Lições do Vazamento de Óleo no Golfo do México - PET

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Transcript Lições do Vazamento de Óleo no Golfo do México - PET

Lições do vazamento de óleo no Golfo do México
14 de janeiro de 2011
PET-Economia
Reunião de Conjuntura

Introdução

Breve histórico da questão

O relatório da Comissão

Focus: técnicas de valoração ambiental

Discussão

A semana

Em 11 de janeiro de 2011, a National Oil Spill
Comission divulgou um relatório sobre o
desastre com a plataforma petrolífera
Deepwater Horizon em 2010

O relatório aborda as causas do acidente,
bem como as medidas a serem tomadas para
impedir que volte a acontecer

O teor do relatório é de que não foi dada
devida atenção a fatores de risco e o acidente
poderia ter sido evitado

A Comissão recomenda uma regulação mais
rigorosa sobre a indústria do petróleo, mas
não descarta futuras operações em águas
profundas

Analisar o significado do acidente para o
estudo da economia e do meio ambiente é o
objetivo da reunião de hoje

Em 20 de abril de 2010 a plataforma
petrolífera Deepwater Horizon explodiu,
deixando 11 mortos e 17 feridos

A Brittish Petroleum era a empresa
responsável pela operação da plataforma

O acidente provocou o vazamento de 53.000
barris de óleo cru por dia, durante 3 meses
até que se conseguisse estancar o
reservatório em águas profundas

Apenas em 19 de setembro o governo
declarou que o vazamento havia sido
completamente interrompido

Nesse período, estima-se que tenham sido
derramados quase 5 milhões de barris de óleo
no Golfo do México

Em julho de 2010 a BP afirmava já ter gasto
USD 3,12 bilhões nos esforços de contenção
da mancha de óleo

Foram usadas redes de contenção e produtos
dispersantes para proteger praias, mangues e
estuários

O estado de Lousiana teve 510km de sua
faixa litorânea impactada

A mancha de óleo atinge uma área de 210
km², sendo possível vê-la do espaço

Continua a causar enormes danos a habitats
natuais na região, bem como às indústrias de
pesca e turismo

Foi considerado o maior acidente ambiental
da história dos Estados Unidos

O governo dos EUA responsabilizou a BP
pelos danos ocorridos devido ao acidente

Além disso, o Presidente Obama criou uma
Comissão para estudar em detalhes as causas
e os impactos do desastre, de modo a servir
de base para a avaliação de danos do
processo judicial

Os danos do desastre foram quase da
magnitude prevista nos piores cenários.

Ainda assim é um dos piores desastres do
ponto de vista de perdas econômicas,
impactos sociais e sobre a saúde, e danos
ambientais

A Comissão concluiu que a culpa recai sobre
as três empresas, e parte sobre o governo por
falhas de supervisão

Havia um compartilhamento de papeis de
promoção e regulação da exploração de
petróleo em águas profundas, pela mesma
agência do governo

A Comissão sugere um novo modelo
regulatório, onde a avaliação de risco é
desempenhada na própria empresa de
perfuração

Não há nada no planejamento das empresas
sobre o que fazer no caso de um acidente
dessa proporção

O relatório conclui que a culpa não é de uma
só empresa, mas há uma falha sistêmica na
indústria do petróleo, no sentido de levar em
conta fatores de risco e aplicar salvaguardas
para evitar catástrofes

A BP concordou em criar um fundo de USD
20 bilhões para compensar pelos danos
causados pelo acidente.

As empresas já registraram 23.000
reivindicações de reparação por prejuízos,
especialmente de entidades de classe dos
setores de pesca e turismo

O relatório reivindica que 80% do valor seja
utilizado na restauração ambiental desse e
outros danos

No entanto, o relatório conclui que não há
razões para impedir a expansão da
exploração de petróleo em águas profundas,
devido à dependência dos EUA em relação ao
produto para transporte e energia

As lições da Deepwater Horizon no que toca
padrões de segurança e gerenciamento de
risco são aplicáveis a outros campos de
exploração de petróleo, em especial o Ártico
e o Mar do Norte
“Sistemas complexos quase sempre falham de
maneira complexa.”

Economistas são intensamente demandados
para a resolução de questões como essa,
devido à sua (suposta) habilidade de inferir o
valor das coisas

No caso de reparação por danos ambientais,
o valor a ser pago deve vir de algum lugar
=> técnicas de valoração

Equação básica:
VET = valor de uso + valor de não-uso
onde:
VNU= valor de opção + valor de quase-opção
+ valor de existência

Como estimar os componentes do valor?
Diversas técnicas procuram estimar cada
componente específico.

A teoria econômica do bem-estar fornece a
fundamentação do procedimento, o qual
procura avaliar variações no bem-estar dos
indivíduos em termos monetários

Técnicas de preferência revelada ou
declarada.

Custos de reposição

Custos evitados

Dose-resposta

Preços hedônicos

Custos de viagem

Valoração contingente

O Brasil também tem planos ambiciosos de
expansão da exploração de óleo em águas
profundas (Pré-Sal)

O Brasil tem histórico de acidentes
anteriores, como o vazamento de um tubo
subaquático da REDUC na Baía de Guanabara
(2000)

Resta saber se nossos líderes aprenderão a
triste lição dos americanos, especialmente no
que tange a:
 Padrões de segurança
 Gestão de risco
 Boa regulação

Algumas lições podem se traduzir em custos
maiores de estudo dos campos, instalação
das plataformas e procedimentos
operacionais

Porém, optar pela alternativa redutora de
custos pode ser um barato que sai caro,
muito mais caro.
Defesa Civil confirma mais de 500 mortes
na região serrana do Rio
Valor Econômico
China eleva depósito compulsório bancário
em 0,50 ponto
Estado de São Paulo
Movimento nos voos domésticos cresce
23,5% em 2010, diz Anac
Valor Online
Europa paga mais contra calote que Brasil
Instrumentos financeiros que oferecem seguro contra calote
(credit default swaps) mostram isso claramente.
Folha Online
Banco Mundial revisa para baixo previsão
de crescimento em 201o

As previsões de crescimento foram revisadas para baixo em
relação há seis meses, de 3,9% a 3,3%.

O motor do crescimento seguirá sendo as economias
emergentes, que avançarão duas vezes mais rápido (6%) que
os países ricos (2,4%).
Folha Online
Obrigado pela audiência!