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22 Transposição - Conteúdo
Introdução
Transposição musical
Sistema Temperado
Sustenidos e Bemóis no Teclado
Mesmas teclas, escritas diferentes
Notas Enarmônicas
Transposição de Intervalos
Enarmonia na Transposição
Transposição com apoio da memória cinestésica
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E-book Teclado
Material elaborado para o Curso de Licenciatura em Música da UFRGS e Universidades Parceiras, do Programa Pró-Licenciaturas II da SEED/MEC.
Produzido pela equipe do CAEF. Porto Alegre, 2008.
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22 Transposição - Conteúdo
Introdução
Esta é uma Unidade de Estudos com muitos pontos de partida e uma só chegada:
executar encadeamentos V7 – I em todas as tonalidades, a partir do entendimento de
transposição baseada em intervalos de tom e semitom, assim como na memória
cinestésica.
Poderá lhe parecer com uma colcha de retalhos; talvez o seja mesmo; porém, abstraindo
dos “retalhos”, enquanto “colcha” se configura como um todo compreensível e útil.
Portanto, antes de se apavorar diante da avalanche de informações aparentemente
desconexas, avance na leitura da parte de Conteúdos e chegue até Atividades. Ao realizar
as tarefas ali propostas, subitamente tudo começará a fazer sentido.
Transposição é um assunto da maior importância para um professor de Música, que
trabalha com alunos de diferentes idades e influências culturais, cujas vozes variam muito
em extensão e tessitura. O acompanhamento do canto deve ser feito sempre num
tonalidade confortável para o cantor, não para o instrumentista acompanhador! Lembre-se
sempre disso.
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22 Transposição - Conteúdo
Transposição musical
Transposição, em Música, é um processo de modificação da altura de uma determinada
obra ou trecho musical, mantendo seus intervalos e todas as suas demais características.
Ao se transpor uma música, modifica-se o tom em que se encontra. Este recurso é
utilizado em casos em que a partitura de uma determinada peça está escrita em tonalidade
incompatível com o instrumento ou com o cantor que irá interpretá-la.
Existem vários caminhos pelos quais se pode fazer uma transposição. Nesta Unidade de
Estudos, você aprenderá a transpor com base na manutenção da estrutura intervalar. Este
exercício acabará por implicar também tanto a repetição de um conhecido, como, ao
mesmo tempo, o surgimento um novo padrão de organização dos sons empregados, ou
seja, repetição X nova delimitação de uma Escala Musical. Mas sobre isso estudaremos
mais tarde; de momento, concentre-se na transposição por manutenção da estrutura
intervalar.
A manutenção da estrutura intervalar de uma música, normalmente, é identificada na
partitura e/ou pela audição; aqui, propomos que isso aconteça por intermédio da atenção
ao movimento dos dedos. Nesta Unidade de Estudos, após tomar contato inicial com as
duas primeiras, nos deteremos então na última, que aqui chamaremos de transposição
baseada na memória cinestésica, na falta de uma base técnica mais apropriada.
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Sistema Temperado
O teclado, assim como o conhecemos hoje, é o resultado de longo período de evolução.
Com a importante obra O cravo bem temperado, de J.S. Bach (1685-1750), fixou-se o
Sistema Temperado, que organiza a oitava em doze semitons matematicamente iguais.
Nos instrumentos de som fixo, como seu teclado, a sensação auditiva produzida pela
diferença entre cada uma dessas teclas é sempre a mesma. Como vimos na Unidade de
Estudos anterior, é de um Semitom.
Mas existem mais notas do que apenas as doze alturas compreendidas em uma oitava do
Sistema Temperado. Mais adiante, veremos a razão disso; de momento, importa apenas
que você se habitue à idéia de dar nomes diferentes a mesmas teclas e a mesmas alturas
de notas. E vice-versa. Na partitura são empregados os Sinais de Alteração, que são os
Sustenidos, os Bemóis e o Bequadro, com a finalidade de indicar as escalas exatas de
onde vêm notas diferenciadas, mas que, no teclado, são tocadas na mesma tecla.
