Paulo Freire: uma presença, uma experiência

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Transcript Paulo Freire: uma presença, uma experiência

Curso de Pedagogia – Modalidade EAD
Eixo 1 – Interdisciplina Escola, PPP e Currículo
O homem e sua trajetória
• Nasceu em 19 de setembro de
1921, em Recife, Estrada do
Encanamento, bairro da Casa
Amarela.
• Casou-se com Elza, aos 23 anos,
em 1944, e tiveram cinco filhos.
• Após o golpe militar de 1964 foi
exilado e passou 14 anos fora do
Brasil.
Quais suas idéias mais significativas?
O que representam elas para os
educadores?
COMUNICAÇÃO
CURIOSIDADE
DIÁLOGO
REALIDADE
UTOPIA
EDUCAÇÃO
EMANCIPATÓRIA
LINGUAGEM E
PENSAMENTO
CONSCIENTIZAÇÃO
IDENTIDADE
CUTURAL
PRODUÇÃO DE
CONHECIMENTO
Produção de Conhecimento
“Afinal de contas, os homens e as mulheres,
num determinado momento de sua experiência,
longa experiência milenar e histórica,
se tornaram capazes de intervir no mundo,
antes mesmo de se tornarem capazes de falar,
tornaram-se capazes de inteligir no mundo e
compreender a sua agonia.
Em todo o processo de compreensão do mundo,
há um processo de produção e compreensão do
conhecimento. Em todo o processo de produção
do conhecimento, está implícita a possibilidade
de comunicar o que foi compreendido, o que
você faz não só apenas com a linguagem oral,
mas faz também com desenhos e com várias
outras linguagens” (p.128).
Conversa com Paulo Freire – BOLEMA,
Boletim de Educação Matemática, Ano 16, n.20, 2003.
Comunicação
“...o diálogo é uma espécie de postura
necessária, na medida em que os
seres humanos se transformam
cada vez mais em seres
criticamente comunicativos.
O diálogo é o momento em que os
humanos se encontram para
refletir sobre sua realidade tal
como a fazem e re-fazem” (p.123).
Paulo Freire e Ira Shor, Medo e ousadia: o cotidiano do professor,
2.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.
Diálogo
“Conhecer é um evento social, ainda
que com dimensões individuais.
O que é o diálogo, neste momento
de comunicação, de conhecimento,
e de transformação social?
O diálogo sela o relacionamento
entre os sujeitos cognitivos...”
(p.123).
Paulo Freire e Ira Shor, Medo e ousadia: o cotidiano do professor,
2.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.
Identidade Cultural
“...o meu respeito da identidade
cultural do outro exige de mim que
eu não pretenda impor ao outro
uma forma de ser de minha cultura,
que tem outros cursos,
mas também o meu respeito não
me impõe negar aos outros
a curiosidade que ele possui e o que
ele quer saber mais daquilo que sua
cultura propõe” (p.130).
Conversa com Paulo Freire – BOLEMA,
Boletim de Educação Matemática, Ano 16, n.20, 2003.
Ética e Educação
“Eu acho que a grande preocupação minha
maior é com a ética: como é que eu respeito
a cultura do outro. Mas respeitar a cultura
do outro não significa manter o outro na
ignorância sem necessidade, mas fazê-lo
superar sua ignorância não significa
ultrapassar os sistemas de interesses
sociais e econômicos da sua cultura. É como
se houvesse gente inteligente no outro
planeta, noutro lugar, noutro universo, e
viesse aqui, agora, e dissesse a mim que eu
devo pensar da forma absolutamente
contrária àquilo que penso, pois lá já se
pensa diferente. Não posso me submeter
a uma coisa dessas” (p.131).
Conversa com Paulo Freire – BOLEMA,
Boletim de Educação Matemática, Ano 16, n.20, 2003.
Curiosidade
“A curiosidade é a fonte fundamental
do conhecimento: a curiosidade,
no fundo, revela interesse e,
também, usa interesses.
Descobre, gera, eu acho que é assim.
Pra mim é um problema sério você
não a defender, você não respeitar
eticamente a curiosidade das
pessoas” (p.131).
Conversa com Paulo Freire – BOLEMA,
Boletim de Educação Matemática, Ano 16, n.20, 2003.
Realidade
“Como diminuir a distância entre o
contexto acadêmico e a
realidade de que vem os alunos,
realidade que devo conhecer
cada vez melhor na medida em
que estou de certa forma
comprometido com um processo
para mudá-la” (p.177).
Paulo Freire e Ira Shor, Medo e ousadia: o cotidiano do professor,
2.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.
Linguagem e Pensamento
“As pessoas comuns não fazem o mesmo tipo de
abstração que fazem os acadêmicos como nós.
Nossas abstrações nos afastam, cada vez mais, do
concreto. Quando as pessoas comuns falam, elas
procuram compreender sua experiência através de
parábolas, metáforas e estórias, o que as mantém
ligadas ao concreto. [...] O problema que isto coloca
para nós [...] é como podemos aprender, pouco a
pouco, a estrutura de pensamento desses grupos [...]
Trata-se de compreender como as pessoas comuns
[...] são capazes de tornar explícitos os problemas do
mundo. [...] Precisamos ver, também, como serão elas
capazes de compreender nossa linguagem, desde que
nós sejamos capazes de traduzir nossos conceitos
para o concreto da linguagem popular” (p.180).
Paulo Freire e Ira Shor, Medo e ousadia: o cotidiano do professor,
2.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.
Educação Emancipatória
“Devemos compreender de modo dialético a
relação entre a educação sistemática e a
mudança social, a transformação política
da sociedade. Os problemas da escola
estão profundamente enraizados nas
condições globais da sociedade,
sobretudo no que diz respeito a essas
questões de disciplina e alienação”
(p.157).
Paulo Freire e Ira Shor, Medo e ousadia: o cotidiano do professor,
2.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.
Refletindo...
Qual o grande desafio que
Paulo Freire propõe em relação ao
trabalho do professor na escola?