Responsabilidade Social Corporativa

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Transcript Responsabilidade Social Corporativa

Responsabilidade Social
Organizacional
Gestão participativa
Política de remuneração
Condições de trabalho
Desenvolvimento profissional
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Disciplina: Responsabilidade Social Corporativa
Professor: Demóstenes Farias
Fortaleza, agosto de 2011
www.demostenesfarias.wordpress.com
Responsabilidade Social Organizacional
“É comum e compreensível o empresário indagar: o que devo fazer?
Pela própria natureza da situação, não é provável que a resposta mais criativa
seja alguma ação específica, mas talvez um posicionamento diferente, ou
a adoção de uma nova forma de ver a situação e fazer escolhas em outras bases”
(William Harman e John Hormann.
O Trabalho Criativo: O Papel Construtivo dos Negócios numa Sociedade em Transformação).
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Responsabilidade Social Organizacional
Há algumas iniciativas que podem ajudar a corporação a caminhar rumo a esta
mudança. As empresas podem, por exemplo, provocar momentos de formação
sobre o tema da responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável,
convidando seus públicos de interesse a refletirem sobre sua atuação em
relação a essas questões. Esse processo de educação para a sustentabilidade
é fundamental para que se compreenda o contexto e a necessidade de
mudança.
Com relação ao público interno – a grande vantagem competitiva das
empresas, pode-se observar um maior nível motivacional, menores
índices de turnover e atração de novos talentos.
Uma empresa ambientalmente responsável tem potencial de redução,
reutilização e reciclagem de materiais, o que impacta significativamente na ecoeficiência e suscita ambientes participativos e mais criativos, com o uso de
alternativas inteligentes de consumo. Além disso, uma gestão socialmente
responsável pode agregar valor à marca, que vai além do produto tangível,
associando a ela valores positivos, gerando relacionamentos mais duradouros
com consumidores e impactando em imagem e vendas.
Fonte: URSINI, TARCILA Reis & BRUNO, Giuliana Ortega, A GESTÃO PARA A
RESPONSABILIDADE SOCIAL E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
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Responsabilidade na gestão do público interno
“Quando a ética empresarial é assumida estrategicamente como perspectiva, isso
significa que a empresa tem um estilo correto de fazer negócios. Neste âmbito,
pode-se dizer que a ética está intimamente ligada aos processos organizacionais e
é geradora de moral convencional (LOZANO, 1999), isto é, faz parte dos
processos organizacionais rotineiros”.
“As principais ações de responsabilidade social interna desenvolvidas pelas
empresas são:
investimento no bem-estar dos empregados e seus dependentes;
preservação dos direitos trabalhistas; programas de remuneração e participação
nos resultados; gestão participativa, respeito aos direitos humanos, assistência
médica, social, odontológica, alimentar e de transporte; investimentos na qualificação
dos empregados; e gestão do ambiente e das condições de trabalho, que envolve
questões como jornada de trabalho, organização do trabalho, materiais e equipamentos,
segurança e saúde do trabalhador e outras”.
(PENA, Roberto Patrus et alli. Responsabilidade Social Empresarial e estratégia: um estudo
sobre a gestão do público interno em duas empresas signatárias do Global Compact)).
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Gestão participativa
“A gestão participativa valoriza a participação dos trabalhadores no processo de
tomada de decisão da empresa em diversos aspectos da sua administração.
As empresas devem envolver os trabalhadores na solução dos problemas
organizacionais (I. Ethos, 2004).
Deve manter representantes em comitês de gestão, disponibilizar informações
financeiras para os trabalhadores e criar condições para que eles as
compreendam. Trata-se de uma característica importante da empresa do futuro,
em que o gerente coordena e estimula pessoas inteligentes, com vontade
própria, com potencial criativo, capazes de trabalhar em equipe e adaptar-se
a novos trabalhos, ambientes e situações (Andrade, 1991).
A administração participativa busca criar estruturas descentralizadas de
poder. Pesquisa em empresas concluíram que, de uma forma geral, os
trabalhadores afirmam estarem mais satisfeitos com as mudanças
introduzidas no dia-a-dia da empresa pelas práticas participativas”.
(PENA, Roberto Patrus et alli. Responsabilidade Social Empresarial e estratégia: um estudo
sobre a gestão do público interno em duas empresas signatárias do Global Compact)).
