Tempo! Bendito tempo, que as dores sempre acalma, que aquieta as más lembranças, que preserva a criança que levo escondida n’alma.
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Tempo! Bendito tempo, que as dores sempre acalma, que aquieta as más lembranças, que preserva a criança que levo escondida n’alma. Tempo! Maldito tempo, que marca meu rosto com garras, que passa sobre meus sonhos, que rasga a mágica tênue da vida que se esvai nas floradas. Tempo, pudesse te dominar, sem medo, sem pejo de nada, um tango iria dançar e enfeitar de alegria os minutos que em mim se abrindo nunca iriam passar. Ah, tempo, pudesse te segurar bem firme entre meus dedos, fixaria poentes com cores de obra-prima, teceria belos casulos de luar e de neblina para meus segredos guardar. E os bem-te-vís, os ouviria cantar, sem pressa, parada no cais, lembrando quem bem-me-viu, tu levaste em tuas asas para o mundo do nunca mais. Tempo, não tires assim meu alento, preciso já construir as pontes dos bons intentos, romper distâncias, calar o pranto enquanto busco o amor, que tu de maldade escondeste nas trevas do desencontro. Tempo, fique mais, quero rever o mar, de longe e de perto amar desfolhar muitos azuis, resplandecer em auroras esquecida que nas horas estás sempre a passar. Por fim, como anjo vadio, planando sem eira nem beira, sobre abismos de saudade, hei de mostrar-te a verdade: não podes comigo, tempo, sou filha da eternidade. Maria Lucia Victor Música: Gloria Stefan - Reach [email protected] Visite o Site: http://www.leticiathompson.net/ Reiniciar P/ receber outras mensagens Sair