ESCOLA DA NATUREZA:PEDRO BANDEIRA/GERALDO AMÂNCIO Quanto é bela a borboleta Inocente e indefesa Que enfeita rio e lagoa Riacho açude e represa Espalha os encantos.

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ESCOLA DA NATUREZA:PEDRO BANDEIRA/GERALDO AMÂNCIO
Quanto é bela a borboleta
Inocente e indefesa
Que enfeita rio e lagoa
Riacho açude e represa
Espalha os encantos seus
Quem matá-la ofende a Deus
Aos campos e a natureza.
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Quem mantém a ave presa
Na solidão de uma tela
Proíbe o sertão de ouvir
Uma voz bonita e bela
Imitar ninguém se atreve
Quem prende a ave é quem deve
Ser preso no lugar dela.
Quem não ajuda nem zela
Um bruto recém nascido
Mete o machado no tronco
De um arvoredo florido
Se não plantar outra vez
Ao sentir o mal que fez
Vai chorar de arrependido.
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Quem deixa um rio poluído
Por total irreverência
Da fim a uma das fontes
Primordiais da existência
Destrói o melhor que existe
Escreve um poema triste
No livro da consciência.
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*Inda não houve ciência
Que explique ou que destinga
De que é que a abelha faz cera
Nos cortiços da caatinga
Faz um mel adocicado
Bota num favo furado
Não cai, não vasa, não pinga.
* Composição feita a mais de trinta
anos, quando ainda a ciência não tinha divulgado essa possibilidade.
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Bem-te-vi por ter mandinga
Não tem gavião que ofenda
Borboleta é seu almoço
Bezouro é sua merenda
E nas horas matutinas
É que faz tranças nas crinas
Nos animais da fazenda.
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A aranha é que faz renda
Forma uma rede de trança
Que a chuva bate e não rasga
O vento empurra e balança
A rede está sempre armada
E quando a aranha se enfada
Se deita, dorme e descança.
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A vaca leiteira e mansa
Mastiga um pouco de rama
Sobe a perna, treme o casco
Derriba um pouco de lama
E o bezerro nesse meio
Quando avista o peito cheio
Se ajoelha apoja e mama.
O carão que a chuva chama
Pesca peixe sem ter linha
Enche o papo e ver no céu
A nuvem que se avizinha
Nas previsões é feliz
Quando é seca ele diz
Quando é inverno, advinha.
Clicar...
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Na vida da formiguinha
Nunca lhe falta coragem
Pega peso, bota força
Leva folha, traz bagagem
Trabalha por seis ou sete
Não cobra um tostão de frete
Nem atrasa na viagem
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O pavão tem na blumagem
O seu painel colorido
Deus pintou sem comprar tinta
Moldou com pincel comprido
Eu não sei como Deus pinta
Pois tenho pincel e tinta
Não pinto nem parecido.
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Vaga-lume é prevenido
De noite feliz se acha
Parece um carro piscando
Na luz alta e na luz baixa
Nunca lhe falta energia
Não ocupa bateria
Choufer, ne caixa de marcha.
ESCOLA DA NATUREZA:PEDRO BANDEIRA/GERALDO AMÂNCIO
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CORDEL: DOS POETAS REPENTISTAS – PEDRO BANDEIRA E
GERALDO AMÂNCIO
IMAGENS – Da Internet
DECLAMAÇÃO E FORMATAÇÃO: Doizinho Quental
F I M
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