Osteoporose e Cotovelo

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Transcript Osteoporose e Cotovelo

Osteoporose e Cotovelo
Marcos Rainier de Brito Felipe
Osteoporose
Abordagem ortopédica
DEFINIÇÃO
Osteoporose
Diminuição da massa óssea associada a
alterações microestruturais
Maior propensão a fraturas
http://files.sambemat.com.br/200000549af351b02f2/cientistas_descobrem_cura_para_osteoporose.jpg
Osteoporose
Problema de saúde pública
Sexo feminino
(50% das mulheres terão)
FATORES DE
RISCO
Corticóides
Anticonvulsivantes
Heparina
Idade
• Tabagismo
• Alcoolismo
• Baixo IMC
• Baixa ingesta de Ca\Vit D
• Sedentarismo
• História familiar
• Raça branca
• Menopausa precoce
• Medicamentos
Antiácidos
Osteoporose
CLÍNICA
Assintomática nos estágios iniciais
• Dorsalgia insidiosa
• Perda gradativa da estatura
• Cifose e escoliose
Osteoporose
TIPOS
Primária (idiopática)
Secundária
Osteoporose Primária
Osteoporose Primária
Tipo I ou pós-menopausa
Tipo II ou senil
Osteoporose Secundária
Hiperparatireoidismo Primário
Hiperparatireoidismo Secundário
(Hiperparatireoidismo Terciário)
Osteoporose Secundária
(Possíveis causas)
Insuficiência renal
Mucopolissacaridoses
Osteoporose
Exames
• PTH
• Metabólitos da vitamina D
• Eletroforese de proteínas
• Teste de função da tireóide
• Testosterona (se homem)
• Calciúria de 24h
• Creatinina de 24h
• N-telopeptídeos
DENSITOMETRIA ÓSSEA
Osteoporose
Densitometria Óssea
Quando pedir:
• Tratamento prolongado com glicocorticóides
• Anormalidades na coluna vertebral
• Hiperparatireoidismo primário
• Controle terapêutico da osteoporose
• Mulheres com deficiência de estrogênio e fatores de risco
Osteoporose
TRATAMENTO
PREVENÇÃO
Reposição de estrogênio (Cuidado com idosas)
Bisfosfonados (Inibem osteoclastos)
Teriparatide (análogo do PTH)
Cotovelo
Introdução
ANATOMIA
Articulação sinovial
Formada por 3 ossos:
• Úmero distal
• Cabeça do rádio
• Olécrano
Cotovelo
Epicondilites lateral e medial
Ruptura do tendão distal do bíceps
Ruptura do tendão distal do tríceps
Patologias
Síndromes compressivas no cotovelo
Artrite Reumatóide
Rigidez do cotovelo
Epicondilites
Epicondilite Lateral
(Cotovelo do tenista)
Dor na região lateral do cotovelo, causada por lesão na inserção
tendínea dos músculos extensores no epicôndilo lateral.
Indivíduos expostos a atividades com contrações repetitivas ou
prolongadas da musculatura extensora do punho.
• Trauma direto
• Esforço intenso de curta duração
Epicondilite Lateral
ETIOPATOGENIA
1º Estágio
(Epicondilite aguda)
Exposição ao fator causal leva a formação de processo
inflamatório de reparação (tendinite)
2º Estágio
(Epicondilite crônica)
Persistência do fator lesivo e degeneração do tecido
lesado, com infiltrado de fibroblastos e tecido
angiofibroblástico (Tendinose)
Epicondilite Lateral
QUADRO CLÍNICO
Dor na região lateral do cotovelo
• Varia de acordo com o limiar de dor do paciente
• Casos graves: Dor em repouso + Posição antálgica
Epicondilite Lateral
DIAGNÓSTICO
História clínica
• Tempo de evolução
• Fator causal
• Tratamento anterior
• Síndrome compressiva (cervicais\cubitais\carpais)
Exame Físico
• Dor à palpação
• Excrescência óssea: Processo crônico
• Manobra Passiva: Extensão total do cotovelo +
Pronação do antebraço + Flexão punho e dedos.
