UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: BRUCELOSE Eugenia Márcia de Deus Oliveira Organização Mundial de.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: BRUCELOSE Eugenia Márcia de Deus Oliveira

Organização Mundial de Saúde Animal (OIE)

doenças da lista B doenças que têm importância sócio-econômica e/ou para saúde pública e consequências significativas no comércio internacional de animais e seus produtos.

Definição

A brucelose é uma doença infecto-contagiosa provocada por bactérias do Gênero

Brucella.

Entre os bovinos

,

caracteriza se por provocar abortos geralmente no terço final da gestação, nascimento de bezerros fracos, retenção de placenta, repetição de cio e descargas uterinas com grande eliminação da bactéria, podendo ainda transmitir-se ao homem.

Sinonímia: doença de Bang, aborto contagioso, aborto infeccioso, febre ondulante, febre de Malta, febre do Mediterrâneo.

Classificação do Gênero Brucella

Brucella melitensis - Bruce - 1887 - Malta -

3 biovares

Brucella abortus - Bang - 1897 - Din -

7 biovares

Brucella suis - Traum - 1914 - USA -

5 biovares

B. ovis - Buddle - 1953 - N.Zel. B. neotomae - Stoenner - 1957 - USA B.canis - Carmichael - 1968 - USA Mamíferos marinhos - Ross et al. - 1994 - Escócia

ETIOLOGIA

Gênero Brucella Composto por 6 espécies Cocobacilos Gram negativos Intracelular facultativo Sistema reprodutor e células reticuloendoteliais Infecção de caráter crônico Zoonose

Resistência

Luz solar direta ........................... 4-5h Solo: seco ....................................... 4d úmido ................................... 66d a baixas temp........................ 151-185 d Fezes ............................................. 120 d Dejetos: esgoto ................................... 8-240/700 d altas temp............................. 4h - 2h Água: potável ................................ 5-114 d poluída ............................... 30-150 d Feto à sombra ............................ 180 d Exsudato úterino ....................... 200 d

Wray, 1975

Resistência

Leite 17 dias Leite congelado > 800 dias Queijos até 6 meses Manteiga até 4 meses Iogurte - 43 a 46ºC / pH 3,9 2,5 a 3,5 horas Iogurte - 18 a 34ºC / pH 3,7 89 a 96 dias 60ºC 10 min.

71,7ºC 15 seg.

ETIOLOGIA

Gênero Brucella Espécies lisas

Brucella abortus Brucella suis Brucella melitensis

Gênero Brucella Espécies rugosas

ETIOLOGIA Brucella ovis Brucella canis

Gênero Brucella

Brucella maris ETIOLOGIA

Situação Epidemiológica no Brasil

1975 Último estudo nacional Região Sul 4,0% Região Sudeste 7,5% Região Centro-Oeste 6,8% Região Nordeste 2,5% Região Norte 4,1%

Outros estudos estaduais

1975

RS 2,0% SC 0,2% MS 6,3% MG 7,6% 0,3%

(86)

0,6%

(96)

6,3%

(98)

6,7%

(80) De 88 a 98: entre 4% e 5%

Brucelas confirmadas no Brasil até 1985

(Carrillo, 1990)

B. abortus

bio 1,2,3

B. suis

bio 1

BRUCELLA

B.ovis B.canis

Perdas para a pecuária:

• •

Aborto Repetição de cio

• •

Bezerros fracos Custos de reposição

Diminuição na produção de leite

Redução do tempo de vida produtiva

Limitação na comecialização de animais

Vias de eliminação

Fluidos e anexos fetais

Sêmen

Leite

EPIDEMIOLOGIA

Porta de entrada Mucosas

nasal

oral

conjuntiva

genital

EPIDEMIOLOGIA

Transmissão

EPIDEMIOLOGIA

Contato direto Contato oronasal com animais infectados Via venérea Congênita Contato indireto Fômites Água Pastagens

