HISTÓRIA ECLESIÁSTICA Aula 5 A IGREJA MEDIEVAL REVISÃO DAS 4 PRIMEIRAS AULAS: A IGREJA É SAL DA TERRA LUZ PARA O MUNDO A NOIVA DE CRISTO CADA.

Download Report

Transcript HISTÓRIA ECLESIÁSTICA Aula 5 A IGREJA MEDIEVAL REVISÃO DAS 4 PRIMEIRAS AULAS: A IGREJA É SAL DA TERRA LUZ PARA O MUNDO A NOIVA DE CRISTO CADA.

HISTÓRIA ECLESIÁSTICA
Aula 5
A IGREJA MEDIEVAL
REVISÃO DAS 4
PRIMEIRAS AULAS:
A IGREJA É
SAL DA TERRA
LUZ PARA O MUNDO
A NOIVA DE CRISTO
CADA UM DOS QUE CRÊM EM CRISTO
OS CINCO PRIMEIROS SÉCULOS
• A Igreja deixa de ser perseguida;
• A religião cristã torna-se a religião oficial do Império
Romano, fundindo-se o Estado e a Igreja: numa só
entidade dois braços: o espiritual e o secular;
• O paganismo migra para dentro dela e ela se torna-se
uma RELIGIÃO;
CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS
• Aumento do esplendor e cerimonialismo nos cultos,
perdendo na parte espiritual;
• Imagens de mártires, considerados santos, começam a entrar
nos templos;
• Adoração à mãe de Jesus substitui a adoração a Vênus e a
Diana;
• A Ceia do Senhor tornou-se sacrifício em vez de Memorial;
• O Presbítero evoluiu de pregador para sacerdote;
As Principais Heresias
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
Arianismo (Cristo era um semi-deus.
Gnosticismo (Chega-se a Deus por meio do Conhecimento)
Marcionismo (o Pai enviara seu Filho para salvar o homem da ira de Jeová);
Montanismo (Montano se dizia a encarnação do Espírito Santo e chegava a
batizar em “Nome do Pai, do Filho e de Montano”)
Neoplatonismo (Opunha-se à fé cristã da Trindade e da vontade do Pai de
relacionar-se com seus filhos.
Maniqueísmo (O espírito do homem, preso à matéria má, necessitava de
um ascetismo rigoroso, inclusive o sexual, para ser liberto);
Modalismo/Sabelianismo (não haviam Três Pessoas e uma Essência Divina,
mas uma Pessoa Divina que manifestou-se de três maneiras diferentes);
Ebionismo (Judeus cristãos: criam que Jesus foi um homem comum que
tornou-se o Messias, por ter cumprido toda a Lei. A Lei é que salva);
Monarquianismo (Ensinava que Jesus fora um mero homem a quem o
Logos habitou e o revestiu de poder no batismo)
A Igreja reage aos herejes
1. Surgem os Apologistas
2. Os “Pais” da Igreja se destacam;
3. Reúnem-se em Concílios;
4. Cria-se uma hierarquia episcopal (bispo);
5. Estabelecem quais livros são inspirados (Cânon
Sagrado);
6. Definem um Credo de fé Cristã;
A Formação do Cânon
Os Pais da Igreja, os Apologistas, os Bispos e Presbíteros
tiveram muito trabalho, lendo e analisando (exegese)
todos os livros escritos após a morte de Jesus e que
circulavam nas Igrejas, para definirem quais eram, de fato,
inspirados pelo Espírito Santo e quais não eram.
Os do Antigo Testamento já estavam definidos pelos
Judeus, formando assim a Bíblia Sagrada, com 66 livros.
O Símbolo Apostólico
O terceiro aspecto da reação eclesiástica foi a fixação de
uma confissão de fé e crença, as quais eram, inicialmente
dirigidas ao batizando.
No Concílio de Nicéia (ano 325) estabeleceu-se então um
Credo, também conhecido como O Símbolo dos Apóstolos e que até hoje é aceito pelos católicos romanos,
católicos ortodoxos e também pelos reformadores
(protestantes/evangélicos)
O CREDO
Creio em Deus Pai, todo-poderoso, Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que foi concebido pelo
poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio
Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos
mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos Céus, está sentado à
direita de Deus Pai Todo-Poderoso, donde há de vir julgar os vivos e
mortos.
Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos
santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida
eterna. Amém.
Os Concílios Ecumênicos
Os concílios são Assembléias de dignitários religiosos que
têm como objetivo definir as doutrinas que deveriam ser
aceitas pela Igreja e condenar os ensinos perniciosos.
Os principais concílios depois dos apóstolos foram:
•O Concílio de Nicéia, ano 325
•Concílio de Constantinopla, ano 381
•Primeiro Concílio de Éfeso , ano 431
•Concílio de Calcedônia, ano 451
Os Principais “Pais da Igreja”
• Eusébio, bispo de Cesaréia (+- 340)
• Atanásio, bispo de Alexandria (+- 373)
• Gregório Nazianzeno (329-390)
• Ambrósio, de Milão (339-397)
• João Crisóstomo (347-407)
• Teodoro de Mopsuéstia (350-428)
• Agostinho, de Hipona (354 a 430 d.C)
• Jerônimo, de Veneza (331 a 420 d.C)
Os Principais Apologistas foram
• Justino, “O Mártir” (100 A 165 d.C), através do conceito do Logos mostrou
ao imperador e aos romanos como os cristãos seguiam os melhores
princípios da sabedoria grega;
• Clemente de Alexandria (150 a 215 d.C) , escreveu vários tratados e foi
mestre de Orígenes;
• Tertuliano, de Cartago (155 a 220 d.c), defendeu a Trindade e a
encarnação do Logos
• Orígenes, de Alexandria (185 a 254 d.C), Fé desde criança, era polêmico e
