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Módulo 2 – Os primórdios da filosofia grega





Pré-socráticos.
Fisiocratas.
Filósofos da natureza.
Crise para as explicações míticas e
para o poder dos aedos.
• Investigavam racionalmente (logos)
sobre a natureza (physis).
• Investigar a causa e o efeito na
natureza.
• Buscar uma causa primeira para
toda natureza (arché).


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O uso da razão
• São filósofos que indicaram a
filosofia como uma união entre
filo (amizade) e sofia
(sabedoria).

• As explicações passam a ter
referência na observação da
natureza.


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As escolas pré-socráticas.
• a escola jônica :
discutem sobre a
mutabilidade da
natureza (prática).
• a escola eleática ou
itálica: discutem sobre a
imutabilidade da
natureza (teoria).
• a escola atomista ou
pluralista: decomposição
da matéria sugerindo
nova composição das
coisas.


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Doxografias da Escola Jônica
Tales de Mileto: (...) Tales, o
fundador de tal filosofia diz ser a
água o princípio e por este motivo
também declarou que a Terra está
sobre a água, levado sem dúvida a
esta concepção por ver que o
alimento de todas as coisas é
úmido (...)

Aristóteles. Metafísica. I, 3. 983 b.

Pitágoras de Samos.


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O pensamento racional
Heráclito de Éfeso

Cosmologia: “Tudo flui”

Parmênides de Eléia

Cosmologia: “Tudo
permanece”


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“Para a voz corrente é muito simples: ser livre é poder fazer tudo o que se quer, como se quer, quando se
quer [...]. Infelizmente, não existe [...] sociedade humana que permita fazer tudo o que se quer. Existem
sempre motivos (‘razões’) ou causas [...] que ‘determinam’ a nossa ação. [...]. Refletindo sobre a
liberdade Rousseau chegou a seguinte conclusão: ‘A obediência à lei que se estatuiu a si mesmo é
liberdade’. Ou seja, a liberdade consistiria não em recusar obedecer, negar os constrangimentos e rejeitar
as determinações, mas sim em assumi-las plenamente, tentando refletir antes de agir, ajuizar o mais
lúcida e racionalmente possível, para não cair em excessos de toda a ordem.”
HUISMAN, Denis. A Filosofia para principiantes. Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1983, p. 64 a 68, Texto
adaptado.
Tendo como referência o texto, é correto afirmar que para Huisman a liberdade consiste em
(A) aceitar todo tipo de determinação.
(B) agir unicamente em conformidade com seus próprios desejos.
(C) agir sem nenhum impedimento do outro.
(D) agir de acordo com as leis que nos são impostas pela sociedade, aceitando-as por medo de punição.
(E) agir levando em consideração as determinações, mas assumindo-as de forma consciente e refletida.


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(ENEM) A palavra Filosofia é resultado da composição em grego de duas
outras: philo e sophia. A partir do sentido desta composição e das
características históricas que tornaram possível, na Grécia, o uso de tal
palavra, pode-se afirmar que
A) a Filosofia é um saber técnico que possibilita, pela posse ou não de uma
habilidade, tornar algumas pessoas melhores.
B) Qualquer pessoa pode ser incluída na lista dos filósofos, pois todos são
dotados de um saber prático, o que lhes concede sabedoria para agir de
forma correta.
C) a Filosofia indica que o ser humano não possui um saber, mas o deseja,
procurando a verdade por meio da investigação da natureza e do ser
humano.
D) a palavra Filosofia indica posse de um saber divino e pleno, tornando as
pessoas portadoras de um conhecimento sobre-humano.
E) a Filosofia, em sua essência, significa a atitude daquele que sabe que sabe
pouco e acredita que suas investigações o levarão a verdade completa sobre
as causas e origem de todas as coisas.


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(ENEM) “Quando Édipo nasceu, seus pais, Laio e Jocasta, os reis de Tebas, foram informados de uma
profecia na qual o filho mataria o pai e se casaria com a mãe. Para evitá-la, ordenaram a um criado
que matasse o menino. Porém, penalizado com a sorte de Édipo, ele o entregou a um casal de
camponeses que morava longe de Tebas para que o criasse. Édipo soube da profecia quando se
tornou adulto. Saiu então da casa de seus pais para evitar a tragédia. Eis que, perambulando pelos
caminhos da Grécia, encontrou-se com Laio e seu séquito, que,insolentemente, ordenou que saísse
da estrada. Édipo reagiu e matou todos os integrantes do grupo, sem saber que entre eles estava
seu verdadeiro pai. Continuou a viagem até chegar em Tebas, dominada por uma Esfinge. Ele
decifrou o enigma da Esfinge, tornou-se rei de Tebas e casou-se com a rainha, Jocasta, a mãe que
desconhecia”.
Disponível em: http://www.culturabrasil.org. Acesso em: 28/08/2010 (adaptado).
No mito Édipo Rei, são dignos de destaque os temas do destino e do determinismo. Ambos são
características do mito grego e abordam a relação entre liberdade humana e providência divina. A
expressão filosófica que toma como pressuposta a tese do determinismo é:
a) “Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu tinha de mim mesmo.” (Jean Paul Sartre)
b) “Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.” (Santo
Agostinho)
c) “Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte.” (Arthur Schopenhauer)
d) “Não me pergunte quem sou eu e não me diga para permanecer o mesmo.” (Michel Foucault)
e) “O homem, em seu orgulho, criou a Deus a sua imagem e semelhança.” (Friedrich Nietzsche)