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Gestão participativa
“Uma empresa socialmente responsável com relação ao seu público interno
desenvolve práticas de gestão participativa, voltadas principalmente a compartilhar
poder nas tomadas de decisão, provocar e criar ambientes motivadores,
comprometer as pessoas com o trabalho, desenvolver sistemas de
aperfeiçoamento eficientes, formar e conduzir equipes para resolução de
problemas, bem como vencer resistências à implantação de mudanças”.
(PENA, Roberto Patrus et alli. Responsabilidade Social Empresarial e estratégia: um estudo
sobre a gestão do público interno em duas empresas signatárias do Global Compact)).
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Gestão participativa
Princípios do Equador
Desde 1º de julho, os Princípios do Equador contam com regras de governança,
que objetivam dar mais credibilidade a essa iniciativa das instituições
financeiras voltada a avaliar riscos socioambientais no financiamento de
projetos.
Atualmente, 67 instituições financeiras ao redor do mundo são signatárias dos
Princípios do Equador. Um número bastante expressivo em comparação com o
grupo inicial de 10 bancos privados internacionais, que lançaram os Princípios do
Equador em 2003.
Em junho de 2004, o Unibanco foi o primeiro banco brasileiro e de mercados
emergentes signatário dos Princípios. Logo em seguida, juntaram-se ao grupo os
bancos Itaú, Bradesco e Banco do Brasil e, mais recentemente, a Caixa Econômica
Federal. Bancos internacionais que atuam no Brasil, como o Santander, HSBC e
Citi, são também signatários dos Princípios do Equador.
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Gestão participativa
Princípios do Equador
Os Princípios do Equador são um conjunto de políticas e diretrizes (salvaguardas)
a serem observadas na análise de projetos de investimento de valor igual ou
superior a US$ 10 milhões. Tendo por base critérios estabelecidos pelo
International Finance Corporation, braço do Banco Mundial, as salvaguardas
versam sobre avaliações ambientais; proteção a habitats naturais; gerenciamento
de pragas; segurança de barragens; populações indígenas; reassentamento
involuntário de populações; propriedade cultural; trabalho infantil, forçado ou
escravo; projetos em águas internacionais e saúde e segurança no trabalho.
Pacto pelo Combate ao Trabalho Escravo
O pacto, os signatários acordam em incrementar esforços visando dignificar e
modernizar as relações de trabalho nas cadeias produtivas dos setores
comprometidos no “Cadastro de empregadores Portaria MTE 540/2004” que
tenham mantido trabalhadores em condições análogas à escravidão.
Os bancos não concedem novos créditos, enquanto houver restrição, a clientes
incluídos em relação de empregadores e proprietários rurais que submetem seus
trabalhadores a formas degradantes de trabalho ou os mantenham em condições
análogas ao trabalho escravo divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
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Política de remuneração
As políticas de remuneração, benefícios e carreira constituem um ponto básico
nas políticas de responsabilidade social perante o público interno. A possibilidade
de ascensão profissional e a remuneração satisfatória constituem importantes
Indicadores do comportamento organizacional. As empresas sabem disso e, diante
da concorrência do mercado, buscam, cada vez mais, não só atrair, mas
reter seus talentos, por meio de melhor remuneração, da flexibilização de
benefícios e da remuneração variável (baseada no desempenho). Existem
quatro modalidades de remuneração variável: participação nos lucros (o valor
pago ao empregado é vinculado ao lucro obtido pela empresa); participação nos
resultados (o recebimento de prêmios é vinculado ao cumprimento de metas
preestabelecidas); participação nos lucros e nos resultados (leva em conta a
obtenção dos lucros e também o alcance das metas); e participação
independente (não considera nenhum dos aspectos anteriores, caracterizando-se
como um abono concedido ao trabalhador). Enquanto a participação nos lucros
não está ligada às práticas administrativas de estilo participativo, a remuneração
por resultados, comumente, é realizada em ambientes organizacionais de gestão
participativa. No Brasil, conforme estudo realizado em 110 grandes companhias
nacionais, 60% estão oferecendo participação nos lucros e resultados, 30% dão
bônus e 10% utilizam o sistema de ações.
(PENA, Roberto Patrus et alli. Responsabilidade Social Empresarial e estratégia: um estudo
sobre a gestão do público interno em duas empresas signatárias do Global Compact)).