se expunha aos perigos em praça pública; com 18 anos tornou-se diretor de
uma Escola de Fé;
5ª aula
IDADE MÉDIA
Séc V a XV
Ocidente
Roma
Oriente
Constantinopla
O Império romano, decadente e dividido;
A imoralidade;
Sérios problemas financeiros levam à decadência do
grandioso Império Romano;
O Cristianismo, como religião, se fortalece
A Igreja Medieval
• Prestigiados, os cristãos alcançaram altos cargos no Império Romano
e os bispos passaram a cuidar da administração das cidades;
• Cada Comunidade tinha seu Bispo e com o tempo os Bispos dos
grandes centros passaram a ter maior importância;
• Cinco Igrejas se destacaram mais, formando patriarcados: Jerusalém,
Alexandria, Antioquia, Éfeso e Roma. Mais tarde Éfeso perdeu sua
importância e surgiu o patriarcado de Constantinopla;
• Mesmo diante do colapso do império Romano, a Igreja cristã
manteve-se unida o que favoreceu o seu fortalecimento.
A Igreja Medieval
• Com o desmembramento do Império Romano e sua união com a
Igreja, apenas duas sedes mantiveram-se em destaque: Roma, capital
do império do ocidente e Constantinopla (Bizâncio), capital do império
do oriente
A Igreja Medieval
• Com a conversão dos reis germânicos, iniciada com Clóvis, do
reino dos francos, a Igreja adquiriu caráter universal (católico).
Para isto, contou com o auxílio dos monarcas que em troca,
recebiam a legitimação do seu poder. Em uma sociedade
marcada pelo medo da fome e das guerras, o cristianismo
oferecia alívio em momentos de desespero;
A Igreja Medieval
• Gradativamente a Igreja tornou-se a instituição mais poderosa
do mundo medieval, tendo sido a própria educação, em
grande parte, controlada pelo clero por meio do monopólio da
escrita e leitura. Para o homem medieval, a resposta para os
seus questionamentos se encontrava no sagrado, e era a Igreja
que fornecia explicações para essas questões.
continua
• A visão medieval era marcada por esta religiosidade e os
sacrifícios no mundo terreno seriam compensados após a
morte, na vida eterna. Dessa maneira, a Igreja conseguia
garantir a ordem e a estrutura social, alegando que os
sofrimentos dos trabalhadores na terra terminariam no
reino dos céus.
continua
• A adoração aos santos e principalmente à virgem Maria,
constituía um laço que unia os homens medievais. As
peregrinações e os jejuns eram ações importantes na luta
contra os ataques do demônio. A Igreja estava presente nos
momentos principais da vida do homem, como o nascimento,
casamento e a morte. Podia julgar questões relativas ao
casamento e excomungar aqueles que não cumprissem suas
regras, tendo o poder de excomungar até reis.
O PAPADO
Roma estava sem governo, pois Constantinopla tornara-se
a sede do império, e sua administração caiu nas mãos do
seu bispo, que tinha grande prestígio.
O patriarca de Roma, Leão I, salvou a cidade da
destruição bárbara intercedendo junto a Átila.
PAPA
O Império desapareceu e a Igreja tornou-se guardiã do
que restara da velha civilização;
Com sua conduta, Leão I, O Grande, tornou-se o
“primeiro papa”, com um poder que os outros
patriarcados nunca tiveram...
PAPA
Roma era mais forte e organizada que Constantinopla.
Tinha um cristianismo prático para com os pobres e
igrejas perseguidas de outras províncias, e não havia um
imperador para controlá-la o que não acontecia com
Constantinopla.
PAPA
Foi assim que o bispo de Roma ou papa, no concílio de
Calcedônia (451) começou a ser considerado como a
autoridade principal de toda a Igreja.
O Patriarca do Oriente tornou-se o primado das Igrejas
Ortodoxas.
IGREJA DIVIDIDA
No Ocidente:
Papa, Imperador;
No Oriente:
Patriarca, Imperador;
Ambos reivindicavam o título de
“Bispo Universal”
A IGREJA ORIENTAL
No Oriente o Império romano continuou existindo por mais mil
anos depois que os bárbaros destruíram o Império Romano do
Ocidente;
Por isso os Patriarcas das Igrejas do Oriente (principalmente de
Constantinopla) não tiveram a força dos Papas do ocidente (Roma)
e nem conseguiram centralizar o episcopado como o fez Roma;
A IGREJA ORIENTAL
• Os patriarcas orientais muitas vezes travaram grandes combates
doutrinários entre si e questões doutrinárias e teológicas viravam
questões de estado, já que o imperador de Constantinopla era o
guardião da fé verdadeira (ortodoxa);
• Roma ora apoiava as doutrinas de Jerusalém, ora de Alexandria
(Egito), ora de Antioquia (Síria);
A IGREJA ORIENTAL
• Cristãos não-ortodoxos do oriente (favoráveis a Roma) eram
perseguidos pela Igreja de Constantinopla, o que os fez apoiar os
exércitos árabes como libertadores do jugo de Constantinopla e da
intolerância religiosa dos ortodoxos.
• Até hoje a Igreja Católica está dividida entre a Igreja Católica
Apostólica Romana e a Igreja Cristã Ortodoxa.
• O líder de uma é o Papa e o líder da outra é o Patriarca
Bibliografia
1) Curso Intensivo de Teologia, volume 1, Ministério IDE
2) História Eclesiástica, de Euzébio de Cesaréia
Próxima Aula:
A Ascensão do Islã