Transmissão

Via oral Via genital

PATOGENIA

Porta de Entrada

Linfonodo regional Disseminação Hemática Linfática Macrófagos Neutrófilos Oral Respiratório Conjuntivas Genital Pele Linfonodos Baço Fígado Sistema reprodutivo Útero Úbere Articulações

PATOGÊNESE -

fêmeas infectadas são geralmente assintomáticas - período de incubação - 2 semanas a 2 meses ou mais - bactéria eliminada no meio ambiente no periparto - durante incubação a bactéria localiza-se na mucosa local: útero (epitélio trofoblástico), placenta, úbere e linfonodos regionais - sobrevivência e multiplicação em macrófagos (inibição fusão fagossoma-lisossoma)

Penetração bacteriana na célula hóspede

Brucella

IgG Neutrófilo C3b

ADSORÇÃO

FAGOSSOMA LISOSSOMA

INGESTÃO

Catalase, Cu-Zn SOD previnem a explosão oxidativa (H 2 O 2 -O 2 ) pH - 4-4,5

DIGESTÃO

(Blasco y Gamazo)

Doença na fêmea

Tropismo pelo útero de animais prenhes e placenta Placentite necrótica Aborto Bezerros fracos Natimortos Retenção de placenta Endometrite Infertilidade

Doença no macho

Inflamação aguda sistema reprodutivo Cronificação (assintomática) Testículo Epidídimo Vesículas seminais Ampolas seminais Orquite uni ou bilateral (necrose, fibrose ou pús)

Brucelose em outras espécies

B.ovis

B. abortus B. suis

Diagnóstico

• Direto: detecção do agente • Indireto: alérgico pesquisa de anticorpos

Diagnóstico Bacteriológico Necessidade CO 2 Isolamento Caracterização bioquímica Fagotipagem, met.oxidativo, sorologia PCR, imunohistoquímica Desvantagens Demora Risco de infecção

Biossegurança

As brucelas são classificadas como microorganismos Nível 3.

Exceções:

B.suis biovar 2, B. ovis,

(não patogênicas p/homem)

B. abortus bio 5, B. neotomae, B. canis

(baixa patogenicidade p/homem)

Diagnóstico Bacteriológico

Alto risco

Diagnóstico Bacteriológico Meio de Farrell: agar triptose + soro (5%) + antibióticos (Polimixina B, Bacitracina, Cicloheximide, Acido Nalidíxico, Nistatina, Vancomicina) Órgãos: linfonodos parotídeo, pré-escapular, bronquial, ilíaco interno, supra-mamário, suabe vaginal, baço, leite. Do feto semear: linfonodo bronquial, conteúdo estomacal, baço , fígado, pulmão, suabe retal.

Diagnóstico Sorológico - Reação antígeno-anticorpo em resposta à infecção - Brucelas lisas poduzem Anticorpos contra brucelas lisas - reação cruzada: B. abortus, B.

melitensis, B. suis

- Brucelas rugosas produzem anticorpos contra brucelas rugosas - reação cruzada: B. canis, B. ovis - Principal antígeno envolvido: Lipopolissacarídeo

Pesquisa de anticorpos

• Soro • Leite • Plasma seminal • Muco vaginal

Diagnóstico Sorológico VANTAGENS: - Fácil execução e interpretação - Rapidez na obtenção dos resultados - Baixo custo (triagem e algumas confirmatórias) - Maioria das provas padronizadas internacionalmente

Diagnóstico Sorológico DESVANTAGENS: - Nem todo animal + está infectado (erro vacinação, outros agentes) - Nem todo animal - está livre da infecção (per.inc., anticorpos incompletos) - Especificidade e sensibilidade variáveis conforme o teste

Falsos

• Falsos negativos:

infecção recente, puerpério, infecção latente

• Falsos positivos:

erro de vacinação reações cruzadas:

Yersinia enterocolitica

,

Salmonella urbana,Escherichia coli, Pseudomonas maltophilia

QUADRO 5: SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE (%) DE TESTES UTILIZADOS NO SORODIAGNÓSTICO DA BRUCELOSE BOVINA.

sensibilidade especificidade autor teste

SLT ..

