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A linguagem grega está presente em
muitas palavras e saberes da cultura
ocidental.
Existe um conjunto de vocábulos gregos incorporados
em palavras da Língua Portuguesa.
Geografia - Geo=Terra e grafia=escrita (grafos)
Geometia - Geo=Terra e metria=medir (metros)
Hidrologia - Hidro=Água e logia=estudar (logos)
Filosofia - Filo=Amigo e sofia=saber (sofos)
Hipopotamo - Hipo=Cavalo e potamo=rio (potamos)
Odontólogo - Odonto=dente e logo=estudar (logos)
Ginecologia - Gineco=mulher e logia =estudo (logos)
Vocês sabem qual palavra os gregos usavam
para a dinâmica de ensinar e para o processo
de aprender?
MÁTHEMA.
A palavra "Matemática" tem origem na palavra grega
"MÁTHEMA" que significa ciência do conhecimento ou
aprendizagem, derivando daí para "mathematikós”.
Matemática em grego: μαθηματικός (mathematikós)
Que significa
“Prazer em Aprender”.
A palavra MÁTHEMA está enraizada no verbo grego
“MANTHÁNO”, cujo sentido é “aplicar o espírito a
algo” - pensar, perceber, refletir.
Em cima desse “MANTHÁNO”, a língua grega constrói outros dois
vocábulos muito significativos.
MÁTHESIS: o ensino e a aprendizagem, tanto no
sentido do que é aprendido e ensinado, como no sentido
do processo de ensinar e aprender.
MATHESÉS: usada tanto para o aluno, aquele que
ensina aprendendo, quanto para o professor, aquele que
aprende ensinando.
PORTANTO...
O original significado da Matemática é
“ PRAZER EM APRENDER”
Será por acaso que na Língua Portuguesa
o verbo contar é usado para definir a ação
de duas atividades?
“contar” (números)
“contar” (histórias)
Em muitas outras línguas
a palavra “contar”
(números) e “contar” (histórias) apresentam a mesma
raiz etimológica.
•Em alemão se diz zahlen e erzalen
•Em holandês emprega-se tellen e vertellen
•Em italiano e espanhol usa-se contar para ambos
Mesmo em línguas antigas, podemos observar esta
justaposição etimológica.
•Em francês arcaico, o verbo contar era igualmente empregado
nos dois sentidos.
•Em hebreu, o verbo saphor ("contar, calcular") tem o mesmo
radical que saper ("contar história").
Portanto, as palavras “contar” (números) e
“contar” (histórias) tem mesma origem
etimológica, ou seja, história e significados
semelhantes.
Ao longo da história, a atividade humana de “contar” (histórias)
sobre o “contar” (números) tem sido mediada pela intensa
relação existente entre a linguagem materna de cada sujeito e a
linguagem matemática, que possui significado universal.
PORTANTO...
“Contar Histórias” sobre o “Contar Números” pode ser uma
eficiente metodologia pedagógica de mediação entre o
conhecimento cotidiano dos alunos e os conceitos científicos
da matemática que o professor apresenta na sua sala de aula.
Na atividade de “Contar Histórias” sobre o “Contar
Números” há uma “indissolúvel impregnação ” da
Língua Materna na Linguagem Matemática.
Na apropriação dos conceitos matemáticos, há
imperiosa necessidade de utilização da língua materna
para leitura e compreensão dos textos e símbolos
matemáticos e, acima de tudo, para dar significação
as soluções encontradas.
O processo de apropriação dos conceitos matemáticos
exige uma “tradução” da linguagem materna para a
linguagem específica dessa disciplina.
É essa “tradução” que permite converter os conceitos
matemáticos em objetos sociais, manipuláveis e calculáveis de
acordo com as necessidades de cada sujeito e contexto social.
PORÉM......
A linguagem matemática possui um sistema de
símbolos de natureza abstrata, que se relacionam
com regras próprias, cuja compreensão exige
processo de aprendizagem.
A linguagem matemática é um fenômeno cultural, não
é inata. Portanto, a compreensão de seus símbolos e
regras necessita ser mediada, através da linguagem
materna, por sujeito mais experiente.
Na linguagem simbólica, como a que emprega a Matemática, é
preponderante a inferência da linguagem materna para apreensão
do signos utilizados, que adquirem seus significados somente a
partir das relações que estabelecem com o mundo real.
A SIGNIFICAÇÃO DA LINGUAGEM MATEMÁTICA
É INDISSOCIÁVEL DA REALIDADE
- Quando dizemos cinco, dezesseis, ou cem, não nos referimos a
nada de concreto. A realidade matemática se edifica quando
relacionamos, por mediação da linguagem materna, estes números
a realidade. Por exemplo: cinco uvas, dezesseis automóveis e cem
casas.
- Por isso, certas operações matemáticas nem sequer são
imagináveis quando descontextualizadas da realidade. Quem poderia
pensar em multiplicar quatro deputados por seis ovos e dividir o
resultado por três copos?
- No entanto, é a natureza abstrata da linguagem matemática que
permite as inúmeras relações com a realidade.
Todo conceito Matemático por mais abstrato que
possa parecer, foi construído para ser aplicado aos
fenômenos do mundo real.
Portanto, não traga à sala de aula situações irreais.
“Na Matemática, se a experiência não intervém
depois que se deu o primeiro passo, é porque não
é mais preciso.”
