Aula 1 - Cursinho Popular Paulo Freire

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Língua e Linguagem
Processo Comunicativo
Funções da Linguagem
Texto
Intertextualidade
“A moça Tecelã” Marina Colassanti
O que é preciso saber: fazer bom uso da língua portuguesa e conhecer
gêneros textuais e recursos estilísticos. É preciso reconhecer
características estruturais comuns aos gêneros e ser capaz de ler as
entrelinhas, isto é, interagir com o texto, interpretá-lo. Não serão cobradas
nomenclaturas gramaticais, mas conhecimento da normal culta e
capacidade de entendimento e comparação entre os mais diversos tipos
de linguagem, da corporal à digital. (INEP)
Prof. Marcelo Rodrigues – Língua Portuguesa
Língua Portuguesa – Aula 1
1 – Língua e Linguagem
“É a representação do
pensamento por meio de
sinais que permitem a
interação entre pessoas.”
 Signos Linguísticos
- Saussure
- Significante (os sons, os
fonemas, o desenho)
- Significado (ideia, conteúdo)
Prof. Marcelo Rodrigues – Língua Portuguesa
1.1 A Linguagem
1 – Língua e Linguagem
Processos comunicativos que se concentram na
expressão por meio de palavras. Principal tipo de
linguagem utilizado , ou seja, através das
mensagens constituídas por palavras na forma oral
ou escrita.
Linguagem Verbal
Linguagem Não-Verbal
Processos comunicativos que trabalham com o
contato sob a forma de gestos, símbolos,
símbolos, cores.
Linguagem Mista
Processos comunicativos que envolvam a linguagem
Verbal e Não-verbal. Ex. Tirinha da Mafalda.
Prof. Marcelo Rodrigues – Língua Portuguesa
Tipos de Linguagem
1.2 A Língua
“Conjunto de sinais
convencionados pela sociedade,
mesmo que inconscientemente,
para transmitir uma mensagem”
-> Código -> Língua
Língua --> Sistema de Códigos
 Língua x Fala
 Variações Linguísticas
A Língua, sistema, não é utilizada
da mesma forma pelos falantes.
Essas
variações
linguísticas
decorrem de diversos fatores:
• GEOGRÁFICOS: variações que a língua
assume em diferentes regiões em que
é falada. São exemplos de reflexos de
como a língua se adapta à cultura e às
necessidades de comunicação.
• SOCIAIS: o português empregada
pelas pessoas que têm pleno acesso à
escola e aos meios de instrução difere
do português das pessoa que não
frequentaram escola ou abandonaram
estudos. A Língua é, pois, instrumento
de prestígio e marginalização.
• TEMPORAIS: a língua se transforma
no decorrer do tempo. Exemplo: “ph” -> “f”. Hoje, “Linguagem dos
Internautas”
Prof. Marcelo Rodrigues – Língua Portuguesa
1 – Língua e Linguagem
2 – Processo Comunicativo e
Funções da Linguagem
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

Emissor: quem transmite a mensagem
Receptor: também chamado de interlocutor, é quem recebe a mensagem.
Mensagem: é a informação transmitida
Código: são os sinais utilizados na comunicação
Canal: meio físico através do qual se passa a mensagem
Contexto: também chamado de referente, é o assunto do qual a mensagem se
trata.
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2.1 – Processo Comunicativo – Elementos da
Comunicação
2 – Processo Comunicativo e
Funções da Linguagem
 Função EMOTIVA ou EXPRESSIVA: Privilegia o emissor da mensagem, que
expressa seus sentimentos e emoções em um texto escrito em primeira
pessoa. Cartas pessoas, textos poéticos e canções de amor.
 Função APELATIVA ou CONOTATIVA: Privilegia o receptor da mensagem. O
emissor tenta seduzir, persuadir o receptor a adotar determinado
comportamento, sendo comum o uso de vocativo e de verbos no imperativo.
Anúncios de publicidade, sermões e discursos políticos.
