Sem edema
AR: Roncos esparsos
Eletrólitos normais
Ana Carla Holanda
ESCS
Caso Clínico
14o DIH - Início da Ciclofosfamida
AR: Roncos esparsos
EAS: dens 1010/ pH 8 / CED várias / leuc. 8-10
p/c
Hem 0-1 p/c / Flora bacteriana + / Muco ++
15o DIH – Reintroduzida Prednisona em
dias alternados
AR: Roncos difusos bilateralmente
Ana Carla Holanda
ESCS
Caso Clínico
16o DIH - Proteinúria 29,25 mg/kg/dia
Hg 11,6/ Ht 34,7/ Plaq 538000 / Leuc. 21200
(65/05/22/02/00/04meta/02miel)
Uréia 76/ Creat. 0,4/ Proteínas totais 5,2/
Albumina 3,5/ Eletrólitos normais
17o DIH e 18o DIH
Evoluiu com melhora da ausculta pulmonar
Teste ácido negativo
Ana Carla Holanda
ESCS
Caso Clínico
12/05/06 – 19oDIH
D6 Ciclofosfamida
Sem alterações no exame
Alta hospitalar
Hg 12,3 / Ht 35,1 / leuc 14800
(59/04/33/01/01/01/01met) Plaq. 378000
Prescrição:
Prednisona 15 mg VO em dias alternados
Sulfametoxazol + Trimetropim
Retorno ambulatorial para dia 19/05/06.
Ana Carla Holanda
ESCS
Kg
22
/ab
23 r
/ab
24 r
/ab
25 r
/ab
26 r
/ab
27 r
/ab
28 r
/ab
29 r
/ab
30 r
/ab
1/m r
ai
2/m
ai
3/m
ai
4/m
ai
5/m
ai
6/m
ai
7/m
ai
8/m
ai
9/m
a
10 i
/m
a
11 i
/m
ai
Evolução do Peso
24
22
20
18
16
14
12
10
Ana Carla Holanda
ESCS
22
/ab
23 r
/ab
24 r
/ab
25 r
/ab
26 r
/ab
27 r
/ab
28 r
/ab
29 r
/ab
30 r
/ab
1/m r
a
2/m i
a
3/m i
a
4/m i
a
5/m i
a
6/m i
a
7/m i
ai
8/m
a
9/m i
10 ai
/m
11 ai
/m
ai
ml/kg/h
Diurese Diária
10
8
6
4
2
0
Ana Carla Holanda
ESCS
22
/ab
23 r
/ab
24 r
/ab
25 r
/ab
26 r
/ab
27 r
/ab
28 r
/ab
29 r
/ab
30 r
/ab
1/m r
ai
2/m
ai
3/m
ai
4/m
ai
5/m
ai
6/m
a
7/m i
ai
8/m
a
9/m i
a
10 i
/m
11 ai
/m
ai
Perímetro Abdominal
65
60
55
cm
50
45
40
Ana Carla Holanda
ESCS
22
/ab
23 r
/ab
24 r
/ab
25 r
/ab
26 r
/ab
27 r
/ab
28 r
/ab
29 r
/ab
30 r
/ab
1/m r
ai
2/m
a
3/m i
a
4/m i
ai
5/m
ai
6/m
a
7/m i
a
8/m i
ai
9/m
a
10 i
/m
11 ai
/m
ai
Pressão Arterial
160
150
140
130
120
mmHg 110
100
90
80
70
60
50
Ana Carla Holanda
ESCS
22
/ab
23 r
/ab
24 r
/ab
25 r
/ab
26 r
/ab
27 r
/ab
28 r
/ab
29 r
/ab
30 r
/ab
r
1/m
ai
2/m
ai
3/m
ai
4/m
ai
5/m
ai
6/m
ai
7/m
ai
8/m
ai
9/m
a
10 i
/m
a
11 i
/m
ai
Presença de Edema
4
3
2
1
0
Ana Carla Holanda
ESCS
/4/
23 2006
/4/
24 2006
/4/
25 2006
/4/
26 2006
/4/
27 2006
/4/
28 2006
/4/
29 2006
/4/
30 2006
/4/
20
1/5 06
/ 20
2/5 06
/ 20
3/5 06
/ 20
4/5 06
/ 20
5/5 06
/ 20
6/5 06
/ 20
7/5 06
/ 20
8/5 06
/ 20
9/5 06
/
10 2006
/5/
11 2006
/5/
20
06
22
(em +)
Resultados dos testes ácidos
4
3
2
1
0
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Introdução
Conjunto de sinais, sintomas e achados
laboratoriais que se desenvolvem em
conseqüência a alterações da permeabilidade
seletiva da membrana basal glomerular.