..

SRP ..

TRB ..

61,0 70,4 70,0 52,0 66,0 95,0 99,6 94,7 99,0 NICOLETTI, 1969 NIELSEN

,

1990 WOOD

et al.,

1992 NICOLETTI & MURASCHI, 1966 NICOLETTI, 1969 NICOLETTI & MURASCHI, 1966 DAVIES

et al.,

1971 ..

..

RFC ..

..

..

..

ELISA indireto ..

..

ELISA competitivo ..

TPF 98,7 96,1 97,5 92,9 97,5 95,2 87,9 99,6 95,7 99,7 97,5 99,3 > 99,0 100,0 99,9 98,9 99,8 98,6 82,4 98,0 98,3 99,6 99,3 ALTON

et al.,

1976 UZAL

et al.,

1995 NICOLETTI; MURASCHI, 1966 DOHOO

et.al

., 1986 NIELSEN

et al.,

1995 UZAL

et al.,

1995 NIELSEN

et al.,

1996 VANZINI

et al.,

1998 ABALOS

et al

., 1998 UZAL

et al

., 1998 GALL

et al.,

1998 NIELSEN & GALL

,

1998 NIELSEN, 2001

Sensibilidade x Especificidade

SENSIBILIDADE

Proporção de animais pelo

TESTE

INFECTADOS

corretamente identificados

ESPECIFICIDADE

Proporção de animais identificados pelo

NÃO INFECTADOS

TESTE

corretamente

Características IgM

Pentâmero

PM: 900.000

Termo lábil

pH ácido lábil

Radicais tiol lábil Macroglobulina

Características IgG1

Monômero

PM: 180.000

Termo resistente

pH ácido resistente

Radicais tiol resistente Microglobulina

Resposta Imune

Resposta dos principais isotipos de anticorpos em bovinos infectados com amostra patogênica de B. abortus - período prolongado

Resposta Imune

Animais vacinados entre 3-6 meses de idade com B19

Diagnóstico Sorológico SORO SANGUÍNEO:

Aglutinação lenta em tubos

Aglutinação com antígeno acidificado tamponado (CT - BPAT)

Aglutinação com 2-Mercaptoetanol

Fixação do complemento

Prova da antiglobulina

Precipitação com Rivanol

Inativação pelo calor

Gel difusão (dupla e radial)

ELISA (soro e leite)

FPA

Diagnóstico Sorológico LEITE: MUCO VAGINAL : aglutinação em tubos: PROVA DO ANEL: - mistura de leites - mistura de leites dos quartos - diluições de misturas individuais - anel com creme - aglutinação com soro lácteo PLASMA SEMINAL: aglutinação em placa - aglutinação em tubos

Diagnóstico indireto da brucelose

Prova do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) Teste do 2-Mercaptoetanol (2-ME) Teste de Fixação de Complemento Teste do Anel em Leite (Ring Test)

Diagnóstico da Brucelose AAT Teste de triagem + 2-ME Sacrifício + I FC 2-ME (Reteste) I + Sacrifício + Sacrifício Teste confirmatório

AAT Anel em leite 2 ME FC

Teste de Polarização Fluorescente (FPA) Ensaio Imunoenzimático Competitivo

Interpretação da prova do 2ME para fêmeas com idade igual ou superior a 24 meses e vacinadas entre três e oito meses

SAL 2ME NR 25 I 25 50 I 50 100 I NR

Inc

25 I

Inc

25 100 200 I

Inc Inc

200

Inc Inc

2ME – 2mercaptoetanol SAL – soro-aglutinação lenta NR – não reagiu Inc – reação inconclusiva

+ + + + + + +

50 I

+ + + + + +

50

+ + + + +

100 I 100 200 I 200

+ + + + + + + + + +

Interpretação da prova do 2ME para fêmeas não vacinadas e machos com idade superior a oito meses