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Condições de trabalho
O combate ao preconceito e à discriminação contempla a valorização da
diversidade e, desta forma, incentiva a inclusão. Para Carroll e Buchholtz (2000),
discriminação significa o uso da sexo, etnia, cor, religião ou origem nacional
como base de tratamento das pessoas de maneira desigual ou diferente. Arruda,
Whitaker e Ramos (2001) afirmam que o reconhecimento do talento das pessoas,
preservando os valores da organização, deve sobrepor-se à discriminação nas
políticas de recursos humanos.
Com relação à discriminação por gênero, pesquisa realizada por Betiol e Tonelli
(1991), concluiu que, para a ascensão profissional da mulher, parecem existir dois
tipos de preconceito: um, mais tradicional, que vê a mulher como inferior ao
homem para assumir postos de comando; e o outro, é funcional, pois desconfia da
disponibilidade do investimento da mulher no trabalho. Para o DIEESE (2001), as
mulheres, ainda, representam uma minoria nos cargos de execução e nos grupos
de direção e planejamento. Empresas socialmente responsáveis devem oferecer
oportunidades iguais, independentemente de sexo, etnia, idade e origem, dentre
outras, e trazer para o ambiente de trabalho diferentes histórias de vida,
habilidades e visões de mercado (ORCHIS, YUNG, MORALES, 2002).
(PENA, Roberto Patrus et alli. Responsabilidade Social Empresarial e estratégia: um estudo
sobre a gestão do público interno em duas empresas signatárias do Global Compact)).
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Condições de trabalho
A saúde e segurança do trabalhador se relacionam com a humanização do
trabalho e coadunam com a idéia de responsabilidade social da empresa. Nos
últimos anos, os trabalhadores têm sido submetidos a novos perigos no local de
trabalho, devido ao grande número e variedade de novas tecnologias.
Para prevenir acidentes e doenças [ex.: LER/DORT] ocasionadas pelas atividades
profissionais, foi regulamentada, pelo Ministério do Trabalho, a CIPA – Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes –, órgão constituído por representados do
empregador e do empregado. Seu objetivo não é só observar e relatar condições
de risco nos ambientes de trabalho, mas, também solicitar medidas para reduzir e
até neutralizar os riscos existentes, além de orientar os demais trabalhadores
quanto à prevenção de acidentes. Assim, visando a assegurar boas condições de
trabalho, saúde e segurança, a empresa socialmente responsável com relação a
seus funcionários, define, com a participação dos seus trabalhadores, metas e
indicadores de desempenho que não prejudicam a saúde e as divulga amplamente
(ETHOS, 2003).
(PENA, Roberto Patrus et alli. Responsabilidade Social Empresarial e estratégia: um estudo
sobre a gestão do público interno em duas empresas signatárias do Global Compact)).
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Responsabilidade na gestão do público interno
A agenda do chamado Global Compact foi proposta pelo secretário-geral da
ONU, Kofi Annan, à comunidade empresarial internacional, no ano de 2000, como
estratégia para o avanço da postura ética nos negócios. São quatro os eixos
centrais de ação em torno da agenda de Responsabilidade Social Empresarial:
Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Combate à Corrupção. Esses
eixos se subdividem em dez princípios aos quais as empresas devem adesão
voluntária, a saber:
1 – Apoiar e respeitar a proteção dos direitos humanos internacionais dentro
de seu âmbito de influência;
2 – Certificar-se de que suas próprias corporações não estejam sendo cúmplices
de abusos em direitos humanos;
3 – Apoiar a liberdade de associação e reconhecimento efetivo do direito à
negociação coletiva;
4 – Apoiar a eliminação de todas as formas de trabalho forçado e compulsório;
5 – Apoiar a erradicação efetiva do trabalho infantil;
6 – Apoiar o fim da discriminação com respeito a emprego e cargo;
7 – Adotar uma abordagem preventiva para os desafios ambientais;
8 – Tomar iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental;
9 – Incentivar o desenvolvimento e a difusão de tecnologias ambientais
sustentáveis; e
10- Combate a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina.
(PENA, Roberto Patrus et alli. Responsabilidade Social Empresarial e estratégia: um estudo
sobre a gestão do público interno em duas empresas signatárias do Global Compact).
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Responsabilidade na gestão do público interno
Segundo Melo Neto e Froes (1999; 2001), o exercício da responsabilidade
social interna focaliza o público-interno da empresa, ou seja, seus
empregados.