Aumento da permeabilidade às proteínas.
Proteinúria maciça
faixa nefrótica na criança > 40-50 mg/kg/24h
característica principal
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Introdução
Proteinúria leva a:
hipoalbuminemia (<2,5 g/dl)
edema
hiperlipidemia
lipidúria
Função renal costuma estar preservada (sem
oligúria).
Não existe invasão glomerular por células
inflamatórias.
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Introdução
Alguns achados que podem surgir na S.
Nefrótica:
hematúria microscópica, dismórfica e cilindros
hemáticos
hipertensão arterial
A S. Nefrótica costuma ter caráter insidioso,
diferenciando-se do início abrupto da S.
Nefrítica.
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Etiologia
Causa toxicoalérgica (mercúrio, pólen, picada
de abelha ou de cobra, globulinas, etc.)
Causa infecciosa (CMV, sífilis congênita,
malária, HIV, etc.)
Doença metabólica (DM, amiloidose, etc.)
Doença sistêmica (LES, púrpura de HenochSchonlein, etc.)
Doença circulatória (trombose de veia renal,
IC, anemia falciforme, etc.)
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Etiologia
Causa renal primária * etiologia não
definida SN idiopática
77% por lesões mínimas
10% por glomeruloesclerose focal e segmentar
(GEFS)
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Incidência
Rara na faixa etária pediátrica
Incidência: 2 casos em 100000 crianças < 16 anos
Faixa de maior incidência: pré-escolares
80% dos casos são em crianças < 6 anos
Predomínio no sexo masculino (3:2)
Incomum SN com história familiar
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Etiopatogenia
Evidências de doença de caráter imunológico
recidivas desencadeadas por processos virais de
vias aéreas superiores ou eventos alérgicos
resposta clínica da SN ao tratamento com
corticosteróides e imunossupressores
associação entre SN e atopia
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Fisiopatologia
Alterações estruturais da membrana basal
glomerular (MBG)
MBG poros que restringem a passagem de
macromoléculas de acordo com o tamanho e a
carga elétrica
SNLM perda de cargas negativas
albumina carga negativa
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Fisiopatologia
Proteinúria
> 3,5 g/dia (adultos) ou 50 mg/kg/dia (crianças)
proteinúria > 2g/dia já estabelece diagnóstico
de uma glomerulopatia
barreira de tamanho e barreira de carga
proteinúria seletiva e proteinúria não-seletiva
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Fisiopatologia
Hipoproteinemia
Hipoalbuminemia (< 2,5g/dl)
Principal proteína do plasma
Pressão oncótica
Síntese hepática insuficiente
Catabolismo renal
Outras proteínas
Antitrombina III co-fator da heparina
hipercoagulabilidade
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Fisiopatologia
Outras proteínas
Globulina de ligação da tiroxina falsa hipofunção
da tireóide (T4 total baixo), mas níveis de hormônio
livre e TSH normais
Proteína fixadora de vit. D alguns desenvolvem
hipocalcemia e hiperparatireoidismo secundário e
doença óssea
Transferrina anemia hipocrômica e microcítica
resistente a reposição com sulfato ferroso
Imunoglobulinas e fatores de complemento
– Queda de IgG – bactérias encapsuladas (S. pneumoniae)
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Fisiopatologia
Edema
Pressão hidrostática X pressão oncótica
Justificada pela aguda e acentuada da
albuminemia.
Tendência à hipovolemia e ativação do sistema
renina-angiotensina-aldosterona
Retenção hidrossalina secundária aumento do
edema
Pode levar a hipotensão (complicação rara)
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Fisiopatologia
Hiperlipidemia
Hipercolesterolemia ( LDL) da síntese
hepática de lipoproteinemias, estimulada pela
queda da pressão oncótica pela hipoalbuminemia
Hipertrigliceridemia em menor escala
redução do catabolismo do VLDL
Lipidúria (corpos ovalados e cilindros graxos)
Hiperlipidemia nefrótica contribui para
aterogênese e para a progressão da lesão renal
da incidência de doença cardíaca isquêmica
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Manifestações Clínicas
Início insidioso do edema (2 a 3 semanas)
inicialmente, matutino e periorbitário e ascite
pequena
Aumento súbito de peso
Oligúria
Anorexia
60% - história clínica de IVAS nas semanas
que precedem o edema
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Manifestações Clínicas
Palidez
Irritabilidade e desatenção
Crescimento deficiente dos cabelos
Estrias
Ascite de grande volume dificuldade
respiratória e cianose
Edema genital
Hérnia umbilical
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Complicações
Fenômenos trombo-embólicos
trombose da veia renal, TEP e outros
estado de hipercoagulabilidade
perda de antitrombina III pela urina
Redução dos níveis e/ou atividade das proteínas C e S,
hiperfibrinogenemia, comprometimento da fibrinólise e
maior agregação plaquetária
Anticoagulantes em pactes com alguma trombótica
associada ( warfarin tem melhor efeito que a heparina).
