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Violência contra a mulher: Opinião do brasileiro sobre estupro gera protestos

social Os resultados da pesquisa "Tolerância à violência contra as mulheres", divulgada em março de 2014 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), provocou diversas reações nas redes sociais após apontar que

65,1% dos entrevistados concorda total ou parcialmente que "mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”.

maioria Poucos dias dos após a divulgação da pesquisa, o Ipea reconheceu que o resultado estava errado.

correto para a questão é 26%.

O percentual Mesmo assim, a pesquisa levantou outros pontos que chamam atenção: Para a entrevistados (58,5%), "se mulheres soubessem se comportar, haveria menos estupros" e para 65,1%, gosta de “mulher que é agredida e continua com o parceiro apanhar” .

Segundo dados do 7 º Anuário Brasileiro de Segurança Pública , os casos de estupros no Brasil superam os de homicídios dolosos.

Em 2012, foram 50 mil casos registrados .

Atualmente, somente uma pequena parcela dos estupros chega ao conhecimento da polícia.

A partir de estatísticas de atendimentos realizados em 2011 por postos de saúde e hospitais públicos, um levantamento do Ministério da Saúde estima que no mínimo 527 mil pessoas sejam estupradas por ano no Brasil.

89% das

O estudo Estupro radiografia segundo os dados da no

vítimas são do sexo feminino

Brasil: uma Saúde revela que e possuem, em geral, baixa escolaridade.

Do total, 70% são crianças e adolescentes. Para essa parcela, o maior perigo está dentro de casa - 80% dos estupros são cometidos por parentes, namorados ou conhecidos das vítimas.

Outros resultados apontaram que 22,4% concordam que a questão da violência contra as mulheres recebe mais importância do que merece; para 54,9% existe mulher que é para casar e mulher que é pra cama; e para 27,2%, a mulher casada deve satisfazer o marido na cama, mesmo quando não tem vontade.

da A conclusão de que a culpa pelo crime do estupro seria própria vítima –resultado que depois se mostrou errado- chocou a sociais opinião pública e gerou uma logo campanha nas redes após a divulgação da pesquisa.

Criado no Facebook pela jornalista Nana Queiroz, de movimento

# eunãomerecoserestuprada

Brasília, o propôs que o internauta tirasse uma foto de si mesmo com uma placa com o mote da campanha.

Apesar do efeito viral positivo, centenas de postaram usuários ameaças e agressões na página do evento, comprovando que o pensamento de parte da sociedade não está tão distante da pesquisa.

Um dos agressores, por exemplo, segurava um cartaz com os dizeres "#eu e estupro de novo".

Outros já estuprei ameaçaram as manifestantes de estupro. Organizadores do evento procuraram a polícia, que vai identificar e tentar enquadrar os agressores por apologia e intenção ao crime.

Onda de conservadorismo

A luta das mulheres por direitos, ou o movimento feminista, pode ser dividida em três momentos: as reivindicações por direitos democráticos como o direito ao voto, divórcio, educação e trabalho, nos séculos 18 e 19; a liberação sexual, impulsionada pelo aumento dos contraceptivos, no fim da década de 1960; e a luta por igualdade no trabalho, iniciada no fim dos anos 1970.

A conquista destes e de outros direitos civis no Ocidente está diretamente relacionada a uma forte resposta conservadora contra o avanço dos mesmos. Nas ciências sociais, o termo usado para esse fenômeno é a palavra “backlash”. Se por um lado a sociedade está mudando, por outro, uma parcela quer manter o que já é tradicional e se mobiliza para isso.

na No Brasil, no campo da política, esse efeito se reflete aprovação de novas leis no Congresso, principalmente em temas que discutem sexualidade, saúde reprodutiva e vida familiar. Entre os exemplos estão propostas como a criação do Estatuto da Família, de autoria do pastor e deputado Anderson Ferreira (PR-PE), que reconhece como família apenas a união entre homem e mulher; o projeto da “cura gay”, do deputado João Campos (PSDB-GO); e o Estatuto do Nascituro, com o objetivo de proibir o aborto em caso de estupro – direito assegurado por lei -- e obrigar que o pai pague pensão alimentícia às crianças concebidas mesmo em uma relação sexual forçada.

No Brasil, muitas são as iniciativas de grupos de mulheres e coletivos diminuir a violência de gênero. No Governo Federal, quem trata do tema é a Secretaria de para Política para Mulheres ampliação trabalha de na campanhas para divulgar a Lei Maria da Penha, criada em 2006 e hoje o principal instrumento jurídico para coibir e punir a violência doméstica contra mulheres.

Polêmica do momento: a questão dos justiceiros

O aumento da violência e a ineficiência do Estado têm contribuído para a crescente onda de justiçamentos.

Os dois primeiros meses de 2014 foram marcados pelo aumento das grupos de ações dos chamados '‘justiceiros’', indivíduos que reprimem e punem suspeitos de crimes com atos violentos. As notícias de levantes populares contra suspeitos de crimes sempre existiram, com casos de linchamento e até mesmo assassinatos.

O Rio de Janeiro foi palco de dois casos com grande repercussão midiática. No primeiro um jovem, negro, de 15 anos, apontado como assaltante, foi encontrado amarrado pelo pescoço a um poste. Ele estava nu, ensanguentado e com marcas de espancamento. Cerca de trinta homens foram apontados como autores do depois, imagens da justiçamento. Cinco dias execução de um rapaz de 20 anos, acusado ganharam sociais.

de ser assaltante na Baixada Fluminense, espaço na imprensa e se espalharam pelas redes

Os defensores dos justiceiros de que utilizam o argumento a sociedade está cansada da inércia do Estado e não tolera mais o alarmante estado da de vivenciamos.

insegurança Já a que outra parcela da população vê as crescentes ações como um retorno à barbárie e possível prenúncio instauração de uma desordem social .

Vivemos em um que assegura que país regido por uma constituição , ninguém será submetido a tortura nem tratamento desumano ou degradante e também prevê a não execução de penas cruéis. Além disso, cabe somente ao Poder Judiciário julgar e punir os cidadãos que venham a cometer crimes.

O fato é que a partir do momento que um cidadão comum se torna um justiceiro , ele também se transforma em um criminoso , de acordo com a lei. Uma vez a defesa legitima não contempla atos de linchamento, tortura ou violência .

Sem contar que as chances destas ações violentas serem realizadas contra pessoas inocentes são grandes, como no caso do ator Vinícius Romão, que ficou 16 dias preso, no Rio de Janeiro, ao ser acusado de um roubo que não cometeu . Se ele tivesse sido abordado por um grupo de justiceiros e sofrido agressões, como ficaria?

Vivemos em uma sociedade considerada civilizada, mas atitudes como estas jogam fora todos os anos de progresso e tempo do avanço ideológico e faz com que voltemos ao Código de Hamurabi, criado em 1780 a.C.

, um dos primeiros códigos de leis escrito na História, também conhecido como Lei de talião , que pregava o princípio de proporcionalidade da punição, no "olho por olho, dente por dente" .

No entanto, pelo menos no Rio, a vista pela ação não foi bem população. Pesquisa do Datafolha apontou que 79% da população reprovou a ação de justiceiros que espancaram e amarraram a um poste um suspeito de roubo de carros.

CASO PEDRINHAS e o sistema carcerário brasileiro.

VIOLÊNCIA nos estádios de futebol BRASIL 2012 – 50.081

mortes por homicídio doloso 27 por 100 mil habitantes 2013 – Jovens Brasil – 53,4 - ROLEZINHOS - CASO AMARILDO – CASO DG