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FILOSOFIA
Professor Uilson Júnior Francisco Fernandes
História da Filosofia & Filosofar
• As
competências
e
habilidades
exigidas
do
estudante na avaliação do ENEM estão muito além do
domínio prévio de alguns conceitos da história da
filosofia.
• De Platão a Sartre, da caverna ao existencialismo, a
história da filosofia é a história dos conceitos, dos
sistemas de pensamento, das formas de expressão da
razão nos mais diferentes níveis.
História da Filosofia & Filosofar
• Os conceitos filosóficos exigem, assim, uma
habilidade de leitura que ultrapassa seu
sentido estrito, ou seja, a filosofia no ENEM
não está relacionada apenas à história da
filosofia.
• Conhecer é estabelecer conexões.
História da Filosofia & Filosofar
• Então é preciso ter muita atenção com os
textos motivadores, identificar o tema, o
argumento e o posicionamento central do
autor, ou seja:
• Estruturar uma leitura filosófica!
História da Filosofia & Filosofar
Algumas perguntas podem nos ajudar:
• Quais são as premissas explícitas e implícitas no
enunciado?
• Como tornar a conclusão ou continuidade do
argumento desenvolvido no texto motivador de
maneira lógica e coerente nas alternativas?
Um Exemplo
Questão Enem - Linguagem Códigos e suas Tecnologias / 2013.
Vamos à resolução de algumas das
questões do nosso simulado!
Para Hume, portanto, a causalidade resulta apenas
de uma regularidade ou repetição em nossa experiência de
uma conjunção constante entre fenômenos que, por força do
hábito, acabamos por projetar na realidade, tratando-a como
se fosse algo existente. É nesse sentido que pode ser dito
que a causalidade é uma forma nossa de perceber o real,
uma ideia derivada da reflexão sobre as operações de nossa
própria mente, e não uma conexão necessária entre causa
e
efeito,
uma
característica
do
mundo
natural.
MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p. 183.
De acordo com o texto e com os conhecimentos sobre causalidade
em Hume, é correto afirmar:
A) A experiência prova que a causalidade é uma característica do mundo
natural.
B) O conhecimento das relações de causa e efeito decorre da experiência e
do hábito.
C) A simples observação de um fenômeno possibilita a inferência de suas
causas e efeitos.
D) É impossível obter conhecimento sobre a relação de causa e efeito entre
os fenômenos.
E) O conhecimento sobre as relações de causa e efeito independe da
experiência.
• Resolução:
A noção de causalidade para Hume coloca-se
como fruto do hábito e possui um caráter negativo
no sistema filosófico do autor. Assim, a causalidade
é uma ideia formada a partir da regularidade ou
repetição e não uma conexão necessária da
experiência e do mundo natural.
SOCIOLOGIA
Professor Danilo Borges
Competências e Habilidades
• CONCEITO: O aluno deve ser capaz de fazer uma leitura das
relações de poder, da organização social e do Estado a partir
de uma matriz conceitual.
• CONTEXTUALIZAÇÃO: Fazer uma relação entre o texto e
a situação em que ele ocorre. Trazer para o plano do que
foi vivenciado a problemática apresentada.
• INTERDISCIPLINARIDADE:
Propõe
uma
superação
da abordagem fragmentada do conhecimento rumo a
uma abordagem que envolva garantir a construção de um
conhecimento globalizante, rompendo com os limites das
disciplinas.
CONCEITO
INTERDISCIPLINARIDADE
CONTEXTUALIZAÇÃO
O trabalho assalariado surgiu somente quando foi facultado ao
ser humano vender a sua força de trabalho mediante uma
remuneração. Essa situação marca uma grande transformação nas
relações de trabalho. Quando se analisa a questão do trabalho na
sociedade capitalista, é necessário não se ater ao processo de
produção capitalista de uma única região do planeta ou de um país,
pois ele se desenvolve diferentemente nas diversas regiões. Do ponto
de vista de Karl Marx, o que ocorre é a transformação do
trabalhador em:
a)
b)
c)
d)
e)
operário.
proletário.
escravo.
servo.
mercadoria.