Pontes de Miranda
“As crianças começam a estudar matemática na escola, mas muito antes, elas
tiveram experiências com quantidades e lidaram com atividades que
envolveram operações de divisão, adição, subtração e determinação de
tamanhos.” (VYGOTSKY)
O processo de apropriação das significações dos conceitos matemáticos
pelas crianças se efetiva nas relações que elas estabelecem com o mundo,
que são determinadas pelas condições produzidas social e historicamente.
Por essa significação social dos conceitos matemáticos, as
metodologias de ensino devem se aproximar das práticas sociais dos
alunos, ou seja, estar sintonizado com a matemática da forma como
ela se apresenta na vida da criança e no mundo.
O JOGO EDUCATIVO dialoga muito próximo do
contexto social da infância, podendo ser utilizado pela
escola como uma eficiente estrutura de linguagem no
aprendizado dos conceitos matemáticos.
O jogo, como metodologia pedagógica, estimula o
desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da
concentração, da atenção e, ainda, a interação
social na resolução dos problemas que propõe.
O jogo, na educação matemática, passa a ter o caráter de
metodologia de ensino quando considerado promotor de
aprendizagem.
“A criança, colocada diante de situações lúdicas, apreende a
estrutura lógica da brincadeira e, deste modo, apreende também a
estrutura matemática presente.” (Moura 2008).
O jogo para ser atividade de ensino-aprendizagem, não pode ser
marcado pela aleatoriedade, mas sim pela organicidade que
contemple os princípios e as significações dos conceitos
matemáticos que se pretende construir com o jogo proposto.
PARA QUE O JOGO TENHA FUNÇÃO DE ATIVIDADE
PEDAGÓGICA , É IMPRESCINDÍVEL QUE CONTENHA:
Significação cognitiva: dar possibilidade ao aluno de analisar e
enfrentar os desafios exigidos à construção das soluções propostas
do jogo.
Significação Pedagógica: representar uma organização
intencional de uma atividade de aprendizagem, que apesar de
mediada por uma prática social cotidiana da criança, o jogo
infantil, o objetivo deve ser a construção de um conceito
científico.
Significação Social: deve promover a interação, a convivência
com outros sujeitos (o professor e os colegas), que "brincando”
interagem para resolução dos PROBLEMAS propostos pelo
jogo, que devem ser necessariamente relacionados à vida dos
alunos.
Resolver problemas sempre foi a principal
utilização do conhecimento matemático.
A Resolução de problemas foi a razão fundamental do
surgimento e evolução dos conhecimentos
matemáticos
A proposição de problemas é
essencial à construção dos conceitos
matemáticos.
ATENÇÃO!
Problemas não são apenas aqueles pequenos enunciados escritos,
utilizados como recurso para que os alunos apliquem um
procedimento matemático.
Problema é toda situação que conduz a uma necessidade,
desafiando a curiosidade, possibilitando uma descoberta.
Problema matemático é
qualquer situação que
exija
conhecimentos
matemáticos (cotidianos
e/ou
científicos)
para
solucioná-los.
PRESSUPOSTOS DOS PROBLEMAS
MATEMÁTICOS EM SALA DE AULA
Contextualização: Considerar os aportes socioculturais dos
alunos, as situações vivenciadas pelos alunos fora da escola, a sua
de matemática cultural aprendida no seu grupo social.
Historicização: Resgatar os caminhos culturais que formaram os
conceitos matemáticos que serão utilizados na solução do
problema.
Ferramenta Cultural: Mediar os conceitos matemáticos em
articulação com as diversas áreas do conhecimento, sempre
com o propósito da possibilidade de aplicação futura em um
contexto relevante aos alunos.
Problemas são situações provindas da
realidade, portanto, apresente:
• Problemas com mais de uma solução;
• Problemas sem solução;
• Problemas com apenas uma solução;
• Problemas com mais dados que os necessários;
• Problemas em que faltam dados;
• Problemas que contêm exatamente os dados que serão utilizados;
• Problemas que envolvam temas matemáticos diversos, não se restringindo
apenas aos relativos a uma área da matemática;
• Problemas que envolvam questões referentes à outras áreas do conhecimento.
Aprender Matemática na escola é deparar-se com um mundo de
conceitos que envolvem leitura, escrita e compreensão, tanto da
linguagem natural como da linguagem matemática.
A linguagem matemática é uma
ferramenta cultural humana criada para
leitura e interpretação da realidade.
Já na década de 60, o matemático inglês
Roger Penrose argumentava: ...“a parte
mais importante e profunda da
matemática é a compreensão do que se
está fazendo, não as regras”. E ele vai
mais além: “... na realidade, desejo
indicar que o professor de matemática
seja o mais próximo do professor de
língua e literatura”.
Onde a escola se perdeu do verdadeiro
significado da Matemática?
“O Prazer em Aprender”
No PNAIC, a articulação da língua materna com os conceitos
matemáticos propõe a integração do “contar histórias” ao processo
de aprendizado do “contar números”.
Professores do PNAIC reconstruindo o princípio
integrador das dimensões do aprender e do ensinar
Matemática – “O Prazer em Aprender”.
PARABÉNS A TODOS OS PROFESSORES DO
PNAIC 2014!
Pelo comprometimento e dedicação em construir novas
e democráticas possibilidades de aprendizagem para os
conceitos da Matemática.
MATEMÁTICA