De momento, basta que você memorize que, embora tocadas nas mesmas teclas, notas
escritas de forma diferente são diferentes, de fato! Mas são diferentes apenas no Sistema
Natural, no qual tocam os instrumentos de corda (menos o violão) e de sopro; não no
Sistema Temperado, com base no qual os instrumentos de teclado são construídos. Este
assunto pode parecer complexo demais, para um principiante. Então, não se assunte, pois
não precisa compreendê-lo, ainda. O trazemos aqui apenas para evitar o risco de
generalizações apressadas.
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Sustenidos e Bemóis no Teclado
O senso comum acredita que apenas as teclas pretas sejam sustenidos e bemóis; mas
isso não está correto. O Sustenido é empregado para indicar que uma determinada nota
deve ser tocada um semitom acima; o Bemol indica que esta mesma determinada nota
deve ser tocada um semitom abaixo; e o Bequadro anula o efeito de ambos, devolvendo a
nota à sua tecla original. Sendo assim, compreende-se porque é na tecla branca
equivalente à nota fá, que também se toca a nota mi#. Ao mesmo tempo, que é na tecla
branca mi, que se toca a nota fáb. Este fenômeno acontece também entre si e dó. Mi-fá e
si-dó são os chamados Semitons Naturais.
1) Sustenidos e Bemóis no Teclado
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Mesmas teclas, escritas diferentes
Como vimos, uma mesma tecla pode ter várias escritas. Abaixo, três dentre estas
possibilidades. Não é necessário que você decore as informações desta ilustração; basta
que você compreenda sua lógica de construção.
2) Mesma tecla, escritas diferentes
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Notas Enarmônicas
Duas notas são chamadas de enarmônicas quando, no Sistema Temperado, têm o mesmo
som, porém nomes diferentes. Exemplos de notas enarmônicas são: dó bemol e si, ou fá
sustenido e sol bemol. Sabendo disso, torna-se possível compreender que uma mesma
tecla possa ter, então, mais de um nome. Analise a ilustração a seguir.
3) Enarmonia
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Transposição de Intervalos
Retornemos agora à questão da Transposição e, aos poucos, este conjunto de
informações aparentemente desconexas passarão a fazer sentido para você. Analise a
ilustração abaixo, na qual se pode ver uma Escala por Tons Inteiros. Observe bem sua
construção no teclado, comparando-a com uma das possibilidades de sua escrita.
4) Escala por Tons Inteiros
A Escala por Tons Inteiros, como o próprio nome já diz, é uma seqüência de notas
organizadas de tal forma que entre uma delas e sua vizinha imediata exista sempre um
tom inteiro (o mesmo que dois semitons). Um excelente exercício de transposição é tocar
a escala por tons inteiros a partir de diversas alturas (teclas). Este exercício prepara a
prática de transposição por intervalos, que será estudada mais adiante.
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Enarmonia na Transposição
Algumas vezes, a transposição torna a leitura da partitura bastante complicada, pelo
excesso de sinais de alteração que, do ponto de vista teórico e no âmbito da Escala
Natural, são necessários. Então, emprega-se o recurso das notas enarmônicas, para
escrever a partitura da nova versão, transposta. A ilustração abaixo, que também não
precisa ser decorada, busca demonstrar algumas possibilidades.
5) Enarmonia na Transposição
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Transposição com apoio da memória cinestésica
Revise o quadro demonstrativo do movimento dos dedos no encadeamento G7 – C, da
Unidade de Estudos anterior. Se não obedecermos rigorosamente as regras do bom
dedilhado pianístico, podemos considerar que este movimento de dedos se repete em
todos os encadeamentos V7 – I, em Estado Fundamental nesta posição dos acordes.
Portanto, é possível tocar a transposição deles, de memória, sobre todos os tons,
passando por todo o teclado. Para facilitar este processo, associe esta memória
cinestésica ao conhecimento que você já possui sobre tons e semitons, também
assinalados no exemplo abaixo.
6) Memória cinestésica na transposição
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