RESOLUÇÃO
Em O Capital (volume 1), Marx explica que as novas relações de trabalho,
no contexto de expansão do capitalismo, produz o fetichismo da mercadoria
através das condições entre trabalho e produção.
O fetichismo nasce de uma relação social definida entre os homens que
assumem, a seus olhos, a forma fantasmagórica (fora de sua consciência) de
uma relação entre coisas. A fim de encontrar uma analogia, devemos recorrer às
regiões enevoadas do mundo religioso. Neste mundo, as produções do cérebro
humano aparecem como seres independentes, dotados de vida, e entrando em
relações tanto entre si quanto com a espécie humana. A partir desta analogia,
Marx acrescenta: “O mesmo acontece no mundo das mercadorias com os
produtos das mãos dos homens”. A isto dou o nome de fetichismo que adere
aos produtos do trabalho.
Assim, segundo Marx, o fetichismo é uma relação social entre pessoas
mediada por coisas. O resultado é a aparência de uma relação direta entre as
coisas e não entre as pessoas. As pessoas agem como coisas
(mercadorias), e a mercadoria é tratada como um valor superior ao próprio
homem.
RESOLUÇÃO
O trabalho assalariado surgiu somente quando foi facultado ao
ser humano vender a sua força de trabalho mediante uma
remuneração. Essa situação marca uma grande transformação nas
relações de trabalho. Quando se analisa a questão do trabalho na
sociedade capitalista, é necessário não se ater ao processo de
produção capitalista de uma única região do planeta ou de um país,
pois ele se desenvolve diferentemente nas diversas regiões. Do ponto
de vista de Karl Marx, o que ocorre é a transformação do
trabalhador em:
a)
b)
c)
d)
e)
operário.
proletário.
escravo.
servo.
mercadoria.
Para Platão, no livro IV de A República, a justiça, na cidade
ideal:
Baseia-se no princípio em virtude do qual cada membro
do organismo social deve cumprir, com a maior perfeição
possível, a sua função própria. Tanto os ‘guardiões’ como os
‘governantes’ e os ‘industriais’ têm a sua missão estritamente
delimitada, e se cada um destes três grupos se esforçar por fazer
da melhor maneira possível o que lhes compete, o Estado resultante
da cooperação destes elementos será o melhor Estado concebível.
JAEGER, W. Paideia: a formação do homem grego. 2. ed. São
Paulo: Martins Fontes, 1999. p. 556.
Com base no texto e em seus conhecimentos sobre o pensamento
de Platão, assinale a alternativa correta.
A) A cidade, de origem divina, encontra sua perfeição quando reina o amor
verdadeiro entre os homens, base da concórdia total das classes sociais.
B) A justiça, na cidade ideal, consiste na submissão de todas as classes ao
governante que, pela tirania, promove a paz e o bem comum.
C) A cidade se torna justa quando os indivíduos de classes inferiores, no
cumprimento de suas funções, ascendem socialmente.
D) A justiça, na cidade ideal, manifesta-se na igualdade de todos perante a
lei e na cooperação de cada um no exercício de sua função.
E) Na cidade ideal, a justiça se constitui na posse do que pertence a cada
um e na execução do que lhe compete.
• Resolução:
A cidade ideal platônica não implica em
igualdade entre todos. Neste sentido, a essência do
estado seria não uma sociedade de indivíduos
semelhantes e iguais, mas dessemelhantes e desiguais
que
cumprem
sua
função
e
contribuem
cooperativamente para a cidade; esta é a noção de
justiça para Platão.