• Manobra Ativa: Extensão do punho contra resistência
(Teste de Cozen)
Epicondilite Lateral
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS
• Instabilidade póstero-lateral
• Osteocondrite do capítulo
• Plica sinovial
• Capítulo-umeral
• Compressão do nervo interósseo posterior na arcada do músculo
supinador
• Fraturas
Epicondilite Lateral
IMAGENOLOGIA
Prognóstico e escolha do tratamento
Radiografia com calcificações intratendinosas na inserção dos
extensores\exostose óssea: Doença crônica
Epicondilite Lateral
CLASSIFICAÇÃO
(Nirchl, 1992)
Categoria I
• Inflamação aguda sem tecido angiofibroblástico
• Dor leve aos esforços
• Responde bem ao TTO não cirúrgico
• Repouso
• AINEs (5-7 dias)
• Afastamento do fator causal
• Reabilitação
• Imobilização (máximo 7 dias)
Epicondilite Lateral
CLASSIFICAÇÃO
(Nirchl, 1992)
Categoria II
• Infiltração parcial de tecido angiofibroblástico
• Dor intensa aos esforços e sintomas no repouso
• Potencial melhora ao TTO clínico, dependendo:
• Extensão do acometimento do tendão
• Maturação do processo patológico
• TTO cirúrgico ocasional
Epicondilite Lateral
CLASSIFICAÇÃO
(Nirchl, 1992)
Categoria III
• Extensa invasão angiofibroblástica
• Ocasionalmente com ruptura parcial\total do tendão
• Dor no repouso
• TTO Cirúrgico
Epicondilite Lateral
TRATAMENTO
Clínico
• Repouso
• AINEs (5-7 dias na fase aguda)
• Afastamento do fator causal
• Reabilitação fisioterápica
• Imobilização (máximo 7 dias) se dor intensa
• Outros (Resultados ainda em estudo)
• Terapia com ondas de choque
• Injeção com toxina botulínica
• Acumpuntura
• Infiltração de corticóide
Epicondilite Lateral
TRATAMENTO
Cirúrgico
• Não há técnica consagrada
• Localização e excisão do tecido patológico
• Tala gessada axilo-palmar por uma semana
• Crioterapia e manutenção do arco de movimento após retirada
Epicondilite Medial
Cotovelo do golfista
Dor na região medial do cotovelo, causada por lesão na inserção
tendínea dos músculos flexo-pronadores no epicôndilo medial
Indivíduos expostos a atividades com contrações repetitivas ou
prolongadas da musculatura flexora do punho.
• Trauma direto
• Esforço intenso de curta duração
Epicondilite Medial
ETIOPATOGENIA
1º Estágio
(Epicondilite aguda)
Exposição ao fator causal leva a formação de processo
inflamatório de reparação (tendinite)
2º Estágio
(Epicondilite crônica)
Persistência do fator lesivo e degeneração do tecido
lesado, com infiltrado de fibroblastos e tecido
angiofibroblástico (Tendinose)
Epicondilite Medial
DIAGNÓSTICO
História clínica
• Tempo de evolução
• Fator causal
• Tratamento anterior
Exame Físico
• Dor à palpação
• Excrescência óssea: Processo crônico
• Dor à flexão ativa do punho e dedos ou pronação do
antebraço contra resistência
Epicondilite Medial
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS
• Insuficiência ligamentar medial
• Neuropatia do nervo ulnar (Compressão ou subluxação)
• Problemas neurológicos proximais
• Radiculopatia cervical
• Síndrome do desfiladeiro torácico
Epicondilite Medial
IMAGENOLOGIA
Prognóstico e escolha do tratamento
Radiografia com calcificações intratendinosas na inserção dos
flexores\pronadores óssea: Doença crônica
Epicondilite Medial
TRATAMENTO
Clínico
• Repouso
• AINEs (5-7 dias na fase aguda)
• Afastamento do fator causal
• Reabilitação fisioterápica
• Imobilização (máximo 7 dias) se dor intensa
• Outros (Resultados ainda em estudo)
• Terapia com ondas
de choque
XXXXXXXXXXXXX
• Injeção com toxina botulínica
• Acumpuntura
• Infiltração de corticóide
NERVO ULNAR
Epicondilite Medial
TRATAMENTO
Cirúrgico
• Não há técnica consagrada
• Localização e excisão do tecido patológico
• Diminuição da tensão da inserção muscular no epicôndilo medial
• Tala gessada axilo-palmar por uma semana
• Crioterapia e manutenção do arco de movimento após retirada
Ruptura do Tendão Distal do Bíceps
INTRODUÇÃO
• Avulsão total > avulsão parcial
• H >>> M
• Membro dominante (trabalho pesado)
Ruptura do Tendão Distal do Bíceps
ETIOPATOGENIA
Movimentos repetitivos de supinação e pronação
Doenças degenerativas
Ruptura do Tendão Distal do Bíceps
QUADRO CLÍNICO
Diminuição da força de supinação
Equimose na região anterior do braço e cotovelo
Retração muscular proximal
Ruptura do Tendão Distal do Bíceps
TRATAMENTO
Cirúrgico
Lesão crônica: Enxertos tendíneos (grácil e semitendíneo)
Pós-operatório
• Tala axilo-palmar posterior por 3-7 dias
• Flexão passiva suave (1 semana)
• Extensão ativa (2 semanas)