SAL 2ME NR 25 I 25 50 I 50 100 I 100 200 I NR

Inc Inc Inc Inc

25 I

Inc Inc Inc Inc

200

Inc Inc

2ME – 2mercaptoetanol SAL – soro-aglutinação lenta NR – não reagiu Inc – reação inconclusiva 25

+ + + + + + +

50 I 50 100 I 100 200 I 200

+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +

VACINAÇÃO CONTRA A BRUCELOSE

Vacina ideal

• Proteger 100% com dose única • inócua • baixo custo • fácil aplicação • não interferir no diagnóstico • estável e de fácil armazenamento e transporte

vacinas vivas

B19 REV1 M B. suis estirpe 2 RB 51 Outras amostras rugosas

mortas

45/20 PB19

recombinantes DNA desnudo (naked DNA)

VACINAÇÃO CONTRA A BRUCELOSE

É obrigatória a vacinação de todas as fêmeas das espécies bovina e bubalina, na faixa etária de três a oito meses.

Responsabilidade é do médico veterinário cadastrado.

Vacina viva atenuada com amostra B19

Marcação das fêmeas vacinadas

É proibida a utilização da vacina B19 em machos de qualquer idade e em fêmeas com idade superior a oito meses

Comprovação na unidade local do serviço de defesa oficial por atestado emitido pelo médico veterinário cadastrado

Profilaxia - Vacinação

Vacina viva atenuada - amostra 19

• É de reduzida virulência e estável • Protege 65-75% das fêmeas por 6 partos • Grau e duração da proteção nas bezerras é igual ao das adultas • A vacinação apenas não erradica a enfermidade • Persistência de anticorpos é evitada com vacinação 3-8 meses • Vacinação de infectados não altera curso da doença • Vacinação previne a brucelose clínica • Pode provocar o aborto quando aplicado em fêmeas prenhes

PATOGÊNICA PARA O HOMEM

B19 Rev 1

Cadeia O LISA B.abortus

B melitensis B. suis LIPID A CORE

RB51 Cadeia O

RUGOSA

Vacinação com amostra rugosa que carece de cadeia O evitaria a formação de anticorpos contra cadeia O e por isso, não daria sorologia positiva Uma vacina deste tipo deveria reunir as seguintes características mínimas: 1. Ser atenuada, de preferência mais atenuada que as vacinas existentes 2. Ser capaz de replicar no animal por um período curto para induzir uma boa reação imunológica do tipo celular 3. Proteger contra o aborto e infecção

Vacina RB51 B. abortus 2308 rifampicina RB51 Mutação em genes responsáveis pela montagem e transporte da molécula do LPS WboA – codifica glicosiltransferase – responsável pela síntese do LPS

Recomendações para uso da vacina RB51

1. Vacinação de fêmeas bovinas com idade superior a 8 meses e que não foram vacinadas com amostra 19 entre 3 e 8 meses de idade.

2. Vacinação de fêmeas bovinas adultas, não reagentes aos testes diagnósticos, em estabelecimentos de criação com focos de brucelose.

3. Não vacinar bovinos machos ou fêmeas gestantes.

4. Vacina potencialmente patogênica para o homem, devendo ser utilizado equipamento de proteção individual na sua manipulação e os materiais com resíduos de vacina devem ser esterilizados pelo calor.

Porque controlar?

• É zoonose • menos 20-25% de leite • menos 10-15% de carne • menos 15% de bezerros • aumento de 30% na reposição • IP passa de 11,5 p/ 20 meses

Como controlar?