 Função REFERENCIAL: Privilegia a informação, por isso busca transmitir ao
receptor da mensagem informações objetivas em uma linguagem direta, sem
subjetividade. Textos científicos, didáticos e na maioria dos textos
jornalísticos.
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2.2 – Funções da Linguagem
2 – Processo Comunicativo e
Funções da Linguagem
 Função FÁTICA: Privilegia o canal em que a mensagem é veiculada. Tem por
finalidade testar o funcionamento do canal ou mostrar ao interlocutor que o
canal está conectado. O “Alô” do telefone.
 Função METALINGUÍSTICA: Privilegia o código em que a mensagem foi
produzida. O tema da mensagem é o próprio código, que é utilizado para
explicar a si mesmo. Dicionário, poesias que falam de poesia, nos desenhos
que mostram o ato e desenhar, nos filmes que contam como se faz um filme.
 Função POÉTICA: Privilegia a própria mensagem, evidenciando a
preocupação do emissor em selecionar e combinar as palavras com a
finalidade de produzir prazer estético. Ênfase no ritmo e na sonoridade,
poemas, alguns textos em prosa (crônica).
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2.2 – Funções da Linguagem
 O que é um texto?
 O que diferencia um amontoado de
palavras de um texto?
 Um texto precisa necessariamente de
ter palavras?
 E o tamanho? É uma característica
importante para reconhecer um texto?
 Pode ser: Verbal, Não-verbal ou misto
 Todo texto possuí CONTEXTO e uma
FINALIDADE
O TEXTO como meio de
comunicação precisa de
SENTIDO, que é o diferencia de
um amontoado de palavras.
Assim:
“Texto é uma manifestação que
se vale da linguagem
organizada e tem a finalidade
de produzir sentido.”
Prof. Marcelo Rodrigues – Língua Portuguesa
3 - Texto
4 - Intertextualidade
 Aspectos Linguísticos
 Aspectos Extralinguísticos
1 - Conhecimento de Mundo
2 - Conhecimento do Contexto
3 - Conhecimento Intertextual
O que é
Intertextualidade?
“O texto é um produto social,
pois, mesmo que seja
produzido por um única
pessoa, representa seu tempo
e sua sociedade. Assim com a
sociedade que o produziu, o
texto também faz parte de um
processo, pois traz marcas
dos textos escritos antes dele
(...)”
(Cipro Neto, Pasquale, 2011)
Prof. Marcelo Rodrigues – Língua Portuguesa
4.1 Fatores determinantes na Compreensão da Leitura
4 - Intertextualidade
1 - Pietà (Michelangelo. Escultura entre
os anos de 1499 – 1500.) 2 - Os
fuzilamentos de 3 de maio de 1808
(Goya, pintado em 1814) 3 – Guernica
(1937) - Pablo Picasso
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Construindo o conceito de Intertextualidade
4 - Intertextualidade
Exemplo:
Música: Sampa
Caetano Veloso
“Chamei de mau gosto
o que vi/ De mau
gosto, mau gosto/
É que Narciso acha
feio/ O que não é
espelho”
- O verso dialoga com
o Mito de Narciso.
A expressão INTERTEXTUALIDADE se
refere, basicamente, à influência de um
texto sobre outro. Na verdade, em
diferentes graus, todo texto é um
intertexto,
pois,
ao
escrever,
estabelecemos um diálogo - às vezes
inconsciente, às vezes não - com tudo o
que já foi escrito. Assim, cada texto é
como um elo na corrente de produções
verbais; cada texto retoma textos
anteriores,
reafirmando
uns
e
contestando outros.
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Construindo o conceito de Intertextualidade
4 - Intertextualidade
Epígrafe
Citação
Alusão
Paráfrase
Tradução
Prof. Marcelo Rodrigues – Língua Portuguesa
Tipos de Intertextualidade
- Marcelo Rodrigues de Lima
- Professor Graduando em Letras
- (Língua Portuguesa e Língua Espanhola) pela
- Universidade Federal de Viçosa
- E-mail: [email protected]