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Complicações
Alta susceptibilidade a infecções
Deficiência de IgG e componentes da via alternativa
do complemento
Germes encapsulados – Streptococcus pneumoniae
Peritonite bacteriana espontânea (pctes com ascite)
S. pneumoniae e E. coli
Celulite freqüentemente em coxa, dorso ou abdome
Infecção urinária episódios febris, dor abdominal,
disúria e piúria
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Complicações
Hematúria observada em 36% dos casos e
geralmente microscópica
Hipertensão achado incomum
Diarréia grave edema da mucosa intestinal
1/5 dos casos
Crises nefróticas crises de dor abdominal,
com pouca dor à palpação do abdome, febre,
vômitos e diarréia
IRA
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Dados laboratoriais
VHS
colesterolemia e trigliceridemia
albuminemia
gamaglobulina
Proteinúria
Hematúria e leucocitúria
Cilindros hialinos
Gotículas de gordura
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Dados laboratoriais
Uréia
Hipocalcemia
Hiponatremia dilucional (raramente
abaixo de 130 mEq/l)
Hipocalemia rara (complicação
terapêutica com corticosteróides e diuréticos)
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Tratamento
Doença de evolução prolongada,
freqüentemente sujeita a recidivas
Custo elevado
Preferir acompanhamento ambulatorial e
evitar internações (restritas a pacientes com
grande edema, HA importante, alterações
metabólicas ou infecções).
Cuidados nutricionais (desnutrição proteica
grave)
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Tratamento
Restrição moderada de sal
Não restringir líquidos
Suplementação polivitamínica e de cálcio
Tratar toda infecção rigorosamente com
antibióticos
grande causa de morbimortalidade
freqüentemente mascarada pelo uso de
corticosteróides e imunossupressores
Profilaxia com antibióticos em casos de
recidivas freqüentes de infecções
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Tratamento
Medidas Inespecíficas
edema pouco intenso não há necessidade de
diuréticos
edema intenso e oligúria (com volemia adequada)
dá-se preferência a associação furosemidaespironolactona
edema intenso com desconforto respiratório e/ou
edema genital infusão de albumina (0,5 a 1
g/kg) e uso logo posteriormente de furosemida (IV
– 1 mg/kg)
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Tratamento
Medidas Específicas
Tratar infecções antes do emprego de
imunossupressores e corticosteróides
Afastar infecção tuberculosa (PPD), infestação por
Strongyloides stercoralis e forma intestinal de
esquistossomose
Realizar sorologias para Hepatites B e C, HIV
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Tratamento
Medidas Específicas
SN corticossensível (proteinúria torna-se igual ou
menor a 5mg/kg/dia após 4 semanas de tto)
Prednisona 2mg/kg VO dose única diária por 4 semanas;
Prednisona 2mg/kg VO em dias alternados por 2 meses;
Dose diminuída em 0,5 mg/kg a cada 2 semanas até
suspensão do tratamento.
O risco de recidiva diminui à medida que aumenta o
tempo de remissão.
Recidivas freqüentes predispõem ao uso de
imunossupressores (ciclofosfamida ou clorambucil)
prescritos durante 10 semanas
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Tratamento
Medidas Específicas
SN corticorresistente (após 4 sem de tto a
proteinúria mantém-se maior ou igual a 50
mg/kg/dia)
Crianças fortes candidatas ao uso de
imunossupressores ( Ciclofosfamida é a mais usada –
2,5 mg/kg/24h durante 10 semanas sempre associada
a prednisona
Pulsoterapia com metilprednisolona resultados
controversos na literatura
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Tratamento
Medidas Específicas
Uso de hipolipemiantes
Criança que não responde a nenhuma das terapêuticas
Estatinas
Ana Carla Holanda
ESCS
Síndrome Nefrótica
Prognóstico
Prognóstico muito bom para SN idiopática de
lesões mínimas
Uso de corticosteróides, imunossupressores e
antibióticos mortalidade
Diminuição de morte conseqüente a IR crônica
Maior parte dos óbitos foi conseqüente a
complicações da síndrome
Ana Carla Holanda
ESCS
Obrigada!!!