• Vacinação • Identificação e eliminação das FI

Deflagração de programa

• Reunião dos interessados • Informação • Financiamento • Padronização de métodos • Definição de áreas geográficas • Epidemiologia • Custo/benefício das ações • Veterinários experientes

PNCEBT - pontos positivos

A adesão do produtor é voluntária

P rograma contempla e padroniza técnicas de diagnóstico disponíveis no país que garantem sensibilidade e especificidade de diagnóstico

P rograma contempla a capacitação de médicos veterinários da iniciativa privada e do serviço oficial

P rograma prevê a possibilidade de introduzir novos testes de diagnóstico e vacinas

O programa procura integrar e corresponsabilizar médicos veterinários do serviço de defesa oficial e da iniciativa privada em colaboração com o serviço de inspeção

.

PNCEBT - pontos críticos

Educação sanitária

Sistema de identificação animal

Falta de estímulo por parte da cadeia da carne e leite

Falta de fundos de indenização

Destino dos animais reagentes

Falta de responsabilidade profissional e ética por parte de alguns médicos veterinários

Habilitação de médicos veterinários

Custo dos cursos e equipamentos

Brucella canis ETIOLOGIA

Descrita em 1968 por Carmichael e Brunner nos EUA: abortamento em cães da raça Beagle

FONTE INFECÇÃO

EPIDEMIOLOGIA

I E S S U S C E Í T V

EPIDEMIOLOGIA

Vias de eliminação Secreção vaginal Sêmen Urina Tecidos fetais e placentários Saliva, secreção nasal, leite, fezes

Porta de entrada Mucosas: oronasal e genital

EPIDEMIOLOGIA

Transmissão Contato direto Oronasal Genital Congênita Contato indireto - fômites

IMPORTÂNCIA

PREJUÍZOS EM CANIS COMERCIAIS Perdas econômicas Patrimônio genético Elevada ocorrência Rápida disseminação

SAÚDE PÚBLICA

IMPORTÂNCIA

Caráter ocupacional

infecção mucosas fagocitose - macrófagos

PATOGENIA

bacteremia início 1 a 4 sem. PI duração: 6 a 18 meses Disseminação trato reprodutivo células reticuloendoteliais linfonodos regionais

INFECÇÃO CRÔNICA Persistência bacteriana em: Linfonodos Baço Fígado Medula óssea Órgãos do sistema reprodutor

PATOGENIA

SISTEMA REPRODUTOR

SINAIS CLÍNICOS

Machos Orquite Epididimite

SISTEMA REPRODUTOR Machos Prostatite Dermatite bolsa escrotal Alterações seminais

SINAIS CLÍNICOS

Fêmeas

SINAIS CLÍNICOS

Útero da cadela gestante Hormônios esteróides

SINAIS CLÍNICOS

SISTEMA REPRODUTOR Fêmeas Abortamento: 45 e 55 dias de gestação Falha de concepção Morte e reabsorção embrionária Secreção vaginal Natimortos Filhotes fracos

SINAIS CLÍNICOS

OUTRAS MANIFESTAÇÕES Linfadenopatia

OUTRAS MANIFESTAÇÕES

SINAIS CLÍNICOS

Discoespondilite Osteomielite

OUTRAS MANIFESTAÇÕES

SINAIS CLÍNICOS

Uveíte

Diagnóstico clínico Diagnóstico epidemiológico

DIAGNÓSTICO

Diagnóstico laboratorial Detecção de anticorpos: indireto Detecção do agente etiológico: direto

DIAGNÓSTICO

Diagnóstico indireto SOROAGLUTINAÇÃO RÁPIDA (SAR) antígeno de Brucella canis IMUNODIFUSÃO EM GEL DE ÁGAR (IDGA) antígeno de Brucella ovis

SOROAGLUTINAÇÃO

DIAGNÓSTICO

SOROAGLUTINAÇÃO

DIAGNÓSTICO

positivo negativo

IMUNODIFUSÃO

DIAGNÓSTICO

IMUNODIFUSÃO

DIAGNÓSTICO

IMUNODIFUSÃO

DIAGNÓSTICO

IMUNODIFUSÃO

DIAGNÓSTICO

IMUNODIFUSÃO

DIAGNÓSTICO

IMUNODIFUSÃO

DIAGNÓSTICO

DIAGNÓSTICO

Provas de SAR e IDGA ANTÍGENOS DE SUPERFÍCIE BACTERIANA Antígenos comuns a outros gêneros de bactérias