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(Unicentro 2010) “Os poemas homéricos têm por fundamento uma visão
de mundo clara e coerente. Manifestam-na quase a cada verso, pois
colocam em relação com ela tudo quanto cantam de importante – é, antes
de mais nada, a partir dessa relação que se define seu caráter particular.
Nós chamamos de religiosa essa cosmovisão, embora ela se distancie
muito da religião de outros povos e tempos. Essa cosmovisão da poesia
homérica é clara e coerente. Em parte alguma ela enuncia fórmulas
conceituais à maneira de um dogma; antes se exprime vivamente em tudo
que sucede, em tudo que é dito e pensado. E embora no pormenor muitas
coisas resultem ambíguas, em termos amplos e no essencial, os
testemunhos não se contradizem. É possível, com rigoroso método, reunilos, ordená-los, fazer lhes o cômputo, e assim eles nos dão respostas
explícitas às questões sobre a vida e a morte, o homem e Deus, a liberdade
e o destino (...).”
(OTTO. Os deuses da Grécia: a imagem do divino na visão do espírito grego.
1ª Ed., trad. [e prefácio] de Ordep Serra. – São Paulo: Odysseus Editora, 2005
- p. 11.


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Com base no texto, e em seus conhecimentos sobre a função dos mitos na Grécia arcaica, assinale a
alternativa correta.
a) De acordo com os poemas homéricos, os deuses em nada poderiam interferir no destino dos
humanos e, assim, a determinação divina (ananque) se colocava em segundo plano, uma vez que
era o acaso (tykhe) quem governava, isto é, possuía a função de ensinar ao homem o que este
deveria escolher no momento de sua livre ação.
b) As poesias de Homero sempre mantiveram a função de educar o homem grego para o pleno
exercício da atividade racional que surgiria no século VI a.C., uma vez que, de acordo com
historiadores e helenistas, não houve uma ruptura na passagem do mito para o logos, mas sim um
processo gradual e contínuo de enraizamento histórico que culminou no advento da filosofia.
c) Os mitos homéricos serviram de base para a educação, formação e visão de mundo que o homem
grego arcaico possuía. Em seus cânticos, Homero justapõe conceitos importantes como harmonia,
proporção e questionamentos a respeito dos princípios, das causas e do porquê das coisas. Embora
todas essas instâncias apresentavam-se como tal, os mitos não deixaram de lado o caráter mágico,
fictício e fabular em que eram narrados.
d) O mito já era pensamento. Ao formalizar os versos de sua poesia, Homero inaugura uma
modalidade literária bem singular no ocidente. As ações dos deuses e dos homens, por exemplo,
sempre obedeceram a uma ordem pré-estabelecida, a qual sempre revelou uma lógica racional em
funcionamento.
e) Os mitos tiveram função meramente ilustrativa na educação do homem grego, pois o caráter
teórico e abstrato da cultura grega apagou em grande parte os aspectos que se revelariam
relevantes na poesia grega.


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(Unesp 2012) Aedo e adivinho têm em comum um mesmo dom de “vidência”,
privilégio que tiveram de pagar pelo preço dos seus olhos. Cegos para a luz, eles
veem o invisível. O deus que os inspira mostra-lhes, em uma espécie de revelação,
as realidades que escapam ao olhar humano. Sua visão particular age sobre as
partes do tempo inacessíveis às criaturas mortais: o que aconteceu outrora, o que
ainda não é.
(Jean-Pierre Vernant. Mito e pensamento entre os gregos, 1990. Adaptado.)
O texto refere-se à cultura grega antiga e menciona, entre outros aspectos,
a) o papel exercido pelos poetas, responsáveis pela transmissão oral das tradições,
dos mitos e da memória.
b) a prática da feitiçaria, estimulada especialmente nos períodos de seca ou de
infertilidade da terra.
c) o caráter monoteísta da sociedade, que impedia a difusão dos cultos aos deuses
da tradição clássica.
d) a forma como a história era escrita e lida entre os povos da península balcânica.
e) o esforço de diferenciar as cidades-estados e reforçar o isolamento e a
autonomia em que viviam.


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(ENEM)
TEXTO I
Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá,
e que outras coisas provêm de sua descendência. Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao
passo que os ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar por feltragem e, ainda
mais condensadas, transformam-se em água. A água, quando mais condensada, transforma-se em
terra, e quando condensada ao máximo possível, transforma- se em pedras.
BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado).
TEXTO II
Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, como criador de todas as coisas, está no
princípio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em face desta
concepção, as especulações contraditórias dos filósofos, para os quais o mundo se origina, ou de
algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos, como julga Demócrito. Na
verdade, dão a impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha.”
GILSON, E.; BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado).


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Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a
origem do universo, a partir de uma explicação racional. As teses de
Anaxímenes, filósofo grego antigo, e de Basílio, filósofo medieval, têm em
comum na sua fundamentação teorias que
A) eram baseadas nas ciências da natureza.
B) refutavam as teorias de filósofos da religião.
C) tinham origem nos mitos das civilizações antigas.
D) postulavam um princípio originário para o mundo.
E) defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas