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Profa. Erika Bataglia

 Teocentrismo: kentron, centro).

do grego θεóς (theos, Deus) e κέντρον (  Teoria segundo a qual Deus dirigido.

é o centro do Universo, tudo foi criado por Ele e por Ele é

 Antropocentrismo: (do grego άνθρωπος (anthropos, humano) e κέντρον (kentron, centro).

 É a concepção que considera que tudo no universo deve ser avaliado de acordo com a sua relação com o homem.

 Galileu Galilei (1564 1642)  Físico, astrônomo e Filósofo italiano matemático,  O primeiro a fazer uso científico observações astronômicas do telescópio, ao fazer com ele.

A observação como instrumento do novo conhecimento

 Descartes ( 1596 1650)  Nascido em La Taye, na França.

 Criador da filosofia moderna

 A realidade física funciona de acordo com os princípios mecânicos.  Além dela, há a realidade espiritual, incluindo Deus e a mente, que consegue pensar (dualismo) 

Dualismo

: forma de pensar segundo a qual há uma realidade física, material, fora de nossas mentes e uma realidade espiritual, viva em nossas mentes.

    A mente tem capacidades que se distinguem do resto da natureza como: Pensar Imaginar Articular linguagem  Por isso, ela deve ser estudada de modo diferente das coisas puramente físicas (como ocorre empirismo) no  A constitui simplesmente matéria; ela também se mente constitui espírito não se de de

 Descartes acreditar queria saber em que podia  O ou que saber com certeza sem depender da tradição, autoridade externa dos podemos da nossos sentidos?

  Só podemos confiar na é falso razão para revelar o que é verdadeiro e o que Concluiu que o fato dele poder pensar mostrava com certeza que ele existia

 a) Dúvida Cética  b) Dúvida Metódica

 Skeptomai – “me abstenho”  Atitude permanente

 Atitude provisória visa a posse de uma certeza que elimine a dúvida

 Não posso duvidar de que duvido  A dúvida é uma modalidade do pensamento  A única certeza é o pensamento

O ato de pensar depende de dois aspectos:

Um corpo que funciona mais ou menos como uma máquina (Res extensa)

Uma mente que não pode ser explicada fisicamente (Res cogitans)

 Descartes estudou e descreveu cuidadosamente o aspecto físico da mente, dissecando o cérebro humano e examinando sua ligação com o resto do corpo – olhos, ouvidos e nervos  Ao mesmo tempo estudou o aspecto espiritual da mente pela reflexão, tentando entender o que tornava a mente capaz de conhecer

 A mente espiritual, segundo Descartes, estará sempre certa, contanto que não seja induzida ao erro pelo corpo material (o que quase sempre acontece)  A sensação física vem dos sentidos, que nos informam o que acontece à nossa volta – e que às vezes nos levam a cometer loucuras, a não ser que a mente entre em ação e assuma o controle

    Nossos sentidos podem nos desencaminhar, fazendo-nos: Desejar coisas de que não precisamos Temer coisas que nos prejudicarão Agir como não deveríamos  São essas paixões que nos impedem de ver a verdade.

 Precisamos olhar além das paixões com nossas mentes espirituais para ver a verdade.

 Descartes afirmou que, se o corpo humano não possuísse dentro dele uma “alma”, funcionaria automaticamente, como uma máquina.

 Entre os interessados por sua filosofia estavam as mulheres, que se basearam nele para argumentar que elas eram tão racionais quanto os homens.

Liberdade

Pensamento

Espiritual

Extensão

Quantificação

Material

 a) Autonomia do sujeito em relação ao mundo  b) Isolamento da consciência em relação ao mundo

 A visão de Descartes da mente e das paixões teve grande influência, ajudando a transferir da Igreja e do Governo para o indivíduo a responsabilidade pela decisão de como as pessoas deveriam se comportar.

 Descartes encorajou as pessoas a pensarem por si mesmas – e governarem si mesmas – sem egoísmo

 ◦ ◦ ◦ Ao longo da história da Filosofia, as paixões humanas costumaram ser tratadas como: Objeto de condenação moral Vícios da natureza humana Frutos de falhas da vontade ou do livre-arbítrio.

 ◦ ◦ Os dois maiores pressupostos: Que o homem é caracterizado essencialmente pela razão Que as paixões indicavam ao homem seu lado animal.