Pseudomonas aeruginosa Bordetella bronchiseptica Staphylococcus

Reações cruzadas: falso positivo baixa especificidade

A

Brucella canis

B

Bordetella DIAGNÓSTICO

soro A soro B

diagnóstico de Brucella

DIAGNÓSTICO

Provas de SAR e IDGA DILUIÇÃO DO SORO EMPREGO DO 2-MERCAPTOETANOL Desnaturação das imunoglobulinas M

IgG e IgM

DIAGNÓSTICO

Provas de SAR e IDGA EMPREGO DO 2-MERCAPTOETANOL

DIAGNÓSTICO

Detecção apenas de IgG Aumento da especificidade do teste Diagnóstico mais tardio

DIAGNÓSTICO

Provas de SAR e IDGA ALTO LIMIAR DE DETECÇÃO Detecção de altos níveis de anticorpos A partir de 4 a 8 semanas de infecção Infecções crônicas Resultado falso negativo baixa sensibilidade

DIAGNÓSTICO

ISOLAMENTO BACTERIANO MATERIAIS UTILIZADOS PARA ISOLAMENTO Sangue Fetos Sêmen Secreções vaginais Urina Órgãos

ISOLAMENTO BACTERIANO Amostra adequada Assepsia durante a colheita Contaminação bacteriana Diagnóstico lento Sensibilidade Especificidade

DIAGNÓSTICO

CONTROLE

POPULAÇÕES CONFINADAS Triagem: prova sorológica Confirmação diagnóstico Eliminação FI: castração e tratamento ou eutanásia Desinfecção Monitoramento sorológico / bacteriológico: 5 a 6 meses

CONTROLE

ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO Dificuldade na confirmação da infecção Castração Antibióticos Monitoramento sorológico e bacteriológico

PREVENÇÃO

CRIAÇÕES Quarentena Exames sorológico e bacteriológico Exames pré - acasalamento Monitoramento semestral

Brucelose no homem

• B. melitensis • B. suis • B. abortus • B. canis • B. maris • Meio milhão de casos/ano

Principais sintomas no homem

• PI: 1 a 3 semanas até meses • Febre, calafrios, sudorese noturna profusa • Astenia (fadiga após qualquer esforço) • Insônia, impotência, anorexia, cefalalgia, artralgias e dores generalizadas • Muitas vezes aumento de linfonodos periféricos, espleno e hepatomegalia • Encefalite, meningite, neurite periférica, espondilite, artrite supurativa e endocardite vegetativa

Tratamento no homem

• Doença aguda em adultos:

• WHO: rifampicina (600-900 mg) + doxicilina (200 mg) diarimante/6 semanas • Terapia prolongada com estreptomicina (IM) e tetraciclina (oral) diminui recidivas •

• Infecções com complicações

(meningoencefalite ou endocardite): Rifampicina + tetraciclina + aminoglicosídeo •

• Doença com complicações em crianças:

Rifampicina + cotrimoxalona

REFERÊNCIAS ACHA, P. N. & SZYFRES, B. Zoonosis y enfermedades transmisibles 398p.

comunes al hombre y a los animales.

Organización Panamericana de la Salud, 3ª ed., v. 3, 2001.

BEER, J. Doenças infecciosas em animais domésticos, vol. 2, 1988. 380p.

BRASIL . Manual técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal – PNCEBT – Versão preliminar, 2003. 125p.

COETZER, J.A.W.; THOMSON, G.R.; TUSTIN, R.C.

Infectious diseases of livestock

. Oxford: Oxford University Press, 1994. v. 1, 732p.

CORRÊA, M. C.; CORRÊA, C. N. M. Enfermidades Infecciosas dos Mamíferos Domésticos. Editora Médica e Científica Ltda, 1992. 843P.