Observe esta imagem para fazer o que se pede a seguir.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a
diferença entre sociedade e socialização.
a) Socialização é a totalidade dos indivíduos que compõem um
grupo social específico, enquanto a sociedade se refere aos
organismos vivos existentes.
b) Socialização são todos os organismos vivos existentes no
planeta, e sociedade refere-se somente às relações que
ocorrem entre seres humanos.
c) Socialização são as relações positivas que estabelecemos
com o meio ambiente, e sociedade é o campo das relações
objetivas que mantemos com o próximo.
d) Socialização são as relações entre culturas diferentes e que
se mantinham distantes, e sociedade são as relações dentro
de uma mesma cultura.
e) Socialização torna o indivíduo membro ativo de uma
sociedade, e a sociedade é a totalidade dos indivíduos entre
os quais ocorrem essas relações.
RESOLUÇÃO
• Socialização é o processo pelo qual a sociedade ou a
comunidade ou o grupo social ensina a seus membros
seus costumes e regras.
• Sociedade, no sentido geral, trata-se do campo de
relações intersubjetivas, ou seja, das relações humanas
de comunicação; portanto, trata-se, também da
totalidade dos indivíduos entre os quais essas relações
(as Instituições Sociais influenciam diretamente na
construção desta totalidade) ocorrem em alguma
forma condicionada ou determinada.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a
diferença entre sociedade e socialização.
a) Socialização é a totalidade dos indivíduos que compõem um
grupo social específico, enquanto a sociedade se refere aos
organismos vivos existentes.
b) Socialização são todos os organismos vivos existentes no
planeta, e sociedade refere-se somente às relações que
ocorrem entre seres humanos.
c) Socialização são as relações positivas que estabelecemos
com o meio ambiente, e sociedade é o campo das relações
objetivas que mantemos com o próximo.
d) Socialização são as relações entre culturas diferentes e que
se mantinham distantes, e sociedade são as relações dentro
de uma mesma cultura.
e) Socialização torna o indivíduo membro ativo de uma
sociedade, e a sociedade é a totalidade dos indivíduos
entre os quais ocorrem essas relações.
Leia com atenção este texto:
"Mas há um enganador, não sei quem, sumamente poderoso,
sumamente astucioso que, por indústria, sempre me engana. Não há
dúvida, portanto, de que eu, eu sou, também, se me engana: que me
engane o quanto possa, nunca poderá fazer, porém, que eu nada seja,
enquanto eu pensar que sou algo". DESCARTES. Meditações sobre Filosofia
Primeira. Campinas: Editora da UNICAMP, 2004. p. 45.
Para atingir o processo extremo da dúvida, Descartes lança a
hipótese de um gênio maligno, sumamente poderoso e que tudo faz para
me enganar. Essa radicalização do processo dubitativo ficou conhecida
como dúvida hiperbólica.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a relação estabelecida
por Descartes entre a dúvida hiperbólica (exagerada) e o cogito (eu penso):
A) Descartes sustenta que o ato de pensar tem tamanha evidência, que eu jamais
posso ser enganado acerca do fato de que existo enquanto penso.
B) A dúvida hiperbólica é insuperável, uma vez que todos os conteúdos da mente
podem ser imagens falsas produzidas pelo gênio maligno.
C) Com o exemplo dos juízos matemáticos, que são sempre indubitáveis, Descartes
consegue eliminar a hipótese do gênio maligno.
D) Somente a partir da descoberta da ideia de Deus é que Descartes consegue
eliminar a dúvida hiperbólica e afirmar a existência do pensante.
E) Descartes mostra que, quanto maior a dúvida, maiores são as incertezas que
possuímos quando duvidamos.
• Resolução:
A dúvida cartesiana toma como
pressuposto fundamental a necessidade de um
fundamento claro e distinto, evidente e
verdadeiro por si. Neste sentido, o pensamento
(cogito) é fonte de certeza e garantia da própria
existência, repelindo, inclusive, a hipótese do
gênio enganador.