 O corpo humano animal seria o lado propriamente homem, enquanto constituiria o que nele seria propriamente humano .

do a alma  Assim, seu lado divino faria dele um animal mais próximo de Deus, concebido como princípio imaterial e, portanto, superior aos outros animais.

 Quando o homem seguia sua razão propriamente humana, agia segundo sua razão, guiando-se por uma moral universal de conduta – com o seu apogeu no imperativo categórico kantiano e, em sua versão mais flexível na prudência aristotélica.

 Quando, ao contrário, curvava-se ao corpo, às demandas animais, portanto, às necessidades, inverdade aos prazeres da carne, tomava-se pelas paixões, que o levavam à perdição, à conduta viciosa, ao pecado e à

 Descartes acreditava que as paixões diziam respeito à ação do corpo sobre a alma, ação danosa, pois a impedia de ter ideias claras e distintas, pensando de modo obscuro e confuso guiando sua conduta pelos interesses pessoais.

 Caso a alma conseguisse metodicamente seguir a razão, suas ideias seriam claras e qualificadas, e sua conduta, pautada pela moral desinteressada.

 O corpo, portanto, permanecia o vilão da história, responsável pela servidão da alma, cuja liberdade consistiria precisamente em escapar de sua influência.

 Algumas décadas depois de Descartes, um outro filósofo propôs é Baruch de Spinoza.

uma concepção radicalmente diferente das paixões. Seu nome

 Baruch Spinoza nasceu em Amsterdam em 1632, filho de hebreus portugueses, de modesta condição social, emigrados para a Holanda.

 Recebeu hebraica base uma na educação academia israelita de Amsterdam, com especialmente nas Sagradas Demonstrando Escrituras.

inteligência, foi iniciado na filosofia hebraica (medieval neoplatônico-panteísta) destinado a ser rabino.

muita e

 Mas, depois de manifestar o seu racionalismo e tendo ele recusado qualquer retratação, excomungado Sinagoga em 1656.

foi pela  Também as autoridades protestantes o desterraram como blasfemador contra a Sagrada Escritura.

 Aos vinte e cinco anos de idade esse filósofo, sem pátria, sem família, sem saúde, sem riqueza, se acha também isolado religiosamente

 Se somente tendo somente existimos no real, na imanência do mundo, podemos existir e pensar junto à matéria e ao corpo, ideias obscuras ou claras.

 Assim, as paixões não mais poderiam ser definidas pela participação corpo, já que esta não exclusividade paixão, seria mas característica incontornável do mais da uma do próprio pensamento  O termo "imanência" é normalmente entendido como uma força divina, ou o ser divino, que permeia todas as coisas que existem e é capaz de influenciá-las e implica que a divindade está inseparavelmente presente em todas as coisas.

 Neste entendida significado, imanência se opõe a transcendência, como a divindade separada transcendente mundo sendo ou ao

 As paixões, portanto, se devem não ao corpo, mas à passividade, seja ela diante da matéria, seja ela diante de outros pensamentos.

 A utilização de outro termo, pois, tornou-se necessária para indicar que todo pensamento somente existe encarnado, a partir das afecções, das interações do homem com os outros, o ambiente e o mundo.

  Spinoza lançou mão do termo

affectus

significação conceitual sua: “afeto” , em latim, dando a ele uma Afeto diz respeito às “afecções do corpo pelas quais sua potência de agir é aumentada ou diminuída, favorecida ou reprimida, assim como as ideias destas afecções.

 Sendo impossível o homem não se afetar, Spinoza dividiu os afetos em dois: ativos, que aumentam a potência de agir, e os passivos, que a diminui.

 Em resumo, em vez da divisão Spinoza oposta entre paixão e razão, inaugura uma afetos, base de sua ética, teoria fundada dos na compreensão realidade e contra uma da moral fundamentada bem transcendente a ser imposto num à realidade  Mudança ontológica:  Concepção de um Deus, ou Natureza, como uma única substância que a tudo constitui integralmente, como o próprio real

 Sendo a própria Natureza Deus, ou a Substância, é assim tanto pensante quanto material, e o homem, enquanto modificação ou modo da substância, é ao mesmo tempo corpo e mente, isto é, uma unidade psicofísica, necessariamente movido pelos afetos, sejam eles paixões, sejam eles ações.

 Desta maneira, o corpo é redimido e deixa de ser o vilão.