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SANDRA KOCH RAMOS • Leito A – UTI Neonatal – Hospital Geral de Novo Hamburgo • • • • • • • • • • Nome RN: K.V. Sexo: Feminino Data Nascimento: 11.07.07 – 12h36min Data Internação: 11.07.07 – 15h20min Peso ao Nascer: 3450g Comprimento: 49 cm Perímetro Cefálico: 34,5 cm Perímetro Torácico: 35,5 cm CAPURRO: 41 Tipo de Parto: Cesárea • APGAR 1’: 2 5’: 4 BOLETIM DE APGAR SINAIS 0 1 2 Ausente < 100 > 100 COR Cianose central ou palidez Cianose de extremidades Totalmente róseo IRRITABILIDADE REFLEXA Sem resposta Algum movimento ou “caretas” Choro forte ESFORÇO RESPIRATÓRIO Ausente Irregular ou choro fraco Regular ou choro forte TONUS MUSCULAR Flácido Semi-flexão de extremidades Movimentos ativos FREQUÊNCIA CARDÍACA DIAGNÓSTICO • SÍNDROME DA ASPIRAÇÃO DE MECÔNIO • ASFIXIA PERINATAL • CONVULSÃO • HIPOGLICEMIA • HEMORRAGIA PULMONAR ??? • ART. UMBILICAL ÚNICA Coto Umbilical ARTÉRIA UMBILICAL ÚNICA Incidência: - 1% nascidos vivos - 4% FMD - 7% gestações múltiplas • A ausência da Artéria direita é , ligeiramente mais frequente. Malformações associadas: - 35% dos casos - Urogenitais e renais - Gastrintestinais • RN permaneceu em VMI – TOT - durante o período de 11 à 16 de julho de 2007. • No dia 17 foi extubada, ventilando por auxílio de oxigenoterapia. 18.07.07 • • • • SpO2: 92 % FC: 138 bpm FR: 55 irpm Temperatura Corporal: 36,5ºC • AP: MV diminuídos com sibilos em ápices e MV diminuídos em bases. Síndrome da Aspiração de Mecônio A Síndrome de Aspiração de Mecônio (SAM) é uma importante causa de mortalidade no período neonatal e caracteriza-se por graus variados de insuficiência respiratória. O mecônio está presente no líquido amniótico em cerca de 10 a 15% dos partos, sendo que cerca de 5% dos recém-nascidos com líquido amniótico meconial desenvolverão SAM. No início, as fezes são meconiais (verde bem escuro, quase preto e grudentas, parecendo graxa), que se tornam depois esverdeadas com muco e posteriormente amareladas e pastosas. A presença do mecônio no líquido amniótico é mais comum quanto maior a idade gestacional e em recémnascidos pequenos para a idade gestacional. Nas gestações com mais de 42 semanas, ocorre em aproximadamente 30% dos partos. A SAM tipicamente se apresenta como: • • • • • • • disfunção respiratória taquipnéia gemência batimento de asas do nariz tempo expiratório prolongado hipoxemia presença de mecônio espesso abaixo das cordas vocais Pode apresentar manifestações variadas de asfixia perinatal. O aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax ou tórax em barril, devido à doença obstrutiva das vias aéreas, é comum na SAM. A ausculta pulmonar é inespecífica e podem ser audíveis estertores difusos e diminuição de murmúrio devido a atelectasia ou pneumotórax. • • • • • • • Além disso, achados diversos relacionados à asfixia podem ser encontrados: hipotensão acidose metabólica anemia insuficiência cardíaca crises convulsivas hipoglicemia hipocalcemia Etiologia - Doenças Hipertensivas - DM - Descolamento prematuro da placenta - Compressão do cordão umbilical durante o parto Fisiopatologia O mecônio aparece primeiramente no íleo fetal entre a décima e a décima-sexta semanas de gestação. Redução do aporte de O2 Aumento do peristaltismo intestinal Relaxamento do esfincter anal LIBERAÇÃO DO MECÔNIO Mecônio provoca a obstrução parcial VA Mecanismo valvular que permite entrada mas não a saída de ar HIPERINSUFLAÇÃO Radiologicamente • • • • infiltrados grosseiros áreas de consolidação com hiperinsuflação 30% dos casos, pode haver derrame pleural pneumotórax 25% dos pacientes gravemente enfermos Tratamento Conduta Imediata: Aspirar laringe e traquéia (intubando o RN e aspirando através do tubo traqueal). ATENÇÃO: a ventilação sem a prévia aspiração do mecônio é extremamente prejudicial uma vez que empurra a secreção espessa para as vias aéreas inferiores. FISIOTERAPIA O tratamento da SAM é baseado no suporte ventilatório necessário para manter a oxigenação arterial adequada, pH acima de 7,2, e no tratamento das complicações, bem como o manejo de seqüelas da asfixia perinatal. CRITÉRIOS DE INDICAÇÃO PARA INICIAR ATENDIMENTO: Secreção visível VAS, presença de roncos e estertores, imagens rediológicas sugestivas, antes e após extubação e nos casos de deterioração aguda da função pulmonar. OBJETIVOS: - Higiêne Brônquica - Melhorar a V/Q • Assistência Ventilatória O suporte ventilatório visa manter os valores de gases sanguíneos aceitáveis para a doença, e não corrigi-los para parâmetros normais em crianças ou adultos. PaO2 50-70mmHg PaCO2 40-65mmHg SaO2 89-93 % (não saturam a 100%) pH 7,20-7,45 • SUPORTE VENTILATÓRIO - Oxigenoterapia - VM - Surfactante exógeno: * Melhora em poucos minutos daoxigenação. * Aumento da capacidade residual funcional em virtude do recrutamento de alvéolos atelectasiados. * Melhora rápida da complacência com diminuição da pressão de abertura do pulmão e maior estabilidade na expiração. - Óxido • Nítrico Inalatório: Óxido nítrico: vasodilatador endógeno Alcançar as regiões do pulmão que estão bem ventiladas e assim promover vasodilatação principalmente em áreas bem ventiladas, melhorando a relação ventilação/perfusão. Logo que o óxido nítrico se difunde para o espaço intravascular, ele se liga à hemoglobina, perdendo seu efeito vasodilatador e então limitando seu efeito a vascularização pulmonar. - CPAP nasal