• Flexão\extensão contra gravidade (5 semanas)
Ruptura do Tendão Distal do Tríceps
INTRODUÇÃO
• Rara
• 3H > 2M
• Membro não dominante (67%)
ETIOPATOGENIA
• Força de desaceleração durante extensão com tríceps
contraído
• Trauma local\manipulação e reinserção cirúrgica
Ruptura do Tendão Distal do Tríceps
QUADRO CLÍNICO
Queda ao solo com a mão em extensão
GAP palpável em 67% dos casos
Pode ocorrer em 3 locais:
• Ventre muscular
• Transição musculo-tendínea
• Inserção do tendão no osso (mais comum)
Ruptura do Tendão Distal do Tríceps
TRATAMENTO
Cirúrgico
Reparo ou reconstrução do tendão
Pós operatório
• Tala axilo-palmar 4-5 dias
• Evolução fisioterápica até reabilitação total (3 meses)
Síndromes Compressivas do Cotovelo
Inflamatória
Mecanismos de
compressão nervosa
Degenerativa
Traumática
Lesões vegetantes
Movimentos
repetitivos
Síndromes Compressivas do Nervo Radial
COMPRESSÃO ALTA DO NERVO
RADIAL
• História Clínica
• Trauma\fratura do úmero
• Compressão extrínseca iatrogênica
• Garrote
• Fator postural
• Quadro Clínico
• Perda sensitiva e motora completas do n. Radial
• Parestesias na tabaqueira anatômica
• Perda da extensão do punho e dedos
Síndromes Compressivas do Cotovelo
Principais Síndromes
Compressivas do
Cotovelo
Síndrome do túnel
cubital
Síndrome do nervo
interósseo posterior
Síndromes Compressivas do Cotovelo
Principais Síndromes
Compressivas do
Cotovelo
Síndrome do túnel
cubital
• Compressão do nervo ulnar no cotovelo
• Mais comum do cotovelo
• Segunda mais prevalente (Primeira: Túnel do carpo)
Síndrome do Túnel Cubital
COMPRESSÃO DO NERVO ULNAR
NO COTOVELO
• Pode ocorrer em 5 áreas diferentes:
• Septo intermuscular
• Arcada de Struthers
• Septo intermuscular medial
• Hipertrofia da cabeça medial do tríceps
• Epicôndilo medial
• Deformidade em valgo
• Sulco epicondilar
• Túnel cubital
• Ligamento de Osborne
• Aponeurose profunda dos flexores e pronadores
Síndrome do Túnel Cubital
QUADRO CLÍNICO
• Parestesias (nervo ulnar)
• Dor na face medial do cotovelo
• Perda da força da mão (hipotrofia)
• Hipotenar
• “Telephone elbow”
• Piora durante o sono (Postura)
• Espessamento no trajeto ulnar
• Mal de Hansen
Síndrome do Túnel Cubital
QUADRO CLÍNICO
• Flexão passiva agrava os sintomas
• Sinal de Froment
• Teste do estresse em valgo do cotovelo
Síndrome do Túnel Cubital
EXAMES
• Radiografia (calcificação\osteoartrose\tumores)
• US (Partes moles\cistos sinoviais)
• RNM (Partes moles)
• Eletroneuromiografia (Diminuição da condução)
• Teste de Mantoux (Mal de Hansen)
Síndrome do Túnel Cubital
CLASSIFICAÇÃO
(Dellon, 1989)
Motor
Sensitivo
Teste
Fraqueza subjetiva;
perda da coordenação
Parestesia intermitente;
Sensibilidade vibratória
aumentada
Tinel e provocativos podem
ser negativos
Moderada Fraqueza da pinça ou
preensão
Parestesia intermitente;
Sensibilidade vibratória
normal ou diminuída
Telephone elbow e Tinel
positivos; Dificuldade em
cruzar os dedos
Grave
Parestesia permanente;
Sensibilidade diminuída;
Discriminação de dois
pontos anormal
Telephone elbow e Tinel
positivos; Impossibilidade de
cruzar os dedos
Leve
Atrofia muscular
Síndrome do Túnel Cubital
TRATAMENTO
• Clínico (leves a moderados)
• Fisioterapia
• Órteses em semiflexão
• Corticóide IM (Evitar infiltração)
• Cirúrgico (graves\sem melhora) - Descompressão
• Descompressão in situ
• Epicondilectomia medial
• Transposição anterior subcutânea
• Transposição anterior submuscular
• Transposição anterior intramuscular
Síndromes Compressivas do Cotovelo
Principais Síndromes
Compressivas do
Cotovelo
Síndrome do nervo interósseo
posterior (Sd do m. Supinador)
• Compressão do nervo radial quando ele passa pela borda
aponeurótica do m. supinador
• Arcada de Frohse
Síndromes Compressivas do Nervo Radial
SÍNDROME DO NERVO
INTERÓSSEO POSTERIOR
• Insidiosa e pouco frequente
• Causas
• Fraturas e luxações do cotovelo;
• Fraturas de Monteggia
• Quadro Clínico (motor)
• Perda da extensão metacarpofalangiana e polegar
Bibliografia
Leite, J.A.D - Princípios de ortopedia e traumatoligia – 1ª ed.
Fortaleza: Regadas, 2011.
Netter, F.H. – Atlas de anatomia humana – 11ª ed.
Moore, K.L. – Anatomia orientada para clínica – 6ª ed.
Soc. Bras. De Traumatologia – Traumatologia ortopédica
Porto, C.C. – Exame clínico – 6ª ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2008.
• Você pode encarar um erro como uma besteira a ser esquecida
ou como um resultado que aponta uma nova direção.
Steve Jobs
OBRIGADO!!!