Os autores destacam as principais ações deste tipo desenvolvidas pelas
empresas:
investimentos no bem-estar dos empregados e seus dependentes: respeito aos
direitos trabalhistas, preservação da privacidade pessoal, liberdade de
expressão em defesa dos seus direitos, programas de remuneração e
participação nos resultados, assistência médica, social, odontológica,
alimentar e de transporte; investimentos na qualificação dos empregados:
programas internos de treinamento e capacitação; programas de financiamento
de cursos externos, regulares ou não, realizados por seus funcionários com
vistas à sua maior qualificação profissional e/ou obtenção de escolaridade
mínima.
A gestão do trabalho envolve questões relacionadas à duração da jornada
de trabalho, à distribuição da carga de trabalho, à criação de novas
formas de organização do trabalho, ao desenho de cargos e postos de
trabalho, materiais e equipamentos, desenvolvimento de habilidades e
capacidades, gestão.
Fonte: CARVALHO NETO, Antônio Moreira de, et alli. Responsabilidade Social começa em casa ?
Um estudo das políticas de recursos humanos de organizações signatárias do Global Compact
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Desenvolvimento profissional
Universidade corporativa
No final dos anos 1990, o setor de serviços de alta especialização, a
engenharia genética, a televisão interativa, a multimídia os negócios pela
internet, a telefonia móvel passaram a exigir novas regras na estrurura a
cadeia de valor, e um novo perfil de profissionais, talentosos e bem
preparados.
Surgiram, nas grandes corporações, as Universidades Corporativas, para
“competir pelo futuro” [Prahalad], para atender ao novo perfil de pessoas
as quais poderiam trazer as respostas corretas sobre a atuação das
empresas em tempos de incertezas e de mudanças rápidas e grandes.
(Revista ESPM, Vol. 15 Ano 14 Nº 1, jan/fev. 2008)
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Desenvolvimento profissional
Universidade corporativa
A Universidade corporativa, ou universidade empresarial, é uma
instituição de ensino técnico e superior, em nível de graduação e pósgraduação, vinculada a empresas privadas e públicas. O objetivo da
universidade corporativa (UC) é oferecer cursos técnicos específicos para
os colaboradores da corporação. Assim, ela customiza os cursos
exatamente de acordo com as políticas e estratégias das empresas,
reduz custos do treinamento convencional e obtém rapidez na
formação da mão de obra.
Seus objetivos de aprendizagem estão direcionados a desenvolver
competências, habilidades e atitudes e relacionadas aos interesses,
objetivos e estratégias da organização.
No Brasil as mais conhecidas são as do Banco do Brasil e Petrobrás, da
Caixa Econômica, DataSul e Serpro.
No exterior, as referências se voltam para as universidades corporativas
da Shlee e Hotéis Accor. O Banco do Nordeste instalou a sua Universidade
Corporativa em meados doa anos 2000.
(Revista ESPM, Vol. 15 Ano 14 Nº 1, jan/fev. 2008)
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Desenvolvimento profissional
A Universidade corporativa parte do princípio de que as pessoas estarão
mais conscientes, preparadas e maduras na forma de ver o mundo, e sobre
o que é ou não adequado ao comportamento, sendo, portanto, capazes de
argumentar em favor dos interesses maiores da sociedade.
Isto porque a educação não deve estar limitada às necessidades do
mundo do trabalho, mas precisa, também estar voltada para a
formação do individuo para a familia, para o trbalho, para a
comunidade e para o país, associada ao significado mais amplo e nobre
da Educação, como viga mestra da sociedade.
(Revista ESPM, Vol. 15 Ano 14 Nº 1, jan/fev. 2008)
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Responsabilidade na gestão do púbico interno
Melhores empresas para trabalhar 2011
Segundo Robert Levering, o Presidente do GPTW, o certame
encoraja outras empresas a melhorar a sua cultura
organizacional. Hoje participam 5.500 empresas em todo os
continentes, sendo 1.000 empresas no Brasil, em 13 listas,
incluídas várias regionais, duas por indústrias, assim como
de TI.
Na pesquisa de 1997, havia 74% dos funcionários satisfeitos com a
empresa e na de 2011, havia 84%
Em 1997, havia 20% com curso superior, e na de 2011, havia 39%
O que os funcionários mais valorizam
Desenvolvimento profissional
Qualidade de vida
Estabilidade
Remuneração e benefícios
Fonte: Revista Época Edição Especial, as 100 melhores empresas para trabalhar, 28/08/201114/14
Responsabilidade na gestão do púbico interno
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