[...] o que diferencia o senso comum do conhecimento
científico é o rigor. Enquanto o senso comum é acrítico,
fragmentado, preso a preconceitos e a tradições
conservadoras, a ciência preocupa-se com as pesquisas
sistemáticas que produzam teorias que revelem a verdade
sobre a realidade, uma vez que a ciência produz o
conhecimento a partir da razão. Desta forma, o cientista, para
realizar uma pesquisa e torná-la científica, deve seguir
determinados passos. Em primeiro lugar, o pesquisador deve
estar motivado a resolver uma determinada situaçãoproblema que, normalmente, é seguida por algumas
hipóteses. Usando sua criatividade, o pesquisador deve
observar os fatos, coletar dados e, então, testar suas
hipóteses, que poderão se transformar em leis e,
posteriormente, ser incorporadas às teorias que possam
explicar e prever os fenômenos.
Disponível em:
<http://karlamoraessociologia.blogspot.com.br/2009/03/senso-comume-conhecimento-cientifico.html> (Adaptado) Acesso em: 17 mar. 2013.
O Positivismo foi uma das grandes correntes de pensamento social,
destacando-se, entre seus principais teóricos, Augusto Comte e Émile
Durkheim. Sobre a concepção de conhecimento científico, presente no
Positivismo do século XIX, é correto afirmar:
a)
b)
c)
d)
e)
A busca de leis universais só pode ser empreendida no interior das
ciências naturais, razão pela qual o conhecimento sobre o mundo dos
homens não é científico.
Os fatos sociais fogem à possibilidade de constituírem objeto do
conhecimento científico, haja vista sua incompatibilidade com os princípios
gerais de objetividade do conhecimento e a neutralidade científica.
Apreender a sociedade como um grande organismo foi rejeitado a partir da
visão do materialismo histórico, como fonte de influência e orientação para
as investigações empreendidas no âmbito das ciências sociais.
A ciência social tem como função organizar e racionalizar a vida coletiva, o
que demanda a necessidade de entender suas regras de funcionamento e
suas instituições a partir, também, de elementos historicamente
constituídos.
O papel do cientista social é intervir na construção do objeto, levando à
compreensão da sociedade os valores por ela assimilados durante o
processo de socialização obtido no seio familiar.
RESOLUÇÃO
A ideia-chave do Positivismo se fundamenta na Lei dos Três
Estados, de acordo com a qual o entendimento humano passou e
passa por três estágios, isto é, na forma de conceber as suas
ideias e a realidade:
• Teológico: o ser humano explica a realidade por meio de entidades
supranaturais no plano da religiosidade.
• Metafísico: Neste estágio, há uma espécie de meio-termo entre a
teologia e a positividade. No lugar dos deuses há entidades
abstratas para explicar a realidade: "o Éter", "o Povo", "o Mercado
financeiro", etc.
• Positivo: etapa final e definitiva, não se busca mais o "porquê" das
coisas, mas sim o "como", por meio da descoberta e do estudo das
leis naturais, ou seja, relações constantes de sucessão ou de
coexistência. A imaginação subordina-se à observação e busca-se
apenas o observável (possível de ser explicado pelos limites da
razão) e o concreto.
RESOLUÇÃO
O Positivismo foi uma das grandes correntes de pensamento social,
destacando-se, entre seus principais teóricos, Augusto Comte e Émile
Durkheim. Sobre a concepção de conhecimento científico, presente no
Positivismo do século XIX, é correto afirmar:
a)
b)
c)
d)
e)
A busca de leis universais só pode ser empreendida no interior das ciências
naturais, razão pela qual o conhecimento sobre o mundo dos homens não é
científico.
Os fatos sociais fogem à possibilidade de constituírem objeto do
conhecimento científico, haja vista sua incompatibilidade com os princípios
gerais de objetividade do conhecimento e a neutralidade científica.
Apreender a sociedade como um grande organismo foi rejeitado a partir da
visão do materialismo histórico, como fonte de influência e orientação para as
investigações empreendidas no âmbito das ciências sociais.
A ciência social tem como função organizar e racionalizar a vida
coletiva, o que demanda a necessidade de entender suas regras de
funcionamento e suas instituições a partir, também, de elementos
historicamente constituídos.
O papel do cientista social é intervir na construção do objeto, levando à
compreensão da sociedade os valores por ela assimilados durante o
processo de socialização obtido no seio familiar.